Sexta-feira

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Sem mudanças em leilão, russos saem da Norte-Sul

A gigante russa RZD, que opera 85 mil quilômetros de trilhos e vem estudando há quatro anos sua entrada no Brasil, está a um passo de desistir do leilão da Ferrovia Norte-Sul. Ela ficou insatisfeita com os termos do edital e levou ao governo um pedido de mudança nas regras. Se esse pleito for acatado, também quer o adiamento do leilão, a fim de se reorganizar com outros parceiros para a disputa. O certame foi marcado para o dia 28 de março. Por enquanto, o governo descarta dar mais prazo e mantém a data.

Mesmo sem os russos, a secretaria do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) está otimista e acredita na apresentação de pelo menos duas propostas: uma da Rumo e outra da VLI. A concessão de um trecho de 1.537 quilômetros da Norte-Sul, entre Porto Nacional (TO) e Estrela D'Oeste (SP), valerá por 30 anos e tem valor mínimo de outorga fixado em R$ 1,353 bilhão - a serem pagos em prestações anuais. Vence quem oferecer o maior ágio.

O contrato exige investimentos de R$ 2,8 bilhões na aquisição de locomotivas, vagões, sistemas de comunicação e obras remanescentes da ferrovia. Há diversas contestações ao leilão. O último questionamento partiu do procurador Júlio Marcelo de Oliveira, do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), que fez ontem um apelo ao presidente Jair Bolsonaro para "reexaminar com cuidado" a licitação.

"Ela precisa ser revista urgentemente", tuitou. Júlio Marcelo apontou "vícios graves" no edital e disse que "todas as características" indicam o favorecimento para alguma empresa ligada à Vale. A VLI tem a mineradora como sua principal acionista. Brookfield, Mitsui e o FI-FGTS também têm participação. "Não há direito de passagem assegurado para o vencedor poder levar seus trens até os portos." É justamente esse o aspecto mais criticado pelos russos. "O edital é muito pouco amigável com qualquer novo entrante", afirma o consultor da RZD no Brasil, Bernardo Figueiredo.

Ex-diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), ele vê falta de garantias sobre o acesso às malhas de outras operadoras. "Os russos têm a Norte-Sul estudada nos mínimos detalhes. Cada centímetro da ferrovia foi percorrido. Mas, para atrair alguém que não seja VLI ou Rumo, seria preciso mudar o edital. Não há investidor que tome os riscos de direito de passagem tais como eles estão colocados."

Em construção desde 1987, a Norte-Sul não tem acesso direto ao mar. Para escoar as cargas, a futura operadora da ferrovia terá duas alternativas: passar pela Malha Paulista, controlada pela Rumo, no caminho até o porto de Santos (SP), ou pelas redes da VLI e da própria Vale no trajeto em direção ao porto de Itaqui (MA).

 

Com pressão externa, dólar encosta em R$ 3,90 e zera queda no ano

O mercado brasileiro de câmbio teve pouco tempo para absorver o choque de realidade, deflagrado nos últimos dias pelos deslizes de comunicação do governo. Uma nova rodada de fortalecimento do dólar bateu em cheio nos emergentes e, sob pressão, veio à tona o clima de apreensão dos investidores com a cena política no país. Não à toa, o real brasileiro foi a terceira moeda que mais perdeu terreno para o dólar durante boa parte da sessão, considerando uma lista de 33 divisas globais.

O desempenho local só não foi pior que o do peso argentino e o do rand sul-africano, que sofrem com problemas fiscais de suas próprias economias e baixo volume de reservas internacionais. O respiro veio só nos últimos minutos do pregão. Por aqui, o dólar comercial fechou em alta de 1,30%, aos R$ 3,8842, depois de bater R$ 3,9018 na máxima do dia. De qualquer maneira, o movimento foi tamanho que a moeda americana reverteu toda a queda que vinha sendo acumulada no ano e agora sobe 0,26%.

Só nesta semana, mais curta por causa do feriado de Carnaval, a alta chega a 2,78%. O que disparou a onda de compras de dólar em todo o mundo foi a indicação clara, agora vinda da Europa, de que as principais economias do mundo estão crescendo pouco e de forma assimétrica.

O Banco Central Europeu (BCE) desistiu dos seus planos de elevar os juros ainda este ano e anunciou um novo programa de empréstimos aos bancos, numa decisão que serve para enfrentar o enfraquecimento econômico da zona do euro. A situação contrasta com o desempenho americano que se provou menos fragilizado do que se cogitou há algumas semanas. Todo esse contexto favorece o dólar, em detrimento dos emergentes. É justamente nos momentos adversos que questões idiossincráticas fazem preço, como dizem os profissionais de mercado.

No caso do Brasil, aumenta a apreensão com o timing da tramitação da reforma da Previdência. E a situação é agravada pela sequência de comentários nas redes sociais do presidente Jair Bolsonaro durante o Carnaval, sendo nenhuma sobre a principal medida do ajuste fiscal.

“O governo se mostra pouco articulado, perdendo tempo com questões que não são prioritárias, ao mesmo tempo que a CCJ demora para ser formada e a reforma para os militares não foi apresentada”, diz Solange Srour, economista-chefe da ARX Investimentos. “Bolsonaro deveria aproveitar esse tempo para explicar a importância da medida para a população, e não criar uma crise dentro do próprio governo”, diz.

Foi só no fim da tarde de hoje que o presidente abordou o tema em seu Twitter, algo que, em seguida, contou com uma desaceleração da alta do dólar. Bolsonaro afirmou que os avanços necessários no Brasil dependem da aprovação da Nova Previdência. “É a partir dela que o país terá condições de estabilizar as contas, potencializar investimentos, viabilizar uma rígida reforma tributária e enxugar ainda mais a máquina pública, reduzindo nossas estatais”, afirmou o presidente.

Mais cedo, a escalada do dólar levou a cotação a bater o ponto de “stop” dos estrategistas do Citi, que mudaram orientação feita em janeiro. Na época, a ideia era ficar vendido em dólar contra real, em parte devido à alta exposição do Brasil a metais industriais em seus termos de troca.

A expectativa era que essa relação seria impulsionada pela política de acomodação na China e, em parte, pela remoção de prêmios de risco político, em 2018. “Mas o dólar/real não tem negociado com nenhum de seus drivers habituais ultimamente, alguns dos quais começaram a mostrar reversão, e agora nós batemos em nosso ponto de stop. Talvez a negociação ruim ocorra devido à superlotação de posições ou atrasos na reforma previdenciária”, escrevem os especialistas, em nota.

Esse ponto era R$ 3,86 no dólar futuro - hoje o contrato subiu até R$ 3,9090 na máxima. Para o estrategista de um banco estrangeiro, os ruídos de comunicação no governo tendem a se dissipar. Por outro lado, o fato de que deslizes têm se tornado corriqueiros “aumentam o clima de incerteza no mercado sobre a capacidade do presidente de construir uma plataforma política ou um apoio popular para garantir o suporte para a reforma da Previdência”.

 

PIB pode vir mais fraco, mas quadro é positivo, afirma economista do UBS

O crescimento da economia neste ano pode ser menor do que era esperado, mas o quadro desenhado pela retomada é positivo, segundo Fabio Ramos, economista do UBS. A aceleração em relação a 2018 e a forma que esse crescimento vem tomando são tão importantes quanto a alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019.

A estimativa do banco suíço é de expansão de 2,8%. "Talvez não dê tempo de crescer isso", diz, a respeito da projeção. "É claro que dá para discutir se o crescimento será de 1,5%, 2% 2,5% ou 3%. Tem uma variação enorme. Mas qualquer um desses números é maior do que o do ano passado", diz, sobre a expansão de 1,1% do PIB em 2018. O UBS está na ponta otimista das projeções.

Nas duas últimas semanas, a projeção mediana do mercado para o crescimento deste ano passou de 2,6% para 2,3%, segundo o Boletim Focus, do Banco Central (BC). Ramos admite que por enquanto a retomada está "muito lenta", além de desigual. Um exemplo são os serviços. Aqueles que são prestados às empresas, como manutenção, transporte, segurança e telecomunicações, "apanharam uma barbaridade" durante a crise e encontram dificuldade para se recuperar. Já os serviços para as famílias "estão crescendo razoavelmente".

"É preciso lembrar que entre o terceiro e o quarto trimestres de 2017 a previsão para o crescimento do PIB em 2018 era algo em torno de 3%. Agora, para 2019, se espera o mesmo. A impressão é que a gente fica empurrando uma recuperação mais intensa", diz o economista. "Mas, à medida que a economia crescer por um período maior, as coisas devem ficar mais alinhadas. Ainda que o PIB não acelere de maneira brutal, a tendência é que haja uma convergência maior entre os setores, o que é mais saudável."

Na quinta-feira da semana passada, mesmo dia em que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o resultado do PIB de 2018, o Ministério da Economia mostrou que foram criadas apenas 34 mil vagas formais de trabalho em janeiro. A estimativa média das instituições financeiras e consultorias ouvidos pelo Valor Data indicava a criação de 82 mil postos.

O dado representa também menos da metade das 77,8 mil vagas geradas em janeiro do ano passado. "Foi um número fraco. O mercado formal estava vindo em uma toada boa", diz. Outra má notícia é que a alta de 1,1% do PIB em 2018 deixou uma herança estatística de apenas 0,4% para este ano. Isso significa que, se a atividade permanecer durante todo 2019 no mesmo patamar do último trimestre do ano passado, o crescimento anual será de 0,4%.

"Os números do quarto trimestre especificamente puxaram demais" o PIB anual para baixo. "Isso tem uma ligação [negativa] com 2019", afirma Ramos No entanto, mesmo com todas as dificuldades, já há sinais de que a atividade está ganhando um pouco mais de força. O Índice Gerente de Compras (PMI) do Brasil por exemplo mostra um desempenho melhor do que o de outros do Brasil, por exemplo, mostra um desempenho melhor do que o de outros países, segundo Ramos. "E ele é calculado da mesma maneira em todos os lugares", diz.

Além disso, afirma ele, "quando pegamos a abertura do PIB, há partes que vieram muito melhores" do que o resultado fechado. Ramos cita como exemplo o desempenho do consumo das famílias e dos investimentos, componentes da demanda doméstica, que juntos tiveram alta de 2,3%. "O core [núcleo] do PIB veio mais forte."

Por sua vez, a formação bruta de capital fixo (FBCF, medida do que se investe em máquinas, equipamentos, construção civil e pesquisa) deve ficar "pouco aquém dos dois dígitos" em 2019, depois de crescer 4,1% no ano passado. Ramos lembra que os investimentos estão aproximadamente 25% abaixo do patamar registrado em 2013, o que favorece uma alta mais forte neste ano.

O economista também rebate um argumento comum, segundo o qual a grande capacidade ociosa da indústria impedirá a expansão da FBCF. "Os investimentos são pró-cíclicos" e respondem com rapidez à atividade, afirma. "Quando a economia está em crise, o empresário desliga a máquina e ela já deixou de funcionar", diz.

"Na alta, ele precisa consertar aquela máquina, que está ruim, quebrada, e a manutenção conta como investimento." Os indicadores de confiança também têm dado sinais positivos, principalmente os da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que estão "muito melhores", e os da Fundação Getulio Vargas (FGV), que estão "um pouco melhores".

O economista também afirma que a política monetária está em patamar estimulativo, sem necessidade de novos cortes da Selic, atualmente em 6,5%. "O momento é de acompanhar, não de tomar decisões esbaforidas", diz. "O hiato do produto [medida de ociosidade da economia] pode estar em 2 pontos percentuais, 4 pontos ou 6 pontos, mas está mais fechado do que estava há um, dois ou três anos."

Como é disseminado entre os analistas, o cenário do UBS depende da aprovação de uma reforma da Previdência. Nos cálculos de Ramos, é preciso que a economia seja de pelo menos R$ 700 bilhões em dez anos. "Daí para cima", diz.

A tendência, de acordo com ele, é que, conforme a tramitação da reforma avance, as condições financeiras deem o impulso que falta para a atividade. Três variáveis principais devem fazer a diferença "de forma acelerada". "Bolsa para cima, câmbio apreciado e juros futuros ainda em queda, ou pelo menos tão baixos quanto no nível atual", afirma. No Brasil, "a discussão atual é só Previdência, Previdência, Previdência.

Nada mais anda. Isso faz as empresas adiarem investimentos ou contratações e as famílias adiarem a compra de uma casa ou a troca de carro". Já o investidor estrangeiro, "quando pensa em colocar dinheiro no Brasil, seja em uma fábrica, seja na bolsa, analisa se o governo será solvente à frente ou não".

Para esse grupo, "a reforma simboliza no fundo se o governo está funcionando ou não". Mas, ainda que a retomada ganhe força, não serão todos que sentirão seus benefícios. "O desemprego está caindo mais lentamente do que era esperado", segundo Ramos.

Ele destaca que o simples crescimento anual da população já aumenta o número de pessoas no mercado de trabalho em 0,8%. "Além disso, gente que tinha desistido de procurar emprego está com mais confiança e voltou a procurar", diz. Esses dois fenômenos empurram a taxa de desemprego para cima.

"O Brasil está com dificuldades para gerar um número de empregos que compense o crescimento da população e os entrantes no mercado de trabalho", afirma. Mesmo assim, Ramos vê de maneira positiva a recuperação da atividade, que já dura dois anos. "A retomada é um processo mais de sucessos do que de fracassos. A economia está aos trancos e barrancos, mas melhorando", diz o especialista.

 

Crescem as apostas em cortes de juros em 2019

O boletim Focus, divulgado ontem, traz as primeiras apostas substanciais de novos cortes na taxa básica de juros neste ano. Para cerca de 10% dos analistas consultados nessa pesquisa de expectativas de mercado, o Banco Central deverá cortar os juros em 2019 em pelo menos um ponto percentual, dos atuais 6,5% ao ano para entre 5,25% e 5,5% ao ano. Em fins de janeiro, apenas alguns analistas econômicos isolados achavam possível o Banco Central ampliar tanto o estímulo monetário.

A pesquisa Focus não inclui informações qualitativas sobre o que poderia ter engrossado as apostas em cortes de juros. Mas há sinais de que, para um grupo crescente de analistas econômicos, os estímulos monetários promovidos pelo Banco Central até agora têm sido insuficientes para levar a inflação - hoje muito baixa - para as metas.

Operadores do mercado já vinham considerando, nas suas decisões de investimento, a possibilidade de os juros caírem abaixo de 6,5% ao ano. Mas essas apostas consideravam mais os riscos de o BC ter que promover novos estímulos, diante de uma possível falta de aceleração da inflação às metas. A novidade é que, de forma crescente, os analistas estão prevendo um corte substancial de juros não como um cenário alternativo de trabalho, mas sim em seu cenário central.

Nas últimas semanas, os economistas de mercado, de forma geral, reduziram as suas projeções para a inflação de 2019 e 2020 e rebaixaram as perspectivas de crescimento econômico neste ano. Quase ninguém acredita que a inflação vá superar a meta deste ano, de 4,25%. Menos de 15% dos analistas acreditam que a inflação de 2019 vai ficar na vizinhança mais imediata da meta, em um percentual acima de 4,1% e até 4,3%. A maior parte prevê percentuais abaixo da meta.

A distribuição das expectativas para o IPCA em 2020 torna-se crescentemente assimétrica, pendendo mais para abaixo da meta do ano, de 4%. As projeções para o crescimento da economia neste ano também se deslocaram para baixo. A mediana das expectativas para a expansão do PIB em 2019 caiu de 2,5% para 2,3% nas últimas quatro semanas. Cerca de 30% dos analistas preveem crescimento menor ou igual a 2,2%.

O Banco Central tem destacado, na sua comunicação oficial, que com as informações disponíveis até meados de fevereiro não via motivos para baixar ainda mais os juros. Seu cenário central é que a inflação suba gradualmente em direção às metas em 2019 e 2020. Prevê, ainda a recuperação gradual da economia.

O BC também tem destacado que, hoje, os riscos de a inflação superar o projetado são maiores do que ficar aquém. O principal risco apontado é uma eventual frustração nas expectativas dos participantes do mercado sobre a aprovação das reformas, sobretudo a da Previdência. O BC mudou de comando na semana passada, com a saída de Ilan Goldfajn e a nomeação de seu novo presidente, Roberto Campos Neto.

Mas, por enquanto, os sinais são de continuidade. Em sabatina no Senado, Campos renovou a mensagem de cautela na condução da política monetária e deu indicações de que considera que os estímulos monetários estão cumprindo seus papéis.

"Parece que há um questionamento grande: a Selic caiu muito, foi à metade, foi de 14,25% ao ano para 6,5% ao ano, mas isso não foi capaz até agora de gerar um crescimento robusto", afirmou. "Aqui, eu acho que é importante frisar que a coisa mais importante para o crescimento é a estabilidade de preço." O novo diretor de política monetária do BC, Bruno Serra Fernandes, também avalizou o cenário de convergência da inflação em direção às metas e reforçou a avaliação de que a política monetária é estimulativa.

"A inflação corrente e suas expectativas para os próximos anos se encontram em níveis condizentes com as metas fixadas pelo Conselho Monetário Nacional", disse Fernandes no Senado. "A taxa básica de juros encontra-se em nível historicamente baixo, de forma a estimular a atividade econômica, que, por sua vez, ainda se destaca pela ociosidade na utilização dos fatores de produção." O resumo é que, pela sinalização do BC, precisaria melhorar o cenário inflacionário ou o balanço de os riscos para os juros caírem mais.

 

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