Sexta-feira

TRIBUNA DO NORTE

Possível saída da Engevix não prejudica o aeroporto

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC) ainda não receberam “pedidos” formais para a venda da participação da construtora Engevix no Aeroporto Internacional Governador Aluízio Alves. A empresa é, atualmente, uma das integrantes do Consórcio Inframérica, grupo administrador do terminal potiguar até 2030. Entretanto, na avaliação dos órgãos reguladores, a venda não trará prejuízos para o contrato de concessão e a expansão do aeroporto.

Citada como uma das envolvidas na Operação Lava Jato –  esquema de corrupção e desvio de dinheiro público na Perobrás –, a construtora Engevix anunciou, na semana passada, que pôs à venda a ‘fatia’  de 50% que detém nos aeroportos de Brasília e São Gonçalo do Amarante. A informação foi publicada em entrevista do presidente do Conselho de Administração da empresa, Cristiano Kok, na Folha de São Paulo. Segundo ele, seria uma forma de a construtora saldar dívidas de R$ 1,5 bilhão com fornecedores e bancos.

O ministro-chefe da Aviação Civil (SAC), Eliseu Padilha, comentou o assunto ontem, durante o evento Aviação em Debate, promovido pela Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), em Brasília. Segundo Padilha, o consórcio é obrigado, pelo contrato de concessão, a aumentar os investimentos estabelecidos durante os 20 anos de concessão.

“(Não haverá) Nenhum problema. Nós temos um contrato em vigor e o consórcio vencedor do processo licitação tem um compromisso com o Estado brasileiro, e vai cumprir. A composição o consórcio pode mudar. Agora está A e amanhã está B, que tem um poder aquisitivo maior, neste caso não é relevante. O que se espera é que ele possa operar nos moldes da operação”, afirmou o ministro.

Entretanto, de acordo com Marcelo Guaranys, diretor-presidente da Anac, nenhum plano de venda foi protocolado pela Engevix para a venda do aeroporto. “Qualquer um que assumir (o aeroporto) precisa seguir os investimentos da concessão”, afirmou.

Procurados para comentar o assunto, o Consórcio Inframérica e a Engevix emitiram nota afirmando que a construtora foi apenas “sondada” pelo mercado, mas que ainda não há definição sobre a venda. “Após a venda da Desenvix, a situação da Engevix é mais confortável e a venda de outros ativos, como os aeroportos, é algo secundário. Eles estão sendo sondados pelo mercado, mas não há nenhuma decisão sobre o assunto”, informou.

Controle

Ainda segundo Guaranys, o Consórcio Inframérica ainda não finalizou todos os investimentos previstos para a primeira fase do aeroporto. Na semana passada, a Anac liberou a cobrança das taxas de embarque pela concessionária, com a condição de que o sistema de combate à incêndio do terminal seja melhorado.

“O aeroporto nos pediu agora dizendo que ainda não finalizou os investimentos, mas que estes avançaram. Nós percebemos que ele está operacional e liberamos. A única exigência é que o sistema de combate a incêndio deles é nível oito, e precisa ser nível nove pelo contrato”, informou, sem especificar o prazo para que o consórcio apresente as melhorias.

Em nota encaminhada à reportagem, o Consórcio Inframérica negou que o sistema de combate à incêndio tenha alguma pendência. “O sistema contra incêndio do aeroporto está testado e aprovado e atende o projeto aprovado pelo Corpo de Bombeiros. Não há pendências neste quesito”, diz a nota.

 

FOLHA DE SÃO PAULO

Materiais, equipamentos e serviços freiam inflação da construção em março

A inflação da construção civil desacelerou em março, puxada por uma alta menos intensa nas despesas com materiais, equipamentos e serviços. O custo da mão de obra, contudo, aumentou.

O INCC-M (Índice Nacional de Custo da Construção - M) subiu 0,36% no mês, ante alta de 0,5% em fevereiro, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). No ano, a alta acumulada é de 1,6%, e em 12 meses, de 7%.

O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços desacelerou de 0,8% para 0,4% entre fevereiro e março. No ano, tem alta de 1,8% e, em 12 meses, de 5,8%.

A taxa do custo da mão de obra subiu de 0,26% para 0,31%, puxada pelo reajuste salarial em Salvador, segundo a FGV.

CAPITAIS

Quatro capitais apresentaram desaceleração em suas taxas de variação: Belo Horizonte (de 0,4% para 0,25%), Rio de Janeiro (0,4% para 0,2%), Porto Alegre (de 1,2% para 0,5%) e São Paulo (de 0,4% para 0,06%).

Em contrapartida, registraram aceleração Salvador (0,69% para 1,82%), Brasília (0,26% para 0,40%) e Recife (0,30% para 0,33%).

 

PORTA CBIC

Setor considera falta de pagamento no Minha Casa a causa do aumento do desemprego

O presidente da CBIC, José Carlos Martins, credita o aumento das demissões no setor da construção ao atraso de pagamento do governo federal às empresas com obras no Programa Minha Casa Minha Vida. Em matéria publicada nesta quinta-feira (26), no UOL, Martins destaca que a operação Lava Jato teve impacto pequeno na queda do número de empregos no setor.

Para a CBIC, a Lava Jato deve responder por apenas 10% das demissões. A crise, segundo José Carlos Martins, vem do momento de estagnação econômica do país.

Entre outubro e fevereiro, foi registrado um saldo negativo de 250 mil empregos formais na construção civil. "O que começou a acontecer é que, em meados de agosto do ano passado, o governo passou a atrasar a fatura. E como não tenho fôlego para tocar a obra, eu tiro o pé do acelerador. Além disso, houve também o fim das obras da Copa, que impactaram nesses números", afirmou.

 

VALOR ECONÔMICO

BC vê menor repasse do câmbio para inflação

A adoção de premissas mais favoráveis para o repasse da alta do dólar para os preços, para a evolução do mercado de trabalho e para a potência da política monetária permitiram ao Banco Central apresentar, no seu relatório de inflação, um cenário de forte recuo da inflação em 2016, ano que elegeu como alvo principal da sua política de alta de juros.

Ainda assim, o Banco Central informa no documento, divulgado ontem, que não está satisfeito com os progressos, já que suas projeções ainda não indicam o cumprimento da meta de 4,5% e as expectativas de inflação do mercado estão mais altas do que as suas.

Por isso, renovou sua mensagem de que a "política monetária está e continuará vigilante" para assegurar que a aceleração de preços ocorrida neste ano não contamine o próximo. No relatório, o Banco Central aumentou, de 6,1% para 7,9%, sua projeção de inflação para 2015, em relação aos percentuais estimados na versão anterior do documento, de dezembro.

Os exercícios foram feitos no chamado cenário de referência, que toma como pressuposto a manutenção da taxa de juros no percentual atual de 12,75% ao ano e a taxa de câmbio nos R$ 3,15 vigentes em 13 de março, data de corte para o relatório. A majoração das projeções para 2015 não surpreende, diante das altas recentes de tarifas e do fortalecimento do dólar.

O que chama a atenção é que o BC reduziu ligeiramente a sua projeção para 2016, de 5% para 4,9%, entre os relatórios de dezembro e março. Isso significa que, na visão do BC, as pressões inflacionárias vão ficar circunscritas a este ano, sem contaminar o próximo. Nesse cenário, seria possível ter uma queda de inflação de três pontos percentuais entre 2015 e 2016. Isso só aconteceu duas vezes nos 16 anos de regime de metas de inflação no Brasil, entre 1999 e 2000 e entre 2002 e 2003.

Em apresentação do relatório de inflação, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Luiz Awazu Pereira, argumentou que há consenso também entre os analistas do mercado de que a inflação vai recuar no período. A projeção mediana dos analistas aponta recuo da inflação de 8,12% para 5,61%, correspondentes a também significativos 2,5 pontos percentuais.

De forma geral, disse Awazu, os analistas acreditam que a inflação em 12 meses vai cair consideravelmente no primeiro trimestre de 2016, quando for feito o "descarte" estatístico da inflação do primeiro trimestre de 2015, que foi pressionada pela alta de tarifas. Ainda assim, a inflação prevista pelo BC para 2016, de 4,9%, é maior do que a prevista pelos analistas econômicos, de 5,61%.

Awazu disse que essa diferença se deve, em parte, às premissas assumidas pelo Banco Central nos seus modelos de projeção, envolvendo, por exemplo, o repasse da alta do dólar para os preços domésticos, a evolução do mercado de trabalho e a maior potência da política monetária depois da inflexão da política fiscal.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, já havia mencionado esses fatores em pelo menos dois discursos recentes. A novidade do relatório de inflação é a incorporação dessas premissas nas projeções oficiais de inflação e a sua apresentação de maneira mais formal, por meio de alguns estudos econômicos.

No caso do repasse da alta do dólar para a inflação, o BC apresenta dois boxes, um dos quais descreve como ela pode cair à metade pelo fato de os preços das commodities estarem recuando.

Também contribui o fato de a economia estar desaquecida e a constatação de que não só o real se enfraqueceu diante o dólar, mas também moedas usadas por parceiros comerciais do Brasil. Outra premissa favorável à queda da inflação adotada no cenário central de projeção do BC é a perspectiva de um mercado de trabalho menos apertado, que tende a alinhar reajustes salariais aos ganhos de produtividade.

Isso estaria ocorrendo em parte devido ao aumento da chamada taxa de participação ¬ com a oferta de trabalho por jovens que haviam se retirado do mercado para estudar. O Banco Central divulgou um boxe sobre o assunto no relatório.

Ao longo do corpo do relatório, o Banco Central também menciona, sucintamente, a tese de aumento da potência da política monetária. "O comitê destaca que a literatura e as melhores práticas internacionais recomendam um desenho de política fiscal consistente e sustentável, de modo a permitir que as ações de política fiscal sejam plenamente transmitidas aos preços", diz o relatório de inflação.

Questionado em entrevista coletiva o quanto dessas premissas mais favoráveis já entraram nas projeções de inflação, Awazu disse que "obviamente incorporamos nos nossos modelos de projeção no nosso cenário central elementos importantes de modificação da intensidade desses parâmetros que explicam a transmissão da inflação de 2015 para 2016". O diretor do BC disse estar ciente que há uma diferença de visões entre a autoridade monetária e a visão média de mercado.

E indicou que esse é o debate que o BC vai estimular neste ano. Isso não significa que o Banco Central esteja contando apenas com esses fatores para baixar a inflação ¬ Awazu renovou os sinais de que os juros devem subir mais para assegurar a queda da inflação no próximo ano. "A principal mensagem desse relatório é que a política monetária está e continuará vigilante para assegurar a convergência da inflação à meta de 4,5% ao longo de 2016", afirmou ele.

O quanto os juros ainda podem subir, num ciclo que já acumula alta de 5 pontos percentuais na Selic, e quando devem voltar a cair não foi claramente sinalizado pelo BC. Mas projeções alternativas apresentadas no relatório de inflação, no chamado cenário de mercado, mostra que a trajetória para a taxa básica refletida na mediana das previsões para a Selic dos analistas de mercado é incompatível com um cenário de queda da inflação para o centro da meta em 2016.

O cenário de mercado contempla uma alta dos juros básicos para 13% ao ano, e uma queda para 11,5% ao ano em 2016. Adotando essa hipótese, a inflação projetada pelo BC para este ano é de 7,9%, mas de 5,1% em 2016.

Maior, portanto, do que a de 4,9% prevista no cenário de referência para 2016, que assume como premissa a manutenção da taxa Selic em 12,75% ao ano durante todo o período de projeção da inflação.

Ou seja, se os juros evoluírem como previsto pelo mercado, a meta de 4,5% de 2015 ficaria mais distante. O cenário de mercado incorpora uma taxa de câmbio de R$ 3,09 em fins de 2015 e R$ 3,11 em fins de 2016.

 

Mercado aposta na extensão do ciclo de alta

Apesar de o Banco Central sinalizar, no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), que o ciclo de aperto monetário está próximo do fim, o mercado ainda resiste a acreditar nisso. Ontem as taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) fecharam em alta, com os juros futuros refletindo a maior probabilidade de alta de 0,50 ponto percentual na reunião do Comitê de Política Monétária (Copom) de abril, além de um aumento adicional em junho, cujas apostas estavam divididas entre 0,25 e 0,50 ponto.

A taxa do contrato de DI para 2016 encerrou a 13,55% ante 13,53% do ajuste do pregão anterior. Já o DI para 2021 avançou para 13,05% em relação a 12,95% da véspera, apoiado também pela subida das taxas dos títulos americanos no exterior.

Os analistas ainda veem a necessidade de o BC estender o ciclo de aperto monetário diante de expectativas de inflação ainda altas e do risco de uma desvalorização maior do câmbio. "Olhando as projeções de inflação, seria mais prudente o BC manter o ritmo de alta na próxima reunião e elevar a taxa Selic em 0,5 ponto percentual", diz Luciano Rostagno, estrategista-¬chefe do Banco Mizuho do Brasil, que prevê um aumento de 0,5 ponto da Selic em abril e uma alta adicional de 0,25 ponto em junho.

No cenário de referência, o BC vê a inflação encerrando 2015 em 7,9% e a 4,9% em 2016, considerando uma taxa de câmbio a R$ 3,15. Para Rostagno, o BC deveria fazer um ciclo de aperto monetário mais longo e permanecer com a taxa de juros em um patamar elevado por mais tempo. Isso poderia restabelecer a credibilidade e ancorar as expectativas inflacionárias para levar a inflação para o centro da meta, de 4,5%, em 2016.

O relatório do BC mostra que o mercado ainda vê a inflação acima de 5% no ano que vem. Depois de os de juros futuros chegarem a refletir uma possibilidade de corte da Selic no fim de 2015, essa aposta hoje já saiu dos preços, com os contratos de DI incorporando uma pequena probabilidade de isso ocorrer em 2016.

O economista do Itaú Unibanco, Caio Megale, acredita que para a inflação convergir para a meta, o BC terá de subir os juros em mais 0,25 ponto percentual em abril e deixar a Selic em 13% ao ano até o fim de 2015. "O BC terá de ser persistente e manter o aperto, tanto monetário quanto para-fiscal, por tempo suficiente para que a inflação convirja para a meta", afirma.

Megale acredita que, mesmo que a atividade fraca contribua para diminuir a inércia inflacionária e o repasse da desvalorização do câmbio para os preços seja menor, como sinalizou o BC, o centro da meta só deve ser alcançado no primeiro trimestre de 2017. Para o ano que vem, sua estimativa para o IPCA é de 5,5%, mesmo com a Selic em 13%.

Mas essa perspectiva contempla um recuo ainda mais forte do PIB neste ano, de 1,1%. No cenário de referência do BC, a previsão para o PIB é de queda de 0,5%. Câmbio e atividade serão os elementos chaves para o BC definir os próximos passos na política monetária. O principal risco no radar, diz Megale, é o câmbio. "O dólar se acomodou nas últimas duas semanas, mas há um risco de que ele volte a subir." Além disso, ele observa que, depois de uma queda forte, os preços das commodities se estabilizaram em fevereiro.

Ontem, o dólar caiu 0,44%, encerrando a R$ 3,1898 diante da perspectiva de que o BC deve seguir com o ciclo de aperto monetário, descolando do movimento no exterior. Por fim, há os ajustes domésticos, entre eles, o fiscal, que precisam ser concretizados. Rostagno, do Mizuho, destaca que a intensidade do repasse do câmbio para inflação vai depender da velocidade da desvalorização do câmbio.

O banco trabalha com um câmbio a R$ 3,30 para o fim do ano, acima do cenário de referência do BC que considera o dólar a R$ 3,15. "Há um risco grande de ele ser surpreendido com câmbio mais alto do que o usado para projetar a inflação", afirma Rostagno.

Com uma visão diferente da maioria dos analistas, o superintendente do departamento econômico do Citi Brasil, Marcelo Kfoury, vê a possibilidade do BC começar a cortar a Selic a partir de outubro, prevendo uma redução de 0,50 ponto percentual naquele mês e outra em novembro.

Ao longo de 2016, a Selic cairia ainda mais, terminando em 10,50%. O principal fator que sustenta esse cenário é o impacto contracionista do ajuste fiscal, que ele espera que se reflita em um superávit de 1% do PIB neste ano e de 2% do PIB no ano que vem.

"Mas é importante lembrar que uma perspectiva melhor para o fiscal depende da articulação política. Para que o corte de juro seja possível, também é preciso que a volatilidade no câmbio diminua, as leituras mensais do IPCA se mantenham durante o segundo semestre mais razoáveis e que o BC não se mostre "dovish" [inclinado ao afrouxamento monetário]", diz. O Citi espera mais duas altas de 0,25 ponto percentual da taxa Selic nas reuniões de abril e junho.

 

Governo eleva TJLP para 6% ao ano

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aumentou a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) de 5,5% para 6% ao ano, a vigorar no segundo trimestre. O Valor já havia noticiado a expectativa de que a taxa, usada nos financiamentos do BNDES, fosse elevada. A primeira correção na TJLP desde 2003 ocorreu em dezembro do ano passado, com uma elevação de 0,5 ponto percentual.

Os movimentos fazem parte da intenção do governo em diminuir os subsídios concedidos em operações de crédito, como parte do esforço de fortalecimento das contas públicas. Em comunicado, o Ministério da Fazenda afirmou que a elevação da taxa de juros foi feita "procurando refletir melhor as condições financeiras e observando o cenário macroenômico internacional".

 

FOLHA DE SÃO PAULO

Ministro não vê crise e minimiza demissões no setor automotivo

Apesar dos resultados ruins registrados pela indústria automotiva em 2014 e no início de 2015, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, afirmou que uma suposta crise "passa longe" do setor automotivo, e que os programas de "lay¬off" (suspensão temporária do contrato de trabalho) executados pelas montadoras instaladas no país são "adequados". "Há sim uma queda nas vendas, mas não uma crise. Temos um mercado de grande dimensão, e a retomada das vendas ocorrerá ainda este ano", disse o ministro.

Ele afirmou também que seu ministério "está ciente de que as empresas têm se esforçado para manter os investimentos e não demitir". O ministro participou nesta quinta¬feira (26) de uma reunião com a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos) e executivos de marcas instaladas no país, como o presidente da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) para a América Latina, Cledorvino Belini, e o vice-¬presidente da Ford para o Brasil e América do Sul, Rogelio Golfarb.

Contudo, os números registrados pela indústria automotiva em 2014 deixaram toda a cadeia em alerta. A venda de carros caiu 7,1%, registrando o pior desempenho em 12 anos; a produção teve retração de 15,3%, e no ano passado a indústria automotiva demitiu 12,3 mil pessoas.

No primeiro bimestre de 2015, houve queda de 23,1% no total de vendas de veículos em relação a igual período no ano passado. EXPORTAÇÕES Com o dólar valorizado, a Anfavea quer incrementar as exportações.

Segundo Armando Monteiro, o acordo bilateral com a Argentina deve ser renovado até junho e sofrerá alguns "ajustes" (ainda não divulgados). "As importações representam um canal importante nesse momento e o setor automotivo dará uma importante contribuição para elevar os números", disse o ministro.

De acordo com Luiz Moan, presidente da Anfavea, além da Argentina, a indústria automotiva nacional quer fortalecer as relações com outros países, além de ter novos parceiros. "Conversamos muito com a Argentina, mas também com a Colômbia, e queremos abrir um canal com o Equador e com o Peru", revelou Moan.

 

EXAME

Travar guerras cambiais não está valendo a pena

Parece que agora não vale a pena travar guerras cambiais.

Embora ao longo da história a redução de taxas de câmbio tenha ajudado algumas vezes a alimentar o crescimento econômico por abaratar as exportações dos países, está sendo difícil encontrar os benefícios.

Em nenhum outro lugar isso fica mais evidente do que nos países emdesenvolvimento, onde as moedas caíram em média 24 por cento frente ao dólar em 2011.

Apesar disso, a taxa anual de crescimento das exportações desacelerou para 4 por cento nos últimos quatro anos, frente a 8 por cento durante os dez anos anteriores, segundo a CPB Netherlands Bureau for Economic Policy Analysis.

No Brasil, o desmoronamento de 48 por cento do real desde 2011 não ajudou muito a revigorar a economia que está prestes a registrar o pior desempenho em 25 anos.

“A relação entre o crescimento mundial e o comércio está se desfazendo de tal modo que não podemos aplicar a relação anterior para prever o futuro”, disse Stephen Jen, ex-economista do FMI e um dos fundadores da SLJ Macro Partners LLP em Londres, em entrevista por telefone. “Agora é necessário que haja uma desvalorização maior para obter o mesmo benefício”.

Os analistas apontam para dois motivos fundamentais para a mudança: o efeito decrescente de alguns antigos fatores exclusivos que encorajavam o comércio anos atrás, como as campanhas dos países para reduzir taxas; e as mudanças na estratégia de crescimento da China.

À media que o governo se concentra mais na economia doméstica e em promover o crescimento no setor de serviços, a demanda da China por importações, embora continue crescendo, está desacelerando.

Esforços

No entanto, está aumentando a especulação de que os países do mundo estejam redobrando esforços para desvalorizar suas taxas de câmbio, tendência apelidada “guerra cambial” pelo então ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, em 2010. Mais de 20 países reduziram as taxas de juros ou tomaram outras medidas para relaxar a política monetária – medidas que podem diminuir a demanda por suas moedas – desde o começo do ano.

As 31 principais moedas do mundo se desvalorizaram frente ao dólar desde o começo de 2014, e dez delas caíram mais de 20 por cento, entre elas o rublo, a coroa norueguesa e o euro. É claro que nem todos os países estão tentando enfraquecer suas moedas. Aliás, o rublo, a coroa e até mesmo o real despencaram em parte devido à queda dos preços de suas exportações de commodities.

Estudo do FMI

Recentemente, o FMI fez um estudo que ilustra por que a desvalorização das moedas está ajudando menos os países. Entre 2008 e 2013, a cada aumento de 1 por cento na produção econômica mundial, o comércio subiu 0,7 por cento. A taxa se compara com 1,5 por cento nos sete anos até 2007 e com 2,2 por cento entre 1986 e 2000, segundo o FMI.

Embora seja mais difícil identificar os benefícios da desvalorização de uma moeda, isso não significa que eles tenham desaparecido completamente.

Uma forma rápida de comprová-los é analisar o modo em que os investidores aumentaram o preço das ações europeias com a demanda depois que o euro despencou para o menor valor em 12 anos frente ao dólar, um sinal de que eles preveem que alguns ganhos econômicos acontecerão. O índice Stoxx Europe 600 cresceu 16 por cento neste ano, frente a um aumento de 0,1 por cento na referência do Standard Poor’ 500.

Contudo, o enfraquecimento de uma moeda não é uma panaceia. A taxa de câmbio do Brasil, por exemplo, está afundando, mas não ajudou a maior economia da América Latina. Em uma pesquisa feita pelo Banco Central na semana passada, os analistas projetaram que o PIB do país se contrairá 0,8 por cento neste ano, a pior recessão desde 1990. Em vez de ajudar, a desvalorização da moeda impulsionou a inflação anual para 7,7 por cento, a maior taxa em uma década, em fevereiro, o que levou o Banco Central a aumentar as taxas apesar de a economia estar cambaleando.

“A depreciação cambial é a saída mais fácil, pelo menos no curto prazo, mas causará consequências graves se não for acompanhada de reformas estruturais”, disse Shweta Singh, economista da Lombard Street Research em Londres, em entrevista por telefone.

 

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