Segunda-feira

AGORA RN

Especulação sobre 3º mandato de Amaro na FIERN agita empresários

A sucessão no comando do sistema Fiern (Federação da Indústria do Rio Grande do Norte) levará ainda dois anos para acontecer. A futura diretoria só assumirá em janeiro de 2020. Mas especulações de que o presidente da entidade mãe de 28 sindicatos patronais do estado, Amaro Sales, estaria pensando em alterar o estatuto da entidade para obter um terceiro mandato de quatro anos já produziu sua primeira “faísca”.

Esta semana, uma declaração do presidente do Sindicato da Construção Civil do RN (Sinduscon), Arnaldo Gaspar Júnior, condenando essa possibilidade de um terceiro mandato de Sales deu o que falar. Ouvido pelo jornal Agora RN, Arnaldo Gaspar estranhou a repercussão do assunto, mas reafirmou sua posição. Acompanhe a entrevista.

JORNAL AGORA RN- Depois de dizer que não apoiaria de jeito nenhum um terceiro mandado de Amaro Sales na FIERN o senhor chegou a falar com ele?

Arnaldo Gaspar Júnior – Ainda não nos falamos. Sou muito amigo de Amaro, mas às vezes nossas agendas não batem. Aliás, hoje não pude ir a uma reunião de diretoria da FIERN.

JARN – De onde surgiu esse assunto?

AGJ – Na verdade, eu fui perguntado por um repórter sobre essa possibilidade que estaria sendo cogitada. E, como já tinha ouvido essa conversa antes, simplesmente dei uma opinião hipotética. Mas reconheço que quando se trata de política sindical e política partidária fala-se muito, especula-se muito. Pode até não ser uma intenção do presidente Amaro. Aliás, considero que a gestão dele obteve seu maior êxito na pacificação e unificação da entidade.

JARN – O senhor já declarou que deixará a vida sindical no fim de seu mandato, em 2019. Qual é o seu maior êxito e sua maior frustação à frente do Sinduscon RN?

AGJ – É uma bela pergunta. Meu êxito, se é que se pode dizer assim, foi ter mantido o Sinduscon no mesmo grau de respeito deixada pelo meu antecessor, Silvio (Bezerra). Nossa gestão participou de todos os fóruns, de todos os debates acadêmicos. Não nos furtamos a discutir questões ligadas ao Plano Diretor na Universidade, encarando ambientes até hostis para a classe empresarial. Conseguimos passar o nosso recado: de que respeitamos os contratos, que buscamos transparência e honestidade, que respeitamos as leis. E, claro, termos conquistado uma audiência junto ao grande público.

JARN- E a frustração?

AGJ – Definitivamente, será não deixar o nosso sindicato com uma sede própria muito maior do que nós temos, com auditórios, onde pudéssemos prestar um serviço ainda melhor à sociedade e aos nossos associados. E isto eu não consegui. Nós temos uma sede alugada que nos foi legada pelo Silvio, estruturada, bacana, mas que hoje não atende mais às necessidades. Meu sucessor terá que pensar nisso.

JARN- Embora ainda falte tempo, o senhor já começou a trabalhar um sucessor?

AGJ – Da mesma forma como acho que o presidente Amaro deve conduzir a sua sucessão com base em excelentes quadros disponíveis no estado, nós aqui no Sinduscon temos um núcleo duro – posso chamar assim – de ótimos nomes que são aliados incondicionais de primeira hora, que que apoiaram minha reeleição desde o primeiro momento. Então, é deste grupo que sairá meu sucessor natural.

JARN – Como vem sendo o posicionamento do Sinduscon em relação a revisão do Plano Diretor de Natal?

AGJ – Nós estamos participando desse debate de forma ativa. Vamos propor, mostrar, sentar à mesa. Vamos realmente discutir ponto a ponto dessa revisão. Agora, na medida em que o Plano Diretor é definido ele vira uma Lei, deve ser cumprido. Nós hoje temos um grupo de trabalho analisando Planos Diretores de várias cidades para trazer propostas que busquem a cidade mais inclusiva que nós queremos.

JARN – E se os argumentos do Sinduscon não forem suficientes, existe um plano B?

AGJ – Nada é mais fiel a um princípio do que o mercado. Se por uma suposição formos proibidos de construir edifícios superiores a dois andares, vamos acatar. O mercado responde ao que lhe é imposto. Você pode dizer: edifícios de dois andares não compensa. Compensa. O construtor levantará os dois andares, o preço do terrenos será um absurdo em relação ao que será construído e o preço do imóvel vai lá pra cima. Quem vai comprar? Pouquíssima gente.

 

VALOR ECONÔMICO

Setor da construção prevê recuperação lenta em 2018

O setor da construção civil deve fechar o ano com retração em torno de 6% e prevê para 2018 uma recuperação lenta, insuficiente para compensar o forte tombo de 2017. Em entrevista ao Valor, o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), José Carlos Martins, preferiu não revelar um número sobre o desempenho esperado no o ano que vem, mas destacou que a retomada está ligada à adoção de medidas que reduzam a insegurança jurídica, como a definição das regras para distrato (cancelamento de venda de imóvel) e que garantam mais agilidade à liberação de licenças ambientais.

Além disso, na avaliação de Martins, é preciso reforçar o capital da Caixa Econômica Federal para que o banco possa ampliar a carteira de crédito sem descumprir os limites prudenciais definidos por Basileia 3, conjunto de regras que exigem dos bancos um "colchão" de capital para enfrentar crises.

"Corremos o risco de ter clientes e não fechar negócio devido a falta de financiamento", disse. Dos pontos citados por Martins houve avanço apenas na questão da Caixa. Na semana passada, a Câmara aprovou projeto de lei que permite que o banco possa negociar com o FGTS a troca de dívida com vencimento de até 15 anos por bônus perpétuos (títulos de dívida sem vencimento que, em geral, pagam juro mais alto).

A operação deve envolver R$ 10 bilhões. Por outro lado, segundo Martins, a definição de critérios para os casos de distrato foi deixada de lado pelo governo, porque a prioridade no momento é a Previdência. "O Executivo apoia a medida, mas não será mais a origem dela", disse o presidente da Cbic, referindo-se ao fato de o governo não encaminhar o assunto ao Congresso. "O governo não quer gastar cartucho com outra coisa que não seja a reforma da Previdência."

Durante reunião com o presidente Michel Temer, Martins afirmou que sem a redução da insegurança jurídica, que faz com que muitas obras públicas sejam paralisadas, os investimentos privados vão demorar a aparecer, dificultando a retomada do setor. A previsão da Cbic é que a economia registre expansão de 2,5% em 2018, o que está alinhado com o mercado e com as estimativas da equipe econômica. "Nenhum país cresce de forma sustentável sem o investimento como carro-chefe", disse.

Pelos cálculos do empresário, o fato de o setor encerrar 2017 com retração estimada em 6% deve ter impacto de encolhimento de 0,5% no PIB como um todo". "Não tem como nenhum setor compensar isso." O segmento, que chegou a representar 10,5% do PIB, agora tem que se contentar com 7,5%. Martins preferiu não informar a estimativa de crescimento para o setor no próximo ano. "Alguma recuperação vai haver", disse.

Martins contou ainda que, no encontro com Temer, defendeu a manutenção dos critérios para direcionamento dos recursos da caderneta de poupança, o que, segundo ele, o Banco Central teria a intenção de mudar.

Além disso, reforçou o discurso da necessidades de medidas que diminuam a insegurança jurídica. Lembrou que até 2014 não havia problemas de recursos para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mas boa parte não foi usada, porque muitas das obras não saíram do papel devido à falta de licenças, como a ambiental. "Não justifica ter dinheiro e ele ficar parado", disse Martins.

 

Indústria de materiais de construção deve crescer até 2% em 2018, diz Abramat

São Paulo - A indústria de materiais de construção vê a possibilidade de voltar a crescer em 2018, após anos seguidos de retração no faturamento em meio à crise econômica nacional. A perspectiva para o ano que vem é de uma oscilação na receita do setor entre 0% e 2%, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat).

 

O número é composto por uma perspectiva de crescimento de 3% nas vendas no varejo e de um oscilação de -2% a 2% nas vendas para as construtoras.

"Para 2018, esperamos ver a continuação de um bom comportamento nas vendas de materiais no varejo, ainda que possam ser um pouco menores do que neste ano", estima o presidente da Abramat, Walter Cover. Ele lembra que as vendas para consumidores serão beneficiadas pelo ambiente de inflação baixa e melhora da renda da população. Por outro lado, não haverá recursos extras no bolso das famílias, como aconteceu neste ano com a liberação do saque das contas inativas do FGTS.

Por sua vez, o quadro de vendas para as construtoras - que atuam com obras públicas de infraestrutura e edificações no setor imobiliário - tem uma dose extra de incertezas. Cover acredita que a aprovação das reformas e o avanço mais robusto da economia nacional podem destravar esses mercados. No entanto, há dúvidas sobre a disponibilidade de recursos da Caixa Econômica Federal e do FGTS para financiar a compra e a aquisição de imóveis, o que pode gerar um gargalo para novos empreendimentos. Além disso, 2018 é um ano eleitoral, que não permite início de obras depois de abril. "Tem que liberar essas obras já para vermos os efeitos nas vendas", pondera Cover.

Neste ano, a indústria de materiais deve terminar com um recuo de 5% nas vendas, de acordo com projeções da Abramat. Pesquisa da associação divulgada nesta segunda-feira, 11, mostra que, em novembro, as vendas caíram 3% em comparação com o mesmo mês do ano passado.

Já no acumulado de 2017, as vendas diminuíram 4,7%. No que diz respeito ao nível de emprego da indústria de materiais de construção, novembro apresentou queda de 3,9% na comparação com o mesmo mês do ano passado. No ano, houve baixa de 3,9%.

"Os principais motivos pelo desempenho negativo em 2017 continuam sendo a alta taxa de desemprego, os juros altos no mercado - incluindo o Construcard - e a crise política que se alonga e prejudica a economia brasileira como um todo", acredita Cover.

 

Mercado vê inflação abaixo de 3% em 2017

Os economistas do mercado reduziram sua estimativa para a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2017 e nos próximos 12 meses, segundo as medianas das projeções contempladas no Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC).

Para este ano, as apostas para a inflação foram reduzidas de 3,03% para 2,88%, abaixo do piso da meta para o calendário, de 3%. O centro da meta de inflação é 4,5%. Em 12 meses, a projeção para o avanço do IPCA passou de 3,96% para 3,91%. Para 2018, a estimativa foi mantida em 4,02% de aumento.

Entre os economistas que mais acertam as projeções, grupo chamado de Top 5, a mediana de médio prazo para o aumento do IPCA de 2017 passou de 3,09% para 2,78%; no caso de 2018, porém, foi de 4,00% para 4,04%.

Na sexta-feira passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA desacelerou a alta para 0,28% em novembro, após marcar elevação de 0,42% um mês antes. As medianas das estimativas para o crescimento da economia tiveram uma nova rodada de ajustes para cima após o IBGE ter revisado positivamente os números do Produto Interno Bruto (PIB) dos primeiro e segundo trimestres deste ano.

Assim, no Focus, as projeções passaram de expansão de 0,89% para 0,91% em 2017 e de avanço de 2,60% para 2,62% em 2018. Para a taxa básica de juros, Selic, no fim de 2018, as projeções foram mantidas em 7% pelos economistas em geral e 6,50% pelos Top 5.

 

FOLHA DE SÃO PAULO

Para o BC, bancos não sofreriam com nova crise

O Banco Central só consegue monitorar 70% da dívida das empresas no exterior —R$ 315 bilhões. A partir da análise, os técnicos verificam, por exemplo, se a empresa tem faturamento no exterior ou se é exportadora, formas naturais de proteção à variação cambial.

Os dados apontam que cerca de R$ 200 bilhões podem estar sem cobertura à variação cambial, um índice considerado "saudável" para o sistema bancário pelo BC.

RENEGOCIAR

As empresas também têm de trabalhar para reduzir a exposição. Por atuar em 20 países, a JBS, por exemplo, tem 80% das receitas em dólar e um índice elevado de dívida em moeda estrangeira —79%, segundo a Economatica.

"É incorreto afirmar que todo o montante é exposição [cambial]", disse a empresa por meio de sua assessoria. "Exemplo disso é que, da dívida bruta, 54% das linhas foram contratadas nos EUA e, portanto, trata-se de dívida em moeda local."

Ainda segundo a empresa, um terço da dívida vence no curto prazo e, desse total, 73% são em dólar porque estão atrelados à exportação, com "custos mais atrativos para a companhia", com troca de dívidas caras em real por mais baratas em dólar.

A Petrobras seguiu caminho parecido. De janeiro a setembro deste ano, emitiu R$ 72 bilhões em títulos no exterior com vencimentos entre 2022 e 2044; pagou R$ 108 bilhões em empréstimos que venceriam entre 2018 e 2021; renegociou dívidas de R$ 26,7 bilhões. Resultado: o prazo médio de pagamento da dívida passou de 7,4 para 8,3 anos, e a taxa média de juros caiu de 6,2% para 5,9% ao ano.

 

Bradesco Seguros vai investir no mercado imobiliário residencial

Com expectativa de retomada do setor de construção, a BSP, empresa de empreendimentos imobiliários da Bradesco Seguros, vai investir R$ 1,5 bilhão em 2018.

"Aceleramos agora porque prevemos um aquecimento da economia e cada edifício demora ao menos dois anos para ficar pronto. Queremos estar prontos para isso", diz o presidente, Octavio de Lazari Junior.

A empresa, que até hoje fazia transações com imóveis corporativos, vai entrar também no mercado residencial.

O primeiro projeto está em construção em São Paulo. Voltado ao público de alta renda, está localizado na Vila Nova Conceição e envolve investimentos de aproximadamente R$ 100 milhões.

Há mais dois empreendimentos, ainda em fase preliminar: um no bairro da Bela Vista e outro em Perdizes.

"Não faremos só imóveis de alto padrão, vamos diversificar os lançamentos", diz o executivo da seguradora.

A BSP pretende também ampliar a sua atuação no mercado corporativo. Nesse segmento, há dois projetos para 2018.

A companhia pretende usar parte dos 854 imóveis sob sua gestão - a maioria agências do banco - para desenvolver torres que podem ser alugadas.

Até o fim deste ano, 96 imóveis que pertenciam ao HSBC serão incluídos no patrimônio.

Ainda em fase de concorrência, a Bradesco Seguros tem três empreendimentos built-to-suit, em que o imóvel é construído sob demanda das empresas.

"Ao menos um deles deverá sair em 2018", diz. Cada um representa um investimento de cerca de R$ 500 milhões.

Seguradora investe no modelo de clínicas próprias de menor custo

A Bradesco Seguros vai ampliar a sua rede de clínicas próprias e estima chegar até o fim do ano que vem com oito novas unidades em funcionamento e vinte em construção.

O aporte consta dos investimentos previstos pela seguradora na BSP.

A seguradora tem apenas dois estabelecimentos em funcionamento, ambos em São Paulo. A ideia é chegar a Rio, Porto Alegre e cidades da Grande São Paulo em 2018.

"Oferecemos as especialidades que têm maior procura. Escolhemos os locais onde há maior demanda dos nossos segurados", diz Octavio de Lazari Junior, presidente.

As clínicas atendem principalmente pacientes com plano da empresa, mas oferecem consulta particular a R$ 250.

"Os médicos recebem por tempo, não por paciente, e pedem só o exame necessário. Isso reduz a frequência do uso e a sinistralidade", diz.

Apesar do investimento, a companhia descarta a incursão no ramo hospitalar.

"O que havia de interessante nesse setor foi comprado e não vamos construir. Não somos dessa área".

Na assistência odontológica, Lazari também avalia que não há espaço para aquisições após a compra no mês passado da Odonto System e da Odontoprev, em 2014. "O crescimento será orgânico".

 

 

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