Quinta-feira

CLIPPING (18.10.2018)

VALOR ECONÔMICO

Dólar e juros longos recuam aos menores níveis desde maio

O mercado financeiro deu mais uma demonstração de que continua surfando numa onda de otimismo. Pela primeira vez desde maio, o dólar escorregou abaixo da marca psicológica de R$ 3,70 e alguns dos principais juros de longo prazo voltaram para taxas de um dígito, num movimento que chega a surpreender alguns especialistas. A dinâmica do mercado é direcionada pelo entusiasmo com as perspectivas políticas, já que a atual aposta dos investidores na corrida presidencial - Jair Bolsonaro, do PSL - caminha a passos largos rumo ao Palácio do Planalto.

Toda essa animação, porém, ainda deve ser colocada à prova principalmente quando o futuro governo tiver de mostrar força para avançar com duras medidas de ajuste fiscal. Diante desse panorama, o dólar até enfrentou alguma dificuldade para furar o nível de R$ 3,70 nos últimos dias. Mas ontem caiu até R$ 3,6645 na mínima do dia. E com alguma acomodação até o fechamento, a moeda terminou em baixa de 1,04%, aos R$ 3,6815, menor nível desde 25 de maio, quando ficou em R$ 3,6651.

Talvez num sinal ainda mais notório, o juro de longo prazo - medido pelo contrato de DI para janeiro de 2025 - caiu de 10,15% para 9,99%, a despeito dos ventos contrários dos mercados internacionais. É a primeira vez em cinco meses que a taxa fecha em apenas um dígito, evidenciando a melhora da percepção de risco. O bom humor no mercado se esquiva até de possíveis ruídos em discursos econômicos de Bolsonaro.

Em entrevistas recentes, o candidato tem relativizado a urgência da reforma da Previdência - ponto considerado inegociável pela maioria dos analistas de mercado - mais intensa no curto prazo, ao dizer que é preciso ser gradual nas mudanças de regra. E esfriou o compromisso com um amplo processo de privatização, que incluiria Eletrobras e Petrobras. "O mercado sabe que a essência dele não é liberal, mas ele está se cercando de pessoas com esse viés em seu possível governo e isto está sendo visto de maneira muito positiva", afirma um profissional que preferiu não ser identificado.

Sob a tutela do guru econômico, Paulo Guedes, a expectativa é que Bolsonaro ou mantenha integrantes da atual equipe econômica ou traga nomes compromissados com políticas liberais. A composição desse time, diz o especialista, tem mais peso para o investidor do que as próprias afirmações do candidato em campanha.

Profissionais de mercado apontam, entretanto, que a queda do dólar e das taxas ainda pode enfrentar momentos de exaustão. Para um operador, o juro longo pode estar em um ponto abaixo do adequado, mas ainda assim não há qualquer sinal de que o mercado vai querer corrigir por ora.

"Esse ajuste pode vir só no ano que vem, quando o Congresso voltar de férias", diz o profissional. Por mais que os investidores aguardem uma boa agenda econômica, ainda existe grande ceticismo em relação à capacidade do novo governo de conduzir politicamente o processo de ajuste das contas públicas.

"Os planos econômicos de Bolsonaro ainda são uma grande incógnita, a despeito do otimismo do mercado, e sua implementação é uma incerteza ainda maior", escrevem os especialistas da Icatu Vanguarda em relatório.

 

Bancos internacionais reduzem crédito ao Brasil no segundo trimestre

Os bancos internacionais reduziram em US$ 20 bilhões os créditos ao Brasil entre março e junho, a maior queda entre as economias emergentes e em desenvolvimento, de acordo com dados do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), considerado o banco central dos bancos centrais. O declínio é ainda mais significativo porque, no primeiro trimestre, o Brasil tinha recebido US$ 11 bilhões a mais em créditos externos, ou quase tudo que ingressou na América Latina naquele intervalo.

A deterioração da atividade bancária internacional global, e também em relação aos emergentes, é destacada em nota do BIS sobre as transações no segundo trimestre. Os empréstimos bancários internacionais para os emergentes e em desenvolvimento como um todo sofreram a primeira contração desde fins de 2016.

O declínio nos financiamentos bancários para esse grupo de países foi concentrado em algumas economias. O Brasil vem na frente, com a contração de US$ 20 bilhões, seguido por Índia (-US$ 13 bilhões), México (-US$ 8 bilhões), Polônia (-US$ 7 bilhões) e Turquia (-US$ 1 bilhão). Em contrapartida, os bancos aumentaram os créditos para Taiwan (US$ 11 bilhões), República Checa (US$ 7 bilhões) e Argentina (US$ 1 bilhão).

Bancos estrangeiros tem um total de US$ 4,9 trilhões de créditos nas economias emergentes e em desenvolvimento. Os bancos do Reino Unido têm o maior volume de empréstimos para esse grupo de países, com US$ 730 bilhões, a maioria na Asia. Bancos dos Estados Unidos têm créditos de US$ 718 bilhões nos emergentes, uma parte importante na América Latina. Por sua vez, as instituições bancárias espanholas acumulam um volume de empréstimos de US$ 404 bilhões para emergentes, quase tudo na América Latina.

As instituições bancárias japonesas têm empréstimos de USS 552 bilhões nos emergentes, e os bancos franceses outros US$ 494 bilhões. Segundo o BIS, o modelo de negócios que os bancos utilizam quando emprestam para economias emergentes e em desenvolvimento não são uniformes. Algumas instituições conduzem essas transações fora de suas matrizes ou por centros financeiros, como é o caso dos bancos japoneses.

Outros seguem o modelo de multinacionais e abrem subsidiárias estrangeiras, como fazem os bancos espanhóis. Para o BIS, essa diferença no modelo de negócios é relevante para entender como os bancos podem responder a ''desenvolvimentos adversos'' nos países para os quais forneceram créditos. O BIS não faz comentários sobre as razões de contração ou aumento dos créditos bancários internacionais, limitando-se às estatísticas do período.

O fato é que, em meio a incertezas na economia global, com escalada de tensões comerciais e aumento gradual de juros em economias desenvolvidas, a atividade bancária internacional foi atingida. Globalmente, os créditos externos tiveram contração de US$ 130 bilhões no segundo trimestre, com o estoque agora sendo de US$ 29 trilhões.

O maior crescimento nos empréstimos internacionais foi de novo para entidades não bancárias, como fundos de investimentos e veículos especiais de investimentos, em alta de 7%.

 

FOLHA DE SÃO PAULO

Varejo e serviços sustentam atividade, e economia brasileira cresce 0,47% em agosto, diz BC

Os setores de varejo e serviços sustentaram a economia brasileira em agosto e ajudaram a atividade a crescer acima do esperado no período, porém a retomada segue em ritmo lento em meio à instabilidade provocada pelas incertezas com as eleições presidenciais.

Em agosto, a economia brasileira teve um crescimento de 0,47% em relação a julho, informou o Banco Central nesta quarta-feira (17).

O cálculo do banco é feito por meio do indicador IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), e os dados são dessazonalizados, descontando-se, assim, os efeitos típicos dos meses para possibilitar a comparação.

O resultado ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,25%. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o avanço foi de 2,5%.

"Esse resultado e outros indicadores de atividade divulgados anteriormente sugerem um crescimento do PIB do terceiro trimestre superior ao esperado anteriormente. Assim, revisamos a nossa estimativa para o PIB do período, de 0,3% na margem para 0,5%", disse o Bradesco em nota.

Entretanto, o IBC-Br de agosto também destaca a morosidade da economia, uma vez que o índice desacelerou após avanços de 3,45% –resultado provocado pela retomada após forte queda no mês anterior devido à greve dos caminhoneiros– e de 0,65% em julho.

"Apesar da moderada recuperação da atividade em julho e agosto, nesse estágio do ciclo a dinâmica ainda é fraca e a economia opera com alto grau de ociosidade em termos de utilização dos recursos", apontou em relatório o diretor de pesquisa econômica do Goldman Sachs, Alberto Ramos.

O comportamento positivo da economia em agosto indicado pelos dados do BC acompanha os números do IBGE para os setores de comércio e serviços.

Enquanto as vendas do comércio tiveram alta de 1,3% em agosto, os serviços cresceram 1,2%. Apesar das altas superarem as expectativas de economistas, os números ainda não representam uma retomada.

"O resultado de agosto não pode ser considerado o início de uma arrancada, até por que o movimento parece pontual e os indicadores antecedentes já apontam para uma queda em setembro", explicou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, sobre o desempenho dos serviços.

"O que houve em agosto foi uma recuperação de perdas para o comércio depois de desempenhos afetados pela greve dos caminheiros", explicou a gerente da pesquisa, Isabella Nunes, em relação à alta do comércio.

No sentido contrário aos dois setores, a indústria brasileira foi pressionada em agosto pelos bens intermediários e registrou contração inesperada no mês em meio a um ambiente de atividade econômica fraca e incertezas às vésperas da eleição presidencial.

A produção industrial caiu 0,3% em agosto na comparação com o mês anterior, de acordo com o IBGE. O resultado foi o segundo negativo após queda de 0,1% em julho, o que não acontecia desde o final de 2015.

O dado também contrariou a projeção de alta de 0,2%, em previsão da Reuters com economistas. Pesquisa da Bloomberg previa crescimento de 0,3% no mês.

Recentemente o BC piorou sua projeção de crescimento da economia brasileira para 1,4% neste ano, e previu aceleração para 2,4% no ano que vem.

Os ministérios da Fazenda e do Planejamento preveem uma elevação de 1,6% do PIB neste ano e de 2,5% no ano que vem. Enquanto isso, a projeção mais recente de economistas ouvidos pela pesquisa Focus, feita semanalmente pelo BC, é de que o PIB crescerá 1,34% em 2018 e 2,5% em 2019.

 

ESTADÃO

Nova gestão herdará pacote de concessões

O futuro presidente da República vai herdar um pacote com pelo menos 52 projetos semiprontos para serem leiloados, envolvendo investimentos de R$ 78 bilhões. A equipe de Jair Bolsonaro (PSL), líder nas pesquisas, já divulgou que as concessões serão mantidas e aceleradas. Elas também são prioridade no programa do candidato do PT, Fernando Haddad.

Integra a lista da “herança”, por exemplo, a concessão da BR-153 em Goiás e Tocantins, um trecho que foi leiloado no governo de Dilma Rousseff e retomado por falta de investimento. O Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) pretende deixar prontos os estudos técnicos, econômicos e ambientais para o trecho ser novamente oferecido à iniciativa privada. Mas não dará tempo de fazer o leilão até o fim do ano.

A carteira poderá ser engordada com três grandes projetos em fase final de gestação: a concessão de 12 aeroportos no Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, o direito de administrar e explorar o trecho da Ferrovia Norte-Sul entre Estrela d’Oeste (SP) e Palmas (TO) e a renovação antecipada do contrato de concessão da Malha Paulista, ferrovia administrada pela Rumo. Pelo estágio em que estão, esses projetos entraram na lista de projetos a serem concluídos em 2018. Porém, o mais provável, admite-se no governo, é que fiquem para 2019.

“A infraestrutura não pode prescindir dos investimentos privados”, disse ao Estado o secretário especial do PPI, Adalberto Vasconcellos. Ele explica que há um enorme déficit de investimentos na área no Brasil e o Tesouro Nacional não terá como suprir os recursos necessários para esses projetos. Por isso, a tendência é que o programa continue.

A advogada Letícia Queiroz, do escritório Queiroz Maluf, especialista em concessões, avalia que os projetos mais maduros, como o dos aeroportos e da Norte-Sul, ficarão para 2019 mas não devem enfrentar grandes atrasos. Já os polêmicos, como a privatização da Eletrobrás, tendem a parar por um tempo. “Qualquer um dos dois candidatos, vencendo, vai querer pensar bem sobre o que fazer”, avaliou. Além disso, o projeto dependerá do aval de um Congresso renovado e pouco experiente, o que também contribui para retardar o processo.

“Tirando Eletrobrás e petróleo da mesa, o cenário fica bem mais claro”, avaliou Luís Felipe Valerim Pinheiro, sócio do escritório Xavier Vasconcelos Valerim e professor da Fundação Getúlio Vargas. Ainda restariam projetos de concessão suficientes para “meio mandato”.

Barreira

Para levar adiante as concessões, no entanto, o novo governo terá de superar o relacionamento com os órgãos de controle. “Esse é um dos três maiores problemas da infraestrutura no Brasil”, disse Pinheiro. Na sua visão, trata-se de um problema institucional, que passa pela definição sobre como esses órgãos limitariam sua atuação para dar mais fluidez aos investimentos. “Não é algo que se resolva na base da truculência.”

Desde sua criação, há pouco mais de dois anos, o PPI já leiloou 103 projetos que, juntos, têm previsão de investimentos de R$ 228,2 bilhões e pagamentos de bônus à União de R$ 46,4 bilhões. Atualmente, há 88 deles em carteira, mas a intenção é leiloar 36 até dezembro. Nessa conta, estão pelo menos 10 lotes de transmissão de energia elétrica e os 12 aeroportos.

“Seria bom manter o PPI, pelo menos na fase de transição”, avaliou Letícia. Segundo ela, o grupo, criado no governo Temer, foi importante na organização de procedimentos administrativos para as concessões.

Nos planos de Bolsonaro, o PPI é mantido, mas englobado pelo superministério da Economia. Pinheiro diz que essa não é uma boa ideia, porque o PPI precisa coordenar diversos ministérios, o que será impossível se ele próprio for parte de um.

 

BC americano vê vulnerabilidades econômicas em países emergentes

O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) se manteve atento aos desenvolvimentos nos mercados de economias emergentes, apontou a ata da reunião de política monetária de setembro da autoridade monetária dos Estados Unidos. De acordo com o documento, os dirigentes do Fed notaram que as tensões comerciais pesaram nos mercados acionários fora de solo americano, enquanto alguns emergentes apresentam vulnerabilidades econômicas e ficaram sob pressão. O documento citou a Argentina e a Turquia, mas não mencionou outras economias emergentes, como a brasileira.

Segundo a ata, o câmbio pressionou a inflação nessas economias emergentes em meio às turbulências sofridas por elas nos mercados financeiros. Além disso, alguns dirigentes notaram que o estresse financeiro em alguns emergentes pode ser um risco à atividade econômica.

Mercado de trabalho mais forte

Os dirigentes do Fed acreditam que as condições do mercado de trabalho continuam a se fortalecer nos Estados Unidos. "Contatos em muitos distritos reportaram mercados de trabalho restritos, com dificuldade de encontrar trabalhadores qualificados. Em alguns casos, as empresas estão lidando com escassez de mão de obra e estão aumentando os salários, benefícios ou serviços no local de trabalho para atrair e reter os trabalhadores", mostrou a ata da reunião de política monetária de setembro do banco central.

O documento também relatou que indicadores recentes sugeriram alguma desaceleração nos custos de mão de obra, embora o crescimento salarial tenha permanecido moderado pelos padrões históricos "devido, em parte, ao crescimento morno da produtividade".

Quanto à inflação, a ata traz que os riscos para a projeção de inflação são considerados equilibrados pelos dirigentes do Fed. "Em uma base de 12 meses, tanto a inflação geral quanto a inflação que exclui alimentos e energia permanecem perto de 2%" e, para os participantes da reunião, a evolução dos preços ao consumidor é "consistente com a expectativa de que a inflação está em uma trajetória para alcançar a meta simétrica de 2%". Alguns dirigentes, inclusive, acreditam que os índices de preços possam ultrapassar a marca de 2% por um período de tempo.

Projeção de inflação

A equipe de economistas revisou ligeiramente para cima as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos em 2018 e da inflação devido aos preços mais altos de energia, mostrou a ata da reunião de política monetária do Fed realizada em setembro.

O documento também revelou que as perspectivas da equipe para o PIB e o desemprego estão "balanceados" e que os economistas veem apenas um "efeito pequeno" no crescimento vindo das disputas tarifárias com a China. A equipe do Fed também acredita que o PIB dos EUA do segundo semestre será "um pouco menor" em relação aos números dos primeiros seis meses do ano.

Quanto ao mercado de trabalho, a ata revelou que a equipe do Fed vê a taxa de desemprego natural "um pouco menor" do que o visto anteriormente e que essa taxa será modestamente mais baixa no médio prazo.

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