Sexta-feira

VALOR ECONÔMICO

Custo da construção civil aumenta 0,36% em agosto, mostra IBGE

O Índice Nacional da Construção Civil, medido pelo Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), subiu 0,36% em agosto, após alta de 0,52% um mês antes, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O indicador acumula agora alta de 3,02% no ano e de 4,15% em 12 meses, ante os 4,01% apurados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto, o custo nacional da construção por metro quadrado foi de R$ 1.099,01, dos quais R$ 566,91 foram referentes aos materiais e R$ 532,10 relativos à mão de obra. Em julho, o custo nacional totalizava R$ 1.095,09.

 

Nova tabela deixa o frete 5% mais caro e recebe críticas do setor produtivo

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou nesta quartafeira uma nova tabela do frete rodoviário que aumenta os preços mínimos em 5%, em média. Os novos valores foram publicados ontem no "Diário Oficial da União". A estimativa média de aumento dos preços mínimos, que variam de acordo com o tipo de carga e a distância, foi divulgada pela ANTT.

No sábado, a agência já havia informado que, devido à alta do preço do óleo diesel da semana passada faria os "ajustes necessários" no preço mínimo do frete. A nova tabela do foi considerada "impraticável" pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). A entidade estima que o aumento vai provocar uma elevação de 0,5% a 1% nos preços ao consumidor dos produtos têxteis e confecção.

A primeira tabela de valores mínimos dos fretes para caminhoneiros, divulgada pela ANTT em 30 de maio, já provocou aumento médio de 50% nos custos com frete das indústrias têxteis e de confecção, elevando essa conta de R$ 6 bilhões para R$ 9 bilhões, afirmou Fernando Pimentel, presidente da entidade. O impacto nos preços ao consumidor foi um aumento que variou de 4% a 7%, estima o dirigente. "Essa nova tabela só reforça o que entendemos: que o tabelamento de preços é inviável e impraticável, prejudica toda a economia e não resolve o problema dos caminhoneiros", disse Pimentel.

O presidente da Abit afirma que parte das empresas tem substituído o transporte rodoviário por cabotagem, ou investido em frota própria para escapar do aumento nos custos do frete. Segundo a Abit, a greve de maio dos transportadores gerou uma perda de produção equivalente a quatro ou cinco dias no setor que a entidade representa, com um prejuízo entre R$ 1,6 bilhão e R$ 2 bilhões.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nota em que afirma que a decisão da ANTT de publicar nova tabela para o preço mínimo do frete rodoviário "acentuará os efeitos danosos da política de tabelamento, cujos principais resultados para o país foram a redução do crescimento da economia e o aumento de preços para a população, sobretudo na cesta básica".

A CNI avalia que o ajuste foi baseado apenas no anúncio do aumento de preços de diesel nas refinarias, "ou seja, muito antes de a alteração chegar nas bombas de combustível ou afetar o custo dos transportadores". "Além disso, a decisão foi tomada pela ANTT sem a participação dos embarcadores, conforme determina a legislação."

A entidade sustenta que o tabelamento é inconstitucional - além de ser uma "medida equivocada e simplista, que não soluciona o problema do transporte rodoviário do país nem dos caminhoneiros, agrava os problemas da indústria e pune todos os consumidores brasileiros".

 

Temor de contágio em emergentes cresce

Primeiro foi a derrapada da Argentina. Depois, a Turquia. E logo em seguida África do Sul, Brasil e Indonésia sofriam com a debandada dos mercados emergentes. Com o fenômeno, instituições como J.P. Morgan Chase e BlackRock recorreram a uma única palavra: contágio. O raciocínio é que, embora os emergentes possam oferecer valor no longo prazo, os investidores vendem ativos relativamente seguros para cobrir perdas em mercados mais vulneráveis ou, pior ainda, tratam todos os mercados emergentes da mesma forma e vendem indiscriminadamente.

Quando a mentalidade de manada predomina, não importa o risco individual de cada país, e investidores que decidem comprar podem ser pisoteados enquanto os demais procuram a saída. "Está havendo uma crise de confiança nos mercados emergentes e presença de algum nível de contágio", disse Pablo Goldberg, gestor de recursos da BlackRock, em Nova York. "Com as oscilações cambiais de curto prazo, fica difícil entrar."

As moedas de nações em desenvolvimento caíram para os menores patamares desde maio de 2017. Peso argentino, lira turca e rupia indiana atingiram os menores níveis históricos nos últimos dias, reforçando o argumento de que esses episódios não são meramente idiossincráticos.

A tensão no comércio global, o fortalecimento do dólar e a perspectiva de mais elevações dos juros pelo Fed (o banco central dos EUA) reduziram os fluxos em carteira para mercados emergentes de US$ 13,7 bilhões em julho para US$ 2,2 bilhões no mês passado, de acordo com o Instituto de Finanças Internacionais (IIF), sediado em Washington. "Não é uma boa narrativa para os mercados emergentes", afirmou Anastasia Amoroso, estrategista global de investimentos do J.P. Morgan Private Bank, em entrevista à Bloomberg TV.

"Enquanto as guerras comerciais estiverem no centro das atenções e o Fed estiver subindo [as taxas] em ritmo acelerado em relação ao resto do mundo, acho que o ambiente justifica um dólar mais forte." Alguns investidores enxergam o movimento de queda como oportunidade de compra, dando ênfase a fundamentos mais robustos, como recuo da inflação, superávits comerciais e ampliação do diferencial nas taxas de crescimento econômico entre mercados emergentes e desenvolvidos.

"Um dos aspectos interessantes do contágio é causar a venda dos fortes e dos fracos", disse Arjun Jayaraman, da Causeway Capital Management, em Los Angeles. "É quando se deve agir e comprar moedas fortes, ativos de países exportadores, com superávit em conta corrente." Ações de Índia, Coreia do Sul e Taiwan estão atraentes neste ambiente, na visão de Jayaraman.

Para Amoroso, os investidores eventualmente vão comprar dívidas denominadas em moeda local. Goldberg revelou que, se as preocupações com o comércio internacional diminuírem, ele deve preferir títulos soberanos denominados em moeda forte. Isso talvez esteja longe. A pressão sobre os emergentes tende a persistir.

 

 

FOLHA DE SÃO PAULO

Repasse cambial à inflação sobe a 10% em crises, aponta estudo do BC

Turbinada pelas incertezas eleitorais, a atual escalada do dólar frente ao real pode ter impacto de longo prazo na inflação de 0,1035 ponto percentual para cada 1% de alta da moeda americana, segundo estudo feito dentro do Banco Central, que mostra que fortes choques cambiais têm efeito proporcionalmente maiores em períodos de crise.

Os autores do trabalho "Exchange Rate Pass-Through in Brazil: a Markov switching estimation for the inflation targeting period (2000-2015)", publicado neste ano pelo BC, rodaram novamente o modelo para estender sua análise ao primeiro semestre de 2018.

E os resultados apontaram a volta a um período de crise nos dois primeiros trimestres deste ano, com alta incerteza e instabilidade econômica, cenário que acarreta repasse cambial –ou "pass through", no jargão do mercado– da magnitude de 10%. Isso só chegou a ser identificado antes para os anos de 2000 a 2003 e em 2015.

De acordo com o estudo, que não reflete uma posição oficial do BC, o repasse em períodos normais é perto de zero: apenas 0,00057 ponto percentual para cada 1% de valorização do dólar.

"O que se consegue ver é que existe grande chance de voltar para um 'pass through' alto dada a força do choque externo. A gente tem o Fed (banco central americano) subindo os juros e no mundo inteiro as pessoas estão reacomodando as carteiras em mercados emergentes. Teve muita saída de capital no Brasil e não tinha como câmbio não reagir", afirmou Fabrizio Marodin, um dos autores do trabalho, citando também a incerteza econômica e fiscal no país, especialmente com as indefinições ligadas à corrida presidencial.

"(Isso) só vai acabar com eleição e olhe lá", complementou ele, que atualmente faz doutorado em Economia na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.

O dólar acumula alta de cerca de 25% neste ano até a véspera e muito próximo do seu maior patamar histórico de fechamento, de R$ 4,1655, batido em 21 de janeiro de 2016. Por trás do salto, estão desde tensões comerciais no cenário externo a temores dos investidores de que o novo presidente eleito no Brasil não implemente uma agenda de reformas econômicas para colocar as contas públicas nos trilhos.

Ou seja, no cenário atual, o impacto desse salto na inflação poderia ser da ordem de 2,5 pontos percentuais a longo prazo. Hoje, o IPCA marca alta de cerca de 4,3% no acumulado de 12 meses, perto do centro da meta oficial de 4,5%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Marodin destacou o que considerou o achado mais importante da atualização do estudo: o período de crise de 2015, que já havia sido identificado na publicação original, estendeu-se até o terceiro trimestre de 2016, data que coincide com a chegada do atual presidente do BC, Ilan Goldfajn, ao comando da instituição. A partir daí, as expectativas de inflação foram ancoradas e o 'pass through' voltou à condição de normalidade.

"Esta evidência mostra possível papel para a credibilidade da autoridade monetária na moderação do efeito do 'pass through'", afirmou. "Em outras palavras, quando as expectativas de inflação estão bem ancoradas, as empresas tenderão a moderar o grau de reprecificação e o repasse cambial será menor".

Na avaliação de Marodin, o fato de a credibilidade do BC funcionar como um fator "moderador", no entanto, não foi suficiente para manter o repasse tão baixo a partir de 2018.

"É possível que seja um repique que seja só de dois trimestres ou três de alto 'pass through'... ou pode continuar por um bom tempo. Mas aparentemente, se você olhar o Focus, as expectativas continuam bem ancoradas, então eu acho que esse fator está colaborando", disse.

Pesquisa Focus do BC, que ouve cerca de uma centena de economistas todas as semanas, mostra que as projeções para a inflação estão um pouco acima de 4% para este ano e o próximo, abaixo do centro da meta oficial.

"O BC conseguiu manter credibilidade no regime de metas, só que ele não é Superman, sozinho não faz milagre. Acho que fundamentalmente agora é o resultado da eleição (que vai influenciar)", completou.

ATIVIDADE FRACA

Sobre eventual elevação nos juros pelo BC numa reação à alta do dólar, Marodin foi na linha de comunicações recentes da autoridade monetária, de que a fraqueza da atividade econômica acaba moderando o choque cambial, uma vez que as empresas já estão com dificuldade de vender e adiam aumento de preços.

Também pontuou que, diferentemente dos períodos anteriores de crise apontados no estudo, a inflação agora não está deslocada da meta.

"A política monetária olha para a inflação e para a atividade econômica fundamentalmente. Isso é o coração do regime de metas. Não vai responder ao câmbio no curto prazo, isso acontecia no passado", opinou.

O BC se reúne dia 19 deste mês para nova decisão sobre os juros básicos da economia, hoje estacionados na mínima histórica de 6,5% ao ano. Na pesquisa Focus do BC, as projeções são de que a Selic não será alterada neste ano em meio ao cenário de atividade e inflação fracas.

 

O ESTADO DE SÃO PAULO

Eleições e crise de emergentes levam estrangeiros a tirar US$ 10 bi do País

O desconforto dos investidores com o processo eleitoral e a turbulência que atingiu os países emergentes provocou a retirada de US$ 9,8 bilhões da economia brasileira em agosto. O resultado negativo da conta financeira – que inclui investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamentos de juros, entre outras operações – é o maior desde março, quando US$ 10,5 bilhões deixaram o Brasil, depois que o governo de Michel Temer engavetou a reforma da Previdência.

Em julho, a entrada de moeda americana superou a saída em US$ 4,8 bilhões. Já um ano atrás, em agosto de 2017, a retirada foi a metade da registrada no mês passado.

Economistas avaliam que o resultado do fluxo financeiro em agosto marca uma nova tendência de curto prazo e que, pelo menos até o desfecho da eleição, as saídas financeiras devem continuar.

“Não que chegue a ser uma surpresa o fluxo financeiro ruim em agosto. Mas no fundo é uma mudança forte em relação aos últimos meses, quando havia, apesar das incertezas, um quadro de predomínio de fluxo positivo”, disse o economista Silvio Campos Neto, da Tendências Consultoria Integrada. “As entradas financeiras caíram bastante. A média diária em agosto veio bem mais baixa que o visto nos últimos meses”, acrescentou.

O economista-chefe para América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos, acredita que cerca de 30% da saída de capitais ocorre em decorrência do panorama internacional e 70% por causa da aproximação eleitoral e do quadro fiscal crítico do País. “A preocupação com as eleições é grande. Ninguém está tomando risco no Brasil.”

O cenário indefinido da disputa eleitoral deve elevar a tensão do mercado financeiro “de modo relevante” nas próximas semanas, na avaliação do economista-chefe do Banco Votorantim, Roberto Padovani. “Pode haver uma tempestade perfeita, com a saída de capital. Os mercados vão perder a racionalidade aqui também”, diz, comparando o quadro brasileiro com o argentino, onde a moeda já se desvalorizou 50% neste ano. No Brasil, em um mês, o dólar teve alta de quase 25% ante o real. Ontem, a moeda americana caiu 0,23%, para R$ 4,14.

A condição das contas externas brasileiras deve impedir uma perda do valor do real tão acentuada quanto a do peso. “Os padrões argentinos são fora da realidade”, frisa Padovani.

Por causa da crise no país vizinho, os investidores estão mais seletivos em relação aos países emergentes nas últimas semanas, de acordo com os economistas. Padovani lembra que muitos investidores estrangeiros veem os emergentes como um único bloco e, por isso, acabam deixando o Brasil quando o risco argentino aumenta.

O economista Sidney Nehme, da NGO Corretora, lembra que o cenário de saída é influenciado pela subida de juros dos EUA, que deve continuar. No próximo dia 26, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) anunciará a nova taxa de juros, hoje na faixa de 1,75% a 2,00% ao ano. A probabilidade de alta, de 0,25 ponto porcentual, é de 99%, conforme o CME Group, empresa americana que agrega as maiores bolsas de derivativos do mundo.

Desfecho eleitoral

Na prática, os investidores observam um Brasil incerto, por conta da eleição, e um exterior com perspectiva de juros mais elevados. “A curto prazo, o fluxo financeiro negativo deve continuar. Depois, tudo depende do desfecho do quadro eleitoral”, afirma Campos Neto. “Pode tanto haver uma reversão desse fluxo, com entrada forte de capitais, como pode ocorrer intensificação dessas saídas líquidas”, destaca ele.

Um fluxo financeiro instável, porém, também é uma possibilidade para 2019 dado o fato de o País não ter mais grau de investimento (selo de bom pagador emitido por agências de classificação de risco). Padovani explica que ativos de grau especulativo, como os da dívida brasileira, são operados por investidores de curto prazo, o que aumenta a volatilidade no mercado.

 

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