NOVO JORNAL
Novo plano diretor de Natal só fica pronto em 2016
A revisão do Plano Diretor de Natal permanece há sete anos sem uma definição. De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), ainda não há prazos definidos para a conclusão do planejamento responsável pelo ordenamento urbano da capital. Na melhor das hipóteses, a discussão sobre a matéria só poderá ser iniciada em 2016.
As discussões sobre a ocupação do solo estão emperradas. A revisão deveria ser feita a cada quatro anos, mas a primeira e última tentativa foi abortada em 2007, após o escândalo da Operação Impacto, um esquema corrupção dentro da Câmara Municipal.
Segundo Maria Floresia Pessoa, secretaria adjunta de Planejamento da Semurb, o órgão não tem pressa de regularizar o Plano Diretor. Tal qual um problema que passa pelas mãos de dezenas de matemáticos até encontrar a solução final, as questões de ocupação do solo também devem passar pela análise de vários especialistas até se tornar realidade.
Ela explica que é necessário antes regulamentar cinco Zonas de Proteção Ambiental (ZPA) – 06 (Morro do Careca), 07 (Forte dos Reis Magos), 08 (incluem o estuário do Rio Pontengi) 09 (Complexo de dunas do bairro de bairro de Felipe Camarão), e 10 (Farol de Mãe Luíza). Natal tem 10 ZPAs.
Também será regularizada a Zona de Especial de Interesse Turístico (Zeit) da Redinha. A prefeitura quer utilizar a área para construir o Centro Administrativo, próxima à Ponte Newton Navarro. Hoje, as áreas estão delimitadas, mas o município não tem informações precisas sobre as estruturas geográficas, ambientais e sociais.
As ZPAs existentes respondem por cerca de 40% do território do município. Entre os maiores entraves estão definições sobre o uso de solo das ZPAs 6, 7 e 8. O busílis corresponde aos terrenos das regiões do litoral Sul, Leste e Norte, respectivamente, com intensas discussões sobre projetos de edificação e ocupação predial.O maior exemplo é a ZPA 8, que abrange o estuário do Rio Potengi, entre a Praia da Redinha e o bairro de Felipe Camarão. É a maior em extensão da capital, somando uma superfície de cerca de 2.210 hectares.
Setores ligados à construção civil defendem a redução de restrições à ocupação da área. Atualmente, a parcela 81,51% da área total se destina à preservação e não pode ser modificada.“Ainda precisamos encerrar os estudos ambientais e urbanísticos. São áreas frágeis e problemáticas. É um processo demorado”, afirma Floresia. Estudos foram feitos entre 2009 e 2010, mas necessitam de atualização.
A previsão é de que a análise de cada uma das ZPAs se encerre em dezembro. Só que isso ainda não implica na imediata regularização de todas as áreas. “Os processos também precisam passar pela avaliação dos conselhos municipais (órgãos criados com a participação da sociedade civil)”, conta.Passando pelos conselhos de habitação, trânsito, saneamento e do meio ambiente, com tempo de discussão de 30 dias em cada um deles, o projeto retorna para Semurb, onde serão avaliadas possíveis alterações sugeridas pelas entidades.
Só que a burocracia não acaba aqui. O projeto deve passar também pelas mãos do Conselho da Cidade, formado por representantes dos movimentos sociais, entidades de classe, empresários, cientistas e pesquisadores, artistas e lideranças religiosas. Só então, a regularização das ZPAs pode ser apreciada na Câmara Municipal.Aprovada, a medida segue para sanção do prefeito Carlos Eduardo Alves, que tinha como uma das bandeiras de campanha fazer a revisão ainda no primeiro ano de governo. Após finalizar os estudos das ZPAs, a prefeitura vai iniciar a discussão sobre o Plano Diretor.
Uma nova batelada de audiências públicas precisará ser realizada. A previsão é de que os trabalhos sejam iniciados no primeiro semestre de 2016. Para regularizar o Plano Diretor, sancionado em agosto, a cidade de São Paulo realizou 45 audiências.Serão construídas as estratégias e normas para orientar o crescimento urbano, como mobilidade urbana, a novas políticas de ocupação do e o incentivo à construção de moradias populares.
Exploração dos vazios urbanos
O empresariado, em especial os ligados à construção civil, defende a exploração dos vazios urbanos. Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Construção Civil do Rio Grande do Norte (Sinduscon), Arnaldo Gaspar, a cidade necessita de um aumento do coei ciente de adensamento. A entidade defende um índice de 2,5.
O empresário defende uma ocupação mais densa em vários pontos da cidade. De acordo com Gaspar, o Plano Diretor limita o crescimento do mercado imobiliário na Zona Norte, área que vem se valorizando e já apresenta um considerável potencial de consumo.
Com duas ZPAs em sua extensão, a região norte da cidade tem áreas vulneráveis do ponto de vista ambiental. “A Zona Norte da cidade está recebendo muitos investimentos de infraestrutura.
O Governo do Estado promete sanear todos os bairros até 2006. Isso é um ponto de mudança. O desenvolvimento urbano será prejudicado sem uma modii cação do sistema”, avalia Gaspar.
Ele ressalta ainda a importância do início das operações do Aeroporto Internacional Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, que já aponta para um aumento das ocupações ao longo dos principais acessos ao terminal aeroportuário – BR-406 e BR - 304. “Precisamos defender a integração entre os municípios da Região Metropolitana de Natal. Seria mais ei caz.
O adensamento da cidade é importante para espalhar serviços públicos por todas as áreas da cidade”, defende.
Proadi perdeu 26 empresas em quatro anos e é considerado ultrapassado pela FIERN
Criado para ser a ferramenta de desenvolvimento do setor industrial, o Proadi (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Industrial) ainda está longe de alcançar seus objetivos no Rio Grande do Norte. De 2010 para agora, o número de empresas que aderiram ao programa caiu 24,30%.Com o fechamento da unidade têxtil da Alpargatas, que encerrou as atividades no dia 02 de setembro, já são 26 as empresas desativadas nos últimos quatro anos.Através do Proadi, os beneficiados deixam de recolher mensalmente até 75% do valor do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços).
No entanto, nem mesmo esta facilidade resultou na continuidade da Alpargatas. O fechamento causou o desemprego de 200 pessoas. A justificativa foi a de “otimização do espaço produtivo”. O custo da produção local já não compensava a manutenção das atividades têxteis.“O Proadi é muito importante, mas foi abandonado pelo governo estadual”, reclama Amaro Sales, presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN).A entidade entregou há dois anos um documento com sugestões de mudanças para o programa. “Ainda não obtemos uma resposta”, sinaliza.
O setor industrial pede um aumento da faixa de incentivo fiscal e uma flexibilidade do tempo de execução do benefício. “São mudanças urgentes. Temos a pior política de incentivos do país”, resume.A Fiern solicita um aumento da faixa de incentivos de 75% para 99%. Além disso, de acordo com a atual regra do programa, o benefício só pode ser renovado uma única vez.
Ao assinar a concessão, a empresa o recebe por 10 anos, podendo renovar por igual período. O pedido do setor industrial é de que o mecanismo funcione por tempo indeterminado.Em julho passado, a Porcellanati Revestimentos Cerâmicos, instalada em Mossoró, também fechou as portas. “O empresário demanda, além dos incentivos fiscais, uma boa infraestrutura logística. Por exemplo, o Rio Grande do Norte precisa de um porto mais estruturado”, reforça Sales.
Segundo a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, o Proadi tem 107 cadastradas, mas apenas 81 em plena atividade. Até agosto último, as empresas beneficiadas deixaram de recolher R$ 169 milhões. A previsão é de que até o fim do ano o valor chegue aos R$ 270 milhões, o que será 3,4% maior que em 2013, com a cessão de R$ 260 milhões. “O Proadi não é um mecanismo de renúncia fiscal puro”, ressalta Sílvio Torquato, titular da Sedec. No ato de recolhimento do ICMS, parte do tributo (25%) é destinada ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Depois disso, o Governo do Estado, através de créditos orçamentários, financia o restante do valor.
Desde o início do funcionamento da política de incentivo, os gastos públicos com o pagamento dos créditos aumentaram 51%. Em 2010, , o financiamento total foi de R$ 172,5 milhões. “Aumentamos em mais de R$ 145 milhões com o pagamento dos créditos”, revela Torquato.De acordo com Sílvio Torquato, o incentivo fiscal é o melhor mecanismo de geração de renda e emprego. “O Proadi é um ótimo programa, mas estamos vivendo de um momento de crise industrial. A economia brasileira também enfrenta dificuldades”, argumentou Torquato.
JORNAL DE HOJE
Eduardo Giannetti fará palestra em Natal sobre novos rumos para economia do país
COLUNA DE MARCOS AURÉLIO
O Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon/RN) e a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (Fiern) trarão a Natal na próxima quinta-feira (dia 19) o economista paulista Eduardo Giannetti da Fonseca, um dos principais formuladores do programa de governo da candidata a presidente da República pelo PSB, Marina Silva.
Ele virá proferir palestra dentro do “Forum Econômico Imobiliário”, promovido pelas duas entidades com apoio de um dos jornais da cidade. O tema a ser abordado será “Perspectivas para a Economia Brasileira” no curto e médio prazo.
O evento está marcado para as 8:00 horas, no auditório principal da Casa da Indústria (edifício-sede da Fiern), no bairro de Lagoa Nova.
Eduardo Giannetti é PhD em Economia pela Universidade de Cambridge, autor de livros e colaborador em diversas publicações econômicas nacionais e estrangeiras, destacando-se como um dos nomes mais respeitados no meio acadêmico.
Incorporadoras têm R$ 29 bi em imóveis encalhados
Após vários anos de euforia do mercado imobiliário, as incorporadoras passam por uma fase de dificuldade nas vendas, tendo que aumentar os esforços para liquidar os estoques de imóveis. Entre junho de 2013 e junho de 2014, o estoque subiu 16%, considerando dados de oito das maiores incorporadoras do País (Cyrela, PDG, Gafisa/Tenda, MRV, Rossi, Direcional, Eztec e Even). Nesse período, o valor de mercado das unidades não vendidas passou de R$ 25,1 bilhões para R$ 29 bilhões, de acordo com apuração do 'Broadcast', serviço em tempo real da'Agência Estado', a partir de levantamento do banco JPMorgan.
O estoque mais alto reflete a queda na velocidade de comercialização das unidades, impactada pelo ambiente ruim da economia brasileira, com inflação alta, crédito mais restrito e menor confiança dos consumidores. Além disso, a situação foi agravada pelos cancelamentos de vendas.
Os chamados "distratos" acontecem principalmente no fim das obras, quando o cliente que adquiriu o imóvel na planta é repassado para o banco, onde obterá financiamento para quitar a dívida com a incorporadora. No entanto, muitos compradores não conseguiram o crédito, porque os bancos estão mais rígidos na concessão, ou porque a dívida ficou alta demais após as correções contratuais, superando a capacidade de pagamento dos consumidores.
Além disso, algumas incorporadoras têm feito uma "limpeza" na carteira de clientes: meses antes do término das obras, as empresas têm forçado a rescisão com clientes considerados incapazes de assumir o financiamento. O objetivo é acelerar a revenda para consumidores mais qualificados.
De acordo com o analista de construção civil do JPMorgan, Marcelo Motta, a tendência é de alta nos estoques nos próximos meses. "Ainda estamos num momento em que as empresas estão com dificuldades para vender", afirmou. "E os distratos vêm crescendo pelo que vimos na apresentação dos balanços das companhias."
Conforme apurou o Broadcast, empresários do setor têm redobrado a cautela ao lançar novos empreendimentos, já contando com a concorrência de um "estoque oculto". Como há muitas obras prestes a serem concluídas, a expectativa é de que cerca de 10% a 15% das unidades já vendidas acabem voltando para os estoques no curto prazo, em função de prováveis distratos quando o cliente for repassado para os bancos.
Prontos. A pressão para as empresas agilizarem as vendas é agravada pelo alto volume de imóveis prontos. O levantamento do JPMorgan mostra que, do estoque total, 13,7% são apartamentos prontos e 35,7% serão finalizados até o fim de 2015.0 problema é que, quando as unidades são concluídas, passam a gerar gastos de manutenção e condomínio, corroendo a lucratividade das incorporadoras.
O coordenador do Núcleo de Mercado Imobiliário da Universidade de São Paulo (USP),João da Rocha Lima, considera 13,7% um patamar alto. "Não é razoável que haj a um desenquadramento de vendas e estoques prontos desse tamanho. Isso é danoso para as empresas."
Na sua opinião, o equilíbrio entre oferta e demanda deve ser restabelecido apenas no ano que vem. Além das campanhas para vendas de estoques prontos, as incorporadoras estão lançando menos para evitar que mais unidades fiquem encalhadas. Por outro lado, se o ritmo de lançamentos for muito lento vai prejudicar as companhias, porque os investimentos na compra dos terrenos e no desenvolvimento dos projetos já foram feitos.
A diretora-geral de atendimento da imobiliária Lopes, Mirella Parpinelle, concorda que o mercado está mais difícil, mas pondera que a situação não é "desesperadora". No mês passado, a Lopes realizou uma promoção com empreendimentos de 16 incorporadoras e ofertas com até 34% de desconto. "Isso serve para acelerar a decisão de compra dos clientes", disse Mirella.
Neste fim de semana haverá saldões da Even e da Esser, em São Paulo. A Rossi também tem uma campanha em andamento. A PDG fez sua liquidação em agosto, quando vendeu mais de 1,5 mil imóveis de um total de pouco mais de 5 mil, movimentando R$ 400 milhões.
Devoluções
A expectativa das empresas do setor é que, no curto prazo, cerca de 10% a 15% das unidades habitacionais vendidas na fase de construção sejam devolvidas pelos clientes.
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13,7% do estoque de imóveis das construtoras são de apartamentos que já estão prontos; outros 35,7 % se referem a unidades que deverão ser entregues até o fim de 2015
EXAME
Construtora dá até 40% de desconto em imóveis no domingo
São Paulo - Diante do maior desânimo dos compradores no mercado imobiliário, a construtoraEsser promove neste final de semana uma campanha promocional que dará descontos de até 40% em cerca de 600 imóveis.
São apartamentos residenciais e salas comerciais em 25 empreendimentos. Os prédios estão localizados em quatro cidades do Estado de São Paulo: Santo André, Jundiaí, Alphaville e na própria capital.
Entre os imóveis com desconto máximo, de 40%, está uma sala comercial de 33 metros quadrados no prédio Bella Augusta, no bairro Cerqueira César, em São Paulo. O valor da unidade baixou de 681 mil reais para 408 mil reais.
Um apartamento residencial no Deseo Tatuapé, na zona leste da capital, também é vendido com desconto de 40%: o preço da unidade passou de 531 mil reais para 318 mil reais.
A Esser ressalta que unidades de um mesmo empreendimento podem ter porcentuais de descontos diferentes.
Apesar de as ofertas parecerem atraentes, é sempre muito importante avaliar se a compra não será feita por impulso e realizar uma pesquisa prévia de preços.
Os saldões podem ser uma boa oportunidade para quem já vinha pesquisando imóveis e já havia se planejado financeiramente, mas, por outro lado, podem ser um tiro no pé caso a compra seja feita sem programação, apenas porque os descontos são vantajosos.
Como participar
Os interessados podem verificar as ofertas disponíveis no site, pelo telefone (11) 2933-0100 ou nos plantões de vendas.
O negócio só poderá ser fechado no plantão realizado neste domingo (14). Segundo a construtora, quem chegar primeiro tem mais chances de comprar a unidade pesquisada.
ESTADO DE SÃO PAULO
Incorporadoras possuem R$ 29 bi em imóveis encalhados
Após vários anos de euforia do mercado imobiliário, as incorporadoras passam por uma fase de dificuldade nas vendas, tendo que aumentar os esforços para liquidar os estoques de imóveis. Entre junho de 2013 e junho de 2014, o estoque subiu 16%, considerando dados de oito das maiores incorporadoras do País (Cyrela, PDG, Gafisa/Tenda, MRV, Rossi, Direcional, Eztec e Even). Nesse período, o valor de mercado das unidades não vendidas passou de R$ 25,1 bilhões para R$ 29 bilhões, de acordo com apuração do Broadcast, serviço em tempo real daAgência Estado, a partir de levantamento do banco JPMorgan.
O estoque mais alto reflete a queda na velocidade de comercialização das unidades, impactada pelo ambiente ruim da economia brasileira, com inflação alta, crédito mais restrito e menor confiança dos consumidores. Além disso, a situação foi agravada pelos cancelamentos de vendas.
Os chamados “distratos” acontecem principalmente no fim das obras, quando o cliente que adquiriu o imóvel na planta é repassado para o banco, onde obterá financiamento para quitar a dívida com a incorporadora. No entanto, muitos compradores não conseguiram o crédito, porque os bancos estão mais rígidos na concessão, ou porque a dívida ficou alta demais após as correções contratuais, superando a capacidade de pagamento dos consumidores.
Além disso, algumas incorporadoras têm feito uma “limpeza” na carteira de clientes: meses antes do término das obras, as empresas têm forçado a rescisão com clientes considerados incapazes de assumir o financiamento. O objetivo é acelerar a revenda para consumidores mais qualificados.
De acordo com o analista de construção civil do JPMorgan, Marcelo Motta, a tendência é de alta nos estoques nos próximos meses. “Ainda estamos num momento em que as empresas estão com dificuldades para vender”, afirmou. “E os distratos vêm crescendo pelo que vimos na apresentação dos balanços das companhias.”
Conforme apurou o Broadcast, empresários do setor têm redobrado a cautela ao lançar novos empreendimentos, já contando com a concorrência de um “estoque oculto”. Como há muitas obras prestes a serem concluídas, a expectativa é de que cerca de 10% a 15% das unidades já vendidas acabem voltando para os estoques no curto prazo, em função de prováveis distratos quando o cliente for repassado para os bancos.
Prontos. A pressão para as empresas agilizarem as vendas é agravada pelo alto volume de imóveis prontos. O levantamento do JPMorgan mostra que, do estoque total, 13,7% são apartamentos prontos e 35,7% serão finalizados até o fim de 2015. O problema é que, quando as unidades são concluídas, passam a gerar gastos de manutenção e condomínio, corroendo a lucratividade das incorporadoras.
O coordenador do Núcleo de Mercado Imobiliário da Universidade de São Paulo (USP), João da Rocha Lima, considera 13,7% um patamar alto. “Não é razoável que haja um desenquadramento de vendas e estoques prontos desse tamanho. Isso é danoso para as empresas.”
Na sua opinião, o equilíbrio entre oferta e demanda deve ser restabelecido apenas no ano que vem. Além das campanhas para vendas de estoques prontos, as incorporadoras estão lançando menos para evitar que mais unidades fiquem encalhadas. Por outro lado, se o ritmo de lançamentos for muito lento vai prejudicar as companhias, porque os investimentos na compra dos terrenos e no desenvolvimento dos projetos já foram feitos.
A diretora geral de atendimento da imobiliária Lopes, Mirella Parpinelle, concorda que o mercado está mais difícil, mas pondera que a situação não é “desesperadora”. No mês passado, a Lopes realizou uma promoção com empreendimentos de 16 incorporadoras e ofertas com até 34% de desconto. “Isso serve para acelerar a decisão de compra dos clientes”, disse Mirella.
Neste fim de semana haverá saldões da Even e da Esser, em São Paulo. A Rossi também tem uma campanha em andamento. A PDG fez sua liquidação em agosto, quando vendeu mais de 1,5 mil imóveis de um total de pouco mais de 5 mil, movimentando R$ 400 milhões.
Representar e promover o desenvolvimento da construção civil do Rio Grande do Norte com sustentabilidade e responsabilidade sócio-ambiental
O SINDUSCON/RN tem o compromisso com a satisfação do cliente - a comunidade da construção civil do Rio Grande do Norte - representada por seus associados - priorizando a transparência na sua relação com a sociedade, atendimento aos requisitos, a responsabilidade socioeconômica, a preservação do meio ambiente e a melhoria contínua.