Quarta-feira

TRIBUNA DO NORTE

Reajuste médio de tarifa elétrica será de 15,61%

A partir do próximo domingo, 22, a conta de energia elétrica no Rio Grande do Norte ficará mais cara. O reajuste médio autorizado nesta terça-feira, 17, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ficou em 15,61%. O impacto, na prática, só será sentido no bolso do consumidor a partir das cobranças efetivadas em maio, em decorrência do intervalo entre consumo, leitura e faturamento das contas.

A Aneel aprovou três índices de reajuste, de acordo com o perfil de consumo: 14,81% para clientes residenciais; 14,88% para empresas de pequeno e médio porte que se enquadram na classe de consumo de baixa tensão; e 17,47% para o setor industrial, consumidor de alta tensão.

A revisão tarifária leva em consideração mudanças ocorridas nos custos e no mercado das empresas, a eficiência da distribuidora e o volume de investimentos realizados pela concessionária. De acordo com informações da Cosern, distribuidora de energia elétrica no estado, foram investidos cerca de R$ 1,2 bilhão nos últimos cinco anos na aplicação de novas tecnologias, construção de subestações e redes, renovação de redes e equipamentos e ligação de novos consumidores. A empresa atende cerca de 1,5 milhão de clientes localmente.

O reajuste aprovado nesta terça-feira pela Aneel não foi bem recebido pelo setor de Turismo, onde o custo-eletricidade figura em segundo lugar – atrás apenas dos gastos com a folha de pessoal – entre os mais elevados. “É um aumento brutal. Gostaria de entender como a Aneel autoriza um reajuste sete, oito vezes maior que a inflação (de 2017). É incompreensível”, criticou George Gosson, coordenador da Câmara Empresarial do Turismo da Federação de Comércio, Bens e Serviços do Rio Grande do Norte (Fecomércio-RN).

Segundo Gosson, o reajuste não vai refletir nas tarifas aplicadas pelo setor hoteleiro no curto prazo, “mas a tendência é que seja incorporada com o tempo e a capacidade de investimento seja reequilibrada”.

O representante da Federação das Indústraias do Estado do Rio Grande do Norte (Fiern) junto ao Conselho de Consumidores da Cosern, João Lima, assegura que o impacto será sentido em todos os setores da economia. “A energia elétrica representa um custo importante no comércio e na indústria”, destacou. Lima ressaltou, ainda, que a energia brasileira está entre as mais caras do mundo, e adianta que o repasse do reajuste no custo da produção industrial depende do mercado. “O aumento deve ser absorvido nesse primeiro momento, mas com o tempo será repassado ao consumidor final”, declarou.

Bandeiras tarifárias

Em 2015, a Aneel adotou o sistema de bandeiras para compensar o custo de geração de eletricidade no País com valores adicionais que vão até R$ 5,00 a cada 100KwH consumidos. Desde o início deste ano, a bandeira em vigor é a verde, quando não há cobrança adicional.

 

VALOR ECONOMICO

Crédito residencial vive recuperação em 2018

Depois de três anos seguidos de quedas nos financiamentos à casa própria, esse segmento do mercado brasileiro começa a reagir. No primeiro bimestre do ano, o volume de crédito para aquisição de residências saltou 17,7% em relação ao mesmo período de 2017, segundo a Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário (Abecip).

Se nos primeiros dois meses do ano passado havia 15 Estados e o Distrito Federal com volume de financiamentos residenciais em queda, em 2018 o quadro se inverteu: no primeiro bimestre do ano, 19 unidades da federação apresentam crescimento. Os dados da Abecip mostram agora apenas oito Estados com recuo. "Janeiro e fevereiro estão confirmando a tendência de recuperação de 2017", resume Celso Petrucci, presidente da Comissão da Indústria Imobiliária (CII), da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Na comparação entre 2017 e o ano anterior, a CBIC identificou um aumento de 5% no número de unidades lançadas no país e de 9% no volume de imóveis vendidos, a partir de levantamentos realizados em 22 cidades e regiões. A realidade, porém, ainda está distante muito distante daquela de 2014, quando o mercado atingiu o pico da série histórica de financiamentos imobiliários. "O estrago foi rápido. Para sair dessa crise vamos levar de dois a três anos", sustenta Petrucci.

Em 2017, o volume de financiamento para imóveis residenciais somou R$ 42,03 bilhões - 2,5 vezes menos do que em 2014, conforme atestam dados da Abecip. Em janeiro e fevereiro deste ano, o montante de crédito imobiliário para o segmento totalizou R$ 7 bilhões, contra cerca de R$ 6 bilhões nos primeiros dois meses de 2017 e R$ 6,2 bilhões em igual período de 2016.

A recuperação ainda se dá de maneira desigual, esclarece Gilberto Duarte de Abreu Filho, presidente da Abecip, citando a Paraíba como o Estado em que os financiamentos de imóveis residenciais mais cresceram (+69,6% no bimestre). Na lista de destaques positivos aparecem ainda Pernambuco (+56,1%) e Rio Grande do Sul (+34,7%). Já nos dois maiores mercados do país os resultados são opostos.

Enquanto São Paulo registrou no bimestre incremento de 26,1% no crédito imobiliário residencial, o Rio de Janeiro amarga uma retração de 18%. "Em termos de vendas residenciais, o quarto trimestre de 2017 foi o melhor dos últimos dois anos", diz Claudio Hermolin, presidente da Brasil Brokers, segunda maior rede de imobiliárias do país, e presidente da Associação de Dirigentes do Mercado Imobiliário (Ademi).

Embora positivos, os resultados da Brasil Brokers se concentram majoritariamente em São Paulo, praça que respondeu - em valor de mercado - por 73% dos lançamentos a cargo da empresa no ano passado. "O que falta [ao Rio de Janeiro] é uma saída para a crise. Essa é uma solução que nós ainda não enxergamos ", diz Hermolin.

Para o presidente da Brasil Brokers, o Estado sofre com uma combinação de fatores negativos que inclui crise fiscal, retração da indústria petrolífera e, também, recrudescimento da violência. Apesar de o volume de crédito imobiliário no Rio ter encolhido no primeiro bimestre, a demanda começa a reagir no segmento de alto e médio padrões, conta Marco Adnet, diretor-executivo da Tegra no Rio de Janeiro.

Lançando em março pela incorporadora, o Stories Residence, na zona oeste, teve 86 unidades (30% do total) escrituradas no fim de semana de estreia. No ano passado, a Tegra não teve lançamentos no Rio. "Não é uma recuperação que a gente possa classificar como consistente ou definitiva."

Nos últimos três anos, todas as variáveis que permitem ao mercado se expandir, como juros baixos, crescimento econômico, otimismo e o ganho de renda, caminharam no sentido contrário, justifica o presidente da Abecip. A queda na taxa básica (Selic) ainda produz efeitos limitados devido às incertezas políticas e econômicas. "Você consegue garantir, num país como o Brasil, que vamos ter Selic de 6,5% ao ano daqui a 15 anos?", questiona Hermolin, da Brasil Brokers.

 

Banco público tem capital suficiente para 2019

Os bancos públicos não precisam de capital adicional para cumprir com as regras prudenciais de Basileia 3, que entrarão em vigor plenamente em 2019. Com isso, são mínimas as chances de o Tesouro Nacional ser chamado a socorrer essas instituições, como a Caixa Econômica Federal, por insuficiência de capital.

No intervalo de um ano, segundo dados do Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do Banco Central (BC), a necessidade de capital dos bancos públicos para cumprir as regras prudenciais internacionais caiu de R$ 10,5 bilhões no fim 2016 para zero no fim do ano passado. "Para fins de capital, está claro que todos os bancos públicos estão enquadrados com relação ao mínimo de Basileia 3. O sistema está enquadrado ", disse o diretor de Fiscalização do Banco Central, Paulo Souza.

Isso reflete a mudança de orientação dos bancos pelo controlador, principalmente na política de distribuição de resultados dessas instituições. O pagamento de dividendos, que oscilava entre 40% a 50% entre 2011 e 2015, caiu para a linha dos 25%, mínimo obrigatório. Com isso, houve retenção de capital pelas instituições, que agora conseguirão atender aos requisitos prudenciais, sem precisar recorrer ao dinheiro do Tesouro Nacional.

Até a mudança de orientação, era comum o governo exigir inclusive o pagamento de dividendos antecipados, algumas vezes superando 100% dos lucros do exercício, para ajudar nas contas públicas. O Tesouro, em contrapartida, injetava títulos públicos e outros ativos nos bancos para compor sua base de capital, como parte da chamada contabilidade criativa que tirou a credibilidade das contas públicas perante o mercado. Além da retenção de resultados, a maior seletividade e consequente menor crescimento da carteira de crédito dessas instituições também ajudou a melhorar a composição de capital.

Em 2017, pela primeira vez em dez anos os bancos públicos perderam espaço no mercado. Mesmo assim, ainda representam 54% do estoque de crédito do país, que gira na linha dos R$ 3 trilhões, ou 46% do Produto Interno Bruto (PIB).

No sistema privado, a necessidade de capital para atender aos requerimentos de 2019 é de R$ 1 bilhão, ou 0,2% do patrimônio de referência (PR). O Índice de Basileia, que tecnicamente é a relação entre o Patrimônio de Referência e os ativos ponderados pelo risco, é uma medida de quanto de capital próprio o banco tem de ter para cobrir possíveis perdas, preservando os depósitos e outros investimentos de seus clientes. Essa relação tem de ser de, no mínimo, 10,5%, e vai aumentar gradualmente até 13% em 2019.

Nesse período, haverá mudança obrigatória na composição dentro desses 13%, com aumento da fatia de capital dos acionistas e menor proporção de dinheiro obtido no mercado junto a investidores qualificados. Segundo o REF, o Índice de Basileia do sistema financeiro fechou 2017 em 18,1%, alta sobre os 17,3% de junho de 2017. Assim, diz o REF, a solvência não configura risco para a estabilidade financeira.

O REF mostra que depois de passar por um teste de estresse real entre 2015 e 2016, com forte aumento de ativos problemáticos, que resultou em consequente alta recorde do nível de provisões, o sistema financeiro entrou em uma tendência de redução de riscos e apresenta maior capacidade para retomada dos empréstimos. Mesmo diante das incertezas no cenário político, na agenda de reformas fiscais e no cenário internacional.

"O ano de 2017 demonstra redução de risco para a estabilidade financeira. Isso reflete a retomada da atividade, queda da inflação, da Selic e melhora no emprego", destacou Souza. O ponto que demanda atenção são os ativos problemáticos das corporações não financeiras. E a carteira dos bancos de desenvolvimento, que carregam volume elevado de operações reestruturadas.

"Nas grandes empresas há aumento de ativos problemáticos. A carteira não cresce, e são grandes empréstimos em reestruturação ou recuperação judicial, algo que fica mais tempo na carteira dos bancos", disse Souza. O conceito de ativos problemáticos engloba os créditos em inadimplência, reestruturados e reorganizados e operações de crédito com classificação "E" até "H", que têm maior o risco de calote, e exigem maior provisão. No cômputo geral do sistema, essa avaliação mais ampla de risco caiu de 8,28% em junho de 2017 para 8,13% no fim do ano passado.

 No ano, houve retração de 0,09 ponto percentual, primeira queda anual desse 2014, quando esse índice estava em 5,72%. O estoque de provisões para perdas com crédito, que chegou a linha dos R$ 120 bilhões em junho de 2016, caiu para R$ 92 bilhões em 2017.

Segundo Souza, isso foi fundamental para explicar a elevação na rentabilidade dos bancos no ano passado. A estimativa é de que as provisões continuem caindo, para a faixa de R$ 75 bilhões a R$ 80 bilhões.

Os testes de estresse indicam que o sistema bancário possui adequada capacidade de absorção de perdas em todos os cenários simulados, mesmo após as turbulências dos últimos anos. O BC testa a capacidade de os bancos lidarem com fortes elevações do desemprego, inadimplência, juros domésticos e externos e inflação.

A sensibilidade à variação de preços de imóveis residenciais também apresentou redução da necessidade de capital, refletindo o que o BC considera como uma saudável exposição dos bancos ao mercado imobiliário. Apenas quedas superiores a 50% ou mais nos preços provocaria situação de insolvência, caracterizada por capital principal negativo.

 

72% do dinheiro captado pelos bancos financia o setor público

Com a forte piora da situação fiscal do país, especialmente a partir de 2014, uma fatia expressiva e crescente da poupança financeira passou a ser drenada para financiar o desequilíbrio das contas públicas. No fim do ano passado, 72,2% de todos recursos captados pelo sistema bancário financiavam o setor público, na forma de títulos públicos, operações compromissadas ou empréstimos, segundo estudo do Centro de Mercado de Capitais (Cemec) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

 Esse movimento ocorre "em detrimento do setor privado", como destaca o economista Carlos Antônio Rocca, diretor do Cemec. Nesse cenário, sobra menos de 28% do dinheiro levantado pelas instituições bancárias para serem destinados a empresas e famílias. Rocca ressalta a evolução de outros indicadores que evidenciam como o setor público abocanha uma fatia significativa da poupança financeira no país.

Em 2014, por exemplo, os títulos públicos representavam 37% da carteira dos investidores institucionais (fundos de investimento, fundos de pensão, planos de previdência aberta e seguradoras), a menor fatia desde 2007; em 2017, esse número atingiu 52%. A dívida pública bruta em relação ao PIB subiu de pouco menos de 51% do PIB em 2013 para mais de 73% do PIB no fim de 2017, aponta o estudo.

No mesmo período, o endividamento de empresas e famílias passou de 60% para 56,3% do PIB, tendo atingido 64,5% do PIB em 2015. Com isso, a participação do setor público aumentou entre 2013 e 2017 de 47% para 57% do endividamento total (a soma da dívida pública com a privada). "Esses números mostram a intensidade do chamado 'crowding out' do setor privado", diz Rocca, referindo-se ao fenômeno pelo qual o setor público toma espaço de empresas e famílias, absorvendo uma grande parcela da poupança da economia. Há, desse modo, uma forte restrição do fluxo de recursos para o financiamento do setor privado.

Rocca observa que as empresas têm enfrentado dificuldades decorrentes de níveis excessivos de endividamento. Nesse ambiente, ela procuram diminuir as dívidas, um processo mais lento no caso de companhias pequenas e médias, de acordo com ele. O estudo do Cemec enfatiza ainda a evolução da poupança doméstica bruta nos últimos anos.

Pelo resultado das contas nacionais, essa taxa teve uma pequena alta de 2016 para 2017, aumentando de 13,9% para 14,8% do PIB. No entanto, ainda é bastante inferior à média de 2010 a 2013, de 18,2% do PIB. A deterioração das contas públicas nos últimos anos teve efeito dramático sobre a poupança, enfatiza Rocca.

A queda da taxa se deveu integralmente à piora da situação do setor público. Em 2012, União, Estados e municípios poupavam o equivalente a 0,57% do PIB; em 2017, esse número ficou negativo em 7% do PIB. Nesse mesmo período, a poupança de empresas e famílias subiu de 17,5% para 21,8% do PIB.

Rocca observa que o desempenho da taxa de poupança do setor privado é ainda melhor quando se calcula a taxa como proporção do PIB depois do pagamento de impostos. Por esse critério, a poupança do setor privado se eleva para 32,5% do PIB em 2017, o maior nível desde 2000 e superior à média de 28,1% do PIB do período de 2000 a 2015. "O problema da poupança no Brasil está relacionado ao setor público", diz Rocca.

Segundo ele, o estudo não corrobora a ideia de que o setor privado brasileiro não poupa. "O nível de poupança do setor privado não é asiático, mas é considerável." Para Rocca, a melhora recente na situação do setor privado está "aparentemente associada" ao esforço de redução do endividamento de empresas e famílias na crise.

Na recessão, consumidores tendem a ficar mais cautelosos, num quadro de desemprego elevado, e muitas companhias alteram a política de distribuição de dividendos, aumentando a parcela de lucros retidos. Para aumentar a taxa de poupança brasileira, é fundamental resolver o desequilíbrio das contas públicas, ressalta o economista. Países que poupam pouco têm dificuldade para financiar o investimento, o que afeta as perspectivas de expansão da economia a taxas mais elevadas.

"É preciso aumentar o investimento para o país crescer", diz Rocca, ressaltando a "elevada correlação" entre as taxas de variação do PIB e da formação bruta de capital fixo (FBCF, medida do que se investe em máquinas e equipamentos, construção civil e inovação). De 2004 para cá, ela chega a 0,97.

No estudo, Rocca observa que em 2017 a taxa de investimento (incluindo a variação de estoques) ficou em 15,5% do PIB, quase idêntica aos 15,4% do PIB de 2016 e muito abaixo da média de 21,7% do PIB registrada entre 2010 e 2013. "Certamente essa forte queda é o principal fator que explica a intensidade da recessão da economia brasileira em 2015 e 2016 e que só em 2017 deu sinais de reversão", afirma ele.

 

Projeção do FMI para PIB do Brasil no ano sobe para 2,3%

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou suas estimativas para o crescimento da economia brasileira, para 2,3% neste ano e 2,5% em 2019, de acordo com a edição do relatório World Economic Outlook, com perspectivas para a economia mundial, divulgada ontem. Os números superam os apresentados em janeiro, quando o organismo multilateral esperava aumento no Produto Interno Bruto (PIB) de 1,9% para 2018 e de 2,1% para o ano que vem.

O Banco Mundial também prevê crescimento maior para o Brasil neste ano. A estimativa da instituição para 2018 é de 2,4%. O percentual é 0,4 ponto percentual acima da projeção divulgada pelo organismo multilateral em janeiro. Para 2019, a projeção do Banco Mundial é de 2,5%, igual à do FMI.

A estimativa do Fundo Monetário Internacional para a economia mundial em 2018 foi mantida nos mesmos 3,9% de crescimento previstos em janeiro, puxado pelas economias mais desenvolvidas como Estados Unidos, países centrais europeus e Japão, além da China, com a recuperação das exportações de commodities.

Junto com a China, vários outros mercados emergentes e economias em desenvolvimento também se sairão melhor neste ano do que era previsto anteriormente, afirma o Fundo. Esse grupo inclui o Brasil, o México e a Europa. De maneira geral, nos países emergentes, há espaço para tornar o crescimento da economia mais inclusivo e reduzir a desigualdade, por meio do aprimoramento dos impostos sobre a renda, reduzindo o ônus da tributação indireta e melhorando as transferências para os grupos de renda mais baixa, diz o FMI.

A instituição ressalta ainda que o Brasil está passando por uma melhora após a crise econômica dos anos recentes. "Após uma profunda recessão em 2015 e em 2016, a economia do Brasil retornou ao crescimento em 2017, com 1%, e deverá melhorar para 2,3% em 2018 e 2,5% em 2019 devido ao forte consumo privado e ao investimento", diz o texto divulgado pelo Banco Mundial.

De acordo com o FMI, os indicadores gerais de inflação devem ficar "moderados", entre 3% e 4%, em 2018 no Brasil e na Rússia "à medida que os hiatos do produto se fechem gradualmente, com o crescimento continuando a se recuperar da recessão de 2015 e 2016". "Espera-se que a inflação aumente no médio prazo, com núcleos mais resistentes e uma modesta recuperação nos preços das commodities, mas que permaneça em níveis bem abaixo da média da última década", diz o relatório.

De acordo com o estudo, as perspectivas de médio prazo para os exportadores de commodities continuam moderadas de acordo com a necessidade de maior diversificação e de ajuste econômico.

Nas considerações sobre o crescimento brasileiro, o Banco Mundial projeta uma aceleração da recuperação econômica do país. "Depois da pior recessão dos últimos 50 anos, o Brasil se recuperou e estamos calculando um aumento para 2018 e para 2019", afirmou Carlos Végh, economista-chefe do Banco Mundial para América Latina. De acordo com o Banco Mundial, as perspectivas de crescimento na América Latina estão altas. "Na região, há excelentes notícias", ressaltou Végh. Ele destacou os números previstos para o Brasil.

 

FOLHA DE SÃO PAULO

Cresce o temor dos bancos com o cenário das eleições

O risco representado pela escolha do novo presidente da República, que pode mudar a política econômica, ultrapassou a inadimplência na lista das principais preocupações dos bancos no Brasil.

Dado divulgado nesta terça-feira (17) pelo Banco Central mostra que 68% das instituições financeiras citaram as eleições como um risco.

A pesquisa, feita em fevereiro deste ano, mostra um salto de 10 pontos percentuais dessa preocupação em relação ao último questionário feito pelo BC, em novembro do ano passado.

Enquanto isso, a inadimplência, que era citada por 67% dos bancos, caiu para 56% na mesma comparação.

"Temas que até 2015 e 2016 eram os principais citados, como recessão e inadimplência, perdem espaço para o cenário político e o risco fiscal", observou Paulo Souza, diretor de Fiscalização do BC.

A situação fiscal do país, apesar de se manter como um ponto importante, foi apresentada como um risco por 56% dos entrevistados, uma leve queda em relação aos 59% da última pesquisa.

O número foi divulgado na apresentação do Relatório de Estabilidade Financeira, divulgado a cada seis meses.

O BC começou a publicar os dados do questionário sobre risco da forma que é hoje em maio de 2017, portanto não é possível a comparação histórica.

No relatório, o BC informou que não há razões para preocupação com a robustez do sistema financeiro.

Em simulações de situações que poderiam afetar a estabilidade das instituições, a autoridade monetária chegou à conclusão de que os bancos têm condições de fazer frente, com folga, a eventuais choques no caso extremo de uma corrida bancária.

GRANDES EMPRESAS

O BC informou também que houve alta no percentual de "ativos problemáticos", ou seja, empréstimos com maior risco de inadimplência, das grandes empresas.

No relatório anterior, essa classificação atingia cerca de 6% das carteiras de crédito, percentual que subiu para 7,2% no fim de 2017.

No caso das pequenas e médias empresas, houve, porém, queda da participação das carteiras de maior risco no total.

"Um dos motivos para isso é que são grandes empréstimos, que foram reestruturados em alguns casos em situação de recuperação judicial. Essas operações, como são maiores, tendem a permanecer mais tempo na carteira dos bancos. É um movimento natural", disse o diretor do BC.

 

Reforma fiscal é necessária para Brasil seguir em recuperação, diz Ilan

O presidente do Banco Central defendeu, em Nova York, a necessidade de uma reforma fiscal para manter a economia brasileira em rota de recuperação, acrescentando que essa deveria ser a prioridade do próximo governo.

“Precisamos da aprovação no Congresso no futuro, porque você não consegue os votos agora”, afirmou Ilan Goldfajn, falando na Universidade Columbia. “Deve ser a primeira discussão do novo governo, depois das eleições.”

Numa apresentação PowerPoint, a mesma que mostrou em encontros fechados com investidores em Manhattan, o presidente do BC previu uma inflação de 3,8% até dezembro deste ano e 4,2% até o final do ano que vem.

Suas projeções para o PIB também estão um pouco acima do último boletim Focus divulgado pelo Banco Central, que previu 2,76% de expansão – o gráfico de Ilan mostrava 2,8% para este ano.

Economistas, no entanto, vêm revisando para baixo as expectativas de olho num crescimento abaixo do esperado na indústria, no varejo e no setor de serviços ao longo desses últimos três meses.

Ilan também disse que o governo não trabalha com a possibilidade de reduzir as metas de inflaçãonos próximos anos, reconhecendo que há riscos com uma inflação muito baixa, mas que “por isso decidimos seguir estimulando a economia neste ano”.

Em visita oficial aos Estados Unidos, Ilan não quis falar com jornalistas até sua visita a Washington nesta semana, onde participa da reunião anual do Fundo Monetário Internacional, mas se reuniu com investidores em Manhattan mostrando esses mesmos números que discutiu com alunos da Columbia.

 

A recuperação da economia mundial é real, mas frágil

A economia mundial está passando por um período de forte crescimento. Não é um crescimento tão rápido quanto o registrado entre 2003 e 2007, mas, se considerarmos a maneira pela qual aquele período de ascensão terminou, talvez devamos ser gratos pela diferença. O crescimento em 2017 e as projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o crescimento em 2018 e 2019 são mais altos do que em qualquer ano desde a crise, exceto 2010 e 2011, os anos de recuperação pós-crise. O que temos, portanto, é um momento de recuperação frágil.

Na edição mais recente de seu "Perspectivas da Economia Mundial", o FMI elevou em 0,2 ponto percentual sua projeção para o crescimento mundial este ano e no ano que vem, ante a projeção que havia realizado em outubro de 2017. A melhora mais visível virá nas economias avançadas, cujo crescimento será 0,5 ponto percentual e 0,4 percentual mais alto em 2018 e 2019, respectivamente. O Reino Unido é o único membro do Grupo dos 7 (G7) países mais desenvolvidos que não teve melhora em sua projeção de crescimento. Esse é o preço inicial que o país pagará por sair da União Europeia. Talvez o mais surpreendente, dados os ruídos protecionistas que vêm dos Estados Unidos, é a previsão de que o comércio internacional crescerá mais que o esperado. A projeção é de que seu crescimento será 1,1 ponto percentual mais alto em 2018 e 0,8 ponto percentual mais alto em 2019 do que o fundo havia previsto anteriormente.

As duas principais razões para a força da economia mundial e o otimismo crescente quanto às perspectivas de curto prazo são que as políticas econômicas continuam a oferecer forte sustentação, e o mundo conseguiu evitar quaisquer choques econômicos negativos sérios, depois do colapso do preço das commodities em 2014 e 2015. Os mercados antecipam que as taxas de juros oficiais subam mais acentuadamente que em outubro, nos Estados Unidos. Mesmo assim, isso não poderá ser considerado como um aperto da política monetária, pelos padrões históricos; a expectativa é de que a taxa de juros de referência fique abaixo dos 3% até o começo de 2021. Esse otimismo se deve principalmente à calmaria da inflação, especialmente a inflação nos salários, apesar do baixo desemprego. Outras economias de alta renda estão bem atrás dos Estados Unidos no que tange ao aperto monetário.

A uma política monetária que ainda oferece grande sustentação é preciso acrescentar o forte estímulo fiscal pró-cíclico que surgirá com os cortes de impostos nos Estados Unidos. O Escritório Orçamentário do Congresso americano prevê que o deficit federal dos Estados Unidos ficará pouco abaixo dos 5% do Produto Interno Bruto (PIB) ao ano, entre 2019 e 2027. Esse corte de impostos realizado em uma economia que já vive pleno emprego faz recordar a situação do final dos anos 60 e começo dos anos 70 nos Estados Unidos, um período que terminou muito mal. A posição do FMI não é tão cataclísmica. O fundo se limita a argumentar que a política fiscal dos Estados Unidos tomou de empréstimo o crescimento futuro do país.

Quais são os riscos, diante de uma visão tão benigna sobre o futuro? Em curto prazo, argumenta o fundo, há equilíbrio entre os aspectos positivos e negativos.

Do lado positivo, a confiança forte pode resultar em estímulo maior que o esperado para o investimento e consumo. Investimento mais forte poderia resultar em crescimento maior da produtividade, e assim a inflação menor que a esperada. Do lado negativo, o ambiente imprevisível da política e a turbulência de mercado a isso associada podem causar uma grande queda de confiança, e com isso uma queda na demanda. Uma região vulnerável poderia ser a zona do euro, onde, como aponta Gavyn Davies, o crescimento agora está se desacelerando inesperadamente.

Em prazo mais longo, porém, o risco de desdobramentos negativos parece superior ao de desdobramentos positivos. É verdade que podemos estar no começo de um período de crescimento rápido e sustentado, propelido pela alta postergada no crescimento da produtividade e pela convergência entre os países avançados e os de mercado emergente. Mas os riscos de desdobramentos negativos parecem mais fortes.

A relação entre dívida e PIB mundial está tão alta no momento quanto há 10 anos, embora a composição das dívidas tenha mudado. Hoje, governos e empresas não financeiras se tornaram devedores mais importantes que os domicílios e o setor financeiro. Os preços de ativos importantes também estão altos.

O FMI aponta que "o risco de crédito pode ser contido enquanto o ímpeto mundial de crescimento for forte e as taxas de captação forem baixas". Mas, se houver uma alta da inflação que chegue de surpresa, se a política monetária passar por um aperto mais rápido que o previsto, e se as taxas dos títulos de dívida também subirem, os problemas de dívida reemergiriam, talvez de maneira desastrosa. Caso isso aconteça, o espaço para reação pelos bancos centrais poderia ser limitado. O FMI também aponta que o rápido crescimento de "criptoativos" e as violações de segurança cibernética podem vir a se provar destrutivos.

 

O ESTADO DE SÃO PAULO

‘Próximo governo precisa tocar reformas’

Brasil está com os fundamentos econômicos “no lugar certo” para embarcar em um longo processo de crescimento e desenvolvimento dos mercados. No entanto, esse caminho precisa ser pavimentado com a eleição de um candidato comprometido com a agenda de reformas, avalia o presidente do Bank of America Merrill Lynch, Eduardo Alcalay, em entrevista ao Estadão/Broadcast. Prestes a completar um ano no comando da operação brasileira de um dos maiores bancos dos Estados Unidos, o executivo afirma que mesmo a elevada incerteza por conta das eleições presidenciais não tem minado as operações de captação pelas empresas, mas a seletividade do investidor tem sido marcante. No entanto, ele admite que, à medida que a votação se aproxima, os investidores podem ficar em compasso de espera para terem maior clareza e, com isso, algumas operações “podem ficar pelo caminho”. Para o executivo, “se o próximo governo tocar as reformas, o Brasil pode navegar águas de tranquilidade e de crescimento sustentável. Se acertarmos todos os ponteiros nos próximos um ou dois anos.”

Leia os principais trechos da entrevista:

Qual deve ser o impacto das eleições para os negócios?

Ano passado tivemos um período muito forte para as ofertas de ações, com mais de R$ 45 bilhões (incluindo os IPOs de ativos brasileiros que ocorreram fora do Brasil). E tudo isso porque as empresas se anteciparam a um eventual cenário de incerteza à luz das eleições e à possibilidade do mercado estar mais fechado. O mercado, no entanto, não está fechado, há operações relevantes na rua e estamos atuando fortemente nisso. Mas certamente a visão é de que quanto mais se aproximam as eleições, talvez os investidores queiram aguardar.

Os investidores estão mais seletivos com as aberturas de capital?

Desde o ano passado já há muita seletividade, apesar do número grande de operações. Algumas empresas tentaram acessar o mercado e não conseguiram. Hoje temos um cenário global benigno e com disponibilidade de liquidez, em busca de retornos e isso é bom aos mercados emergentes, onde o Brasil está inserido. Sempre há um bolsão de dinheiro disposto a assumir um pouco mais de risco e esse cenário ainda não mudou, mesmo com as questões geopolíticas e sobre guerra comercial.

O mercado de fusões e aquisições tende a sofrer menos impacto da incerteza com as eleições?

Menos, mas é impactado. Essas decisões normalmente são mais de longo prazo. Alguns negócios ficam pelo caminho, mas de maneira não tão sensível quanto os IPOs. O IPO fica pelo caminho, pois chega uma hora que o investidor de bolsa vira e fala: “para, vou esperar’’. Já a decisão, como a da Suzano de comprar a Fibria, é de mais longo prazo.

Bolsa e dólar se estressaram nos últimos dias. Foi identificado um risco eleitoral que não estava na conta antes?

É uma mistura de elementos. Há dias de estresse lá fora com a guerra comercial entre China e Estados Unidos, que causa uma faísca e que afeta aqui. Noutro dia é uma notícia do plano eleitoral. O mercado treme, mas ele volta à normalidade, porque existe liquidez e não existe um ajuste abrupto que pode acontecer nos mercados, seja no mercado local ou no externo.

Então o Brasil está se beneficiando do quadro externo?

O Brasil se beneficia desse quadro benigno mundial, tirando as questões mais recentes de geopolítica, guerra comercial. O mundo todo está crescendo. Existe também um ambiente inflacionário e de taxas de juros globais muito benigno. Com isso, sobra capital para todos os mercados. Isso está nos dando um grande refresco, porque se o mundo tivesse pior estaríamos passando aqui por maus bocados.

Como o banco enxerga o Brasil olhando o cenário para frente?

Os fundamentos do Brasil atualmente são tais que está tudo no lugar certo para o País embarcar em um longo processo de crescimento econômico e desenvolvimento dos mercados. A inflação nunca foi tão baixa e está absolutamente sob controle, sem nenhum sinal de preocupação no médio prazo. Por conta disso, os juros estão em recorde de baixa, o que tira um peso e custo das empresas, dos consumidores e do próprio governo. Isso é benéfico e alimenta a dinâmica para se ter mais consumo, mais investimentos e mais confiança. O Brasil está mirando crescer entre 2,5% e 3% neste ano. Portanto, o País está pronto para embarcar em um processo prolongado, tranquilo e sustentável de crescimento. A grande questão é a sustentabilidade da equação fiscal do governo.

Se as reformas avançarem após as eleições o Brasil vai crescer mais?

Se o próximo governo tocar as reformas, o Brasil pode navegar águas de tranquilidade e de crescimento sustentável. Se acertarmos todos os ponteiros nos próximos um ou dois anos, vejo o Brasil embarcando nesse caminho. As peças estão todas quase lá e temos o benefício de um ambiente internacional benigno para poder embarcar em um processo prolongado de crescimento sustentável. Tem reformas importantes que precisam ser tratadas, pois se não forem pode atrapalhar o enredo todo.

Quando as empresas voltarão a investir?

Temos no Brasil uma ociosidade de capacidade muito grande e muitas empresas não têm necessidade de levantar recursos para investir em uma nova fábrica. E aquela que está chegando perto de sua capacidade, olha para frente e vê uma eleição que será definidora de rumos.

 

EXAME

Bolsonaro eleito será péssimo para economia, diz Gustavo Franco

Quando se trata das intenções liberais de Jair Bolsonaro, líder das pesquisas nos cenários sem o ex-presidente Lula, o ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco tem sérias ressalvas.

Um dos esforços do capitão da reserva é conquistar o mercado: a convocação do economista Paulo Guedes para integrar sua equipe econômica foi um desses acenos a fim de se livrar do rótulo de “nacionalista”.

“É mais uma jogada oportunista, pois não creio que Bolsonaro tenha nenhuma afinidade com agendas pró-mercado”, disse Franco em entrevista à Bloomberg.

“E, a julgar pelas pesquisas de agora, o risco de vitória desse populismo nacionalista militarista é ponderável e preocupante. Acho que será péssimo para a economia”, afirmou ele.

Franco deixou o PSDB no ano passado para se filiar ao partido Novo e assumir a coordenação do programa do presidenciável João Amoêdo, um banqueiro que advoga o enxugamento do Estado e mais empreendedorismo.

“Amoêdo pode ocupar espaço significativo do eleitorado interessado em reformas pró-mercado, é quem carrega essa agenda de forma mais orgânica e legítima”, disse Franco sobre o candidato.

Franco vê reforma na agenda fiscal e abertura comercial como medidas-chave para o presidente eleito em 2018.

“O primeiro conjunto conta com reformas na Previdência — transformando o FGTS em fundo de pensão em regime de capitalização — e no Estado, com vistas a novas políticas de pessoal, e a privatização”, disse.

No segundo, “medidas de abertura comercial, concorrência e melhor ambiente de negócios, incluindo o aprofundamento da reforma trabalhista.”

Economia

O economista considera natural a discreta recuperação econômica, com índices de atividade menores que o esperado. Em 2017, o Brasil teve crescimento de 1% no PIB após dois anos de recessão.

“É normal diante das incertezas à frente e pela falta de convicção reformista, ou mesmo de capacidade de execução de reformas desse governo. É um governo de transição, que já fez muito em reverter tendências suicidas criadas pelo mecanismo da Nova Matriz”, disse.

Em meio à modesta retomada, nem — pelo menos até agora — os 7,75 pp. de cortes na Selic surtiram efeito. O Copom, entretanto, projeta ainda mais alívio em maio e “parada para observar” em junho.

“O BC tem trabalhado muito bem na fixação da Selic e está começando bem o trabalho no plano regulatório de reduzir o spread bancário e o custo do crédito. Mas há ainda muito a fazer”, disse Franco, presidente do BC de 1997 a 1999.

Um dos pais do Plano Real, ele pondera riscos de possível depreciação cambial e não vê razão para intervenção.

“Pode haver alguma desestabilização sim, se o mercado não gostar dos rumos das pesquisas”, disse ele. “Não vejo no horizonte nenhuma razão para qualquer ação extraordinária do BCB. Talvez o mercado não esteja enxergando bem os riscos de certas candidaturas, mas isso logo se corrige.”

Para ele, não há também nenhuma pressão inflacionária que afete o atual quadro benigno, exceto as que possam advir da complacência com a política fiscal.

“Os mercados confiam que a equipe do Ministério da Fazenda evitará uma piora dos números fiscais, mas fazer voltar o superávit parece fora do seu alcance.”

 

 

BANCO DE TALENTOS

ÁREA DO ASSOCIADO

O Sinduscon/RN pensa como você, e por isso trabalha:

NOSSA MISSÃO

Representar e promover o desenvolvimento da construção civil do Rio Grande do Norte com sustentabilidade e responsabilidade sócio-ambiental

POLÍTICA DA QUALIDADE

O SINDUSCON/RN tem o compromisso com a satisfação do cliente - a comunidade da construção civil do Rio Grande do Norte - representada por seus associados - priorizando a transparência na sua relação com a sociedade, atendimento aos requisitos, a responsabilidade socioeconômica, a preservação do meio ambiente e a melhoria contínua.

CONTATO

55 84 3206 5362

contato@sindusconrn.com.br

SOCIAL

LOCALIZAÇÃO

Rua Raimundo Chaves, 2182 - Sala 101 Empresarial Candelária - Candelária - Natal/RN

SINDUSCON/RN (C) 2012 - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS