Sexta-feira

FOLHA DE SÃO PAULO

Aluguel residencial com vencimento em janeiro sobe 3,7%

A renovação do aluguel residencial com vencimento em janeiro e corrigido pelo IGP-M (índice Geral de Preços - Mercado) terá um reajuste de 3,7%.

Essa é a variação acumulada em 12 meses do indicador que é amplamente utilizado para corrigir contratos de locação.

"O IGP-M é eleito um dos principais indicadores para reajustes contratuais, incluindo o aluguel, por ser o primeiro a ser divulgado, ainda dentro do mês de referência", explica Edson Kitamura, gerente do Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP (sindicato do mercado imobiliário).

Assim, a divulgação da variação mensal de 0,62% do IGP-M, em dezembro, fecha o comportamento dos preços no período compreendido entre os meses de janeiro a dezembro de 2014.

Para ajudar no cálculo do novo aluguel, o Secovi-SP divulga mensalmente o fator de atualização, que para pagamento em fevereiro será de 1,0369.

Para atualizar um aluguel de R$ 1.500,00, por exemplo, que vigorou até dezembro de 2014, multiplica-se R$1.500,00 por 1,0369, resultando em R$ 1.555, que é o aluguel de janeiro, a ser pago no final deste mês ou no início de fevereiro.

 

PINIWEB

Telhados verdes passam a ser obrigatórios em edifícios de grande porte no recife

A Prefeitura de Recife, em Pernambuco, anunciou na última sexta-feira (16) a criação de novas diretrizes de compensação para construções no entorno de praças e parques e para a implantação de telhados verdes nos edifícios. As iniciativas já foram aprovadas pela Câmara Municipal e publicadas no Diário Oficial do Município. O objetivo da lei do telhado verde é promover, por meio da implantação de coberturas vegetais em edificações de grande porte, a diminuição das ilhas de calor, que concentram altas temperaturas, transformando dióxido de carbono (CO2) em oxigênio (O2).

Além da cobertura vegetal, a lei prevê que os projetos devem contemplar a construção de reservatórios de acúmulo e retardo das águas pluviais, que cumprirão a função de auxiliar na microdrenagem da cidade. Já a lei que define as novas diretrizes de compensação para construções no entorno de praças e parques visa a criação de faixas de amenização ambiental de dois metros de comprimento na frente dos terrenos dos empreendimentos localizados no entorno de praças e parques com tamanho acima de 600 m², ou em ruas que levem a eles.

O aumento do espaço destinado a áreas verdes e o maior plantio de árvores também estão previstos para as construções nos arredores das praças e parques em até 10%, sendo que o raio de proteção varia de acordo com a dimensão do espaço verde e vai de 50 a 100 metros. Os projetos urbanísticos aprovados depois do dia 13 de janeiro já estão sujeitos às novas normas.

 

VALOR ECONÔMICO

Copom deixa mais de uma porta aberta para Selic

O Banco Central ainda vê incertezas no cenário inflacionário até o segundo semestre deste ano, por isso a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada ontem, deixou aberta mais de uma porta para os passos futuros da estratégia de política monetária. O Valor apurou que, na visão do BC, as incertezas vão além da inflação mais pressionada em janeiro e fevereiro.

A julgar pelas projeções dos analistas, a inflação do segundo semestre terá flutuações nos índices acumulados em 12 meses. O fenômeno é estatístico, mas ainda assim importante. O BC trabalha com seus próprios prognósticos, mas os números do mercado dão uma ideia dos desafios. O mercado prevê uma variação do IPCA de 1,2% em janeiro e de 1% em fevereiro, o que elevaria a inflação acumulada em 12 meses para, respectivamente, 7,1% e 7,43%. A partir de março, teria um período de queda, até chegar a 6,84% em junho. Em julho, aparecem os efeitos estatísticos. Nesse mesmo mês em 2014 a inflação foi de apenas 0,01% e, para julho deste ano, o mercado projeta 0,27%.

A pressão persistirá em agosto, com a projeção de uma variação de preços de 0,32%, ante 0,25% em agosto de 2014. Assim, os índices em 12 meses subiriam para um pico de 7,19% em setembro. A partir de setembro, a inflação entraria em trajetória de queda, com leve repique em novembro. Nessa trajetória, em nenhum momento a inflação ficaria abaixo do teto da meta, de 6,5%. Mas a tendência para 2016 é de queda em direção à meta de 4,5%. Para tanto, será fundamental a ancoragem das expectativas do mercado. Tal diagnóstico foi antecipado ontem pelo Valor PRO, serviço em tempo real do Valor. Outra incerteza é o reajuste de energia elétrica.

Na ata divulgada ontem, o Copom reviu de 17% para 27,6% a sua projeção para o ajuste nas contas de luz. É a melhor estimativa para o momento, incorporando as informações disponíveis. Mas há dúvidas se essa alta será suficiente e, se for necessário mais, quando isso ocorreria. Não se sabe o quanto vai chover daqui até o período seco. O ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, disse ontem que "está chovendo mais nos lugares certos".

A ata reforçou que a intenção do BC é chegar ao centro da meta, de 4,5%, em 2016. Mas há também a preocupação com a inflação deste ano. As altas de juros feitas neste começo de ano se transmitem à inflação com nove meses de defasagem ¬ ou seja, o destino do IPCA de 2015 não está selado. Tal cenário ainda incerto fez com que o Copom fosse cauteloso. Não à toa, o parágrafo ¬chave da ata de ontem começa de forma "dovish" (defensor de uma política mais branda) e termina "hawkish", mais preocupados com o excesso de impulso monetário. O texto inicia dizendo que houve progressos, mas pondera que o avanço não é ainda suficiente. O BC, mais uma vez, dividiu as incertezas do cenário inflacionário com o mercado. O que se pode dizer, neste momento, é que a alta de juros em março será de pelo menos 0,25 ponto percentual.

 

BC nunca foi tão claro quanto à meta de inflação que persegue

A ata da primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do 2º mandato de Alexandre Tombini na presidência do Banco Central (BC) não autoriza bancar apostas em aumento de 0,25 ou 0,50 ponto percentual da taxa básica brasileira na próxima reunião do colegiado, em março, mas inspira consenso em indicações inquestionáveis neste momento: o BC nunca foi tão claro quanto à meta de inflação que persegue e em que prazo pretende alcançar e demonstra firme compromisso com a convergência do indicador para o centro da meta (4,5%) em 2016; o Brasil está crescendo abaixo do Produto Interno Bruto (PIB) potencial, uma taxa que permite a expansão da atividade sem efeitos inflacionários; e o atual ciclo de aperto monetário ainda não deve ter terminado, no mínimo, porque não caberia ao BC sinalizar o seu encerramento com a inflação corrente altiva em 6,70% no cálculo em 12 meses, e a projeção do final deste ano em 6,99%.

Em um gesto que demonstra forte confiança ou absoluta falta de alternativa, mostra a ata do Copom, o comando do BC utilizou como indicador fiscal para tomar sua decisão de política monetária, na semana passada, as metas de superávit primário de 1,2% do PIB em 2015 e de 2% do PIB em 2016, anunciadas em 27 de novembro por Joaquim Levy, então ministro nomeado pela presidente Dilma Rousseff para a pasta da Fazenda. Gravando as informações de novembro na ata publicada hoje, o BC afiança as metas do Ministério da Fazenda.

Nos últimos três anos, o crédito do BC foi dedicado a um instrumento impessoal ¬ à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do ano em curso e ao Projeto da LDO do ano seguinte. Até por ser fiador de metas fiscais da Fazenda ¬ sob comando de um ministro que vem surpreendendo investidores por importantes decisões colocadas em prática em menos de um mês, numa atitude crucial para resgatar a confiança no governo¬, o comando do BC destaca na ata do Copom "a importância do desenvolvimento de elementos no âmbito parafiscal no contexto no qual decisões futuras de política monetária serão tomadas, com vistas a assegurar, no próximo ano, a convergência da inflação para a meta de 4,5%".

Não resta dúvida de que o BC do Brasil encerraria, se pudesse, o ciclo de alta do juro, como indica a subtração de algumas expressões singulares que constavam das atas anteriores ¬ como "fazer o que for necessário" para garantir a convergência da inflação para a meta. O BC sabe que está na contramão da política monetária de outros bancos centrais que já estrearam um ciclo de afrouxamento monetário, antecipando¬-se à combinação de dois movimentos: ao reforço da política expansionista do Banco Central Europeu (BCE), que anunciou um novo programa de compras de ativos, inclusive títulos soberanos, e à postergação do ciclo de aumento do juro pelo Federal Reserve, o BC dos Estados Unidos.

Com a inflação pressionada ¬ ainda que a caminho da drenagem do sobrepeso provocado pela correção de preços administrados neste início de ano ¬, a economia brasileira está perdendo a capacidade de crescer, ao mesmo tempo em que o Copom não ganha espaço para cortar o juro. Esta saia justa obriga o BC a colocar um "imperativo fiscal" em suas contas. Tombini precisa do compromisso de Levy para potencializar expectativas favoráveis que serão alimentadas assim que o peso das tarifas começar a desembarcar da inflação.

Há risco de não vingar a estratégia do BC, que contempla a perspectiva de desaceleração do ajuste da Selic, seguida da conclusão do ciclo de aperto monetário? Evidentemente, sim. Primeiro, porque fatores inesperados podem alterar o cenário a qualquer momento. Segundo, porque pairam dúvidas quanto à capacidade do governo de cumprir a meta fiscal.

O cumprimento de 1,2% do PIB em superávit primário neste ano pode parecer modesta, se comparada a objetivos perseguidos (e alcançados no passado não muito distante), mas a natureza do balanço de receitas e despesas é outra e pouco se calcula, por ora, sobre as consequências de mobilizações e ações judiciais contra algumas das medidas anunciadas pelo governo e já em vigor.

O mercado sabe hoje que o Copom vê a inflação seguindo em direção a 4,50% no ano que vem. Acabou, portanto, o cambalacho. A meta de inflação não é o centro inflado pela banda constituída para acomodar choques de preços. Tudo indica que o BC restaurou o princípio de que meta é meta e banda é banda. Se for assim, o avanço é grande.

 

Bradesco prevê estabilidade dos calotes

Em um ano de resultado recorde, o Bradesco fechou 2014 com a menor expansão do crédito desde 2009, quando após a queda do americano Lehman Brothers o Brasil encolheu 0,2%, configurando a primeira retração da economia em 17 anos. O ritmo mais lento do principal produto bancário, porém, não impediu o banco de registrar um lucro líquido de R$ 15,09 bilhões, com alta de 25,6% na comparação com 2013.

No quarto trimestre, o avanço foi de 29,7%, para R$ 3,99 bilhões. Para 2015, o avanço do crédito pode ser ainda pior pelas projeções do segundo maior banco privado do país, mas a instituição não espera problemas com a inadimplência.

O estoque de empréstimos e financiamentos do segundo maior banco privado cresceu 7,3% em 2014, considerando-¬se apenas os desembolsos classificados pela metodologia do Banco Central. Em 2009, o avanço tinha sido de 6,1%. "A moderação deve ser a tônica do crédito em 2015", disse Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, durante teleconferência com jornalistas. Pelo critério de carteira de crédito expandida, que inclui debêntures, avais e finanças, o Bradesco projeta uma expansão de 5% a 9% neste ano.

Em 2014, ficou em 6,5% por esse conceito, abaixo da previsão entre 7% e 11%. Trabuco descreve 2015 como um ano de "desafios", mas não prevê no caminho do Bradesco uma dificuldade que costuma trazer muita dor de cabeça aos bancos: alta da inadimplência. O segundo maior banco privado do país espera uma estabilidade no nível de calotes em torno de 3,5%, uma previsão questionada por analistas. "Embora não esperemos uma grande deterioração dos ativos do banco, prevemos deterioração de 30 pontos base e, como resultado, prevemos que as despesas com provisão cresçam um pouco mais que o crescimento da carteira", afirmaram os analistas do BTG Pactual em relatório.

No trimestre, o banco conseguiu reduzir ligeiramente seu índice de inadimplência em 0,1 ponto percentual. A retirada de uma série de créditos vencidos contribuiu para a queda do índice. As baixas somaram R$ 1,1 bilhão, volume 16,1% maior do que no trimestre anterior.

Para Luiz Carlos Angelotti, diretor de relações com investidores do Bradesco, em 2015 as despesas de provisão para créditos devem se expandir em um ritmo inferior ao do estoque de empréstimos. Isso deve ocorrer porque linhas com inadimplência reduzida, como crédito consignado e financiamento imobiliário, estão ganhando mais espaço no portfólio do banco.

Questionado sobre o impacto da operação Lava¬Jato para o sistema financeiro, Trabuco disse que não vê uma possibilidade de contágio para os bancos. O executivo afirmou, porém, que "o momento é de desconforto com a maior empresa brasileira", referindo¬se à Petrobras. "Estamos passando por um momento de depuração." Diante da expansão mais moderada do portfólio de crédito ao longo deste ano, o Bradesco deve repetir a fórmula usada em 2014, quando teve um retorno sobre o patrimônio de 20,1%: crescimento das despesas abaixo da inflação e aumento das receitas não ligadas a empréstimos, principalmente seguros. 

Para o spread de crédito, em 10%, o banco não prevê espaço para aumento. "Se o crescimento do crédito claramente desapontou, todas as outras linhas foram bem: a margem líquida de juros melhorou durante o ano, as receitas com serviços cresceram 12%, os gastos cresceram alguns pontos abaixo da inflação e a qualidade dos ativos mostrou uma performance muito boa", resumem em relatório os analistas do BTG Pactual, que projetam um lucro 11,3% maior em 2015. Em um dia em que o Ibovespa oscilou bastante e fechou a 0,14%, as ações preferenciais do Bradesco fecharam com queda de 1,2%.

 

EXAME

Levy informa investidor estrangeiro sobre ajuste fiscal

Brasília - No dia que em que o governo anunciou o maior rombo nas contas públicas da história do País, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, recebeu investidores institucionais estrangeiros que desembarcaram em Brasília para obter, justamente, informações sobre o ajuste fiscal do governo em 2015.

Uma das principais metas do governo é retomar a confiança na economia para atrair novos investimentos. E o ministro intensificou ontem essas conversas com o setor privado.

O grupo estava preocupado, sobretudo, com as negociações políticas no Congresso Nacional para aprovação de medidas adotadas pelo governo que fazem parte da estratégia de recuperação do superávit primário das contas do setor público a partir deste ano.

Entre elas, as novas regras para o acesso dos trabalhadores a benefícios trabalhistas e previdenciários, que vêm desencadeando protestos de centrais sindicais.

Na conversa, que durou cerca de 40 minutos, o ministro procurou mostrar a importância do novo Ministério da presidente Dilma, que conta com políticos experientes e líderes em seus setores de atuação - entre eles Armando Monteiro (Desenvolvimento), Kátia Abreu (Agricultura), Gilberto Kassab (Cidades) e Eduardo Braga (Minas e Energia).

O ministro Levy disse, segundo apurou o Estado, que a "qualidade" desse time terá papel importante nas negociações que vão começar na semana que vem, com o retorno dos trabalhos legislativos.

A reunião não estava na agenda do ministro. Inicialmente, a conversa era com o secretário executivo, Tarcísio Godoy. Mas Levy resolveu participar também do encontro com os investidores.

Para contrapor o resultado negativo fiscal de R$ 17,2 bilhões nas contas do governo central, o ministro também reforçou o compromisso da equipe econômica e de todo o governo com o cumprimento da meta fiscal deste ano, de R$ 66,3 bilhões, o equivalente a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB).

A criação ontem de um grupo de trabalho para aumentar o controle a eficiência dos gastos públicos é o trunfo que o governo conta para garantir os resultados prometidos.

Preocupados com a situação da Petrobrás, os investidores também questionaram muito o ministro Levy sobre a situação do balanço da empresa, que não incluiu as perdas envolvendo a corrupção apurada pela Operação Lava Jato.

Boa parte das perguntas era sobre a petrolífera e o impacto na economia. Em resposta, o ministro não falou diretamente sobre o balanço. Diferentemente do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, Levy não integra o conselho de administração da empresa.

Ele insistiu, porém, na avaliação de que a Petrobrás tem ativos e competência para superar esse momento delicado. Os investidores avaliam que há demanda para a compra de ativos no Brasil, inclusive participação nos empreendimentos, mas permanece grande insegurança em relação ao desdobramentos da Lava Jato.

 

FOLHA DE SÃO PAULO

Agência de risco Moody's rebaixa todos as notas da Petrobras

A agência de classificação de risco Moody's rebaixou todos as notas de crédito da Petrobras na noite de quinta-feira (29), citando preocupações com investigações sobre corrupção na estatal e possível pressão sobre a liquidez da companhia em função de atraso na divulgação do balanço auditado.

A ação incluiu um rebaixamento na dívida sênior não securitizada da petroleira para Baa3 ante Baa2. Segundo a Moody's, as notas permanecem em revisão para mais um rebaixamento.

REVISÃO PARA BAIXO

No dia 23 de dezembro, a Moody's colocou a nota de crédito da estatal em revisão para possível corte. Esse passo significava que a agência iria analisar nas próximas semanas informações sobre a estatal que poderiam embasar uma redução.

A agência disse no mês passado que a revisão refletia preocupações quanto a potenciais pressões caso a companhia não cumprisse as exigências de publicação dos resultados financeiros, levando os investidores a acelerar os resgates.

A Petrobras havia adiado várias vezes a divulgação de seu balanço não auditado, o que finalmente ocorreu na quarta-feira (28).

BALANÇO

A estatal viu seu lucro despencar 38% no terceiro trimestre de 2014, em comparação com o trimestre anterior, de R$ 4,9 bilhões para R$ 3,1 bilhões. Em relação ao terceiro trimestre do ano anterior, o lucro caiu 9%.

O valor, contudo, não contabiliza o dinheiro perdido em desvios investigados na Operação Lava Jato e nem a perda de valor recuperável de alguns de seus ativos por efeito do escândalo de corrupção. A companhia atrasou o balanço desde 14 de novembro justamente para a realização de tal ajuste.

As ações da petroleira repercutiram negativamente os números na BM&FBovespa. Os papéis preferenciais, mais negociados e sem direito a voto, despencaram 11,21%, para R$ 9,03 cada um. Já os ordinários, com direito a voto, tiveram desvalorização de 10,48%, para R$ 8,63. Ambos chegaram a cair até 12% cada um durante o dia.

A estatal afirma em balanço que a metodologia que adotou para descontar o valor incorporado indevidamente como investimento, mas desviado em esquema de corrupção entre 2004 e 2012, mostrou-se "inadequada" e, por isso, recuou da promessa de subtrair o valor de seus ativos.

A fórmula, diz a Petrobras, tinha "elementos que não teria relação direta com pagamentos indevidos".

Em comunicado divulgado com o balanço, a presidente da companhia, Maria das Graças Foster, reconhece a necessidade de ajustes, mas diz que é "impraticável a exata quantificação destes valores indevidamente reconhecidos, dado que os pagamentos foram efetuados por fornecedores externos e não podem ser rastreados nos registros contábeis da Companhia."

No documento, Foster disse que a fórmula criada, e posteriormente desprezada, apontava a necessidade de ajuste de R$ 88,6 bilhões em seus ativos, baixa que incluiria os custos atribuídos à corrupção, além de falhas e contingências nos projetos, dentre outros.

INVESTIMENTOS

Um dia após a divulgação do balanço, na quinta-feira (29), a presidente da estatal, Graça Foster, anunciou que irá cortar investimentos da companhia a ponto de reduzir a carteira de exploração de petróleo "ao mínimo necessário" e que irá também desacelerar o ritmo das obras das refinarias Comperj, em construção em Itaboraí, região metropolitana do Rio, e Abreu e Lima, em Pernambuco.

Graça fez a afirmação durante teleconferência com analistas para detalhar os resultados não auditados da empresa para o terceiro trimestre de 2014.

Durante a entrevista coletiva que se seguiu à teleconferência, o diretor de Exploração e Produção da companhia, José Maria Formigli, afirmou que reduzir a exploração "ao mínimo necessário" significa dizer que a empresa não deverá entrar em leilões de novas áreas de petróleo este ano.

Formigli reconheceu, contudo, que a decisão de participação da estatal ou não em novos leilões depende também de uma orientação do governo. Se couber somente à Petrobras, disse ele, a disputa por novas áreas "será de uma seletividade imensa".

 

Aluguel residencial com vencimento em janeiro sobe 3,7%

A renovação do aluguel residencial com vencimento em janeiro e corrigido pelo IGP-M (índice Geral de Preços - Mercado) terá um reajuste de 3,7%. Essa é a variação acumulada em 12 meses do indicador que é amplamente utilizado para corrigir contratos de locação.

"O IGP-M é eleito um dos principais indicadores para reajustes contratuais, incluindo o aluguel, por ser o primeiro a ser divulgado, ainda dentro do mês de referência", explica Edson Kitamura, gerente do Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP (sindicato do mercado imobiliário).

Assim, a divulgação da variação mensal de 0,62% do IGP-M, em dezembro, fecha o comportamento dos preços no período compreendido entre os meses de janeiro a dezembro de 2014.

Para ajudar no cálculo do novo aluguel, o Secovi-SP divulga mensalmente o fator de atualização, que para pagamento em fevereiro será de 1,0369.

Para atualizar um aluguel de R$ 1.500,00, por exemplo, que vigorou até dezembro de 2014, multiplica-se R$1.500,00 por 1,0369, resultando em R$ 1.555, que é o aluguel de janeiro, a ser pago no final deste mês ou no início de fevereiro.

 

O ESTADO DE SÃO PAULO

Pela 1ª vez, China supera EUA como maior destino de investimentos

O Brasil subiu duas posições e terminou 2014 como o quinto maior destino de investimentos estrangeiros diretos no mundo, superando todos os países europeus. Os dados são da ONU e apontam que, pela primeira vez, a China superou os EUA e se transformou o maior receptor de investimentos do mundo. Porém, a entidade alerta que 2015 pode marcar uma queda importante de investimentos nos emergentes, principalmente aqueles que dependem de commodities e onde o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) sofreu um forte freio, como no Brasil.

De fato, os dados apontam que o volume total de investimentos enviados ao Brasil caiu de US$ 64 bilhões em 2013 para US$ 62 bilhões em 2014. A redução de 4%, porém, foi mais suave que a média mundial, que teve redução de 8%. Entre 2012 e 2013, o Brasil também já tinha perdido outros 4%.

A tendência de queda pode continuar em 2015. No ano passado, empresas investiram US$ 1,26 trilhão, um valor distante do pico de 2007, quando os investimentos diretos chegaram a US$ 1,9 trilhão. O ano de 2014 só não foi pior que 2009, quando os investimentos chegaram a US$ 1,1 trilhão. "Esse foi o segundo pior ano da crise", declarou James Zhan, diretor de Investimentos da Conferência da ONU para Comércio e Desenvolvimento (Unctad). Para ele, um "aumento sólido de investimentos continua sendo um cenário distante". Com baixo crescimento do PIB mundial, volatilidade nas moedas e a queda dos preços de commodities, as perspectivas para 2015 são também das mais "incertas".

Para Zhan, o Brasil "sofreu menos que os demais" e por isso subiu no ranking, superando Reino Unido, França e Alemanha. Na avaliação da ONU, o que pesou negativamente foi a queda dos investimentos no setor de commodities, afetado pelo preço dos bens primários em queda. Zhan alerta que a menor expansão desse setor deve continuar em 2015, principalmente entre os emergentes. No setor industrial, porém, uma alta do fluxo foi registrada no Brasil. Segundo a ONU, as aquisições no país aumentaram em 45%, para um total de US$ 14 bilhões. Zhan acredita que as condicionalidades impostas pelo governo às multinacionais e os incentivos fiscais oferecidos em áreas como automotivo, farmacêutico e informática estão dando resultados positivos na atração de investimentos estrangeiros ao País. "O que permitiu o Brasil ocupar essa posição foi sua política industrial, que parece dar resultados", indicou.

Na Organização Mundial do Comércio, porém, a Europa questiona os incentivos dados pelo governo brasileiro e abriu uma disputa comercial. Se condenado, o Brasil terá de modificar seus programas. Mas a queda do fluxo também foi uma realidade que atingiu a América Latina e fez os investimentos na região desabarem em 19% em 2014. Na região, o volume de investimentos foi de US$ 153 bilhões, a primeira queda depois de quatro anos de um incremento nos fluxos.

Aquisições caíram em 26% e, diante da queda nos preços de minérios, petróleo e bens agrícolas, o interesse por novos investimentos também foi reduzido. A Venezuela registrou uma queda de mais de 10% nos investimentos, contra uma redução de 60% na Argentina. Os investimentos na Colômbia e Peru também caíram. China. Mas o que chama a atenção dos especialistas é que o fluxo de dinheiro para a Ásia e, em especial, para a China, continua a aumentar.

Apenas os países emergentes do continente asiático receberam quase US$ 500 bilhões, o equivalente a tudo o que as economias ricas atraíram. Os asiáticos ainda receberam o dobro do valor investido na Europa. Segundo a ONU, a China é o grande destaque de 2014. Pequim recebeu 10% de todos os investimentos no mundo, cerca de US$ 128 bilhões, seguido por Hong Kong, com US$ 111 bilhões.

Os americanos aparecem hoje apenas na terceira posição, com US$ 86 bilhões, seguidos por Cingapura com US$ 81 bilhões. "Pela primeira vez, a economia chinesa recebeu mais investimentos que a americana", explicou Zhan. "Os americanos sempre estivera na liderança nos últimos 30 anos". Nos países ricos, a queda foi profunda, de 14% e, nos EUA, os investimentos foram de apenas um terço dos níveis de 2013. Pela primeira vez, os emergentes representaram uma proporção maior dos investimentos que as economias ricas, com US$ 700 bilhões e uma alta de 4% em relação a 2013.

Ao final de 2014, esse grupo representava 56% do destino dos investimentos no mundo. Dos cinco maiores receptores de investimentos hoje, quatro são emergentes. Projeção. Para 2015, porém, as projeções não apontam para uma melhoria significativa. "A tendência é de incerteza", apontou a ONU

"A fragilidade da economia mundial, com o crescimento afetado por uma demanda hesitante, volatilidade no mercado de câmbio e instabilidades geopolíticas vão agir como freios a investidores", indicou. Nos emergentes, "a queda nos presos de commodities vão reduzir investimentos em petróleo, gás e outras commodities".

 

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