Terça-feira

VALOR

Mercado reduz pela 3ª vez seguida previsão para alta do PIB no Brasil

A mediana das projeções do mercado para o crescimento da economia em 2019 teve uma nova rodada de recuo, a terceira seguida depois da divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) de 2018, indo agora de 2,28% para 2,01%, na pesquisa semanal Focus divulgada pelo Banco Central hoje com estimativas coletadas até o fim da semana passada.

Para 2020, o ponto-médio das estimativas para a economia brasileira permaneceu em um crescimento de 2,80%, depois de quatro semanas em aceleração. A mediana das projeções para a economia brasileira neste ano ficou praticamente parada em 3,00% entre o fim de fevereiro e o começo de junho do ano passado, de acordo com o levantamento sistemático do BC. Do fim do primeiro semestre até o fim de fevereiro, quando houve a divulgação do PIB de 2018, a estimativa vinha ficando em torno dos 2,50%.

Desde então, foi cortada, de 2,48% para 2,30% duas semanas atrás e para 2,28% na sondagem divulgada na segunda passada. A economia brasileira cresceu 1,1% em 2018, após evolução de 0,1% no quarto trimestre, frente ao terceiro, feitos os ajustes sazonais, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no último dia 28.

A média das estimativas de consultorias e instituições financeiras ouvidas do Valor Data apontava para um crescimento de 1,2% no ano, com intervalo de alta de 1,1% a crescimento de 1,2%. Desde então, diversas instituições financeiras e consultorias têm revisado para baixo seus números para 2019.

Taxa de juros

A mediana das estimativas para a taxa básica de juros no fim de 2020 caiu para 7,75% entre os economistas do mercado em geral. Antes disso, a expectativa ficou em 8,00% por 20 semanas. Entre os economistas que mais acertam as previsões, os chamados Top 5, de médio prazo, o ponto-médio para a Selic no fim de 2020 teve queda ainda mais intensa, dos mesmo 8,00% — em que esteve durante 16 semanas — para 7,50%. Para 2019, as estimativas permaneceram em 6,50% nos dois grupos.

A próxima reunião do Copom acontece nesta semana, com decisão a ser anunciada no fim da tarde de quarta, dia 20. Com uma atividade que custa a engatar e uma inflação baixa, inferior a 4%, começa a crescer entre os economistas a ideia de que pode ser necessário um corte na Selic neste ano. A taxa está em 6,5% ao ano desde o início de 2018.

Inflação

A mediana das projeções dos economistas do mercado para a inflação oficial em 2019 teve nova alta, de 3,87% para 3,89. Para 2020, o ponto-médio das expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) manteve-se em 4,00%. Entre os economistas do Top 5, a mediana para a inflação oficial também subiu, de 3,85% para 4,01%, em 2019, e manteve-se em 4,00% para 2020.

Para os próximos 12 meses, a pesquisa indicou queda, de 4,05% para 3,99%. Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA ficou em 0,43% em fevereiro, após inflação de 0,32% em janeiro, acima da média das projeções de 36 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, de alta de 0,37% no mês.

O intervalo dessas estimativas ia de alta de 0,29% até um crescimento de 0,42%. Com o resultado de fevereiro, o IPCA passou a registrar alta de 3,89% pelo indicador acumulado dos últimos 12 meses. A meta de inflação perseguida pelo BC é de 4,25% em 2019, 4,00% em 2020 e 3,75% para 2021, sempre com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

O IBGE apura a inflação para as famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos. São abrangidas dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Dólar A mediana das projeções para o dólar entre os economistas do Top 5 voltou a cair, agora de R$ 3,80 para R$ 3,70 no fim de 2019, e de R$ 3,78 par R$ 3,75 no encerramento de 2020. Entre os economistas em geral, o ponto-médio das apostas permaneceu em R$ 3,70 para o fim de 2019 e R$ 3,75 no de 2020.

 

Atividade econômica do Brasil recua 0,41% em janeiro, aponta BC

O Índice de Atividade Econômica (IBCBr) do Banco Central (BC) registrou queda de 0,41% em janeiro de 2019, frente ao mês anterior. O recuo foi o mais expressivo desde maio de 2018, quando o indicador diminuiu 3,08%. O desempenho, medido pela série com ajuste sazonal, ocorreu após uma alta de 0,21% em dezembro de 2018. A média das projeções de economistas consultados pelo Valor Data era de recuo de 0,23% no início deste ano, com projeções variando de baixa de 1% a aumento de 0,7%.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já apontavam uma queda da atividade em janeiro. O setor de serviços sofreu queda de 0,3% frente a dezembro, enquanto a produção industrial encolheu 0,8%. Já as vendas no varejo restrito — que excluem veículos e material de construção — tiveram alta de 0,4%. Na comparação com janeiro de 2018, porém, o IBC-Br apresentou elevação de 0,79%.

Nos 12 meses até janeiro, houve crescimento acumulado de 1%. O IBC-Br é considerado um indicador antecedente do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado trimestralmente pelo IBGE, mas os dois índices têm diferenças metodológicas e conceituais.

O IBC-Br, de frequência mensal, é calculado a partir de indicadores da produção dos três setores da economia — agricultura, indústria e serviços. O PIB mede a soma dos bens e serviços produzidos no país tanto pela ótica da produção quanto pela ótica do consumo das famílias, empresas e governo. Os dados utilizados são mais abrangentes e desagregados do que os usados pelo BC.

 

ESTADÃO

Confiança e atividade recuam no início do ano

O período de lua de mel com o novo governo está sofrendo abalos. O sinal de alerta soou no mês passado. De cinco índices de confiança, empresariais e do consumidor apurados pela FGV, quatro caíram em fevereiro ante janeiro. O IBC-Br, espécie de prévia do PIB, veio negativo em janeiro, após duas altas seguidas. Também as projeções de crescimento do PIB para 2019 já rondam 2%, segundo o Boletim Focus, do BC, ante 2,28% na semana passada e 2,48% há um mês.

As incertezas quanto à aprovação das reformas e a frustração com a lenta recuperação da economia reduziram a euforia de empresários que houve após as eleições. Do lado do consumidor, o desemprego, que pesa nas decisões de compra, voltou a subir para 12% em janeiro.

Entre os índices empresariais, a grande virada ocorreu na construção que, depois de seis meses seguidos de alta, a confiança dos empresários caiu em fevereiro. No caso do setor de serviços e do consumidor, a retração ocorreu no mês passado após quatro altas consecutivas. Já no comércio, o sinal de que a euforia estava terminando começou mais cedo: houve queda na confiança dos empresários em janeiro e fevereiro. Só a indústria destoou dos demais, pois o ajuste ocorreu antes, com a greve dos caminhoneiros e a crise argentina.

“Fevereiro foi um mês de calibragem”, diz o superintendente de Estatísticas Públicas da FGV, Aloisio Campelo. Ele explica que a queda nos índices de confiança foi determinada por um ajuste nas expectativas para os próximos meses. Na sua análise, passado o segundo turno das eleições, o aumento das expectativas dos empresários e consumidores foi além do que a economia conseguiu entregar. Talvez, diz, os empresários achassem que seria mais fácil encaminhar as reformas ou teriam outros impulsos para levar a economia à frente.

Para Nicola Tingas, consultor da Acrefi, que reúne as financeiras, houve um “freio de arrumação” nas expectativas provocado pela piora do lado real da economia: a lentidão na recuperação do PIB, as dificuldades na negociação da reforma da Previdência e as trapalhadas do governo. Por outro lado, ele ressalta que, no âmbito financeiro da economia, cujo desempenho da Bolsa procura antecipar as expectativas de longo prazo, o cenário é positivo. Ontem, o Ibovespa fechou acima de 99 mil pontos, após ter atingido marca recorde de 100 mil pontos. “Houve um freio de arrumação em fevereiro, mas o ônibus não perdeu o freio”, diz Tingas.

Campelo também não acredita que a queda que houve na confiança dos empresários e do consumidor seja uma tendência. Mas ele pondera que a calibragem pode continuar este mês.

Montanha russa

Empresários confirmam a oscilação nos negócios, o que tem levado à queda nas expectativas. Mauro Teixeira, sócio-diretor da TPA, incorporadora e construtora, por exemplo, conta que o desempenho da empresa na venda de imóveis num mês é eufórico e no outro é baixo-astral. Após as eleições, outubro e novembro foram muito bons para a companhia, que fatura, em média, R$ 100 milhões por ano. Já em dezembro, as vendas perderam o fôlego e, em janeiro, elas voltaram para nível muito bom. Mas em fevereiro, houve uma freada: a empresa vendeu um quarto das unidades comercializadas em janeiro, mas este mês começou bem.

Diante dessa montanha russa, Teixeira decidiu colocar os novos empreendimentos em banho maria. “A área de novos negócios da empresa está acionada, mas não está pressionada.” A ordem é não acelerar.

 

 

BANCO DE TALENTOS

ÁREA DO ASSOCIADO

O Sinduscon/RN pensa como você, e por isso trabalha:

NOSSA MISSÃO

Representar e promover o desenvolvimento da construção civil do Rio Grande do Norte com sustentabilidade e responsabilidade sócio-ambiental

POLÍTICA DA QUALIDADE

O SINDUSCON/RN tem o compromisso com a satisfação do cliente - a comunidade da construção civil do Rio Grande do Norte - representada por seus associados - priorizando a transparência na sua relação com a sociedade, atendimento aos requisitos, a responsabilidade socioeconômica, a preservação do meio ambiente e a melhoria contínua.

CONTATO

55 84 3206 5362

contato@sindusconrn.com.br

SOCIAL

LOCALIZAÇÃO

Rua Raimundo Chaves, 2182 - Sala 101 Empresarial Candelária - Candelária - Natal/RN

SINDUSCON/RN (C) 2012 - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS