Sexta-feira

VALOR ECONÔMICO

Maioria dos domicílios no país é de casas próprias já pagas, nota IBGE

A maioria dos domicílios existentes no país são casas próprias já pagas. É o que mostra o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulga nesta sexta-feira as “Características gerais dos domicílios 2016” da sua Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua. Segundo a pesquisa, havia 69,2 milhões de domicílios no país em 2016, dos quais 59,6 milhões (86%) eram casas e 9,5 milhões (13,7%), apartamentos.

As regiões Sudeste e Sul apresentaram percentuais de apartamentos superiores à média nacional: 18,5% e 14,8%, respectivamente. O levantamento mostrou ainda que 74,1% do total de domicílios no país eram próprios (51,3 milhões de residências). Desses, 47,2 milhões, ou 92%, já haviam sido pagos e 4,1 milhões ainda estavam sendo quitados. Os domicílios alugados respondiam por 17,5% do total (12,1 milhões) em 2016. A pesquisa mostrou ainda que 8,2% dos domicílios eram cedidos e 0,2% eram originários de outras condições, como invasão.

Pelas regiões, Centro-Oeste e Sudeste apresentaram as maiores proporções de domicílios alugados (21,6% e 19,7%, respectivamente), superando a média nacional (17,5%). As regiões Norte (13,1%), Nordeste (14,3%) e Sul (16,7%), por outro lado, registraram percentuais inferiores à média nacional.

Nas regiões Norte (75,3%) e Nordeste (74,2%) foram registrados os maiores percentuais de domicílios próprios de algum morador que já tinham sido pagos. Já a região Sul, por sua vez, apresentou o maior percentual de domicílios próprios de algum morador que ainda estavam sendo pagos (8,9%).

Pela velha Pnad, que tinha metodologia da Pnad Contínua, 74,8% (50,894 milhões) dos domicílios do país eram próprios em 2015. Nos últimos anos, a Caixa Econômica Federal (CEF), maior financiador de aquisição de imóveis no país, elevou taxas e reduziu prazos de suas linhas de crédito.

Condições

A Pnad Contínua estimou ainda que 88,4% dos domicílios no país tinham as paredes externas de alvenaria ou taipa, com revestimento (61,2 milhões de residências). Os domicílios com paredes externas de alvenaria ou taipa, sem revestimento, representavam 6,3% (4,4 milhões de residências). Os domicílios de paredes externas de madeira apropriada para construção (aparelhada) eram 4,8% do total.

 

BNDES estuda dar crédito direto até R$ 20 milhões

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem planos de conceder crédito de forma direta para empresas de pequeno e médio porte em financiamentos de até R$ 20 milhões. Hoje o banco só concede empréstimos diretamente em operações superiores a R$ 20 milhões. Os financiamentos abaixo desse valor são feitos via agentes financeiros. "O banco começa a olhar esse segmento abaixo de R$ 20 milhões [por financiamento] para fazer direto [sem gentes] em áreas em que o mercado não tem interesse ou o custo é alto", disse o diretor de operações indiretas do BNDES, Ricardo Ramos.

A medida se insere no objetivo do BNDES de dar mais acesso a crédito a micro, pequenas e médias empresas. O segmento tende a ser cada vez mais fortalecido pelo banco, e deve constar, inclusive, como uma das áreas prioritárias - junto com inovação e infraestrutura - na revisão das políticas operacionais do BNDES, previstas para serem anunciadas no começo de 2018. "Queremos desenvolver plataformas para dar crédito direto para pequenas e médias empresas", disse Ramos.

O primeiro passo, segundo ele, é preparar um arcabouço jurídico e operacional, e desenvolver um modelo de negócio no qual o banco poderá estabelecer parcerias com outros bancos de fomento ligados à Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE). "Estamos conversando com bancos de fomento ligados à ABDE para avaliar se eles têm interesse de que o BNDES corra [diretamente] parte do risco [do financiamento] em operações de crédito [abaixo de R$ 20 milhões]", disse Ramos.

Em uma operação de financiamento de máquina de R$ 400 mil, por exemplo, o BNDES poderia correr o risco de 20% do empréstimo, disse Ramos. Ele acredita que, em 2018, o banco já poderia fazer alguns "milhares" de operações diretas abaixo de R$ 20 milhões em parceria com outros bancos de fomento da ABDE. O modelo de negócio prevê operações em larga escala. Mas a ideia é selecionar projetos-piloto. "Hoje eles [os bancos da ABDE] repassam o crédito e 100% do risco é deles. A ideia é nós podermos correr parte desse risco."

Segundo Ramos, ampliar o acesso a crédito está no "DNA" do BNDES. "Não vamos substituir o agente financeiro, mas podemos atuar em nichos, e assumir riscos, estimulando que o agente faça mais." A estratégia, portanto, é aumentar o apoio às micro, pequenas e médias empresas em um trabalho feito de forma coordenada também com entidades como federações de indústrias e o Sebrae.

Nessa estrutura, abre-se a possibilidade de o BNDES correr o risco direto em parte dos financiamentos das linhas Finame, por exemplo, nas quais o mercado não tem interesse, disse o diretor. No total, as micro, pequenas e médias empresas representam cerca de 40% dos desembolsos do BNDES, disse Marcelo Porteiro, superintendente da área de operações indiretas do BNDES. A previsão, segundo ele, é que as operações de financiamento indiretas, via agentes, totalizem cerca de R$ 40 bilhões este ano, com alta de cerca de 10% sobre os R$ 36,3 bilhões do ano passado. No total, há 58 bancos operando as linhas do BNDES nos produtos indiretos.

Ramos prefere não fazer previsões sobre o aumento da fatia das pequenas e médias no total do desembolso do banco. Diz que mais importante é olhar para o número de operações e para os novos clientes que entram para a base do BNDES. Ele previu que 2018 será um ano melhor para as micro, pequenas e médias empresas do que foi o ano de 2017. Ele apoia a estimativa na retomada da economia.

De janeiro a outubro, os desembolsos para micro, pequenas e médias empresas somaram R$ 23,6 bilhões, com alta de 8% sobre igual período do ano passado. Só o BNDES Giro, para capital de giro para as empresas, desembolsou R$ 5,6 bilhões de janeiro a outubro, alta de 252%. O desembolso para as grandes cai 33% no período.

Ramos identifica outro vetor, além da economia, que deve melhorar os desembolsos do banco para pequenas e médias empresas. Trata-se de melhorias em processos operacionais que tornam as linhas mais atraentes. Citou a automatização das linhas agrícolas, que passaram a ser aprovadas e contratadas em três segundos. O BNDES Giro também foi automatizado. A Finame será automatizada de forma gradual a partir do segundo trimestre de 2018. A intenção, disse Ramos, é transformar o BNDES no futuro em uma plataforma digital que unifique, por meio do portal do banco, diversos produtos para atender micro, pequenas e médias empresas.

 

Economistas mostram confiança no ajuste fiscal em reunião do BC

O cenário fiscal inspira cautela, mas um desfecho positivo - especialmente do lado da reforma da Previdência - é o elemento que embasa a jornada mais provável nos próximos meses. Foi isso, em resumo, que diretores do Banco Central ouviram de economistas presentes ontem em reunião organizada em São Paulo.

Hoje, os diretores do BC se encontram com economistas no Rio. Relatos de quatro participantes revelam que, de maneira geral, os economistas reconhecem riscos para a política fiscal advindos, por exemplo, do resultado das eleições presidenciais do ano que vem. Essa preocupação foi citada como motivo para a inclinação da curva de juros - que apesar do alívio dos últimos dias segue perto de máximas recordes.

Alguns presentes também vislumbram um cenário de taxa de câmbio "um pouco mais pressionada" no primeiro semestre do ano que vem, justamente devido à ansiedade pré- eleição. Por outro lado, há sensação de que a gravidade das contas públicas é tamanha que obrigará o próximo governante a adotar uma agenda reformista.

"Embora a eleição seja um motivo de muita ansiedade, essa incerteza não está afetando tanto as previsões porque predomina a expectativa de que haverá um ajuste fiscal, seja qual for o resultado", diz um dos presentes. O entendimento de que o cenário para a economia doméstica é benigno se mostra consenso. O Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer entre 2,5% e 3% em 2018, nas contas dos economistas presentes no encontro. E alguns participantes trabalham com quadro mais positivo para a inflação no ano que vem.

"Alguns veem modesta recomposição dos preços dos alimentos e a maior parte dos aumentos de administrados ficando concentrada em 2017", diz um economista. Nesse contexto, os presentes seguem convictos de que a taxa básica de juros (Selic) se manterá em patamar baixo ao longo dos próximos meses, "mesmo quem prevê juro de 6,5%". Esse desenho para a economia deve ser amparado pelo cenário externo, que para os profissionais ainda representa uma "janela de oportunidade para o Brasil".

A perspectiva é que a economia global continue a crescer de forma "sincronizada", em meio a uma inflação "tranquila". Do lado dos riscos, o principal ponto citado foi uma subida inesperada nos salários nos Estados Unidos, que poderia levar o Federal Reserve (Fed, BC americano) a elevar mais rapidamente as taxas de juros.

Os diretores Tiago Berriel (assuntos internacionais e gestão de riscos corporativos) e Carlos Viana (política econômica) pouco se expressaram e, quando questionados, evitaram comentários longos. Ao serem interpelados sobre a taxa neutra de juros, limitaram-se a responder que não sabiam em que patamar está a taxa, mas que ainda se situa em campo expansionista.

Em outro momento, os diretores foram questionados sobre que temas mais chamam a atenção do BC. "A resposta foi: 'Próxima pergunta!'", relata um dos participantes. "A sensação que tive é que os economistas saíram frustrados. O BC não precisa sinalizar o que vai fazer, mas nessas reuniões deveria dar mais elementos para mais debate, e não apenas ouvir", diz outro presente.

O conteúdo das reuniões do BC com economistas serve de subsídio para a elaboração do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), cuja próxima edição será divulgada em dezembro. As reuniões em São Paulo aconteceram num dia calmo para os mercados domésticos. As taxas de juros negociadas na BM&F cederam, na esteira do IPCA-15 de novembro mais baixo que o esperado. O DI janeiro de 2019 caiu a 7,12%, 6 pontos-base aquém do fechamento anterior. E o dólar cedeu 0,33%, a R$ 3,2229, quinta perda consecutiva e para a mínima em um mês.

 

IPCA-15 contido abre porta para novos cortes da Selic

Os preços de alimentos e de serviços surpreenderam positivamente em novembro, fazendo a prévia da inflação oficial ficar abaixo do piso das expectativas de analistas do mercado. O resultado deixa a porta aberta, segundo economistas, para um possível corte adicional da taxa básica de juros pelo Banco Central no início do próximo ano.

Conforme divulgou ontem o IBGE, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo- 15 (IPCA-15) desacelerou para 0,32% em novembro, de 0,36% do mês anterior. Analistas consultados pelo Valor Data previam aceleração para a 0,40%, com projeções desde 0,35% a 0,46%. O IPCA-15 passou a acumular 2,58% em 11 meses, a menor variação para período desde 1998 (1,52%).

Principal responsável pelo ciclo desinflacionário neste ano, o grupo de alimentação e bebidas, responsável por um terço da cesta de consumo das famílias, teve queda de 0,25%. Foi o sexto mês seguido de deflação. Os analistas esperavam uma baixa menor, considerando que a época sazonalmente é menos favorável para alimentos. Apesar disso, foi a queda dos preços de serviços que mais chamaram atenção.

O indicador subjacente da inflação de serviços - que exclui itens relacionados a turismo, serviços domésticos, cursos e comunicação - avançou 0,04% em novembro, frente a prévia de outubro. Desta forma, a taxa em 12 meses recuou de 4,1% para 3,6%. "São números bastante favoráveis e que mostram que a inflação segue em terreno benigno. O resultado pavimenta a ideia de que o Banco Central não vai fechar a porta para um possível corte da Selic em fevereiro, embora o mercado permanece bastante dividido sobre isso", disse Flavio Serrano, economista senior do banco Haitong.

Além da inflação subjacente de serviços, outro indicador sensível para a política monetária mostrou comportamento favorável no IPCA-15 de novembro. A média das três medidas - mais utilizadas, que expurga impactos de itens mais voláteis - desacelerou de 0,34% para 0,23% de outubro para novembro pela prévia da inflação oficial.

Após a divulgação do IPCA-15, consultorias e bancos divulgaram revisões de suas projeções para a inflação no ano. A MCM Consultores revisou seu cenário do IPCA "cheio" de novembro (de 0,40% para 0,35%) e também do ano (de 3,1% para 3%). O Itaú Unibanco revisou para baixa suas previsões para a inflação oficial de novembro (de 0,50% para 0,38%).

Para Rodrigo Alves de Melo, economista-chefe da Icatu Vanguarda, o cenário de inflação permite ao Banco Central cortar em 0,5 ponto percentual a Selic na reunião de 5 e 6 de dezembro, para 7% ao ano. Em fevereiro do ano que vem, ele espera um corte adicional de 0,25 ponto percentual na taxa, que seguiria inalterada até o fim de 2018. "Com a inflação rodando em patamar confortável por um bom tempo, a ociosidade relativamente alta na economia, o BC não deve ter dor de cabeça por um bom tempo. O cenário está benigno para o BC continuar cortando juros", disse Melo.

O Goldman Sachs prevê redução de 0,50 ponto percentual da Selic em dezembro, para 7% ao ano. O cenário do banco prevê a taxa estável nesse patamar ao longo do ano que vem. Alberto Ramos, economista do banco, não descarta completamente, contudo, que o Banco Central possa tomar medidas adicionais ao longo do ano que vem. "Embora não faça parte de nosso cenário-base, não descartamos cortes adicionais modestos da taxa no primeiro trimestre de 2018 (entre 0,25 e 0,50 ponto percentual se a inflação voltar surpreender para baixo e o ritmo de recuperação cíclica pare ou decepcione", avaliou o economista, no relatório.

Na passagem mensal, a maior pressão individual sobre o IPCA-15 veio da energia elétrica. A conta de luz ficou 4,42% mais cara com o segundo patamar da bandeira tarifária vermelha a R$ 5,00 a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos. Sozinho, o item impactou em 0,16 ponto percentual a prévia da inflação. Também pesaram administrados como gás de botijão (3,30%) e combustíveis (1,69%).

 

FOLHA DE SÃO PAULO

Reforma da Previdência deve ficar para 2019, prevê Itaú

Mesmo repaginada, a reforma da Previdência deve ficar para 2019, ainda que as chances de aprová-la no ano que vem tenham aumentado, disse nesta quinta (23) o economista-chefe do Itaú Unibanco, Mário Mesquita.

Com ou sem a reforma da Previdência, alerta o banco, o teto de gastos estabelecido pelo governo pode ser rompido já em 2019. O teto prevê um limite para as despesas que corresponde a inflação do ano anterior (em 12 meses até junho).

O teto não será cumprido porque, para isso, será preciso um corte de despesas de R$ 15 bilhões em 2019, explicou o economista do Itaú, Pedro Schneider. A reforma, no entanto, não vai permitir uma economia desse tamanho tão cedo.

O Itaú prevê, no entanto, que a proposta de reforma da Previdência costurada pelo governo deve ajudar a reduzir o rombo das contas públicas de modo significativo.

Nas contas do banco, a proposta deve ter um efeito positivo sobre o resultado primário (a economia para pagar juros) de 1,4% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2025.

Para Schneider, mesmo reduzida, a reforma é boa porque ataca pontos estruturais: a aposentadoria precoce e um benefício de aposentadoria acima de outros países.

Como está sendo apresentada pelo governo, diz o economista, a reforma representa uma economia de 60% sobre a proposta original.

O banco conta com uma proposta que inclua idade mínima de 65 anos (homem) e 62 anos (mulher), tempo de contribuição de 15 anos (setor privado) e 25 anos (setor público).

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