Terça-feira

TRIBUNA DO NORTE

Vendas de imóveis no evento alcançam R$ 8 milhões

O 1º Balcão Imobiliário da Festa do Boi obteve cerca de R$ 8 milhões em vendas, de acordo com a organização. Embora a expectativa inicial fosse de uma movimentação financeira de aproximadamente R$ 20 milhões com o Balcão, para Suzano Motta, diretor da Top 10 Propaganda – que organizou o evento ao lado do Sindicato das Empresas Imobiliárias (Secovi-RN) – o resultado é positivo diante do atual momento vivido pelo setor.

“Não tem como não ser um resultado positivo. Num momento em que acham que o mercado está em crise, você vender um montante desse em uma festa que as pessoas vão para se divertir é muito positivo”, avalia Suzano Motta.

Segundo ele, ao todo, as 22 empresas participantes do Balcão – entre incorporadoras e imobiliárias – tiveram 65 unidades vendidas. O empreendimento que mais vendeu foi responsável por negociar 26 apartamentos em Parnamirim, todos dentro do programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal.

Os imóveis comercializados na Festa do Boi variavam de R$ 80 mil a R$ 500 mil. “De alguma maneira, se vendeu. Tem um empreendimento em Petrópolis que vendeu dois apartamentos de R$ 400 mil”, comenta o diretor da Top 10 Propaganda.

Resultado

“Você fazer as pessoas que estão em um evento procurando diversão decidirem fazer a compra de um imóvel é algo importante. Nessa situação, isso significa que qualquer resultado é fantástico. E o fato de todos os expositores terem saído satisfeitos mostra isso”, acrescenta Suzano Motta.

De acordo com o organizador do Balcão Imobiliário, a iniciativa deverá ser mantida na edição 2015 da Festa do Boi. “A tendência é que façamos algo ainda maior e mais envolvente no próximo ano”, diz Motta.

O 1º Balcão Imobiliário da Festa do Boi ofereceu 2.500 imóveis entre os dias 11 e 18 deste mês para um público médio estimado em 30 mil pessoas por dia.

FOLHA DE SÃO PAULO

Lei que agiliza registro de imóvel levará dois anos para ter efeito

A nova legislação sobre registro de imóveis vai demorar dois anos para entrar efetivamente em vigor no país.

Esse é o prazo de implantação do modelo que concentra na matrícula do bem todas as informações sobre pendências jurídicas referentes aos seus proprietários.

A mudança faz parte da MP (medida provisória) 656, que reduziu de 14 para 4 os procedimentos necessários para registro de propriedades. Dessas etapas, 10 estavam relacionadas à emissão de mais de 20 certidões.

Os papéis são necessários para garantir que a venda do imóvel não seja contestada por causa de pendências como débitos trabalhistas ou de tributos, por exemplo.

Agora, informações sobre essas pendências devem ser registradas no cartório onde está a matrícula do imóvel.

CARÊNCIA

Haverá, no entanto, um prazo de dois anos para que sejam anotadas informações sobre decisões que possam comprometer a venda do imóvel anteriores a 7 de novembro, data em que os artigos da MP que tratam do assunto entram em vigor.

O objetivo desse prazo é garantir que os credores que já tenham decisões favoráveis na Justiça possam enviar a informação aos cartórios.

Flauzilino Araújo dos Santos, presidente Arisp (Associação dos Registradores Imobiliários de São Paulo), afirma que os cartórios já registram esse tipo de informação junto à matrícula quando os credores fazem o envio, mas poucos credores o fazem, pois o procedimento não é obrigatório.

Antes da nova legislação, era o comprador que precisava provar que, ao comprar o imóvel, não sabia que ele estava comprometido por uma decisão judicial.

Olivar Vitale, advogado especialista em direito imobiliário, afirma que a MP reforça o entendimento do Judiciário de que é necessário proteger o comprador.

O STJ (Superior Tribunal de Justiça), aliás, já deu ganho de causa a compradores que provaram ter adquirido de boa-fé imóveis com pendências.

Por isso, Vitale diz que os credores devem correr aos cartórios antes mesmo de a MP entrar em vigor para garantir seus direitos. Já os compradores devem checar todas as certidões durante os próximos dois anos.

O Ministério da Fazenda confirmou que as vendas realizadas no período de transição de dois anos estarão sujeitas às regras antigas, pois não há como ter certeza de que todos os registros e averbações anteriores à MP foram anotados na matrícula.

AGILIDADE

Segundo o vice-presidente da Unidade de Financiamentos da Cetip, Roberto Dagnoni, quando totalmente implantada, a mudança deve reduzir o tempo de liberação do crédito imobiliário de uma média de 60 dias para 15 dias.

"Hoje você precisa de uma série de certidões negativas de todos os donos. E, se um é sócio de uma empresa, precisa das certidões da empresa e dos sócios dela", afirmou.

A mudança, segundo o governo, pode elevar o Brasil em seis posições no ranking do Banco Mundial sobre melhores ambientes para negócios, para a 110ª posição.

DCI ONLINE

Balanço do terceiro trimestre mostra o desaquecimento da economia local

Entre as expectativas esperadas, os setores de construção civil e de materiais básicos exibirão os resultados mais fracos, enquanto educação, alimentos e cartões de fidelidade estarão no positivo

Ernani Fagundes

São Paulo - O baixo crescimento da economia brasileira, a inflação persistentemente elevada e o dólar mais alto - para o bem e para o mal - vão influenciar a safra de resultados financeiros do terceiro trimestre das companhias listadas em Bolsa.

"Será uma safra mista, com alguns setores se destacando e outros mais negativos, como construção civil e materiais básicos. Do lado positivo, as empresas do setor de cartões de fidelidade, Smiles e Multiplus, podem exibir bons resultados", aponta o analista de investimentos da Spinelli Corretora, Elad Revi.

No geral, o analista diz que o mercado espera alguma influência da alta do dólar no resultado da Vale que compense parcialmente o recuo dos preços do minério de ferro e espera resultados um pouco melhores da Petrobras em relação ao segundo trimestre por causa da queda do preço internacional do petróleo. "A empresa compra lá fora num preço e vende mais barato no Brasil", diz.

Quanto aos bancos, Revi afirma que as margens devem continuar muito atrativas com ganhos de eficiência nos custos operacionais. "Os bancos vão muito bem, obrigado, mas até a segunda linha da próxima página. A gente vê que a demanda por crédito poderia vir a cair num futuro próximo", aponta.

O analista explicou que no caso da construção civil, a taxa básica de juros (Selic) saiu de 7,25% em 2013 e foi para 11% ao ano em 2014. "Eventualmente essa taxa pode subir ainda mais dada a inflação consistentemente alta. O encarecimento do crédito também impacta no endividamento das empresas e do consumidor brasileiro", diz Revi.

Ele explica que a conjuntura no setor imobiliário está muito complicada. "Há dúvidas se em 2015 haverá um grande desemprego, o que pode resultar na devolução de chaves do imóvel", argumenta.

Como exemplo, Revi lembrou que na última prévia da Cyrela, as vendas e os lançamentos recuaram forte tanto na comparação trimestral como na comparação anual.

Para complicar, o mercado trabalha com a expectativa já anunciada pela Caixa Econômica Federal de crescimento zero em crédito imobiliário. "Isso também é um agravante, e isso vai se alastrando por todos os bancos. Alguns privados têm aumentado um pouco a régua (critérios de seleção dos tomadores de crédito)", diz.

Revi lembrou que para estimular a economia, que o Banco Central decidiu não remunerar parte do depósito compulsório (reservas obrigatórias) dos bancos para tentar esticar um pouco a concessão do crédito como um todo.

Do lado positivo, o analista espera bons resultados financeiros do setor de educação. "Há ainda muita sinergia entre as companhias por causa das fusões e aquisições. Tanto na captação de alunos para os vestibulares, como no crescimento via fusões e aquisições, as empresas tem muito ganho para capturar, e é isso que nós (analistas) iremos identificar nos resultados financeiros".

Energia fraca e lenta

Segundo o analista, o setor de energia pode apresentar resultados um pouco melhores, mas com uma recuperação muito lenta em 2015. "Esse é um setor bem complicado por causa do governo. A intervenção criou um buraco nas contas das companhias. Esse rombo tende a ser sanado, via aumento das contas de luz, o que já está acontecendo com reajustes de dois dígitos sendo aprovados em vários casos, ou será coberto por meio de mais subsídios", respondeu Revi.

Mas o analista diz essa expectativa de alívio é para geradoras e distribuidoras. "As transmissoras e empresas de energia renovável estão bem e se destacam no setor", separa.

Consumo e Varejo

As empresas de alimentos - representadas por Brasil Foods, Marfrig, Minerva e JBS - poderão exibir bons resultados devido aos embargos da Europa e dos Estados Unidos à Rússia, que incentivaram a abertura ao Brasil. "Já temos esses dados e a exportação de carnes e de alimentos avançou bastante para a Rússia", disse Revi.

No ambiente doméstico, ele contou que Pão de Açúcar está apresentando crescimento nas vendas on line, e que a M.Dias Branco está mais resistente a conjuntura. "Mas quem trabalha no segmento calçadista e de vestuário,

NOVO JORNAL

Procura por crédito pelas empresas cresce 6,6% em setembro

As empresas aumentaram em 6,6% a busca por crédito em setembro na comparação com o mês anterior, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Demanda das Empresas por Crédito. Na comparação com setembro do ano passado, a demanda das empresas por crédito cresceu 19,1%. No acumulado de janeiro a setembro, a procura das empresas por crédito teve elevação de 4,3% ante o mesmo período do ano passado.

 As micro e pequenas empresas foram as que mais procuraram por crédito com expansão 7,1% frente a agosto. Nas médias empresas a busca por crédito ficou estagnada e nas grandes empresas ocorreu retração de 0,3%. No acumulado do ano, as grandes empresas lideraram a alta da demanda empresarial por crédito com expansão de 7,3% frente o mesmo período do ano passado. Nas micro e pequenas empresas o crescimento neste mesmo período foi de 4,7% e nas médias empresas houve recuo de 3,1%.

 O maior crescimento da demanda das empresas por crédito em setembro foi das empresas do setor comercial com alta de 8,0% na comparação com agosto. Na indústria o crescimento foi de 5,2%, e no setor de serviços por crédito foi de 5,4%. Nos dez primeiros meses do ano, a expansão da demanda empresarial por crédito foi maior no setor de serviços (6,6%). Na Indústria, a evolução foi de 6,5% e no setor comercial, 1,7%.

 De acordo com os economistas da Serasa Experian, a maior quantidade de dias úteis em setembro deste ano, a sazonalidade mais forte devido à necessidade de formação de estoques para o Dia das Crianças e as medidas de estímulo ao crédito anunciadas pelo Banco Central ao final de agosto, impactaram positivamente a demanda das empresas por crédito em setembro.

VALOR ECONÔMICO

IBGE: IPCA-15 sobe 0,48% em outubro, de 0,39% em setembro

RIO  -  Puxado principalmente por alimentos e despesas com habitação, a inflação medida pelo Índice Naciona l de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) acelerou para 0,48% em outubro, contra 0,39% em setembro, informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A leitura do indicador ficou abaixo da média de 0,52% apurada pelo Valor Data junto a 17 consultorias e instituições financeiras, e no piso do intervalo das projeções, entre 0,48% e 0,63%. O IPCA-15 é considerado uma prévia do IPCA, índice que baliza o sistema de metas de inflação.

No ano até outubro, o índice acumula alta de 5,23% até outubro - acima da taxa de 4,46% apurada em igual período no ano passado. Nos últimos 12 meses encerrados em outubro, o índice acumula alta de 6,62%, a mesma variação registrada em 12 meses até setembro.

Assim, a prévia do índice ainda mostra inflação acumulada acima do teto da meta, de 6,5%. Ao comentar sobre a coincidência de percentual, nessa comparação, o IBGE justificou o resultado, detalhando que o IPCA-15 de outubro do ano passado também tinha  registrado aumento de 0,48%.

Alimentos e habitação

O grupo alimentação e bebidas (de 0,28% em setembro para 0,69% em outubro), com impacto de 0,17 ponto percentual, junto ao grupo habitação (de 0,72% para 0,80%), com 0,12 ponto, somaram 0,29 ponto e foram responsáveis por 60,42% do IPCA-15 do mês.

Vestuário (de 0,17% para 0,70%), saúde e cuidados pessoais (de 0,30% para 0,37%) e despesas pessoais (de 0,31% para 0,40%) também mostraram aceleração nas taxas de crescimento de setembro para outubro.

Em artigos de residência (de 0,43% para 0,13%), transportes (de 0,45% para 0,25%), educação (de 0,20% para 0,08%) e comunicação (de 0,56% para zero), as variações ficaram abaixo do mês anterior.

Eleição e economia fraca pesam nos resultados do 3º trimestre

Os resultados das companhias brasileiras de capital aberto no terceiro trimestre, que começaram a ser divulgados ontem com a operadora de viagens CVC, virão com a marca do cenário político conturbado e do baixo crescimento econômico.

O maior impacto será o dólar, já que a disputa presidencial mexeu com o mercado financeiro e levou a moeda a R$ 2,45 no último dia do trimestre - data que é usada para a conversão em reais no balanço das dívidas em moeda estrangeira.

De acordo com as estimativas do BTG Pactual, o lucro líquido de 121 empresas do universo de cobertura do banco deve cair quase 10% no terceiro trimestre na comparação com o mesmo período do ano anterior. A queda no resultado se dará apesar do aumento esperado para a receita líquida, de 6,2%.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) deve ficar praticamente estável, segundo relatório divulgado pelo banco a investidores. O levantamento considera resultados de Petrobras, Vale e Embraer em moeda americana, com a conversão feita pelo Valor com o dólar médio de cada período.

Os números são uma mostra do impacto que o dólar deve ter nos balanços. Com a atividade econômica ainda fraca, uma pressão extra sobre os números deve vir da variação cambial sobre a dívida das companhias em moeda americana.

A cotação de fim de trimestre foi 10% maior que a o terceiro trimestre de 2013. Quando se compara o câmbio de setembro com o do segundo trimestre, a valorização fica em 11,4%.

"Poderemos ver ganhos operacionais em algumas empresas ao olharmos caso a caso, mas sem otimismo diante do panorama macroeconômico. A atividade econômica ficou dentro do esperado e não temos expectativa de melhora", diz o analista Ricardo Kim, da XP Investimentos.

A influência positiva do dólar nas receitas das exportadoras não será contabilizada totalmente agora. Isso porque o dólar médio do período não teve uma alta tão acentuada quanto o do fim de trimestre. Assim, as maiores produtoras mundiais de celulose branqueada de eucalipto, Fibria e Suzano, por exemplo, podem ter efeitos negativos no balanço. No segundo trimestre, a Fibria tinha 95% da dívida bruta total denominada em dólar e a Suzano, 54%, com ajustes de derivativos.

A expectativa dos analistas é que o ganho de receita com exportações não será suficiente para cobrir o aumento da dívida neste momento. O grande impacto positivo virá nos próximos trimestre, se a moeda americana se mantiver alta. O BTG estima prejuízo de R$ 739 milhões para a Fibria no período (ante lucro de R$ 57 milhões no ano anterior); perda líquida de R$ 68 milhões para a Suzano (contra lucro de R$ 43 milhões um ano antes); e lucro de R$ 25 milhões para a Klabin (ante ganho de R$ 197 milhões em 2013).

Empresas de alimentos, como BRF, JBS, Minerva e Marfrig, também estão expostas ao dólar e devem registrar um impacto negativo do câmbio na dívida.

A mineradora Vale será duplamente prejudicada no terceiro trimestre. Além de ter grande parte da dívida denominada em dólar, a empresa está altamente exposta à cotação do minério de ferro, que caiu muito nos últimos meses. Na comparação com o período de julho a setembro do ano passado, a desvalorização é de 32%, passando de US$ 133 a US$ 91 por tonelada, considerando o preço médio do minério com teor de 62% de ferro.

"O preço do minério de ferro no período foi bem menor e isso, com certeza, vai afetar o desempenho da Vale, mesmo que tenha aumento no volume [comercializado]. O que pode acontecer é a empresa apresentar alguma surpresa como melhora de eficiência com corte de custos", avalia Kim, da XP Investimentos.

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) também é prejudicada pela queda no preço do minério de ferro. No início deste mês, a agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) cortou a nota de crédito da companhia de "BBB-" para "BB+", o que significa que agora ela passou a ser considerada um investimento especulativo. A perspectiva foi mantida em negativa.

O principal motivo citado foi a redução nos preços do minério. Ela sofre ainda com o segmento de siderurgia, que não deve vir tão positivo devido à fraca atividade interna. O mesmo acontece com a Usiminas.

A Gerdau, por outro lado, está menos exposta a essa situação. A empresa possui ativos importantes fora do Brasil, nos Estados Unidos e na Europa, e tem boa parte do faturamento em moedas estrangeiras.

A Petrobras também entra na lista das prejudicadas com o cenário. Segundo a análise do HSBC, a exposição cambial não se restringe à disparidade entre os preços internacionais dos combustíveis e o praticado pela empresa no país no trimestre, implicando perdas ou ganhos no segmento de refino. Abrange o endividamento, que tem cerca de 80% do valor denominado em dólar.

"Acreditamos que, paralelamente a um aumento nos preços [dos combustíveis], que corrigiria eventuais perdas no curto e médio prazos, uma alteração nos fundamentos da política de preços no longo prazo produziria uma mudança mais importante na percepção dos investidores", dizem os analistas Luiz Carvalho e Filipe Gouveia, do HSBC.

Para reduzir os impactos da variação cambial, porém, a Petrobras anunciou em julho do ano passado a adoção da chamada "contabilidade de 'hedge'". A medida permite que a correção de parte da dívida em moeda americana seja diferida no patrimônio líquido e não afete o lucro de forma imediata. A petroquímica Braskem tem exposição líquida ao dólar e, por isso, também adotou essa forma de proteção.

As companhias mais diretamente ligadas à atividade interna devem continuar a refletir o ritmo cambaleante da economia. De acordo com a equipe de análise do Santander, empresas de rodovias mostrarão resultados muito fracos no terceiro trimestre, como consequência da queda no tráfego entre julho e setembro. Um dos principais exemplos, segundo os especialistas Pedro Balcão Reis e Bruno Amorim, é a EcoRodovias, que atua num ambiente de competição acirrada no Ponto de Santos (SP). "Vemos claro risco de baixa nos resultado da empresa."

No segmento de varejo, a prévia operacional do Pão de Açúcar mostrou aumento das vendas, mas em ritmo abaixo da inflação. A receita líquida total subiu 10,9% no trimestre, mas, desconsiderados os números da Cdiscount (unidade francesa de comércio on-line) que foram incorporados nos meses de agosto e setembro, o avanço cai para 5,7%. E as vendas "mesmas lojas" (existentes há pelo menos um ano) subiram apenas 3%. Na opinião do UBS, a empresa mostrou desaceleração mais acentuada do que o esperado, devido às dificuldades macroeconômicas.

Para as varejistas de vestuário, o HSBC espera ver sinais de um ambiente mais difícil de consumo, com baixo crescimento das vendas mesmas lojas e indicações de um aumento nos encargos de dívidas de liquidação duvidosa nos segmentos de crédito. Um outro efeito negativo, de acordo com o banco, seria uma erosão na margem bruta, em função do aumento nas remarcações em toda a indústria, apesar de acreditar que, por ora, isso está limitado em grande parte à Marisa.

"Esperamos que a Renner novamente demonstre uma forte operação, mas prevemos Ebitda negativo no segmento de varejo da Marisa. É provável que a Guararapes mostre pouco ou nenhum crescimento das vendas mesmas lojas, apesar de esperarmos um enfraquecimento ainda maior na Hering ", afirmam Richard Cathcart e Stewart Ragar, do HSBC, em relatório.

Para o banco, o mercado provavelmente se concentrará nos resultados do quarto trimestre para decidir se a administração da Hering realizou uma reestruturação sustentável".

No setor de bebidas, a expectativa dos analistas para Ambev, também é de desempenho fraco. Isso por conta do recuo no mercado consumidor brasileiro após o salto nas vendas com a Copa do Mundo de futebol, realizada entre meados de junho e julho.

O Credit Suisse espera crescimento de cerca de 5% para a receita da Ambev no terceiro trimestre e de 2,6% para o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês). "Achamos que os resultados podem desapontar o mercado", afirmam os analistas Antonio Gonzalez e Tobias Stingelin, em relatório.

Também sensível aos fundamentos internos, o setor de educação vai bem, como mostram os números operacionais já divulgados sobre o terceiro trimestre. Para a Kroton, a base de alunos de graduação subiu 13% nos três meses. A Estácio ficou melhor - alta de 30,7% na comparação com o ano passado.

O avanço acima do previsto deve garantir incremento nos resultados das empresas, segundo o BTG Pactual. Em relação à Estácio, o banco afirma que o menor ritmo de expansão no ensino presencial foi compensado pelo crescimento orgânico na captação de alunos para o ensino a distância.

Consumidor mais confiante ainda não influencia visão de empresários

Pesquisas de diferentes instituições, feitas sob metodologias diversas e divulgadas nas últimas semanas, mostraram que após um período de baixa a confiança dos consumidores aumentou em setembro. A alta ainda é considerada pontual, um ajuste após vários meses de queda. Esse aumento ainda não contaminou o outro lado do balcão, o dos empresários, cuja maioria dos indicadores de confiança segue negativa.

A primeira pesquisa, divulgada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) ainda no fim de setembro, mostrou que o índice de confiança do consumidor aumentou 0,7% em setembro, após queda em agosto, com expectativas menos pessimistas para o futuro. Em nota, a instituição ressaltou que após um período de queda acentuada até maio, as sondagens mensais tornaram-se muito voláteis e por isso devem ser analisadas com cautela. Mas a melhora em setembro se deve a uma diminuição do pessimismo com a economia nos próximos meses.

Alguns dias depois, mas ainda no fim de setembro, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que seu índice de expectativa do consumidor aumentou 1,3% naquele mês, com os entrevistados mostrando melhor expectativa com renda, emprego e nível de endividamento. Na semana passada, uma pesquisa trimestral da Boa Vista SCPC informou que a percepção do brasileiro a respeito de sua situação financeira melhorou no terceiro trimestre. Para 93% a situa ção vai melhorar nos próximos meses.

Outro levantamento também divulgado na semana passada, da Fecomercio-SP, indicou que após seis meses de quedas consecutivas, a intenção de consumo das famílias voltou a subir, 1,4% no caso. A entidade ponderou que essa variação positiva pode ser vista como um ajuste após uma longa sequência de quedas. O pior momento pode ter ficado para trás, mas uma retomada ain

EXAME

Crescimento da China desacelera a 7,3%, o pior desde a crise

Pequim - O crescimento econômico da China desacelerou para 7,3 por cento entre julho e setembro, na comparação com um ano antes, ritmo mais fraco desde a crise financeira global e reforçando as expectativas de que o governo precisará adotar mais estímulo para evitar fraqueza mais forte.

Com o mercado imobiliário cada vez mais pesando sobre a indústria e o investimento, a leitura foi a mais fraca para a segunda maior economia do mundo desde o início de 2009, quando a taxa de crescimento caiu para 6,6 por cento.

Economistas consultados pela Reuters esperavam que o crescimento no terceiro trimestre desacelerasse para 7,2 por cento, ante 7,5 por cento no segundo trimestre, ampliando as preocupações sobre o crescimento global que provocaram queda nos mercados financeiras nas últimas semanas.

Na comparação trimestral, o crescimento desacelerou para 1,9 por cento, contra expectativas de 1,8 por cento e sobre 2,0 por cento no segundo trimestre.

Outros dados divulgados juntos com o relatório do Produto Interno Bruto (PIB) nesta terça-feira mostraram que a produção industrial subiu 8,0 por cento em setembro sobre um ano antes, contra expectativa de alta de 7,5 por cento e ante mínima de seis anos em agosto de 6,9 por cento.

As vendas no varejo avançaram 11,6 por cento em setembro sobre o ano anterior, ante previsão de analistas de avanço de 11,8 por cento e de 11,9 por cento no mês anterior.

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