Quarta-feira

VALOR ECONÔMICO

Cai nível de confiança no setor de construção

O Índice de Confiança da Construção (ICST), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve forte queda no trimestre terminado em outubro, influenciado por avaliações mais negativas quanto ao presente e por uma deterioração nas expectativas.

O indicador teve queda de 14,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. No trimestre encerrado em setembro, foi registrado recuo de 12,3% e, em agosto, de 9,9%. Tomando-se apenas o mês de outubro o recuo foi ainda maior, de 19,9%.

"Os empresários da construção estão apontando a demanda insuficiente como o principal fator de limitação à melhoria da atividade setorial. A demanda está fraca tanto nos segmentos que dependem das decisões privadas quanto nos segmentos de infraestrutura. Assim, o ciclo de obras que se encerra não tem perspectiva imediata de retomada", destacou, em nota, Ana Maria Castelo, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV.

A piora da confiança decorreu tanto da percepção em relação à situação atual dos negócios quanto das perspectivas para os próximos meses. Em bases trimestrais, a variação do Índice da Situação Atual (ISA) passou de -9,7% no trimestre encerrado em setembro, para -12,9%, em outubro. Em termos mensais, o índice também apresentou forte queda ao variar de -15,1% em setembro, para -18,6% em outubro.

O Índice de Expectativas (IE) seguiu a mesma tendência ao variar -16,5% no trimestre terminado em outubro depois de registrar -14,5% em setembro. Na base mensal, a variação passou de -16,8% em setembro, para -21,0% em outubro.

Dos 11 segmentos pesquisados, nove apresentaram piora da confiança. Os destaques negativos foram, principalmente, do setor de infraestrutura: obras para telecomunicações, cuja taxa passou de 9,3% em setembro, para -10,7% em outubro; obras para geração e distribuição de energia elétrica, de -7,5% para -15,4%; e obras viárias, de -13,2% para -20,4%.

Das 700 empresas consultadas, 19,3% avaliaram a situação atual como boa no trimestre encerrado em outubro de 2014, contra 26,5% em igual período de 2013. A situação foi avaliada como ruim (contra 17,0% há um ano) por 23,8% das empresas. A proporção de empresas prevendo melhora do ambiente de negócios no período foi de 25%, contra 37,8% há um ano, enquanto a parcela das que preveem piora foi de 15,8%, contra 5,6%.

TRIBUNA DO NORTE

DER não tem data para retomar obras

A paralisação nas obras de acesso ao Aeroporto Internacional Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, foi causada por uma readequação do projeto, segundo o Departamento de Estradas e Rodagens. De acordo com o  DER, a obra foi suspensa há duas semanas, após o Departamento Nacional de Infraestrutura (DNIT) requisitar a devolução de um trecho da BR-304, até então cedido ao Estado. O projeto precisará ser analisado novamente pela Caixa Econômica Federal, por isso não há prazo para retomada da obra. O DER reconhece, porém, que a construção do acesso sul, que desemboca na rodovia de Macaíba, vai ficar para a próxima gestão.

Na prática, o DER fará menos com a mesma quantidade de recursos. O financiamento total da obra, sob responsabilidade da empresa EIT S/A desde agosto do ano passado, é de R$ 72,1 milhões. Previa a construção de 28 km em acessos ao aeroporto por meio das rodovias RN-160, BR-304, 406, assim como a duplicação das duas últimas; a construção de dois viadutos e uma ponte. Segundo a diretora de obras do DER, Francini Goldoni, a supressão do trecho da BR-304 só foi oficializado há duas semanas, e o Estado precisou reenviar o projeto para a CEF analisar da mudança. Entretanto, o financiamento será o mesmo – de acordo com o DER, o restante do recurso não aplicado funcionará como “caixa” para algum acréscimo na obra.

“Houve uma adequação da planilha porque o DNIT contratou a obra da BR-304, e isso estava previsto inicialmente no nosso contrato, que englobava todas as ligações à BR-406, 304, RN-160.  Então o DNIT chegou e disse para não executarmos mais, porque iriam executar com solução mais cara e mais durável. Isso é uma  conversa que acontece desde o ano passado, mas só agora foi finalizada. Agora estamos tratando para deixar a obra organizada para o governo que entrar”, explicou Francini. Até então o estado faria a duplicação da BR-304, assim como faz com a rodovia de Ceará-Mirim.

Entretanto, Francini Goldoni reconhece que, quando o Estado contratou a obra  total, já sabia que ela não seria finalizada no prazo estipulado: abril deste ano. “Naquele momento, em função da Copa, o prazo limite para conclusão precisou ser fixado relativo ao evento. Sabíamos que teríamos dificuldade de cumprir. Agora a obra continua em andamento com um prazo exeqüível, diferente do que o momento da copa nos forçou a fazer. O prazo do contrato é até o final do ano”, pontuou.

Segundo a diretora, mesmo que o projeto seja analisado ainda neste ano pela Caixa, a obra do acesso sul não será finalizada neste ano. O acesso está apenas 30% concluído – conta com o início da terraplanagem e a construção das pilastras sobre o Rio Guanduba. Já o acesso norte – da BR-406 – que engloba  a duplicação de 6km de rodovia, desde a rotatória de Extremoz até a entrada para o aeroporto e a construção de um viaduto, está 45% concluída.

“Com relação à BR-406,  a obrasó vai ser retomada quando tiver a aprovação da planilha adequada. O canteiro continua lá, as vigas do viaduto estão prontas apenas para ser lançadas”, justifica Francini. A diretora explica que ainda há pendências com desapropriações de pelo menos três terrenos, que estão sendo tocadas pela Procuradoria Geral do Estado.

Segundo o DER, todas as pendências com certidões negativas da empresa EIT S/A, que causaram atrasos nos repasses em agosto, já foram solucionamentos.  Em nota encaminhada à TRIBUNA DO NORTE, a Caixa Econômica Federal afirmou que a planilha precisou ser devolvida ao DER para complementação de dados.

“Existe uma alteração de projeto que gerou uma reprogramação de planilha  apresentada para a Caixa, que após análise fez alguns questionamentos para sua conclusão, para os quais estamos aguardando posicionamento do Governo do Estado”, diz a nota. A CEF não informou qual o prazo para finalização da análise do projeto.

Duplicação

Em entrevista à TRIBUNA, o superintendente regional do Dnit negou que a retomada do trecho da BR-304, antes cedido ao Governo do Estado, tenha acontecido há duas semanas. Segundo Walter Fernandes, a obra de duplicação da rodovia foi licitada pelo departamento há seis meses. “A licitação foi feita e o contrato para executar a 304 foi assinado há seis meses. É o contrato 1066. Agora acesso ao viaduto não é conosco. Eu afirmo que já foi feito o contrato há seis meses, estamos em fase de arqueologia e supervisão ambiental da obra. A rodovia é de nossa responsabilidade, eles já sabiam”, afirma Fernandes.

A obra atualmente tocada no trecho da BR-304 é a duplicação da Reta Tabajara, licitada neste ano. Ao longo do ano foi paralisada várias vezes, e segue em ritmo lento. O Dnit afirmou que vai notificar as empresas que realizam os estudos ambientais e arqueológicos da obra para que dêem celeridade ao processo.

Taxa básica de juros para os próximos 45 dias sai hoje

Brasília(ABr) - O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anuncia hoje se a taxa básica de juros da economia (Selic) será mantida em 11% ao ano ou não. A taxa que será definida terá validade pelos próximos 45 dias.

A penúltima reunião do ano do Comitê começou ontem quando estavam previstas apresentações técnicas e discussões sobre a conjuntura econômica.

Segundo pesquisa semanal do Banco Central, a expectativa do mercado financeiro é que o Copom mantenha a Selic no patamar atual, de 11%, como vem fazendo desde maio. Na ocasião, o BC interrompeu trajetória de nove altas consecutivas. O patamar atual é o mais alto desde novembro de 2011, quando a taxa também era 11%.

A taxa básica de juros da economia é o instrumento do BC para controle da inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, pois os juros elevados encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Quando há redução da taxa básica, a Selic, a tendência é o crédito ficar mais barato, com estímulo à produção e ao consumo.

Projeção é de cenário ainda difícil no mercado em 2015

O reaquecimento do setor de veículos depende de ações do governo para gerar mais empregos, aumentar a produtividade da indústria, melhorar a mobilidade urbana e permitir que cada vez mais famílias migrem das classes sociais de menor renda para a chamada “classe C”, avalia Rodrigo Cândido, da Fenabrave RN.

Para 2015, a projeção é de um mercado igual ou pior em 1% ou 2% que o de 2014. “Mas acreditamos que a partir de 2016 começará uma nova expansão”, acrescenta Cândido.

Em uma análise geral sobre a desaceleração do consumo, o economista Aldemir Freire frisa que é difícil prever, no momento, a duração desse processo. “Talvez       a gente leve até meados do próximo ano com o comércio andando meio de lado. Mas, é muito difícil se imaginar uma data em que voltaremos a ter um comércio mais aquecido”, observa.

Ele aponta a necessidade de   eliminar restrições existentes, na       questão do crédito e dos juros – que aumentaram este ano para conter a inflação. “Precisamos também ampliar os       investimentos, como forma de reaquecer a economia. Somente quando a economia voltar a crescer de forma mais consistente é que o consumo também crescerá”, diz Aldemir.

Brasil

Nacionalmente, o resultado das eleições presidenciais deu novo ânimo ao setor. O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan Yabiku Junior, elogiou posicionamento da presidente reeleita Dilma Rousseff que em seu discurso após o resultado das urnas assegurou novos estímulos para a economia.

Moan ressaltou que o setor aguarda com ansiedade a adoção de novas medidas destinadas a melhorar o cenário econômico. “A riqueza do Brasil provém do mercado interno. Então, todo estímulo econômico é muito bem vindo”, disse.

O representante da Anfavea destaca os dados parciais, de outubro, que demonstram que as vendas nos 15 primeiros dias do mês estão 2% superiores na comparação ao mesmo período de setembro. “Esperamos continuar desta forma na segunda quinzena de outubro. É crescimento das vendas mesmo não há fatores sazonais”, destacou.

Entre as razões para a melhoria do setor, Moan enumera a existência no segundo semestre de maior número de dias úteis com relação ao primeiro e a aproximação das festas de fim de ano e do décimo terceiro salário.

No Rio Grande do Norte, na passagem de agosto para setembro as vendas do setor cresceram 12,83%, número que deve evitar um baque maior, mas é insuficiente para impedir uma queda na casa de 5% no fechamento do ano, segundo o presidente da Fenabrave.

Consumo: Mercado tem retração, mas atrai pela necessidade e/ou desejo

Danilo da Silva, 21, realizou há um ano seu maior sonho de consumo: o primeiro carro. “Posso dizer que essa foi a minha maior e mais desejada aquisição”, diz. A compra do veículo foi feita com a primeira comissão do emprego de corretor de imóveis. “Não tem como ser um corretor, sem veículo. Logo que recebi a comissão, comprei o carro. Uni meu desejo material à necessidade profissional”, explicou. Danilo preferiu comprar um carro popular seminovo para conseguir opcionais. “Com o dinheiro que tinha ou eu comprava um carro zero sem qualquer opcional, ou um seminovo completo. Fiquei com a segunda opção”. Ele calcula que gaste cerca de 30% do seu salário com a manutenção do carro e já se programa para a primeira troca. “Se conseguir fechar todas as vendas que estou negociando, troco o veículo ainda este ano”, planeja.

O representante comercial Jayson Holanda não sabe o que é viver sem um automóvel. Seus pais sempre tiveram veículos e ele começou a dirigir antes mesmo de completar 18 anos. “Nem lembro quantos carros eu já tive”, responde. Ele pesquisa, observa e planeja antes de comprar. “Não sou de equipar carro. Já compro ele completo, com peças originais... Sou detalhista. Meu carro é minha segunda família”, confessa. Trocar óleo, alinhar e calibrar pneus, revisar, lavar... Nada fica fora do orçamento para manutenção do veículo. “Tenho dois orçamentos: um da casa e outro do veículo. Minha mulher até reclama do meu cuidado com meus carros”, confessa. Jayson estima que invista entre 5% e 8% do seu orçamento com o carro, incluindo combustível. “Sou detalhista, cuido de tudo: pintura, alinhamento...  Após a família, a minha prioridade é o carro!”.

Ibovespa se recupera e sobe 3,2%

São Paulo (AE) - A Bovespa fechou em alta ontem, ajudada por um movimento de recuperação depois de ter encerrado a segunda-feira no patamar mais baixo desde abril deste ano. No fim do pregão, o Ibovespa subiu 3,62%, para 52.330,03 pontos. O volume de negócios totalizou R$ 9,328 bilhões. Na máxima da sessão, o índice tocou 52.374 pontos (+3,70%) e, na mínima, atingiu 50.503 pontos (estável). No ano, a bolsa acumula alta de 1,60% e no mês de outubro, baixa de 3,30%.

Após a reação negativa do dia anterior à reeleição da presidente Dilma Rousseff, as atenções dos investidores agora estão concentradas na definição de quem comandará o Ministério da Fazenda e nas medidas prometidas pela presidente Dilma para impulsionar a economia.

Em entrevistas a emissoras de televisão, a presidente afirmou que anunciará até o fim do ano medidas para transformar e melhorar o crescimento econômico, dando início às reformas necessárias ao País já em novembro, além do combate à corrupção, outra prioridade do governo. Dilma evitou falar de quem ocupará o novo governo, mas nomes como o do presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles e do ex-secretário executivo da Fazenda Nelson Barbosa apareceram como possíveis opções para o cargo.

As ações de empresas estatais e de bancos foram os destaques positivos da sessão. Petrobras ON (+4,24%) e Petrobras PN (+5,18%). Eletrobras ON e Eletrobras PNB registraram avanço de 5,59% e 7,26%, respectivamente.

Segundo operadores, há expectativas sobre um possível anúncio, em breve, de reajuste dos preços dos combustíveis. Fonte do governo ouvida pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, afirma que a medida viria para “acalmar” o mercado financeiro. O Palácio do Planalto ainda não bateu o martelo sobre o “timing” do aumento de preço, mas o tema estará na pauta da reunião do Conselho de Administração da companhia, na sexta-feira.

No setor financeiro, Banco do Brasil subiu 7,17%, seguido por Bradesco PN, com alta de 6,77% e Itaú Unibanco (+5,94%). As ações da Vale e siderúrgicas fecharam em queda. Já as ações da Gol dispararam e fecharam em alta de 15,5%, cotadas a R$ 12,45. Segundo fontes de mercado, relatório da corretora Raymond James, que ampliou a avaliação da companhia de “em linha com o desempenho de mercado” para “acima da média”, animou investidores.

No fim da sessão, o dólar à vista registrou baixa de 2,14%, a R$ 2,4720, na cotação mínima da sessão. As taxas de juros futuras recuaram em sintonia com a queda do dólar e afetadas pela cautela na véspera da decisão de política monetária do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, de 10,95% para  10,92%.

Crescimento e inflação: desafios do novo governo

Nova York (AE) - A presidente reeleita Dilma Rousseff está diante de desafios para restaurar o crescimento econômico, remover obstáculos ao aumento dos investimentos, controlar a inflação e atender à demanda crescente por serviços públicos, diz a agência de classificação de risco Standard & Poor’s em comunicado à imprensa. Segundo a agência, “as políticas do próximo governo vão determinar a trajetória dos ratings do Brasil. O cenário básico da S&P é de que o quadro de referência institucional e de políticas, aliado a seus pontos fortes e nos balanços externo e fiscal, lhe dão espaço de manobra suficiente e capacidade de suportar choques externos que são consistentes com o rating em moeda estrangeira BBB-”.

“Poderemos elevar os ratings se o governo buscar iniciativas políticas mais consistentes para fortalecer as contas fiscais, ou uma agenda de reformas mais proativa para melhorar a perspectiva de crescimento do País no médio prazo. Isso provavelmente vai gerar maior confiança no setor privado e mais investimentos, e permitir maior flexibilidade fiscal e monetária ao governo. Por outro lado, poderemos rebaixar os ratings na eventualidade de uma deterioração agora nos indicadores externos e fiscais do Brasil, ao lado de um abandono do compromisso do Brasil com políticas econômicas pragmáticas”, prossegue o texto.

Para a S&P, “o maior desafio diante do governo Rousseff reeleito será implementar políticas para fortalecer a perspectiva de crescimento e reduzir a inflação, e ao mesmo tempo lidar com pressões sociais. Essa é uma tarefa difícil por si mesma, e ela é complicada ainda mais pelo ambiente político. A construção eficaz de uma coalizão e trabalhar com o Congresso serão cruciais. Enquanto isso, o novo Congresso está mais fragmentado do que antes, com 18 partidos políticos representados no Senado e 28 na Câmara dos Deputados, à medida que partidos menores tiveram ganhos nas eleições deste ano, tornando potencialmente ainda mais desafiador para o governo fazer avançar novas leis. Além disso, a campanha eleitoral polarizada, a perspectiva de uma oposição mais forte e potencialmente mais eficaz, liderada pelo PSDB, e o resultado apertado da votação nacional, que sinaliza descontentamento popular, sublinham que a trajetória da presidente à frente não será fácil, à medida que ela tem menos capital político e boa vontade do que quando iniciou seu primeiro mandato”.

“Acreditamos que o segundo governo Rousseff vai manter continuidade ampla nas políticas econômicas. Haverá mudanças na equipe econômica, mas isso é diferente de uma mudança de políticas. Para esse fim, estaremos buscando sinais sobre a direção das políticas monetária e fiscal no curto prazo”, diz a nota.

NOVO JORNAL

Inadimplência das empresas tem alta em setembro

A inadimplência das empresas registrou alta de 13,4% em setembro, na comparação com igual período do ano passado, informa a empresa de consultoria Serasa Experian, divulgado hoje (28). É a maior alta desde outubro de 2012, quando índice ficou em 13,8%. Em relação a agosto, no entanto, houve queda de 0,5%. Já no acumulado de janeiro a setembro, o indicador também registra elevação de 7,4% em relação aos nove primeiros meses do ano passado.

 Os economistas da Serasa Experian creditam o resultado ao fraco desempenho da atividade econômica, que prejudica a geração de caixa das empresas. Eles destacam também a elevação dos custos, tanto financeiros quanto operacionais, como fator que leva ao endividamento. Entre as despesas que prejudicam a saúde financeira das empresas, os economistas destacam os juros em patamares mais elevados e o aumento dos salários, acima dos ganhos de produtividade.

 A leve queda mensal no indicador (-0,5%) foi influenciada principalmente pelo decréscimo das dívidas de cheques sem fundos, com variação negativa de 11,9%. As dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços) também tiveram declínio de 0,2%. A inadimplência com bancos, por sua vez, ficou relativamente estável, variação de 0,1%. Houve elevação apenas no segmento de protestos com alta de 6,8%.

 O valor médio dos cheques sem fundos caiu 6,2% no acumulado de janeiro a setembro ante igual período do ano passado, ficando em R$ 2.297,56. Também houve decréscimo (2,7%) no valor das dívidas com os bancos (R$ 4.934,87). Os títulos protestados (9,8%) e as dívidas não bancárias (7,3%), por outro lado, tiveram acréscimo nos valores, ficando em R$ 2.254,12 e R$ 867,56, respectivamente.

VALOR ECONÔMICO

Bovespa sobe mais de 3% com otimismo sobre nova equipe econômica

SÃO PAULO  -  A bolsa brasileira devolveu toda a perda de ontem, de quase 3%, e ainda subiu mais um pouco nesta terça-feira, com ações de bancos, elétricas e do “kit eleição” entre os maiores ganhos do dia. Passado o primeiro impacto do resultado das eleições presidenciais, o mercado agora se concentra nos nomes que poderão compor a equipe econômica do segundo governo de Dilma Rousseff.

O estrategista da Fator Corretora, Paulo Gala, lembra que o “day after” da eleição foi bem mais tranquilo do que se imaginava, já que o mercado havia precificado antecipadamente a possibilidade de vitória de Dilma. “Agora troca mos as pesquisas por especulações de nomes para a equipe econômica.”

Gala acredita que, com base nos últimos sinais dados pela presidente reeleita e nas informações que circularam na imprensa, os investidores estão se dando conta que “não será tão complicado resgatar a confiança”. “Dependendo de como a Dilma compor a equipe, os nomes servirão como fiadores para o resgate da confiança no país.”

O Valor informou hoje que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria sugerido a Dilma três nomes para ocupar a Fazenda: Luiz Carlos Trabuco, presidente executivo do Bradesco, o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, e o ex-secretário-executivo do ministério Nelson Barbosa.

O especialista ressalta ainda que o cenário externo deve voltar ao radar dos investidores, em função da reunião de amanhã do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). “Você tem um quadro de desaceleração das economias da China, Japão e Europa. Isso reforça a expectativa de juro baixo na economia mundial em 2015. A dúvida reside sobre os Estados Unidos. Será que vão conseguir crescer com esse vento frontal? Está se desenhando um provável cenário de desaceleração por lá também. Se isso acontecer, o Fed só deve subir os juros em 2016”, avalia Gala.

Essa hipótese seria o melhor dos mundos para os mercados emergentes, inclusive o Brasil, ressalta do estrategista da Fator. “Apesar das turbulências, o Brasil é um país relativamente seguro, especialmente diante do retorno que oferece para aplicações em juros. Não estamos à beira de uma catástrofe macroeconômica.”

O Ibovespa fechou em alta de 3,62%, aos 52.330 pontos, com volume de R$ 9,329 bilhões. Entre as principais ações do índice, o setor bancário puxou os ganhos –Banco do Brasil ON (7,17%), Bradesco PN (6,77%), Itaú PN (5,93%) – acompanhado de Petrobras PN (5,17%).

Petrobras ON (4,23%) chamou a atenção de operadores hoje, não tanto pela alta do papel, mas pela grande demanda por aluguel de ações. Não chegou a faltar ações para essa finalidade no mercado, mas as fontes relataram uma procura “fora do normal”. O aluguel de ações é usado por investidores que pretendem ficar “vendidos” – apostar na baixa – no ativo.

No topo do índice ficaram Gol PN (15,49%), PDG Realty ON (10,89%) e Light ON (9,50%). A companhia aérea conquistou uma frequência semanal para os Estados Unidos. A autorização foi dada hoje pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Além disso, a queda do dólar frente ao real é favorável à companhia, que possui dívida e despesas atreladas à moeda estrangeira. Operadores comentaram ainda que a ação da Gol teve sua recomendação elevada pela Raymond James, de neutra para compra.

A lista de maiores baixas trouxe Usiminas PNA (-4,18%), Fibria ON (-1,55%) e Klabin Unit (-1,45%). O Credit Suisse cortou a recomendação das ações da siderúrgica, de compra para neutra, com preço-alvo de R$ 8,00. A tendência de queda da demanda de aço no país em 2015, redução do preço internacional do aço e ainda o risco de racionamento de energia estão entre os motivos citados pelo banco para a mudança de recomendação de Usiminas.

"Há compromisso com a inflação no centro da meta", diz Cafarelli

SÃO PAULO  -  Diante de uma crise internacional que ainda não foi debelada, as prioridades do governo brasileiro atualmente são trazer a inflação para o centro da meta e praticar uma política fiscal forte, disse nesta terça-feira o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Paulo Rogério Caffarelli, na abertura do 7º Fórum Nacional de Seguro de Vida e Previdência Privada, em São Paulo.

“O Brasil vive um contexto de retração do comércio exterior muito forte e clara. A China não deve atingir o crescimento esperado de 7,5%; os Estados Unidos, com suas políticas não convencionais, levaram muita volatilidade ao mercado internacional, e a Europa custa a se recuperar, com problemas agora na Alemanha. Neste contexto, também temos que nos preocupar em ter uma política fiscal forte, que nos ajudará a trazer a taxa de juros a patamares internacionais e também nos concentrar em levar a inflação da banda superior para o centro da meta”, afirmou.

Durante seu breve discurso, Caffarelli também disse que o governo espera que o mercado de capitais aumente sua participação nos investimentos em infraestrutura no país. Para ele, o setor vai puxar o crescimento nos próximos anos, mas o modelo atual, de crédito centrado no BNDES e aumento da dívida pública, não é mais suficiente. “Precisaremos do mercado de capitais para complementar os investimentos. Precisaremos de mais poupança interna e também investimento estrangeiro”, afirmou.

Para Copom, aperto fiscal é um risco positivo em 2015

O Comitê de Política Monetaria (Copom) do Banco Central decide hoje o rumo da taxa de juros num ambiente ainda de incerteza sobre como será a política fiscal em 2015.

O cenário central de trabalho do BC contempla uma política fiscal neutra no próximo ano, mas seus dirigentes têm ponderado há alguns meses que há um risco positivo de ela se deslocar para o campo contracionista depois das eleições.

Isso significa que, no cenário central dos modelos de projeção de inflação usados pelo Banco Central, o pressuposto continua sendo o de que a política fiscal seja neutra. E seus documentos oficiais continuam a dizer que "criam-se as condições para que a política fiscal se desloque para a zona da neutralidade".

O risco positivo da política fiscal entra, muito provavelmente, nos cenários alternativos apresentados internamente pelo Departamento de Pesquisa Econômica (Depep) para os integrantes do Copom. Pouco se sabe como esse Copom, na atual formação, trabalha os cenários fiscais alternativos. Os documentos históricos do Departamento de Pesquisa Econômica (Depep) do BC de 2002, recém divulgados, mostram que, em momentos de incerteza, são apresentadas diferentes projeções fiscais nas reuniões internas.

Essas informações servem para ajudar a formar a opinião dos integrantes do Copom sobre o cenário econômico e não necessariamente têm alguma influência direta nas decisões sobre os juros. O risco fiscal é pesado junto com outros riscos, como, no momento atual, a evolução dos juros americanos, o reajustes das tarifas públicas e a transmissão das medidas já tomadas de política monetária.

O risco positivo para a política fiscal deve ter peso muito pequeno na decisão de hoje, mesmo porque ele tem sido comunicado pelo menos desde março pelo diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo, nas entrevistas de divulgação do relatório de inflação.

O leque de opções de política monetária para este e os próximos encontros já está claramente sinalizado - ele contempla a manutenção ou, se necessário, a alta do juros básico.

Para 2014, Carlos Hamilton já indicou, na divulgação do relatório de inflação de setembro, que a instância da política fiscal está sob reexame, diante dos sinais de que houve expansão de gastos públicos.

O entendimento do BC, porém, é que a eventual expansão fiscal de 2014 tenha produzido efeito líquido próximo de zero sobre a demanda agregada, já que teria afetado negativamente as expectativas e os custos financeiros. Para 2015, Carlos Hamilton vem repetindo que o risco positivo de contração fiscal está embutido nas projeções do mercado financeiro.

Pelas projeções divulgadas na segunda-feira no boletim Focus, o mercado financeiro prevê um superávit primário de apenas 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014, mas haveria um acréscimo desse indicador em 2015, para 1,6% do PIB. Ou seja, caso se confirmem essas projeções, haveria um esforço fiscal de cerca de 0,7 ponto percentual do PIB entre 2014 e 2015. No ano seguinte, haveria um esforço adicional de mais 0,4 ponto percentual do PIB, que levaria o superávit primário para 2% do PIB em 2016.

Um fato a se observar é que, embora as projeções fiscais tenham sofrido uma deterioração nas últimas semanas, o mercado continua a acreditar numa trajetória de melhora do indicador de 2014 para 2015. Há cerca de um mês, o mercado projetava um superávit primário de 1,3% do PIB para 2014, mas de 2% do PIB em 2015. Ou seja, também havia um pressuposto de um esforço fiscal de 0,7 ponto percentual do PIB em 2015.

A instância fiscal efetiva, porém, dependeria de outros dois fatores - o volume de receitas e despesas extraordinárias e o grau de aquecimento da economia -, já que o Banco Central usa nas suas contas o chamado superávit estrutural.

Mais do que isso, a instância fiscal será determinada pelas sinalizações e, sobretudo, ações tomadas pelo governo após as eleições, algo que o Banco Central considera como um fator exógeno, ou seja, fora do alcance de suas decisões.

Nesses primeiros momentos depois das eleições, o governo sinalizou compromisso com mais rigor fiscal, mas, ao mesmo tempo, vem indicando que vai adotar novas medidas pontuais de estímulo, com movimentos que apontam para direções aparentemente contraditórias.

FOLHA DE SÃO PAULO

Apostas sobre ministro da Fazenda dominam as conversas no mercado

Vazamento de nomes cogitados pela presidente Dilma Rousseff? Balão de ensaio para testar o mercado? Ou boatos espalhados por pessoas que querem se cacifar? Fora a presidente, ninguém sabe, mas isso não importa agora.

Dilma anunciou que vai trocar o ministro da Fazenda e, com a reeleição, investidores e empresários passaram a especular sobre candidatos ao lugar de Guido Mantega.

Depois de cair 2,7% na segunda (27) com a confirmação de mais quatro anos de Dilma, a Bolsa de Valores subiu 3,6% nesta terça (28). O dólar, que tinha chegado a R$ 2,52, caiu para R$ 2,47.

"Parece que todo mundo que estava no mercado antes da eleição mudou do país e só ficaram os que votaram na Dilma", diverte-se o executivo de um banco estrangeiro, que pediu anonimato.

A mudança de ventos se deve ao rumor de que o filósofo Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, poderia ser convidado para a Fazenda. Uma das poucas pessoas do mercado com quem Dilma manteve contato durante seu governo, Trabuco é nome dos sonhos dos investidores.

Convencer o executivo a se mudar para Brasília, porém, é uma tarefa difícil. Ele é o mais cotado para suceder Lázaro Brandão na presidência do conselho de administração do Bradesco, o que lhe deixaria mais tempo no controle do banco. Aos 63 anos, deve se aposentar da presidência aos 65, por exigência do estatuto do Bradesco.

Além disso, pessoas próximas a Trabuco acham difícil que ele aceite o risco de ser coadjuvante na gestão da política econômica, que na verdade é tocada por Dilma.

Outro nome que circulou nas conversas entre analistas foi o de Henrique Meirelles. O ex-presidente do Banco Central de Lula é querido no mercado, mas tem poucas chances. "Dilma não gosta dele, e ele não gosta de Dilma", diz um presidente de banco, que pediu para não ser identificado.

Dois nomes que já passaram pelo governo, Rossano Maranhão (ex-presidente do Banco do Brasil) e Nelson Barbosa (ex-secretário-executivo de Mantega), são cotados na bolsa de especulações.

Barbosa hoje presta consultoria a bancos, que o contratam para "entender" o governo Dilma. Rossano Maranhão é executivo do Safra. Ambos são bem-vistos, mas não são os favoritos do mercado.

A solução caseira, Aloizio Mercadante, espalhou-se pelo mundo das finanças como uma opção negativa. Hoje braço direito de Dilma, é visto como intervencionista, assim como a presidente.

Correndo por fora, o empresário Josué Gomes, filho do ex-vice presidente José Alencar, já foi cogitado antes por Dilma para o Desenvolvimento e para a Fazenda.

Desafio imediato de Dilma é recuperar confiança do mercado, diz Moody's

A presidente reeleita Dilma Rousseff tem o desafio imediato de recuperar a confiança dos investidores e apresentar "um novo começo crível" para a economia brasileira, aponta a agência de classificação de risco Moody's em relatório divulgado nesta terça-feira (28).

Os problemas econômicos do país são profundos e estruturais na avaliação da Moody's, que afirma que somente reformas podem ser capazes de fazer o país retomar o crescimento no médio prazo e recuperar a posição fiscal.

Restabelecer a confiança, segundo a agência, é importante para manter a dívida do governo em níveis suportáveis, promover o investimento do setor privado e assegurar que a resposta negativa do mercado à eleição não conduza a uma tendência de baixa dos preços dos ativos.

"É possível que, na ausência de uma diretriz clara sobre a trajetória política que o governo pretende seguir, os investidores mantenham a abordagem 'esperar para ver', a atividade econômica permaneça restringida e os mercados financeiros sejam submetidos a correções periódicas", afirmou no comunicado o vice-presidente sênior da Moody's, Mauro Leos.

Em setembro, a agência rebaixou para negativo o viés da nota do Brasil. Na avaliação anterior, a perspectiva era estável.

A mudança indica que houve piora nos fundamentos econômicos do país, que podem ter reflexos sobre a capacidade de pagamento dos títulos da dívida pública do governo.

Não houve alteração da nota Baa2 para a emissão desses títulos, mas a redução na perspectiva indica que um futuro rebaixamento na avaliação é possível. O rating Baa2 indica grau de investimento com risco de crédito moderado e é o segundo acima do grau especulativo, de menor segurança para os investidores.

Ação diferente foi adotada pela Standard & Poor's (S&P) em março deste ano. A agência optou por rebaixar o rating soberano do Brasil de BBB para BBB-, última nota do grau de investimento adotada por esta agência. Caso seja rebaixado novamente por essa agência, o país passará ao grau especulativo na avaliação da S&P.

Segundo a Moody's, a mudança no viés reflete o risco crescente do baixo crescimento da economia brasileira e a piora nos indicadores da dívida pública. Para a agência, esses fatores apontam para uma redução na qualidade de crédito do Brasil.

POLARIZAÇÃO

De acordo com a agência, após as eleições, Dilma enfrenta um cenário politicamente polarizado e com problemas estruturais que deverão ser combatidos com firmeza para recuperar o caminho do crescimento.

Nesse sentido, a Moody's afirmou que as medidas adotadas nos próximos dois ou três meses marcarão o rumo da administração, e ressaltou que o principal desafio de Dilma será o de articular uma mudança nas políticas econômicas.

Depois de registrar uma expansão de 7,5% em 2010, o crescimento da economia brasileira foi de 2,7% em 2011, de apenas 1% em 2012 e de 2,3% em 2013. O governo acredita que fechará o ano com uma taxa de 0,9%, frente aos 0,27% projetados por analistas de mercado.

A agência advertiu que o rebaixamento da nota do Brasil dependerá do déficit fiscal, da dívida do governo e do crescimento do país 2014.

A Moody's também vai considerar um rebaixamento da classificação se não for revertida a tendência da dívida fiscal e se o crescimento do PIB se mantiver entre 1% e 2%.

A presidente reeleita venceu o segundo turno das eleições ao obter 51,64% dos votos contra 48,36% do candidato do PSDB, Aécio Neves.

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