Quinta-feira

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Crédito imobiliário atinge R$ 10,3 bilhões em setembro

O volume de empréstimos com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) cresceu 12% em setembro em comparação a agosto e teve o mesmo crescimento em relação a setembro de 2013, somando R$ 10,3 bilhões. Segundo dados da Abecip, este foi o melhor resultado para um mês de setembro dos últimos 20 anos.

Nos nove primeiros meses do ano, foram destinados R$ 83,1 bilhões à aquisição e construção de imóveis, montante 4,7% superior ao de igual período do ano passado. No mês de referência foram financiados 50,1 mil imóveis em setembro, crescimento de 13,8% em relação a agosto e de 13,3% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Entre janeiro e setembro de 2014, R$ 83,1 bilhões foram destinados para a aquisição e construção de imóveis, valor 4,7% superior ao mesmo período do ano passado. Neste mesmo período foram financiados 401,1 mil imóveis, volume 3,6% superior a 2013.

Em setembro, considerando apenas a poupança no SBPE, os depósitos superaram os saques em R$ 1,69 bilhão. O saldo das cadernetas de poupança do SBPE, segundo a Abecip, cresceu 14% entre setembro de 2013 e 2014, superando os R$ 504 bilhões.

CBIC avalia projeto de reforma da lei de licitações

Matéria publicada na Revista Infraestrutura Urbana, da Editora Pini, edição de setembro, trata do projeto de reforma da Lei de Licitações (Lei 8.666/93) que tramita no Senado Federal. Se aprovado, o Projeto de Lei do Senado (PLS) 559/2013, da relatora Kátia Abreu, substituirá, além da Lei 8.666/93, a Lei 10.520/2002, que criou o pregão, e a Lei 12.462/2011, que instituiu o Regime Diferenciado de Contratações (RDC).

A proposta, entre outras inovações, estimula a administração pública a recorrer ao pregão, sugere a incorporação de mecanismos do RDC, como a contratação integrada, e elimina a carta-convite e a tomada de preços.

Na avaliação da CBIC, o projeto tem itens de difícil interpretação, além de prerrogativas nocivas, como o pregão para obras. "O projeto é bem intencionado, mas acabou virando um problema. Fica até difícil propor o conserto, mas estamos empenhados nisso. Existem itens que consideramos inaceitáveis", afirma Carlos Eduardo Lima Jorge, presidente da Comissão de Obras Públicas (COP) da CBIC, que produziu relatório com críticas ao PLS 559/2013 em conjunto com Benedicto Porto Neto, consultor jurídico da CBIC.

ZERO HORA

Lançamentos e vendas de imóveis acumulam queda de 20% em Porto Alegre

O mercado imobiliário acumula queda de quase 21% nas vendas de imóveis novos em Porto Alegre. O levantamento do Sindicato da Indústria da Construção Civil considera os últimos 12 meses. Foram negociadas 4.318 unidades.

Agosto até chegou a ter uma reação. Como em outros setores, julho foi um mês de pouca venda. Então, agosto sobre julho teve alta de 63%, mas não á um resultado relevante já que a comercialização do mês foi 31% menor na comparação com agosto do ano passado.

Evitando alta de estoques, as construtoras também estão lançando menos imóveis. O número de lançamentos nos últimos 12 meses caiu quase 22%.

VALOR ECONÔMICO

Copom surpreende e Selic vai a 11,25%

A surpreendente decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de subir os juros para 11,25% ao ano tem objetivo, segundo o Valor apurou, de fazer a economia pagar um preço menor para combater as pressões inflacionárias causadas pela recente desvalorização cambial. A taxa básica é a maior desde outubro de 2011.

Ontem, num placar dividido, com 5 votos a 3, o Copom fez uma alta de 0,25 ponto percentual na taxa Selic, depois de quatro reuniões em que a taxa ficou estacionada em 11% a ano.

O Valor apurou que, dentro do BC, havia a preocupação com o repasse para a inflação da depreciação cambial de cerca de 10% ocorrida desde a ultima reunião do colegiado, de setembro, causada pela instabilidade internacional e pelas eleições. Pelos cálculos do BC, essa desvalorização cambial teria um impacto de 0,5 ponto percentual na inflação ao longo de 12 meses.

A decisão tomada ontem tenta reduzir o custo em termos de atividade econômica para mitigar os efeitos secundários da desvalorização cambial.

Desde o último encontro, a inflação medida em setembro, de 0,57%, também superou as projeções do mercado e do próprio BC. O relatório trimestral de inflação de setembro projetava um IPCA acumulado em 12 meses de 6,6%, mas o efetivamente medido ficou em 6,75%.

Embora poucos esperassem que a alta de juros fosse ocorrer agora, o mercado já embutia nos preços alguma probabilidade de isso ocorrer em dezembro. Nos juros futuros, estava precificada uma alta de 0,18 ponto percentual para a última reunião do Copom do ano.

Já os analistas econômicos consultados no boletim Focus contavam com uma elevação para 11,25% só no encontro do Copom de janeiro.

Para o ano que vem, os juros de mercado projetam uma alta de 1,1 ponto percentual na Selic, e os analistas, de 0,5 ponto percentual.

Dirigentes do Copom deram fartos sinais de que a alta de juros poderia ocorrer a qualquer momento, embora poucos esperassem que fosse tão rápido. Na divulgação do relatório de inflação de setembro, o diretor de política econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo, deu o primeiro sinal de que as opções eram a manutenção da taxa ou sua elevação, dependendo dos riscos inflacionários. O recado foi reforçado pelo próprio presidente da instituição, Alexandre Tombini, durante a reunião de outono do FMI e do Banco Mundial em Washington.

O comunicado divulgado pelo Copom diz que "o Copom decidiu elevar a taxa Selic para 11,25% ao ano, sem viés, por cinco votos a favor e três votos pela manutenção da taxa Selic em 11% ao ano". Na sua justificativa, o comitê diz que "desde sua última reunião, entre outros fatores, a intensificação dos ajustes de preços relativos na economia tornou o balanço de riscos para a inflação menos favorável. À vista disso, o comitê considerou oportuno ajustar as condições monetárias de modo a garantir, a um custo menor, a prevalência de um cenário mais benigno para a inflação em 2015 e 2016."

Votaram contra a alta de juros os diretores de administração do BC, Altamir Lopes; o de assuntos internacionais, Luiz Awazu, e, o de relacionamento institucional, Luiz Feltrim.

"Os mercados devem reagir positivamente à decisão. A alta da taxa básica de juros faz sentido, uma vez que pioraram as perspectivas para a inflação em função da depreciação da taxa de cambio", afirma Maurício Molan, economista-chefe do banco Santander.

Molan lembra que o BC tinha no cenário no último Relatório de Inflação, publicado em setembro, um câmbio de R$ 2,25. De lá para cá, a moeda desvalorizou em média 10%, fechando ontem a R$ 2,466, o que adicionaria um aumento entre 0,4 a 0,5 ponto percentual à inflação e poderia ameaçar o teto da meta de 6,5%.

Ao elevar de forma "surpreendente" a taxa básica de juros, o Copom tomou a medida certa, mas arranhou ainda mais a sua já "abalada" credibilidade. Essa é a avaliação da economista Alessandra Ribeiro, da Tendências Consultoria.

Analistas veem novas altas de juros adiante

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para 11,25% ao ano, sinaliza que o Banco Central (BC) não deve parar por aí. Indica também que o governo quer passar a mensagem de maior austeridade para o mercado, segundo analistas.

O movimento reforça a ideia de que possa vir alguma coisa nesse sentido em relação à política fiscal, afirma Maurício Molan, economista-chefe do Banco Santander. "Os mercados devem reagir positivamente à decisão. A alta da Selic faz sentido, uma vez que pioraram as perspectivas para a inflação em função da depreciação da taxa de câmbio", destaca Molan.

O economista-chefe da Votorantim Corretora, Roberto Padovani, considera que a decisão foi acertada, na tentativa de reancorar as expectativas de inflação que estão muito elevadas. "A ação do BC é bem-vinda, dada a incerteza em relação à política fiscal, câmbio mais depreciado e expectativa de alta dos preços administrados."

Para Padovani, o BC iniciou ontem uma nova rodada de alta de juros e mostra a preocupação em controlar a inflação. "O BC deve conduzir a taxa Selic para um patamar que achamos adequado para trazer a inflação para o centro da meta e encerrar o novo ciclo de aperto com a taxa de juros em 12% ao ano, ao ritmo de alta de 0,25 ponto", afirma.

O economista-chefe do BES Investiment, Jankiel Santos, diz que o BC surpreendeu positivamente ao retomar o aperto monetário. "Aparentemente, o membros do Copom finalmente reconheceram que a dinâmica inflacionária é muito pior do que a delineada no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado em setembro."

Para Santos, é difícil acreditar que o BC tenha realizado um único movimento de alta da Selic e que o ciclo monetário iniciado agora seja inferior a um ponto percentual. "Acreditamos que o BC tem conhecimento de que será necessário promover novas altas da Selic para melhorar a dinâmica da inflação corrente e das expectativas."

A decisão abre espaço para o reajuste dos preços administrados, como gasolina e energia, lembra Padovani. Ele acredita que a alta da Selic deve ser bem recebida pelos mercados e levar a uma queda da curva de juros (a variação dos contratos de DIs nos diversos vencimentos), com a alta das taxas de curto prazo e redução das taxas de prazos mais longos. "As taxas de juros de prazos mais longos devem cair com a maior confiança nos mercados de que o governo pode controlar a inflação."

Já o câmbio pode até se fortalecer no curto prazo com a alta de juros. Mas essa reação seria temporária e a tendência é de depreciação dado os fundamentos fracos do Brasil e a valorização global do dólar diante da normalização da política monetária americana.

"O crescimento mais baixo do Brasil em relação à economia global e o alto déficit em conta corrente [de 3,7% do PIB em 12 meses até setembro] devem levar a uma trajetória de depreciação do real. A grande questão é em que ritmo isso vai acontecer", afirma Padovani.

Contudo, alguns analistas avaliam que o momento escolhido pelo Copom para elevar os juros, logo após as eleições, foi infeliz.

A economista Alessandra Ribeiro, da Tendências Consultoria, diz que o BC tomou a medida certa, mas arranhou ainda mais a sua já "abalada" credibilidade.

"Faz todo sentido aumentar a Selic com a inflação corrente acima do teto da meta (6,5%) e as expectativas desancoradas. Mas do ponto de vista da comunicação, é um erro gravíssimo, porque o Copom deu sinais fortes em suas atas e no relatório de inflação de que pretendia manter a Selic estável", afirma. "E subir os juros logos depois das eleições vai provocar um rumor desnecessário e jogar mais lenha na fogueira na percepção de que há interferência política".

O economista-chefe da Quantitas, Gustav Gorski, ressalta que a decisão chega a ser "chocante" quando se recorda o conteúdo dos programas de propaganda eleitoral da presidente Dilma Rousseff, com críticas pesadas à independência do BC que, ao subir os juros "tiraria comida dos pobres para dar aos ricos". "Do ponto de vista econômico, com a dinâmica inflacionária em que estamos vivendo, já fazia tempo que havia motivos para a alta dos juros. Mas foi uma grande surpresa."

O professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP) Fabio Kanczuk, classificou a decisão como correta e corajosa. "É uma reação à depreciação do real nas últimas semanas. O que surpreende é ter acontecido tão próximo do processo eleitoral."

Dilma já conta com ajuste fiscal 'violento'

A presidente Dilma Rousseff está ciente de que terá que fazer, para 2015, um ajuste fiscal "violentíssimo", informou uma fonte qualificada do governo. Embora ainda não se saiba o tamanho, terá que ser algo de maior impacto do que foi o contingenciamento de R$ 50 bilhões feito em 2011, no primeiro ano do primeiro mandato.

Dilma sabe que a situação da economia, agora, é muito mais difícil e delicada do que quando assumiu, em janeiro de 2011, e que além da estagnação econômica e de uma inflação resistente enfrentará, também, uma oposição mais forte e legitimada pelas urnas no Congresso Nacional. Ao mesmo tempo, estarão em curso os desdobramentos da Operação Lava-Jato.

Crise econômica, alianças políticas esgarçadas, oposição forte e possíveis cenas de prisões de envolvidos na corrupção da Petrobras serão as marcas do início do segundo mandato da presidente Dilma, no cenário traçado por importantes assessores do Palácio do Planalto.

Para enfrentar tantas adversidades, ela já escalou alguns nomes que considera mais experientes e de "casco mais duro" para atravessar momentos difíceis. São eles o ministro Aloizio Mercadante, da Casa Civil, Miguel Rossetto, Jaques Wagner e Cid Gomes. Os três últimos ainda sem cargos definidos. Cid Gomes deixa o governo do Ceará e gostaria de ir para um posto em algum organismo internacional em Washington, mas a presidente prefere tê-lo mais perto.

O segundo mandato de Dilma já está em curso. Ela poderá empossar o novo ministro da Fazenda antes mesmo dos demais ministros, para que ele possa começar a trabalhar na política fiscal e, também, compor equipe e trocar o comando dos bancos públicos. Pelos critérios da presidente, de conhecimento e confiança, o nome mais adequado para a sucessão de Guido Mantega seria o do economista Nelson Barbosa. É muito provável que o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendini, seja substituído por Paulo Caffarelli, atual secretário-executivo do Ministério da Fazenda.

No campo da política fiscal, haverá muito o que fazer antes do fim do ano. Primeiro, como a meta de superávit primário de 1,9% não será cumprida nem mesmo com todos os descontos possíveis, o governo terá que enviar ao Congresso proposta de mudança da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) com uma nova meta. A expectativa é que o ano se encerre com déficit primário das contas públicas consolidadas, o primeiro desde 1997.

Terá, também, que alterar a LDO de 2015, que prevê superávit primário no intervalo de 2% a 2,5% do PIB, já que essa é uma meta inviável para ser obtida principalmente em um ano de baixa previsão de crescimento.

Diante da aparente disposição de fazer um ajuste fiscal "violentíssimo", como expressou uma alta fonte oficial, Dilma espera contar com a participação do ex-presidente Lula para acalmar as lideranças dos sindicatos e dos movimentos sociais.

A tesoura que vai cortar os gastos não poupará ninguém e os movimentos sociais, que recebem recursos do Tesouro Nacional, também vão pagar a conta do ajuste fiscal que está sendo prometido.

Durante a campanha eleitoral, Dilma não mencionou uma vez sequer que faria um ajuste fiscal para o próximo ano. Quando o candidato da oposição, Aécio Neves, declarou que não fugiria de medidas impopulares, se elas fossem necessárias, o PT disse que ele estava cometendo "sincericídio". O fato, porém, é que admitindo ou não em meio às eleições, o corte de gastos era previsível e inevitável e os juros já estavam com viés de alta.

Pelo menos duas medidas bastante impopulares começam a ser tomadas: o contingenciamento do gasto e a surpreendente elevação dos juros, ontem, pelo Comitê de Política Monetária. A Selic passou de 11% para 11,25% ao ano.

Lagarde pede cooperação para gerir crescimento e desafios geopolíticos

WASHINGTON  -  Seis anos depois do golpe da crise financeira, a economia global ainda luta para reconquistar velocidade de cruzeiro, disse nesta quarta-feira a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde,  ao defender a necessidade de maior cooperação mundial para lidar com os atuais desafios. Ela voltou a alertar para o perigo do “novo medíocre”, como havia feito há algumas semanas, referindo-se à combinação de “crescimento anêmico e fraca criação de empregos” como “uma nuvem negra sobre o futuro”.

Ao receber o prêmio de Diplomata do Ano da revista “Foreign Policy”, Lagarde destacou ainda os problemas geopolíticos que compõem as dificuldades econômicas do mundo, citando a crise na Ucrânia, os conflitos no Oriente Médio e a ameaça representada pela epidemia do Ebola no Oeste da África. No discurso, divulgado com antecedência à imprensa, Lagarde ressaltou a importância do multilateralismo para resolver situações delicadas como as que o mundo enfrenta hoje, afirmando que a cooperação é a razão de ser do FMI.

A diretora-gerente do FMI disse que está encorajada pelo fato de que os membros do Fundo concordaram em adotar políticas para criar um “novo dinamismo”, por meio de políticas que favoreçam o crescimento e a criação de empregos, reformas estruturais e investimento em infraestrutura.

Segundo ela, a recuperação global medíocre, a confluência de questões econômicas e políticas em vários lugares e desastres humanitários são desafios que só podem ser superados por meio do trabalho conjunto. “De fato, cooperação é essencial porque assuntos ainda mais complexos surgem no horizonte”, disse Lagarde.

Entre os desafios do futuro, ela ressaltou o combate às mudanças climáticas. “Todos os países são vulneráveis, e todos os países precisam agir coletivamente para tratar dessa questão.”

A desigualdade de renda, que afeta muitas economias, como EUA e China, precisam ser enfrentadas, para não haver rupturas sérias na coesão social e política. A desigualdade de gênero é outro problema que precisa ser confrontado, afirmou ela, apontando ainda os desafios demográficos. Há países em que o envelhecimento da população levanta questões sobre a aposentadoria dos idosos, enquanto nos países com grande número de jovens o grande drama é criar empregos.

FOLHA DE SÃO PAULO

Com Selic a 11,25%, poupança passa a liderar aplicações sobre fundos

Com a decisão do Banco Central de aumentar a taxa Selic para 11,25% ao ano nesta quarta-feira (29), os fundos de renda fixa perdem da poupança na maioria dos cenários previstos pela Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).

A caderneta perde para fundos de renda fixa com taxa de administração de até 1,0% ao ano, independentemente de quanto tempo os recursos ficarem guardados.

No caso dos fundos com taxa de 1,5%, os fundos ganham se o dinheiro for mantido por mais de um ano na aplicação. Há empate se os recursos ficarem investidos entre seis meses e um ano e a caderneta ganha quando o montante é mantido guardado por até seis meses.

Os fundos com taxa de administração de 2% ao ano só ganham da poupança se o valor ficar investido por mais de dois anos. Em todos os demais prazos, a caderneta é mais vantajosa.

Nos fundos com taxa de administração de 2,5% ou mais, a caderneta rende mais que os fundos em qualquer prazo de resgate.

SAIBA MAIS

A taxa de juros é o instrumento utilizado pelo Banco Central para manter a inflação sob controle ou para estimular a economia.

Se os juros caem muito, a população tem maior acesso ao crédito e, assim, pode consumir mais. Esse aumento da demanda pode pressionar os preços caso a indústria não esteja preparada para atender um consumo maior.

Por outro lado, se os juros sobem, a autoridade monetária inibe consumo e investimento -que ficam mais caros-, a economia se desacelera e evita-se que os preços subam -ou seja, inflação.

Com a alta da taxa básica de juros (Selic), o BC aumenta a atratividade das aplicações em títulos da dívida pública. Assim, passa a "faltar" dinheiro no mercado financeiro para viabilizar investimentos com retorno maior que o pago pelo governo.

É por isso que os empresários pedem cortes nas taxas: para viabilizar investimentos, ainda mais em tempos de economia fraca. Nos mercados, reduções da taxa de juros viabilizam normalmente migração de recursos da renda fixa para a Bolsa de Valores.

Em um cenário normal, é também por esse motivo que as Bolsas sobem nos Estados Unidos ao menor sinal do Federal Reserve (BC dos EUA) de que os juros possam cair.

Quando o juro sobe, acontece o inverso. O investimento em dívida absorve o dinheiro que serviria para financiar o setor produtivo.

SELIC

A Selic é considerada a taxa básica porque é usada em operações entre bancos e, por isso, afeta os juros de toda a economia do país.

O nome vem de Sistema Especial de Liquidação e Custódia, sistema eletrônico que permite a atualização diária das posições das instituições financeiras, assegurando maior controle sobre as reservas bancárias. O sistema foi criado em 1979 pelo Banco Central e pela Anbima.

Mercado vê alta na taxa de juros como recado de Dilma

A decisão do Banco Central de elevar a taxa de juros pegou de surpresa economistas e investidores. No mercado, a aposta corrente era que a autoridade manteria inalterada a Selic em 11% ao ano.

Para o ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros, sócio da consultoria Quest, o BC elevou a taxa para ganhar credibilidade e reatar laços com o setor privado.

"Dilma foi eleita por causa do desemprego baixo. Mas, se o crescimento não voltar, ele vai aumentar. E, para botar a economia para crescer, é preciso buscar uma política econômica que o setor privado considere necessária para investir", afirmou.

Na sua opinião, a decisão é um prenúncio de que o governo deve buscar também uma meta mais ambiciosa de economia dos gastos públicos, outro fator de desconfiança do setor privado e que é combustível para a inflação.

"Ela [Dilma] está dizendo ganhei com um discurso e vou governar com outro'", disse Mendonça de Barros.

Sua previsão é que o mercado deve responder derrubando as taxas de juros de longo prazo e apostando na queda da cotação do dólar.

Na avaliação de Maurício Molan, economista-chefe do Santander, o governo está se esforçando para emitir sinais de que adotará uma política econômica mais austera.

"Essa decisão aumenta a chance de haver sinais de austeridade antes do esperado também para a política fiscal", afirma Molan. "Há um esforço para gerar um choque favorável de expectativas."

O Santander prevê agora novo aumento de 0,25 ponto percentual na Selic, em dezembro. Para os economistas do banco, a taxa deve terminar 2015 em 12,5% ao ano.

Indicativos de que os alimentos vão pressionar ainda mais a inflação, assim como os efeitos da estiagem sobre os preços da energia elétrica, podem ter sido o sinal de alerta para o BC subir a Selic.

No mercado, já existem projeções indicando que a inflação pode superar o limite fixado pelo governo (de 6,5% ao ano) em 2015, primeiro ano do novo mandato de Dilma.

Reajustes típicos do início do ano costumam pressionar a inflação neste período, o que adiciona pressão a índice de preços já elevados.

O BC comprometeu-se em levar a inflação para a meta, de 4,5%, em 2016.

"Fica mais difícil chegar à meta quando se estoura o teto no ano anterior", diz Carlos Thadeu de Freitas Gomes, ex-diretor do BC.

Para José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator, a surpresa é bem-vinda e evidencia a percepção de que a inflação está alta resistente, apesar desaceleração da atividade econômica.

O sócio do banco BR Partners José Flávio Ramos afirma que o BC se antecipou. "Se a inflação não responder, o BC pode subir mais [a Selic], mas acredito que tenha subido antes com o intuito de subir menos."

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