Terça-feira

VALOR ECONÔMICO

Dólar volta a fechar em alta e aumenta risco de bater R$ 4

A escalada do dólar rumo aos R$ 4,00 é um risco que tem crescido a cada sessão no mercado brasileiro. A moeda americana já acumula 9 avanços em 11 dias úteis. E esta semana - repleta de pesquisas eleitorais - já começou com uma alta de 1,07%, que levou a cotação para R$ 3,9566. Foi o maior nível desde 29 de fevereiro de 2016, quando bateu, justamente, a marca de R$ 4,0036. Na máxima desta segunda-feira, a divisa americana chegou a R$ 3,9702, o que também não era visto em mais de dois anos.

De acordo com operadores, o receio sobre as próximas pesquisas eleitorais alimenta a busca por proteção, que já é sustentada pelo ambiente externo mais adverso para emergentes. Pela frente, os investidores enfrentam os resultados da pesquisa Ibope (hoje à noite) e do Datafolha (quarta-feira). Mais cedo, os números da CNT/MDA confirmaram alguns motivos de desânimo de muitos investidores, já que Geraldo Alckmin (PSDB) ainda enfrenta dificuldades para angariar apoio popular.

Candidato mais alinhado à agenda econômica defendida no mercado, Alckmin (PSDB) teve 4,9% das intenções de voto. Por outro lado, o ex-presidente Lula (PT) liderou a pesquisa com 37,3%, Jair Bolsonaro (PSL) veio em seguida com 18,3%, enquanto Marina Silva (Rede) ficou com 5,6%.

Entre os profissionais de mercado, cresce a preocupação de que os candidatos do Partidos dos Trabalhadores ganhem terreno nas pesquisas eleitorais, enquanto o Geraldo Alckmin (PSDB) segue patinando nas intenções de voto. Sinal de que as questões locais têm pesado sobre os negócios daqui, o real brasileiro teve o segundo pior desempenho diário entre as principais divisas globais, bem próximo da perda da lira turca (-1,15%).

O peso mexicano, por sua vez, se desvalorizou 0,50%, na terceira colocação mais negativa. “O nível de RS 4 (por dólar) já é uma realidade”, diz o profissional de Tesouraria de um grande banco local. “Com o externo piorando, o dólar vai tocar esse nível, sem dúvida. É uma questão de tempo”, acrescenta. Por ora, contudo, a moeda americana respeitou o ponto de R$ 3,97, que é considerado um nível importante de resistência antes dos R$ 4.00.

De qualquer maneira, mesmo que haja algum respiro, a leitura no mercado é de que o dólar deve ficar num patamar mais alto - sendo bem citado o intervalo de R$ 3,90 a R$ 3,95 no curto prazo - ante os cerca de R$ 3,80 poucas semanas atrás. Isso não significa, porém, que haja ampla pressão para intervenção do Banco Central com swap cambial. O que se ouve de operadores é que o movimento ainda é gradual, seguindo a pressão externa. O risco político responde por boa parte da alta, mas não a ponto de ser um gatilho claro para o BC conter os ânimos dos investidores.

 

Alternativa ao teto de gastos é não fazer o ajuste fiscal, diz Guardia

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou nesta segunda-feira (20) que as críticas ao teto de gastos são infundadas e as alternativas à medida que restringe a alta das despesas federais à inflação do ano anterior são negativas. Guardia participou hoje da 18ª edição do Valor 1000, evento do Valor que premia anualmente as companhias com melhor desempenho em 25 setores da economia brasileira.

Sem a regra do teto, só haveria duas opções ao governo, disse Guardia: abrir mão do ajuste fiscal, o que seria uma “temeridade”, ou, ainda, fazer um “aumento brutal” de impostos, a exemplo de 1998. O problema, disse, é que a carga tributária no Brasil, em 33% do PIB, já é muito elevada, e aumentar tributos num contexto de lenta recuperação da atividade seria algo “absolutamente contraproducente”. “Nosso problema não é falta de imposto”, comentou.

O problema, na visão do ministro, é que o Estado brasileiro tem gastos elevados e cresceu excessivamente nos últimos anos. Nesse sentido, o teto de gastos foi implementado para que as despesas federais voltem ao patamar de 15% do PIB em 2020. Questionado sobre se será possível cumprir o teto daqui dois anos sem a reforma da Previdência e a tributária, Guardia disse que o cumprimento da regra exige a mudança na lei de aposentadorias.

Previdência

“Gastamos 14% do PIB com Previdência, assim como o Japão, onde a população já envelheceu. A despesa com Previdência já cresce quase R$ 50 bilhões ano, isso terá impacto fiscal crescente”, alertou o ministro, acrescentando que a Previdência é condição necessária, mas não suficiente para que o teto de gastos seja respeitado. Outras reformas serão necessárias, disse, como um aprimoramento da gestão das despesas obrigatórias.

Guardia disse, ainda, que se o teto for estourado em 2021 ou 2022, a própria regra já embute um mecanismo automático de ajuste para que as despesas voltem ao limite no ano seguinte, com gatilhos como o congelamento de concursos públicos e aumentos para servidores.

Questionado sobre a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que excluiu do teto de gastos concursos cujas despesas são totalmente cobertas pelas taxas de inscrição, o ministro afirmou que a medida — que foi um erro, em sua opinião — foi restrita a um caso específico, mas pode criar um precedente. “Essa decisão me preocupa, porque teto de gastos é um mecanismo importante para fazer o ajuste fiscal”. Segundo ele, os três Poderes têm autonomia orçamentária, mas precisam cumprir o teto.

 

O ESTADO DE SÃO PAULO

Mercado mantém previsão para inflação em 2018 em 4,15%

Os economistas do mercado financeiro mantiveram a previsão para o IPCA – o índice oficial de preços – de 2018 e 2019. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 20, pelo Banco Central, mostra que a mediana para o IPCA este ano seguiu em 4,15%. Há um mês, estava em 4,11%. A projeção para o índice em 2019 seguiu em 4,10%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar.

O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2020, que seguiu em 4,00%. No caso de 2021, a expectativa foi de 3,93% para 3,90%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 4,00% e 3,95%, nesta ordem.

A projeção dos economistas para a inflação em 2018 está dentro da meta deste ano, cujo centro é de 4,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (índice de 3,0% a 6,0%). Para 2019, a meta é de 4,25%, com margem de 1,5 ponto (de 2,75% a 5,75%). No caso de 2020, a meta é de 4,00%, com margem de 1,5 ponto (de 2,5% a 5,5%). Já a meta de 2021 é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).

Há duas semanas, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação de julho foi de 0,33%, acima do 0,27% projetado pelo BC no último Relatório Trimestral de inflação (RTI), de junho. No acumulado do ano, o IPCA está em 2,94%.

No Focus, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2018 seguiu em 4,16%. Para 2019, a estimativa do Top 5 permaneceu em 4,20%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 4,09% e 4,06%, respectivamente.

No caso de 2020, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 4,00%, igual ao verificado há um mês. A projeção para 2021 no Top 5 seguiu em 3,75%, também igual ao visto um mês atrás.

 

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