Quarta-feira

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CBIC prorroga prazo final de inscrição do prêmio cbic de inovação e sustentabilidade para 14 de novembro

Inovação e Sustentabilidade são fundamentais para o futuro da Indústria da Construção. Pensando nisso, a CBIC destaca a importância das empresas do setor da construção participarem da 20ª edição do Prêmio CBIC de Inovação e Sustentabilidade (antigo Concurso Falcão Bauer), que premiará nesta 20ª edição até nove projetos dentro das categorias: Novos Materiais, Sistemas Construtivos e Pesquisa.

O prêmio é direcionado a empresas, pesquisadores, profissionais e estudantes do setor da construção civil de todo o país que apresentem trabalhos de pesquisa envolvendo produtos e sistemas inovadores, cujo resultado tenha impacto potencial significativo na modernização dos processos construtivos. Considerado um dos mais importantes da categoria, o prêmio disponibiliza um acervo de cerca de 350 trabalhos catalogados para todos os que desejam conhecer, pesquisar e colocar a inovação em prática.

A pedidos, a CBIC prorrogou o prazo de inscrição para 14 de novembro. Os vencedores, bem como os finalistas, serão conhecidos durante a Festa de Confraternização de Final de Ano da CBIC, que será realizada no dia 10 de dezembro, em Brasília.

JORNAL ESTADO DE SÃO PAULO

Mesmo represadas, tarifas puxam inflação

A inflação mais elevada deste ano conta com dois novos focos de pressão: os preços administrados e os bens duráveis. Mesmo sem um reajuste da gasolina ou correções importantes de tarifas de transporte, os itens monitorados por contrato responderam por 17% da alta de 6,75% acumulada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos 12 meses encerrados em setembro. Essa é a maior contribuição das tarifas públicas para a inflação anualizada desde outubro de 2011.

Já os bens duráveis foram responsáveis por 6,3% do indicador no período, maior participação desde 2008. De janeiro de 2009 até o primeiro semestre de 2013, o impacto dos duráveis na inflação era negativo. Os cálculos são do Bradesco.

Na análise de janeiro a setembro, segundo cálculos da Tendências Consultoria, a participação dos preços administrados foi a que mais cresceu. No ano passado, quando o governo reduziu as tarifas de energia elétrica para consumidores e indústria, os preços regulados por contrato tiveram contribuição zero para o índice nos primeiros nove meses do ano. Em igual período de 2014, adicionaram 0,9 ponto ao indicador, respondendo por 18,5% da inflação de 4,6%.

Adriana Molinari, da Tendências, destaca que o peso deste grupo na inflação aumentou consideravelmente de 2013 para 2014, mesmo sem o governo ter autorizado uma correção da gasolina nas refinarias. Isso ocorreu principalmente em função dos reajustes de energia elétrica, que foram mais altos do que o previsto. Até agora, o item energia subiu 13%, respondendo por cerca de 45% da alta dos preços monitorados, que avançaram 3,7% no acumulado do ano. "Os preços livres estão andando de lado, mas isto está sendo compensado pela alta bastante intensa dos administrados", diz a economista.

Em levantamento enviado a clientes, Miryã Bast, do Bradesco, aponta que o comportamento dos administrados ao longo deste ano se assemelha ao observado em 2011, quando este conjunto de preços chegou a responder por 1,45 ponto do IPCA nos 12 meses terminados em outubro, ou 20% da inflação de 6,97% acumulada no período. Naquele ano, porém, Miryã nota que a alta dos administrados foi liderada por reajustes de combustíveis e de tarifas de transporte urbano, ao passo que, neste ano, o principal fator de pressão partiu das contas de luz.

Além dos preços administrados, a economista destaca a inversão na trajetória dos bens duráveis. Essa parte da inflação, de acordo com os cálculos de Myriã, foi responsável por 0,3 ponto do avanço do IPCA até setembro deste ano, contra 0,23 ponto no mesmo período de 2013. De 2007 a 2012, a média da contribuição dos bens duráveis para a inflação foi negativa (-0,12 ponto). Considerando a inflação acumulada em 12 meses, ela calcula que os bens duráveis acrescentaram 0,44 ponto ao IPCA.

Apesar da atividade fraca e do declínio nas vendas, Myriã observa que o fim das desonerações do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, móveis e alguns produtos da linha branca fizeram os preços de bens duráveis deixarem o campo deflacionário. A depreciação cambial de 18% acumulada desde 2013 também teria influenciado a alta dos bens duráveis, que subiram 4% nos 12 meses até setembro. No ano encerrado em setembro de 2013, os duráveis mostravam queda de 5%.

Para Ricardo Denadai, economista-chefe da Santander Asset Management, o risco para a inflação dos produtos duráveis nos próximos meses está mais relacionado à trajetória do dólar do que à recomposição de impostos. No cenário da gestora da Santander, a taxa média de câmbio ao longo de 2015 será de R$ 2,50. "O câmbio pode causar uma dinâmica um pouco pior dos duráveis mais à frente", comentou.

Na contramão dos administrados e dos bens duráveis, os alimentos perderam espaço na dinâmica inflacionária deste ano. Nos cálculos da Tendências, os alimentos consumidos no domicílio foram responsáveis por 15,9% do avanço do IPCA de janeiro a setembro. Nos dois anos anteriores, a participação dos alimentos consumidos em casa na inflação oficial de janeiro a setembro foi bem superior, de 26,3% e 21,8% em 2012 e 2013, respectivamente.

Adriana observa que os dois anos anteriores foram marcados por choques de oferta quase contínuos de alimentos. Em meados de 2012, a seca no meio-oeste dos Estados Unidos pressionou as cotações de grãos importantes, como a soja e o milho, preços de carnes e aves ao consumidor. Logo em seguida, no começo de 2013, o foco de pressão partiu dos produtos in natura. Naquele ano, no entanto, a redução da oferta ocorreu em função do excesso de chuvas.

Entre agosto de 2012 até abril de 2013, Adriana calcula que os alimentos no domicílio subiram 1,38% ao mês, em média. Já de agosto do ano passado a abril deste ano, essa variação caiu para 0,79%. "A inflação de alimentos está muito mais favorável do que nos dois últimos anos", afirma a economista, para quem o choque ocorrido no início deste ano devido à seca foi menos intenso do que os anteriores. "Foi uma alta pontual, mas depois ocorreram seguidas quedas dos produtos in natura", complementa.

O chefe de pesquisa econômica para a América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos, avaliou, após o IPCA de setembro, que a inflação segue elevada e generalizada. Como exemplo de que o problema não reside somente nos alimentos, Ramos menciona que quatro outros grupos pesquisados pelo IBGE subiram mais de 7,5% nos 12 meses encerrados em setembro, além de alimentação: despesas pessoais (9,1%); habitação (8,7%); educação (8,3%) e artigos de residência (7,54%).

Para Ramos, o IPCA deve permanecer acima de 6% em 2015, devido à inércia e às expectativas desancoradas, mas também a um movimento adicional de desvalorização do dólar e a reajustes "significativos" de tarifas públicas. No cenário da Tendências, o indicador deve ficar entre 6% e 6,5% no próximo ano, com comportamento dos grupos parecido ao deste ano. "A expectativa de safras favoráveis deve ajudar os alimentos, mas os administrados vão chamar mais atenção em função das tarifas", afirma Adriana.

FOLHA DE SÃO PAULO

Com endividamento e queda do preço do petróleo, agência rebaixa Petrobras

A cinco dias da eleição presidencial, a agência de classificação de risco Moody's decidiu reduzir a avaliação da Petrobras, a maior estatal brasileira. A nota mede a capacidade de uma empresa pagar suas dívidas e serve de baliza para os investidores.

Embora as agências de classificação tenham cometido erros de avaliação na crise global de 2008, notas menores atribuídas por elas tendem a afastar investidores e a derrubar o preço das ações.

Em nota, a Petrobras ressaltou que foi mantido o grau de investimento -espécie de selo de bom pagador- da estatal. A Moodys rebaixou a nota da Petrobras de Baa1 para Baa2, considerada mediana, e colocou a avaliação em perspectiva negativa (pode ocorrer novo rebaixamento).

Para perder o grau de investimento, a avaliação precisa cair ainda mais dois degraus: Baa2 e Baa3.

O motivo para o rebaixamento foi o alto endividamento da estatal, que se torna mais difícil de administrar com a queda nos preços do petróleo. Para a agência, a capacidade da Petrobras de honrar sua dívida piorou nas últimas semanas, após o petróleo descer ao menor valor em quatro anos.

O rebaixamento da Petrobras foi comunicado após o fechamento da Bolsa, e só deve ter impacto nesta quarta (22) nos mercados.

Na terça (21), as ações preferenciais (sem voto) já tinham recuado 6,92% para R$ 16,68. Os papéis ordinários (com voto) caíram 5,43% para R$ 16,19. A baixa foi atribuída à vantagem numérica da presidente Dilma Rousseff nas pesquisas (leia ao lado).

A Moody´s afirmou que só "bem depois" de 2016 a Petrobras conseguirá reduzir seu endividamento, o que contraria as expectativas originais da agência.

"Enquanto a Petrobras tem sido relativamente bem-sucedida na execução do seu programa de capitais ambicioso e cumpriu metas de produção agressivas, a alavancagem continuou a crescer em 2014, dada principalmente a sua incapacidade de repassar os custos relacionados com derivados de petróleo importados, além da desvalorização da moeda local", disse Nymia Almeida, responsável pela avaliação na Moody´s.

A dívida líquida da Petrobras está em R$ 241,3 bilhões -cresceu R$ 20 bilhões em três meses. A empresa tem uma alavancagem estimada em 40% -ou seja, utiliza 40% de capital de terceiros para o seu total de ativos (patrimônio líquido mais de sua dívida)-, enquanto o recomendável para grau de investimento é de 35%.

A relação entre dívida e Ebitda, importante medida de dívida (demonstra quantos anos a empresa precisa trabalhar para gerar caixa para cobrir sua dívida), aumentou de 3,52 para 3,94 em apenas seis meses. A meta era baixar para 2,5 até 2015.

A maior dificuldade para reduzir a dívida é o enorme plano de investimento (US$ 44 bilhões por ano) e a defasagem no repasse de preços, que agora não existe mais. A defasagem custou R$ 59,3 bilhões nos últimos três anos, segundo a corretora Gradual.

Nesta terça (21), o petróleo do tipo Brent fechou a US$ 86,23 o barril, com alta de 0,97% no dia; no ano, porém, a queda é de 22,5%. O real também se desvalorizou 4,7% no ano, até agora.

No Brasil, diz-se que a exploração de petróleo no pré-sal se torna inviável com a commodity abaixo de US$ 80.

Salve o Nobel

DELFIM NETTO

O estudo do funcionamento econômico da sociedade pode ser convenientemente dividido em dois ramos: a macroeconomia e a microeconomia.

A macro procura entendê-lo e criar instrumentos para que seu administrador (o governo eleito periodicamente) possa produzir um bom equilíbrio interno e externo. Durante muito tempo os economistas acreditaram –e alguns ainda acreditam– que, com uma adequada âncora cambial (o "padrão ouro"), o sistema deixado a si mesmo ("laissez faire") produziria "naturalmente" aqueles equilíbrios. A variável de ajuste "natural" era o aumento do desemprego e a redução do salário real, que se tornou politicamente inaceitável pelo avanço do sufrágio universal.

Mas o fato importante é que mesmo uma macroeconomia virtuosa não garante uma alocação eficiente dos fatores de produção disponíveis se não forem dados estímulos adequados aos agentes econômicos. Quem cuida do crescimento e sugere instituições e mecanismos que aumentam a produtividade de todo o sistema econômico é a microeconomia. Ela tem avançado dramaticamente desde a exploração do uso da teoria dos jogos, da teoria dos leilões e dos estudos sobre a formação de preços em mercados especiais, onde há necessidade de submeter à maior concorrência monopólios e oligopólios de forma a proteger os consumidores com bons serviços e "modicidade tarifária". Esta aproximação da teoria com a realidade foi, justamente, premiada com o Nobel de economia de 2014 a Jean Tirole.

O governo Dilma chegou ao diagnóstico correto em 2011 quando anunciou que a aceleração do investimento público era a boa saída para a volta ao crescimento. Foi lento, entretanto, em entender que o sucesso das concessões de infraestrutura, por serem transferências de monopólios públicos para o setor privado, envolvem contratos necessariamente "abertos" que duram de 20 a 30 anos e exigem: 1) bons projetos executivos que especifiquem claramente a qualidade dos serviços que se espera delas ao longo do tempo; 2) a construção de leilões adequados –tarefa de profissionais especializados– para estabelecer a taxa de retorno e 3) agências reguladoras de Estado competentes e estáveis para garantir a integridade econômica e financeira dos contratos. Quando se nomeia um "companheiro de passeata" para uma agência de Estado aumenta-se o "risco" da concessão e, portanto, sua taxa de retorno.

É por isso que talvez ninguém tenha mais necessidade do que o governo brasileiro de aprender na obra fundamental do novo Nobel sobre a formação de preços em mercados especiais. A presidente Dilma precisa incorporar Tirole às suas leituras após domingo (26)...

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