Terça-feira

VALOR ECONÔMICO

Ibope: Bolsonaro alcança 31%; Haddad permanece com 21%

O Ibope divulgou uma nova pesquisa de intenção de voto com os candidatos que disputam a corrida para a Presidência da República, na noite desta segunda-feira (1º de outubro). Segundo a nova amostragem, Jair Bolsonaro (PSL) cresceu de 27% para 31%, mantendo-se na liderança isolado. Ele é seguido por Fernando Haddad (PT), que se manteve com 21%, mesma porcentagem alcançada em levantamento divulgado pelo instituto na quarta-feira passada (26 de agosto). Ciro Gomes (PDT), com 11%, aparece em terceiro lugar e, Geraldo Alckmin (PSDB), com 8% das intenções de voto se manteve em quarto lugar. Marina Silva (Rede) caiu de 6% para 4%. João Amoêdo (Novo) anotou 3% das intenções de voto. Outros nomes somam 5%. Votos em branco ou nulos são 12%, e 5% não responderam.

Rejeição

O Ibope também mensurou a rejeição de cada candidato e Jair Bolsonaro se manteve como o mais rejeitado desta eleição, com 44% dos eleitores respondendo que não votariam nele de forma alguma. Já a rejeição a Haddad aumentou de 27% para 38%, considerando o levantamento feito na última quarta. Em terceiro, neste quesito, aparece Marina, com 25%. Alckmin anotou 19% e, Ciro, 18%.

Segundo turno

Num eventual segundo turno, somente Ciro venceria Bolsonaro por 45% a 39%. Com Alckmin, os dois ficariam empatados tecnicamente, apesar de uma vantegem numérica para o tucano: 42% a 39%. Já, com Haddad, o presidenciável do PSL empataria em 42%. O militar só venceria Marina no segundo turno por 43% a 38%. A pesquisa, encomendada pela TV Globo e "O Estado de S.Paulo", foi realizada entre o sábado (29) e o domingo (30) com 3.010 eleitores em 208 municípios e foi registrada no TSE sob o código BR-08650/2018. A amostragem apresenta margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos e nível de confiança de 95%.

 

Mercado vê chance maior de vitória de Bolsonaro no 1º turno

A nova pesquisa do Ibope mostrou um aumento da chance de vitória do candidato do PSL, Jair Bolsonaro, ainda no primeiro turno, na avaliação de analistas do mercado financeiro. O Ibope mostrou Bolsonaro com 31% das intenções de voto — quatro pontos acima do levantamento anterior —, enquanto o candidato do PT, Fernando Haddad, seguiu estável com 21%. “Podemos ter um desfecho para a eleição mais cedo do que todo mundo espera”, disse Luiz Eduardo Portella, sócio da Novus Capital.

Segundo Portella, a reação dos mercados nesta terça-feira pode ser positiva, uma vez que a bolsa adotou uma postura mais cautelosa nesta segunda. O Ibovespa teve baixa de 0,91%, aos 78.624 pontos, na contramão das bolsas internacionais. Já Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset, considera difícil Bolsonaro vencer o pleito no próximo domingo, apesar do avanço do candidato do PSL, considerado mais alinhado à agenda de reformas defendida pelo mercado financeiro. Para Vieira, se a pesquisa do Datafolha, que será divulgada nesta terça, mostrar a mesma evolução de Bolsonaro deverá fomentar um forte otimismo nos mercados. “Ninguém estava esperando a conclusão desse processo tão rapidamente [com eventual vitória de Bolsonaro]. Se isso ocorrer, vai ter um rali na bolsa, forte valorização do real e baixa dos juros mais longos”, disse.

O EWZ, principal fundo de índice brasileiro negociado nos EUA, seguiu praticamente estável após a divulgação da pesquisa do Ibope. O fundo era negociado às 21h55 (horário de Brasília) a US$ 33,71 — com baixa de 0,02% em relação aos US$ 33,72 do encerramento do mercado regular desta segunda. No momento da divulgação da pesquisa, os recibos de ações brasileiras (ADR) negociados nos EUA não eram mais negociados

 

S&P indica que Bolsonaro é uma incógnita maior do que Haddad

A agência de classificação de risco S&P Global tem monitorado de perto as eleições no Brasil e enxerga como maior risco para a nota soberana do país a maneira como o novo governo vai lidar com os desafios econômicos. “O Brasil tem imensos problemas, tanto fiscais quanto sociais. A economia mal está crescendo neste ano e há muito na agenda para a nova liderança. Essa preocupação de quão rápida e efetivamente a nova liderança vai lidar com essas questões” afeta nossa avaliação, afirmou Joydeep Mukherji, diretor-gerente de ratings soberanos para América Latina, em webseminário sobre riscos para a região.

Conforme Mukherji, “os dois candidatos que lideram as pesquisas têm altas taxas de rejeição por razões diferentes e é difícil de dizer quem vai vencer, mas o candidato do PT [Fernando Haddad] não é um ‘outsider’, enquanto [Jair] Bolsonaro [do PSL] é um ‘outsider’, e isso aumenta o risco de incongruências ou atrasos em fazer as coisas serem feitas após a eleição”.

De acordo com Elijah Oliveros-Rosen, economista-chefe para a América Latina da S&P Global, “o crescimento real do PIB perdeu ímpeto na primeira metade do ano em várias economias da região, como Brasil e Argentina”. Esse enfraquecimento da tração da atividade veio a reboque de incertezas políticas e fiscais, no caso do Brasil, e da falha em restabelecer a confiança de investidores, para a Argentina.

A S&P espera um recuo de 2% da economia argentina neste ano e um crescimento zero no próximo ano. Segundo Oliveros-Rosen, o país vai sentir o peso da forte elevação de juros, atualmente em 60% ao ano, para conter a inflação e estabilizar a moeda, bem como vai enfrentar um difícil ajuste fiscal em 2019. No Brasil, a agência revisou para baixo a expansão do PIB neste ano em 0,4 ponto percentual, para 1,4%. Em 2019, a S&P espera um crescimento maior, de 2,2%, na medida que as incertezas políticas diminuam.

“O risco que temos de olhar no Brasil no fim de 2018 e em 2019 está relacionado à transição de governo e às novas políticas adotadas, bem como a qualidade da equipe econômica e das [soluções] fiscais”, ressaltou Daniela Brandazza, diretora sênior de ratings internacionais de finanças públicas. “Nosso foco estará na sustentabilidade fiscal” após as eleições.

 

Palocci diz em delação que campanhas de Dilma teriam custado R$ 1,4 bilhão

A seis dias do primeiro turno das eleições, o juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, retirou o sigilo de parte do acordo de delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci, firmado com a Polícia Federal. Em troca de uma redução de dois terços de sua pena, o petista fez acusações graves a ex-aliados. Disse, por exemplo, que as duas campanhas presidenciais encabeçadas por Dilma Rousseff custaram R$ 1,4 bilhão, quase quatro vezes mais do que o PT declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Assinado em março deste ano, o acordo foi homologado em junho pelo desembargador João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Apesar de referendar o acordo - a contragosto do Ministério Público Federal -, Gebran determinou a retirada de uma cláusula pela qual Palocci se comprometia a pagar uma indenização de R$ 37,5 milhões. O desembargador também rejeitou um pedido da defesa para que a prisão preventiva do petista fosse revogada após a homologação.

No anexo cujo sigilo foi retirado, Palocci narra a distribuição de cargos pelos governos petistas e as estratégias para arrecadação de recursos de campanha. Ele disse aos investigadores que aproximadamente 90% das cercas de mil medidas provisórias editadas nas quatro administrações do PT atendiam interesses privados e envolviam propinas.

Preso desde 2016, Palocci disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou pessoalmente a oferta de cargos em estatais, sobretudo a Petrobras, de forma a viabilizar apoio político ao seu governo e também levantar recursos para o projeto de poder do PT no longo prazo. Ainda assim, segue a delação, Lula chegou a convocar reuniões para questionar as práticas ilícitas que ele já tinha conhecimento.

"Acredita que Lula agiu daquela forma porque as práticas dos diretores da estatal tinham chegado aos seus ouvidos e ele queria saber qual era a dimensão dos crimes, bem como sua extensão, e também se o colaborador aceitaria sua versão de que não sabia das práticas ilícitas que eram cometidas em ambas as diretorias, uma espécie de teste de versão, de defesa, com um interlocutor, no caso, o colaborador; e que essa prática empregada por Lula era muito comum", disse o delator.

Palocci também contou aos delegados que a estratégia de nacionalizar o processo de exploração de petróleo da camada pré-sal teve motivação corrupta. Segundo o delator, "seria muito mais fácil discutir com OAS, Odebrecht, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa contribuições eleitorais para campanhas eleitorais do que se tentar discutir os mesmos assuntos com empresas estrangeiras". "Havia, assim, um interesse social e um interesse corrupto", explicou o ex-ministro.

O acordo de delação prevê a contribuição do ex-ministro para a elucidação de pelo menos cinco inquéritos. Um deles, segundo a Polícia Federal, trata do enriquecimento de uma instituição financeira em negociações envolvendo a exploração de blocos de petróleo na África. O nome da instituição não foi divulgado, mas a delação informa que o grupo obteve vantagens mediante "sistemático e longínquo pagamento de vantagens indevidas ao Partido dos Trabalhadores". Outro inquérito, citado de forma subjetiva nos termos do acordo, trata da suposta atuação de uma servidora pública e de "agentes particulares envolvidos em atividades jornalísticas" na violação do sigilo de decisões de Moro sobre processos de Lula.

O ex-presidente teria sido informado de antemão sobre decretos judiciais contra ele e sua família. O advogado do ex-presidente, Cristiano Zanin, afirmou que a retirada do sigilo "apenas reforça o caráter político dos processos e da condenação injusta imposta" a Lula e que Palocci mentiu sem apresentar nenhuma prova.

"Soma-se a isso o fato de que a delação foi recusada pelo Ministério Público", disse o advogado, sem mencionar o fato de que a posição dos procuradores não trata dos fatos narrados, mas sim da discordância em relação à competência da PF para firmar acordos de colaboração premiada. A assessoria de imprensa de Dilma afirmou que o valor de R$ 1,4 bilhão para custear as campanhas é "absolutamente falso". Segundo a nota, "apenas a hipótese de recursos tão vultosos não terem sido detectados evidencia o desespero de quem tenta salvar a própria pele".

 

Moody's vê Brasil menos exposto a menor liquidez

A situação fiscal dos governos latino-americanos se deteriorou ao longo da última década, dado que o nível da dívida aumentou em meio ao enfraquecimento do crescimento econômico. Segundo a Moody's Investors Service, na região Brasil e Chile são os menos expostos a uma redução na liquidez global. Do outro lado, os mais suscetíveis a impactos negativos são Argentina, República Dominicana, Honduras e Paraguai. "As condições de financiamento mais restritas em todo mundo elevaram os riscos de crédito associados a dívida em moeda estrangeira e a uma dependência de investidores não residentes", diz a Moody's.

A agência aponta, no entanto, que necessidades de financiamento bruto relativamente baixas, perfis de vencimento da dívida e a presença de colchões fiscais podem mitigar os riscos de crédito associados ao aperto das condições de financiamento global. Segundo o relatório, os países latino-americanos tendem a apresentar perfis de vencimento de dívida relativamente longos, com uma participação ainda importante da dívida externa proveniente de credores oficiais.

Na média, esse prazo é de 11,5 anos, sendo 14,3 anos no caso da dívida externa e 8,6 para a dívida doméstica. A estrutura da dívida e os riscos de crédito associados variam amplamente entre os latino-americanos, e a Moody's elaborou duas listas de vulnerabilidade. A primeira considera apenas os fatores de risco, e aponta que Brasil e Chile estão entre os menos expostos. Depois, considerou fatores que mitigam esses riscos, como colchões fiscais.

 

Mercado espera inflação maior neste ano e em 2019, aponta Focus

A mediana das projeções dos economistas do mercado para a inflação oficial em 2018 registrou a terceira elevação consecutiva, agora de 4,28% para 4,30%, conforme a pesquisa semanal Focus, do Banco Central (BC), divulgada nesta segunda-feira. Para 2019, a mediana das expectativas para o aumento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) também foi revista para cima, de 4,18% para 4,20%.

Para os próximos 12 meses, a estimativa passou de 4,04% para 4,01% de alta. Entre os economistas que mais acertam as previsões, os chamados Top 5, de médio prazo, a mediana para a inflação de 2018 foi de 4,38% para 4,43% e de 4,10% para 4,22% em 2019. Na semana passada, o BC informou que projeta alta de 4,4% para o IPCA em 2018, de 4,5% para 2019 e de 4,2% para os anos de 2020 e 2021 conforme o Relatório de Inflação (RI) do terceiro trimestre.

No documento de junho, as estimativas eram de 4,2% de aumento para 2018 e de 4,1% para 2019 e 2020. Naquela ocasião, ainda não havia estimativa para 2021. A meta de inflação é de 4,5% para 2018, 4,25% para 2019 e 4% para 2020. Para 2021, a meta é de 3,75%. O intervalo de tolerância é de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Câmbio

Os economistas do mercado reduziram a mediana das estimativas para o dólar no fim de 2018, de R$ 3,90 para R$ 3,89 — uma mudança praticamente simbólica, mas o primeiro corte semanal desde janeiro. Para 2019, no entanto, a projeção teve novo aumento, o terceiro seguido, de R$ 3,80 para R$ 3,83. A previsão para o câmbio no fim de 2018 não registrava queda no Focus desde o levantamento concluído em 26 de janeiro.

Para 2019, desde 6 de abril, essa mediana só mostra elevações ou manutenções semanais. Entre os economistas Top 5, de médio prazo, a expectativa permaneceu em R$ 3,95 para o fim de 2018 e em R$ 3,57 para 2019, patamares mantidos há três semanas agora. Atividade A mediana das projeções do mercado para o crescimento da economia em 2018 manteve-se em 1,35%. Para 2019, a projeção seguiu em 2,50% de expansão, percentual em que está há 14 pesquisas agora.

No Relatório de Inflação do terceiro trimestre, o BC reduziu de 1,6% para 1,4% a projeção para o avanço do PIB em 2018 e espera avanço de 2,4% em 2019. Selic As medianas das estimativas para a taxa básica de juros não sofreram alterações: ficaram em 6,50% no fim deste ano tanto entre os economistas em geral (pela 19ª semana consecutiva) quanto entre os Top 5 de médio prazo (pela 20ª semana seguida).

Para o encerramento de 2019, o mercado segue apontando para uma Selic a 8% pela 38ª semana seguida, enquanto os campeões de acertos reforçaram a aposta de 7,63% apontada nas últimas três semanas.

 

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