Quinta-feira

VALOR ECONÔMICO

Incerteza política pode pausar avanço de empréstimos

A greve dos caminhoneiros não freou o crescimento do crédito no Brasil em maio, mas as incertezas políticas e a piora do cenário externo podem pausar a expansão nos próximos meses. Analistas chamaram a atenção para os sólidos resultados do mês passado no relatório divulgado ontem pelo Banco Central, ainda mais diante da possibilidade de que a paralisação do transporte de cargas pudesse gerar uma surpresa negativa. "A expectativa de uma parada na recuperação das condições de crédito no país por conta da greve dos caminhoneiros não se confirmou", disse Bruno Lavieri, economista da consultoria 4E.

O especialista ressaltou que os números de maio mostram "um processo de retomada das concessões ainda lento, mas que continua em andamento". Apesar da queda na leitura ano contra ano do saldo de financiamentos para pessoa jurídica, o segmento de crédito corporativo já mostra uma recuperação "ainda que mais tímida" na comparação com a de pessoas físicas.

Na margem, afirma o economista da 4E, o crédito corporativo "está praticamente estável há quase três meses". Os financiamentos para pessoa jurídica ainda continuam a apresentar recuos por conta da queda no crédito direcionado oferecido pelo BNDES. Mas "o crédito livre para pessoa jurídica está se expandindo e, em bases anuais, já temos uma alta de 1,5%", afirmou Lavieri.

Daqui para a frente, os grandes riscos para a continuidade da expansão dos financiamentos tanto para empresas quanto para famílias recaem sobre as eleições e o recrudescimento do cenário internacional, com aumento das tensões comerciais e fortalecimento do dólar. Essa combinação, aponta Alberto Ramos, economista-chefe do Goldman Sachs para a América Latina, em relatório, pode frear tanto a oferta de crédito pelos bancos quanto a demanda pelas corporações e indivíduos nos próximos meses.

Isabela Tavares, analista de macroeconomia da consultoria Tendências, considera até mesmo a possibilidade de as taxas finais subirem levemente devido ao aumento da falta de visibilidade política. Nos próximos meses, pondera, "as incertezas eleitorais podem provocar uma interrupção da queda do custo ao tomador final ou até mesmo fazê-lo oscilar positivamente".

Segundo Isabela, as taxas do empréstimo para o consumidor podem ficar maiores, ainda que o "spread" tenha tendência de continuar em recuo gradual. "Esse movimento do spread ocorre devido às medidas estruturais implementadas pelo BC para melhorar as taxas e pelas iniciativas de autorregulação dos próprios bancos."

 Conforme a economista, "a mudança nas regras do cheque especial puxou as quedas das taxas e do spread do crédito para pessoa física em relação ao mês de abril". A expansão das concessões reais de empréstimos completou 12 meses seguidos em maio, mas, segundo o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), o crédito "poderia estar avançando mais".

O órgão culpa a lentidão no aumento dos financiamentos pela desaceleração do crescimento da atividade. Segundo o Iedi, o crédito direcionado, no qual o BNDES tem grande peso, "faz falta para dotar de maior dinamismo a economia".

 

FOLHA DE SÃO PAULO

Crédito imobiliário com recursos da poupança cresce 26%, diz Abecip

A concessão de financiamento imobiliário com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) em maio cresceu 26,1% ante igual mês de 2017, para R$ 4,5 bilhões, informou nesta quarta-feira (27) a Abecip, instituição que representa as financiadoras de imóveis.

No acumulado de janeiro a maio, o volume de crédito para aquisição e construção de imóveis com recursos da poupança subiu 18,1% ano a ano, para R$ 19,79 bilhões. Nos 12 meses encerrados em maio, os financiamentos somaram R$ 46,18 bilhões, um aumento de 2,5% na comparação anual.

Segundo a Abecip, o volume de crédito via SBPE permitiu a aquisição e construção de 79,19 mil imóveis nos cinco primeiros meses do ano, alta de 17,9% ante o mesmo intervalo de 2017.

Apenas em maio, 18,5 mil imóveis foram financiados com recursos da poupança, um número 12,2% maior ante abril e 26,9% acima do apurado um ano atrás.

O Bradesco liderou o ranking de maiores financiadores para compra e construção de imóveis no mês passado, seguido por Santander Brasil, Itaú Unibanco, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.

 

Fundo de investimentos do FGTS financiará até R$ 4,8 bi em projetos

Após reunião nesta quarta-feira (27), o comitê de investimentos do FI-FGTS (Fundo de Investimentos do FGTS) decidiu que publicará edital para financiar até 15 projetos de infraestrutura, somando um empréstimo total de, no máximo, R$ 4,85 bilhões.

O edital sairá nesta quinta (28). O prazo para recebimento das propostas é o dia 31 de agosto e elas serão analisadas até 31 de outubro.

O financiamento será liberado de acordo com o avanço de cada projeto.

Com o objetivo de patrocinar projetos de outras áreas, o comitê decidiu limitar o número de projetos de energia que poderão ser apresentados.

A ideia é estimular que propostas para portos, saneamento e rodovias, por exemplo, também recebam recursos.

 

O ESTADO DE SÃO PAULO

Construção teve piora na atividade e no nível de emprego com greve

A indústria da construção amargou fortes prejuízos com a greve dos caminhoneiros, nos últimos 11 dias de maio. A interrupção no transporte de insumos causou queda da atividade e aumento da ociosidade, além de ter afetado negativamente a expectativa dos empresários, segundo a Sondagem da Indústria da Construção, divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A atividade recuou 2,5 pontos, de 46,9 em abril para 44,4, em maio, na maior retração registrada desde dezembro de 2014, quando o indicador apresentou queda de 3,6 pontos. O indicador sobre emprego recuou 0,3 ponto, para 44,3 pontos.

Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem pontos. Quando estão abaixo dos 50 pontos, mostram queda da atividade e do emprego. A utilização da capacidade de operação ficou em 57%. Isso significa que o setor manteve fora de operação 43% das máquinas, equipamentos e pessoal no mês passado.

“Com a greve dos caminhoneiros, a indústria da construção tem sofrido ainda mais dificuldades para se recuperar da crise econômica. O setor foi o primeiro a sentir os efeitos da recessão e tem enfrentado quedas consecutivas na atividade e no emprego”, afirma a economista da CNI Isabel Mendes.

De acordo com a pesquisa, os índices de expectativas e de confiança dos empresários mostram que não há perspectivas de reação do setor. Com exceção do índice de expectativa de nível de atividade, que recuou para 50,4 pontos, os demais ficaram abaixo dos 50 pontos, mostrando que os empresários esperam queda de novos empreendimentos e serviços, de compra de insumos e matérias-primas e do número de empregados nos próximos seis meses.

Safra travada. A crise logística persiste, com a indefinição sobre a tabela de frete. As tradings de grãos, que compram a produção nas fazendas e exportam o produto, não estão dispostas a pagar o que os caminhoneiros pedem e boa parte dos grãos permanece estocada nos silos e centros de armazenamento.

“Esse problema tende a se agravar nos próximos dias, porque começamos a receber a safrinha do milho, que vai ficar sem espaço para estoque”, diz Cristiano Palavro, analista técnico do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag). O impasse já mexeu com os preços. “As empresas que estão comprando hoje querem pagar R$ 27 (pela saca de 60 quilos). É uma queda de mais de 20%. Os produtores não querem vender imediatamente por causa disso. Cerca 70% da produção ainda não foi negociada.”

 

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