Quarta-feira

VALOR ECONÔMICO

Lucro da atividade de incorporação desaba no ano

O desempenho do setor de incorporação despencou no primeiro trimestre, com retração de 97,9% no resultado líquido consolidado das companhias de capital aberto ante o mesmo período do ano passado, para R$ 8,4 milhões. O desempenho reflete a queda de 14,5% na receita líquida, para R$ 6,24 bilhões, a redução das vendas contratadas, os distratos elevados e as margens pressionadas de parte das empresas do setor.

Com o desempenho do trimestre, o grande volume de entregas previsto para o ano e a piora das condições de crédito para a produção e a compra de imóveis, a cautela das incorporadoras aumenta, e os lançamentos tendem a se retrair acima do que já era esperado. A retomada da melhora do resultado líquido e da receita do setor passa a ser ainda mais desafiadora. Não há consenso nas expectativas de quando o setor voltará a crescer.

Há quem diga que, se a demanda por imóveis aumentar no fim de 2015 e as incorporadoras passarem a lançar mais, o reflexo nos balanços será sentido só em 2017. A receita do setor é composta pela média móvel dos lançamentos e das vendas dos últimos três anos. Desde 2012, o desempenho operacional do setor tem encolhido, situação que se repetirá neste ano.

No trimestre, as companhias lançaram, em conjunto, R$ 1,74 bilhão, 68,4% a menos do que no mesmo período de 2014. As vendas líquidas caíram 37%, para R$ 4,23 bilhões, pressionadas pelas rescisões. Durante a divulgação de resultados, as incorporadoras sinalizaram que o desempenho de vendas em março foi superior ao dos dois primeiros meses do ano. Algumas incorporadoras de capital aberto ainda não lançaram nada neste ano, como Rossi Residencial, Tecnisa e Trisul.

A Rossi já informou que não fará lançamentos no segundo trimestre e que pode não apresentar nenhum novo projeto neste ano, conforme estiverem as condições de mercado. Apenas a Tenda ¬ divisão de baixa renda da Gafisa ¬ lançou, no primeiro trimestre, mais do que o mesmo intervalo de 2014.

Em teleconferência para comentar os resultados do primeiro trimestre, o co¬presidente da Cyrela, Raphael Horn, afirmou que a companhia será "muito mais seletiva" em relação a lançamentos do que já estava nos últimos anos. Os lançamentos da Cyrela previstos para o segundo trimestre superam os do primeiro trimestre.

Seletividade, cautela e acompanhamento das condições de mercado têm sido palavras de ordens no discurso das incorporadoras nos comentários sobre decisão de lançamentos. É o caso da PDG Realty e da divisão Gafisa, entre outras. Há quem afirme que vai lançar menos do que em 2014, caso da Even. Já a MRV informou que mantém a expectativa de lançamentos e vendas em linha com os de 2014.

Apesar dos esforços das incorporadoras para diminuir estoques e da redução acentuada de lançamentos, o volume de unidades prontas e em via de serem concluídas continua elevado, por conta dos distratos, da desaceleração da demanda e da concentração da entrega de empreendimentos de algumas incorporadoras em cidades com menos liquidez de vendas. Horn, da Cyrela, afirmou que a companhia busca "estoque pronto zero", mas que ainda está muito longe da meta.

O estoque de imóveis concluídos da maior incorporadora de capital aberto do país cresceu 17% em unidades no primeiro trimestre, ante o fim de 2014. "Cabe a nós aumentar os esforços para resolver este assunto", disse o co-presidente da Cyrela.

No empenho para acelerar vendas, incorporadoras concedem descontos, oferecem melhores condições de pagamento e incentivos a corretores. Para parte do setor, os abatimentos de preços resultam em queda expressiva das margens. A PDG, por exemplo, teve margem bruta de 15,6% no trimestre, ante 21,1% um ano antes.

A redução da margem da PDG resultou, principalmente, dos descontos concedidos, em março, na campanha de vendas "Na Ponta do Lápis". Na Rossi, a queda foi de 17,9% para 9,4%. A Helbor divulgou queda da margem bruta de 31,9% para 26,6% devido ao volume de distratos. A redução na Direcional Engenharia foi em patamar menor, de 23,3% para 21,1%.

O vice¬presidente da Direcional, Ricardo Ribeiro, disse que a companhia pode conceder descontos na venda de unidades de projetos específicos, mas sem "machucar" a margem bruta. O foco na venda de estoques prontos e quase concluídos e a redução de lançamentos e da compra de terrenos têm possibilitado a geração de caixa pelo setor. Mesmo assim, algumas incorporadoras continuam com alavancagem muito elevada.

A PDG registrou sua maior geração de caixa operacional, de R$ 410 milhões, no trimestre e, no fim do período, tinha alavancagem medida pelo indicador dívida líquida sobre patrimônio líquido de 128%, abaixo dos 133,9% de dezembro. A Tecnisa teve geração de caixa de R$ 91 milhões e encerrou março com alavancagem de 115%, registrando a quarta queda trimestral consecutiva desse patamar. A Rossi, que gerou caixa de R$ 121,8 milhões, fechou o trimestre com dívida líquida sobre patrimônio líquido de 110,9%. As recentes mudanças no crédito imobiliário tornam ainda mais difícil o reaquecimento do mercado imobiliário.

O crédito está mais caro e mais difícil para as incorporadoras e para o comprador. Na ponta da produção, a Caixa Econômica Federal informou às empresas que fechou a torneira para o financiamento de novos projetos. Os bancos privados não seguiram o movimento, mas aumentaram juros e estão mais cautelosos para conceder crédito.

O aumento das taxas de juros para os compradores tende a elevar o número de distratos, pois o enquadramento das prestações à renda do consumidor fica mais difícil. Segundo o diretor financeiro e de relações com investidores da Cyrela, Eric Alencar, os bancos têm aprovado os repasses dos recebíveis dos clientes, mas companhia avalia a possibilidade de voltar a financiar clientes após a entrega das chaves dos empreendimentos.

Outra preocupação do mercado é com a menor diluição das despesas gerais e administrativas na receita das incorporadoras, em um ambiente de menos atividade operacional. Apesar dos cortes de pessoal que vêm sendo anunciados, o indicador continua pressionando os resultados, pois não é possível, devido ao ciclo longo do setor, reduzir o número de funcionários em algumas áreas, como a de repasses, neste momento de muitas entregas de empreendimentos.

 

Incorporadoras tentam reduzir estoques em feirão no Rio

Para se desfazer dos estoques e abrir espaço para lançamentos, as 15 principais construtoras do Rio de Janeiro voltam a se reunir, neste fim de semana, em um mega evento, com forte investimento em marketing e promessa de manutenção das antigas condições de financiamento ¬ mesmo sem a participação da Caixa Econômica Federal (CEF).

A iniciativa, coordenada pela Patrimóvel, é a segunda em menos de seis meses com esse perfil e prevê 11 anúncios de televisão e 500 mil ofertas ativas via telemarketing. O presidente da Patrimóvel, Rubem Vasconcelos, espera que o evento seja um "divisor de águas" no difícil ano de 2015.

Na primeira edição, realizada em novembro, 1.500 pessoas se interessaram em conhecer os 5 mil imóveis que estavam à venda e 168 unidades foram comercializadas. Desta vez, são esperadas entre 3 e 4 mil pessoas para uma oferta de 10 mil imóveis em 75 empreendimentos. Para Vasconcelos, a venda desse estoque será determinante para destravar o mercado.

O executivo conta com a volta dos investidores, atraídos por preços ajustados. Além disso, como são empreendimentos com financiamento já aprovado por bancos privados, ele diz acreditar que haverá condições de crédito melhores do que as que começaram a vigorar recentemente.

Embora o mercado tenha voltado a fazer lançamentos, mesmo em um ritmo menor do que no passado, Vasconcelos diz que o estoque atrapalha porque as construtoras não conseguem formar preços novos que sejam competitivos. "Os lançamentos estão em compasso de espera porque as construtoras não conseguem chegar a um preço menor que o dos imóveis que já estão no mercado", explica.

A Calper, que acaba de firmar uma joint¬venture com a Paladin Realty Partners, gestora americana de fundos que já investia em projetos de outras incorporadoras, como a Even, confirma essa dificuldade na formação de preços.

Segundo o diretor da empresa, Carlos Henrique Blecher, como as construtoras ficaram muito tempo sem fazer lançamento, o carregamento dos terrenos acaba onerando a Taxa Interna de Retorno (TIR) dos empreendimentos. A solução é vender o terreno para não ter de reconhecer o impacto.

Blecher explica que a conjuntura afeta principalmente as construtoras de capital aberto. Para a Calper, trata¬se de uma oportunidade, já que a joint¬venture garantirá até R$ 50 milhões para a compra de novos terrenos. "É uma notícia boa em um momento ruim. Estamos nos reposicionando, mas sem alavancagem", diz, explicando que seu primeiro lançamento no ano, previsto para junho, na Freguesia, será em um terreno da MVL.

A Calper passou de um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 600 milhões em 2013 para R$ 140 milhões no ano passado, quando fez apenas um lançamento. Para este ano, planeja fazer dois lançamentos já dentro da nova parceria, repetindo o VGV de 2014.

 

Fitch prevê queda em produção de cimento no Brasil em 2015

A agência de classificação de risco Fitch Ratings projeta uma queda de 5% no volume de cimento produzido no Brasil em 2015. No ano passado, a produção do insumo cresceu apenas 1,4%, para 72 milhões de toneladas, menor taxa de crescimento em cinco anos. “As companhias com volume de vendas concentrado por região, como a Cimento Tupi, estarão sob forte pressão em 2015”, alerta a Fitch.

A agência também destaca que a ação do Conselho de Administração e Defesa Econômica (Cade) contra as grandes cimenteiras, devido à combinação de preços e violações da lei antitruste, continua sem solução em 2015, pois as companhias recorreram das punições.

Se o recurso fracassar, a Votarantim precisará pagar US$ 672 milhões; a Cimpor, US$ 133 milhões; a InterCement Brasil, US$ 108 milhões; a Itabira, US$ 184 milhões; a Holcim, US$ 227 milhões; e a Itambé, US$ 40 milhões. O cenário-¬base da Fitch considera que esses pagamentos serão feitos ao longo de vários anos e não levariam a ações de rating negativas. As seis empresas representam aproximadamente 75% do mercado brasileiro de cimento e concreto.

 

Produtividade industrial cai e reforça visão do Banco Central

O ajuste do mercado de trabalho está sendo mais intenso sobre o emprego industrial do que sobre o salário médio. De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o emprego e as horas trabalhadas na indústria de transformação recuaram 3,9% e 4,6% nos 12 meses encerrados em março, percentuais inferiores à queda da produção, que foi de 6,1%.

O dado mostra uma piora da produtividade da indústria, que havia se recuperado no ano passado. Tais números reforçam o que vem afirmando o Banco Central, que vê "distensão no mercado de trabalho", mas de forma ainda "insuficiente" para a segurança da política monetária. Junto com os dados de demissão, a pesquisa do IBGE mostra que os salários subiram mais que a inflação e a produtividade nesse período, quadro que cria pressões de custo na indústria de transformação e, por consequência, traz riscos de inflação.

Na comparação de 12 meses, a queda da produtividade foi de 1,5% e o salário real na indústria cresceu 1,1%. Tal situação mostra que, apesar do ajuste já feito no emprego, subiu o chamado custo unitário do trabalho (o quanto custa para produzir uma caneta, uma calça jeans, um automóvel), o que mantém a inflação pressionada. "A variável chave para o ajuste é o salário real. É ele que precisa cair para levar a uma redução de custos na indústria", observa a economista¬chefe da XP Investimentos, Zeina Latif.

Ela pondera que já há uma moderação dos ganhos salariais, mas insuficiente para tornar a indústria mais competitiva. "Por enquanto o que vemos é um ajuste mais forte pelo lado do emprego. Se ele fosse mais forte pelo lado do salário, seria melhor para a economia", diz ela, acrescentando que o quadro de queda da produtividade associada ao aumento do custo do trabalho é uma "desgraça".

Embora a retração do emprego na indústria brasileira não seja um processo novo ¬ os dados do IBGE apontam que o emprego industrial vem encolhendo há 42 meses seguidos ¬ os números de março mostram que ainda há espaço para piora em 2015, na visão de José Francisco de Lima Gonçalves, economista-¬chefe do Banco Fator. "A trajetória de queda é um pouco pior do que parecia, mas o ajuste da indústria ainda está acontecendo. Quando o rendimento continua crescendo é porque você não chegou na pior parte", diz.

O pior momento na indústria virá, segundo Gonçalves, quando as demissões derrubarem a folha de pagamento, que vinham caindo mês a mês, mas em níveis próximos da estabilidade, com alta de 0,1% em março, após recuos em fevereiro (¬0,6%) e janeiro (¬0,7%). Com o efeito das demissões, o valor da folha de pagamento real na indústria caiu 2,8% no acumulado em 12 meses até março, foi o mais intenso desde janeiro de 2004.

O indicador do número de horas pagas pela indústria, que vem se deteriorando no acumulado em 12 meses e registrou baixa de 4,6% em março, sinaliza que as demissões devem se intensificar ainda este ano, diz Gonçalves. "São um indicador antecedente porque mostram, em tese, que há gente sobrando", diz.

Essa avaliação é partilhada pela Rosenberg & Associados. Segundo a consultoria, o recuo no emprego industrial tem sido mais rápido que o previsto e acompanha a queda "surpreendente", em sua avaliação, da produção do setor. Para a Rosenberg, a forte desaceleração do varejo e dos serviços também influenciam de forma negativa este cenário, assim como o desemprego em geral, "que está crescendo mais rápido do que se imaginava", diz a equipe de analistas da consultoria.

Em um cenário recessivo, em um ano de ajuste, em que as desonerações concedidas a alguns segmentos da indústria devem ser revistas pelo governo, a tendência é que as demissões no setor ganhem intensidade, em especial naqueles intensivos em mão de obra, diz Gonçalves.

Barreiras que impediram até aqui as decisões de mais cortes por parte dos empresários, como o custo de demissão e de treinamento de funcionários, perdem peso em um cenário recessivo. "Quando se vai para a recessão, o empresário fala: se eu não demitir, quebro. Eu não tenho dúvida que isso é uma coisa para 2015", acrescenta o economista do Fator.

Na opinião de Luiz Martins de Melo, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o desempenho ruim evidenciado nos dados de março é só um "aperitivo" do aperto pelo qual a economia brasileira passará em 2016. Melo vê no ano que vem a perspectiva de mais esforço fiscal e retração econômica para evitar que o país tenha sua nota rebaixada pelas agências de classificação de risco. "Em 2016 é que virá o arrocho".

Uma boa notícia trazida nos dados de março da Pimes foi a queda no custo unitário do trabalho em dólar, mas o efeito real dessa correção ainda vai depender do comportamento futuro do câmbio (cuja taxa de abril já foi menor que a de março) e da inflação doméstica. O custo unitário do trabalho nominal em dólar recuou em março expressivos 23,1% sobre igual mês do ano anterior, após cair 13,4% em fevereiro.

Em relatório, o Fator destaca que o câmbio fechou fevereiro a R$ 2,84 e se depreciou até R$ 3,20 no final de março. "Embora não seja tão evidente assim, o custo está caindo", diz, ponderando que, se o dólar voltar para baixo de R$ 3, tal vantagem se desfaz rapidamente.

Do ponto de vista da inflação, esse cenário de demissões e desaquecimento na indústria não tem mostrado o efeito desejado sobre os preços e não tem ajudado o Banco Central na tarefa de levar à inflação à meta porque está afetando mais a ocupação do que o rendimento. "Quando se demite muita gente qualificada e se contrata mais barata, a média cai e você caminha para o fundo do poço", conclui o economista do Fator.

 

PORTAL NO AR

Confiança de industriais do RN tem menor nível no mês de maio da história

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) do Rio Grande do Norte passou de 40,0 para 39,1 pontos, mostrando que a falta de confiança dos empresários aumentou entre abril e maio.

Com esse desempenho, o índice atingiu o nível mais baixo para um mês de maio de toda a série histórica mensal, iniciada em janeiro de 2010, e se afastou mais ainda da linha divisória dos 50 pontos, o que revela que a falta de confiança se espalhou por toda a indústria potiguar.

Todos os setores industriais (indústria da construção e indústrias extrativa e de transformação) e portes de empresas analisados (pequenas e médias e grandes indústrias) apontaram índices inferiores a 50 pontos, o que revela falta de confiança dos executivos consultados. O ICEI potiguar vem sinalizando falta de confiança há onze meses.

Em matéria de falta de confiança, o Rio Grande do Norte seguiu a tendência nacional, embora o ICEI do segundo grupo tenha se mantido praticamente estável.

 

JORNAL CEARÁ AGORA (CE)

Operários da construção civil realizam manifestação em Fortaleza

Os operários filiados ao Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil de Fortaleza (STICCRMF) realizaram uma nova manifestação no bairro Meireles na manhã desta terça-feira (19/05). Esta é a oitava paralisação da categoria este ano.

De acordo com o sindicato, cerca de 2 mil operários fecharam o cruzamento entre as avenidas Abolição e Barão de Studart, parando as obras de cinco edifícios durante duas horas, de 7 horas às 9 horas. O ato acontece de maneira pacífica.

Reajuste de 14% no salário

Entre as reivindicações dos operários está o reajuste de 14% no salário e a cesta básica no valor de R$ 130,00, além da contratação de 5% de mulheres para os canteiros de obras. Eles vão contra a proposta oferecida pelos empresários de 7,68% de reajuste e o aumento de R$90,00 para R$96,00 da cesta básica.

O STICCRMF também afirma que foi aprovada, para o dia 29 de maio, dia nacional de paralisações, uma nova manifestação junto a outras categorias de trabalhadores como os motoristas de ônibus.

 

JORNAL EXTRA

Greve de operários da construção civil do Rio deve terminar nesta quarta-feira

A greve dos trabalhadores da construção civil pesada, que completa três dias, deve ter um desfecho hoje. Às 15h, os sindicatos que representam patrões e empregados terão uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para chegar a um acordo sobre os reajustes da categoria.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Industrias da Construção Pesada (Sitraicp), os empregados reivindicam um aumento salarial de 8,5% e uma correção de 12,9% para a cesta básica, cujo valor passaria de R$ 310 para R$ 350 por mês. O Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon) não aceita que ambos os reajustes, de salários e benefícios, sejam superiores a 7,13%, percentual referente ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) dos 12 meses anteriores a fevereiro deste ano, data-base da categoria.

- Queremos um pequeno ganho real para os salários, de pouco mais de 1%. Os trabalhadores já abriram mão de outras reivindicações, como planos de saúde para todos - explicou Nilson Costa, presidente do Sitraicp.

De acordo com o sindicato, cerca de 70% dos 14 mil trabalhadores do setor, na cidade do Rio, aderiram à paralisação. Mas Renilda Cavalti, diretora de Relação do Trabalho do Sinicon, afirma que a adesão foi de 20% a 30%.

Entre as obras afetadas pela greve estão a construção do reservatório para águas pluviais na Grande Tijuca, da construtora OAS, da Linha 4 do metrô, de Ipanema à Barra da Tijuca, sob responsabilidade da concessionária Rio Barra, e o Complexo Esportivo de Deodoro, que receberá 11 modalidades olímpicas nos Jogos de 2016 e cujo consórcio é formado pelas empresas Queiroz Galvão e OAS.

Em nota, a concessionária Rio Barra afirmou que a adesão à greve foi baixa nas obras da Linha 4, tendo a maior parte dos operários comparecido ao trabalho, exceto em três canteiros de obras, nos quais o contingente mínimo de 30% do efetivo, determinado por liminar, não foi cumprido. A empresa também disse que ainda é cedo para avaliar o impacto da greve sobre o cronograma das obras.

A Queiroz Galvão e a OAS não se manifestaram sobre a paralisação, mas fontes das empresas afirmaram que a adesão foi de cerca de 5% em Deodoro e 50% nas obras de construção dos reservatórios da Grande Tijuca.

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