Quarta-feira

JORNAL DO COMÉRCIO

Preço médio de vendas de imóveis residenciais cai 0,07% em setembro, diz Fipezap

O mercado imobiliário brasileiro permanece pressionado, com recuo nos preços médios de venda de imóveis residenciais em setembro, de acordo com pesquisa realizada em 20 cidades pela Fundação Instituto de Pesquisas Eletrônicas (Fipe).

O levantamento é feito com base nos anúncios no site Zap Imóveis e leva em conta o preço médio por metro quadrado (m2) em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Distrito Federal, Salvador, Fortaleza, Recife, Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis, Vitória, Vila Velha, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Niterói, Campinas, Santos, Goiânia e Contagem.

O preço médio anunciado de venda dos imóveis residenciais teve queda de 0,07% em setembro na comparação com agosto. O setor sofreu a sétima baixa mensal consecutiva. No acumulado dos primeiros nove meses do ano, a retração já atingiu 0,56%, enquanto nos últimos 12 meses houve queda de 0,26%.

A baixa nos preços de venda em setembro foi puxada por resultados negativos de 13 das 20 cidades pesquisadas. Fortaleza apresentou a maior queda, de 0,82%, seguida por Rio de Janeiro (0,57%) e Santo André (0,41%).

Por outro lado, Florianópolis registrou aumento nominal de 0,61%. Recife (0,40%) e Belo Horizonte (0,32%) também apresentaram alta.

 

O GLOBO

Mesmo com a liberação de R$ 3,9 bilhões, PAC teve corte de R$ 12,1 bilhões este ano

O governo liberou na terça-feira R$ 9,8 bilhões do Orçamento federal para gastos dos ministérios. Esse valor faz parte de um descontingenciamento de R$ 12,8 bilhões que foi anunciado pelo Ministério do Planejamento na semana passada e que será totalmente concretizado até o fim do ano. Dos R$ 9,8 bilhões liberados, R$ 3,9 bilhões são para obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O dinheiro, contudo, ainda está longe de resolver a demanda por recursos para investimentos da União. O PAC - no qual estão concentrados os principais projetos financiados com recursos do Orçamento federal - foi a maior vítima do drama das contas públicas em 2017.

Com gastos obrigatórios elevados e seguidas frustrações de receitas, a equipe econômica foi obrigada a praticamente paralisar o programa para assegurar a meta fiscal do ano, de um déficit primário de R$ 159 bilhões. Embora a Lei Orçamentária de 2017 tenha previsto um total de R$ 36 bilhões para o PAC, o programa foi cortado em R$ 16 bilhões até setembro. A tesourada foi agora reduzida para R$ 12,1 bilhões.

Uma portaria publicada na terça-feira no Diário Oficial da União informa que o maior alívio será dado ao Ministério da Defesa, de R$ 2,117 bilhões. Deste montante, R$ 1,1 bilhão será para obras da pasta que estão dentro do PAC. Em segundo lugar na lista de beneficiados está o Ministério da Integração Nacional, com R$ 1,198 bilhão. Neste caso, uma parte dos recursos será para o pagamento de carros-pipa que fornecem água para diversos municípios do Nordeste. Em terceiro, ficou o Ministério das Cidades, com R$ 923 milhões, seguido por Transportes, Portos e Aviação Civil, com R$ 892 milhões.

O balanço mais recente do PAC, divulgado no fim de agosto, mostra como o ajuste fiscal impactou os investimentos nos últimos dois anos. Em 2015, saíram diretamente dos cofres públicos R$ 47,2 bilhões para o programa. Em 2016, foram R$ 42 bilhões. Neste ano, esse valor foi reduzido para R$ 10,3 bilhões, segundo dados até junho. Dessa forma, o investimento fica cada vez mais dependente de outras fontes de recursos. Dentro do PAC, além do dinheiro que sai do Orçamento da União, há recursos de financiamentos, do setor privado e contrapartida de estados e municípios.

Segundo o Ministério do Planejamento, das 1.600 obras que estavam paralisadas em novembro de 2016, 673 foram retomadas, e apenas 198, concluídas. O levantamento do ministério mostra que os investimentos param por muitos motivos. Além da restrição orçamentária, há problemas técnicos, ambientais e, ainda, 212 obras abandonadas pelas empresas contratadas. A maior parte dos projetos que foram entregues neste ano é de menor porte: saneamento, urbanização de assentamentos e centros de iniciação ao esporte. Ou seja, as grandes obras andaram pouco.

Dos mais de três mil quilômetros de rodovias em adequação ou duplicação prometidos para o período 2015-2018, apenas 131 quilômetros ou 3,9% foram finalizados. Entre os 5.300 quilômetros de rodovias em construção ou pavimentação, só 394 quilômetros ou 7,4% foram entregues. Quanto aos portos, apenas uma das 11 obras de dragagem previstas foi concluída. Duas delas sequer foram contratadas. Entre as obras de construção, ampliação e modernização de portos, o número é pior: quatro de 34 foram finalizadas. Mesmo entre os aeroportos, que têm sido o carro-chefe das concessões, apenas 20 das 63 obras prometidas foram entregues.

Carlos Campos, pesquisador de infraestrutura do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), explicou que é natural que, em um momento de dificuldade fiscal, o investimento seja o primeiro a ser sacrificado. Segundo ele, desde 2012, o país vive uma diminuição gradual de recursos do Orçamento federal para o investimento.

 

VALOR ECONÔMICO

Concessão de crédito está em alta, dizem BB, Caixa e Planejamento

O ministro do Planejamento, Dyogo de Oliveira, e os presidentes de Caixa e Banco do Brasil afirmaram nesta quinta-feira que a concessão de crédito pelas instituições do governo federal está em trajetória de alta, apesar dos dados do Banco Central mostrarem queda no estoque de financiamento dessas instituições neste ano. “Estamos vivenciando uma aceleração nas concessões”, disse Dyogo. Dyogo explicou que não se deve confundir o papel dos bancos como gestores de fundos, como o do PIS/Pasep, e sua função de ofertar crédito.

Ele comentou que o papel de ofertar crédito dos bancos públicos deve seguir as condições de mercado, avaliações de risco e outras questões, sem seguir “postura voluntarista de fazer as coisas ao contrário do que a boa técnica recomenda”. Paulo Caffarelli, presidente do BB, ressaltou que no primeiro semestre os desembolsos de crédito para pessoa jurídica cresceram 54% e, para pessoa física, 117%. Mas, explicou, como havia um estoque grande de crédito no passado, há queda no estoque mesmo com aumento nos desembolsos, porque estes são inferiores aos retornos. “O mais importante não é redução na carteira e, sim, o aumento nos desembolsos”, disse.

"Todo crédito que for bom, vai ter briga e o BB vai estar brigando", acrescentou. O presidente da Caixa, Gilberto Occhi, por sua vez, disse que tem notado aumento na demanda por financiamento. “Temos essa percepção de que está sendo retomada a demanda pelo crédito. Os bancos estão líquidos e estamos trabalhando em função disso, dessas demandas”, afirmou Occhi.

 

Mercado reage a especulações e juros futuros sobem

O mercado de juros futuros operou nesta terça-feira sob a batuta de rumores e especulações. Logo pela manhã, as taxas mais longas mostraram viés de alta, puxadas por notícias de que o Banco Central estuda redução de compulsórios bancários. No começo da tarde, a intensificação da queda do dólar deu algum alívio aos DIs, mas a pressão compradora de taxa retornou diante de um “call” mais conservador na renda fixa. O jornal “O Globo” publicou hoje que o BC estuda mudanças no compulsório.

Citando fontes, o jornal diz que a avaliação no governo é que o Brasil possui um nível muito alto de compulsórios. A reação em alta dos DIs mais longos ocorreu porque reduzir compulsório é o equivalente a aumentar a quantidade de dinheiro disponível na economia, o que seria visto como inflacionário. Analistas questionam o “sentido” de uma mudança nessa área neste momento, especialmente porque a demanda por crédito segue limitada.

No entanto, reconhecem que o pregão foi fraco de notícias de peso e que o mercado continua sensível a informações diversas, ainda que estimulem apenas operações de giro – ou seja, sem abertura de novas posições. “De fato, parece que a movimentação inicial foi mais giro mesmo”, diz Luis Laudisio, operador de renda fixa da Renascença. À medida que a manhã foi passando, os DIs experimentaram algum alívio, amparados pelo dólar. No fim da tarde, a moeda americana caía 0,33%, a R$ 3,1440, nas mínimas em uma semana. Mas o movimento de compra de taxa voltou a ganhar força, com o mercado assumindo posições mais defensivas em meio a boatos de que o grande fundo estaria atuando fortemente na ponta compradora.

As mesas de operação debateram a informação de que o fundo Adam Macro II Fic Fi Mult finalizou em setembro sua posição aplicada em renda fixa local. De forma geral, o entendimento é que o mercado segue à espera de impulsos mais relevantes antes de montar novas posições. No curto prazo, o principal evento é a divulgação do IPCA de setembro, na sexta-feira.

A votação pela Câmara dos Deputados de denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer (PGR) é o próximo evento a ser monitorado. Ao fim do pregão regular, às 16h, o DI janeiro/2023 ia a 9,540% (9,470% no ajuste anterior). O DI janeiro/2021 avançava a 8,840% (8,770% no ajuste de ontem). O DI janeiro/2019 subia para 7,290% (7,250% no último ajuste). Entre os vencimentos de curtíssimo prazo, o DI janeiro/2018 caía a 7,476% (7,484% no ajuste anterior).

 

Ilan fala em redução moderada do ritmo de corte

O presidente do BC, Ilan Goldfajn, afirmou, em evento promovido pela Escola Politécnica da USP ontem, que para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), caso o cenário básico evolua conforme esperado, o colegiado "vê, neste momento, como adequada uma redução moderada na magnitude da flexibilização monetária".

Além disso, mantidas as mesmas condições, o Copom antevê um encerramento gradual do ciclo. "Não obstante as perspectivas acima, o Copom ressalta que o processo de flexibilização continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de inflação", disse Ilan, conforme discurso publicado no site do BC.

"O patamar atual de taxa de juros real, próximo a 3,0%, é baixo do ponto de vista histórico brasileiro e tende a estimular a economia. A taxa de juros real ex-ante encontra-se abaixo da taxa estrutural, o que significa que há duas hipóteses para frente. Uma, que a taxa de juros estrutural decline ao longo do tempo. A outra é que o juro básico suba ou, ainda, uma combinação das duas", disse Ilan.

O presidente do BC ressaltou que o crescimento do consumo tem sido um instrumental para a retomada da economia e que é calcado em bases mais sólidas que no passado, pois baseia-se em aumento provavelmente permanente de renda e redução do endividamento das famílias. Ao mesmo tempo, disse que isso precisa ser seguido de uma recuperação nos investimentos.

 

FMI vê crescimento maior para o Brasil em 2017

A melhora na perspectiva da economia do Brasil fez o Fundo Monetário Internacional (FMI) elevar a projeção de crescimento do país para este ano. Os dados serão divulgados na próxima reunião do Fundo, em relatório que vai trazer ainda uma melhora na estimativa para a economia global. Atualmente, o FMI prevê crescimento de 0,3% do Brasil para este ano e de 1,3% para o ano que vem.

As projeções estão abaixo do que o governo e o próprio mercado esperam para o país. Há consenso entre o ministério do Planejamento e analistas sobre um crescimento de 0,7% em 2017 e ao redor de 2,3% em 2018. Mesmo assim, é esperado que o FMI faça uma revisão “pequena” dos números. A melhora na perspectiva do Brasil ocorre em meio a uma retomada global da economia, o ponto principal a ser discutido na reunião do FMI.

O Fundo entende que a atividade dos Estados Unidos está em recuperação sólida, com taxa de desemprego baixa, e que o impacto de tragédias naturais como aquela causada por furacões em setembro deve ter impacto apenas temporário nos números do país. Além disso, o Fundo vê que os dados da economia europeia estão vindo melhores do que o esperado no início do ano e que a atividade no Japão está dando sinais robustos.

Enquanto isso, a China continua em processo de transição para uma economia com crescimento mais equilibrado entre investimentos e consumo e deve continuar a apresentar crescimento forte, ao redor de 7%. A perspectiva mais positiva beneficia o Brasil, já que o crescimento global estimula a demanda por exportações e tende a aumentar o preço das commodities.

O Brasil vai aproveitar o momento para reforçar a mensagem de que está buscando maior integração com o fluxo global de comércio. O pedido de entrada na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é o exemplo mais recente. Apesar das notícias positivas, é visto como um risco a ser discutido entre os países na reunião do FMI o aumento de juros nos Estados Unidos, o que deve levar a um movimento de retirada de capital de economias emergentes.

Outra discussão no organismo multilateral vai ser a produtividade e o por que de ela estar crescendo de forma lenta no país. A interpretação do governo brasileiro é que as reformas no âmbito trabalhista e na melhora no ambiente de negócios ajudam os indicadores, mas a forma como os dados são medidos também devem ser mais bem analisados.

As reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial ocorrem neste mês de outubro em Washington e reúnem líderes de bancos centrais, ministros das finanças e desenvolvimento, e outras autoridades dos países participantes. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, parte do Brasil na próxima terçafeira para o encontro. Ele participa das reuniões até sábado, de acordo com a agenda prevista. Acompanham o ministro o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Marcello Estevão, e o presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn.

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