Terça-feira

JORNAL ESTADO DE SÃO PAULO

Incorporadoras imobiliárias têm queda de 42% no valor de mercado desde 2009

O valor de mercado das 19 empresas do setor recuou de R$ 47,31 bilhões no dia 31 de dezembro de 2009 para R$ 20,29 bilhões na última sexta-feira, dia 25 de julho. A variação representa uma queda de R$ 20,29 bilhões ou 42,9%.

O tropeço é ainda maior se comparado com o auge vivido pelo setor, em 2010, quando as empresas fecharam o ano com valor de mercado estimado em R$ 55,1 bilhões, o pico da valorização.

Das 19 empresas analisadas pela Economatica, 13 tiveram queda de valor de mercado. A companhia com maior recuo foi a Viver (-92,7%), seguida pela Rossi Residencial (-83,5%), Sultepa (-79,9%), Brookfield Incorporações (-74,7%) e PDG Realty (-74,7%).

Outras seis, porém, mostraram melhora. A maior delas foi verificada na EZtec (179,0%), seguida por Helbor (135,8%), JHSP Participações (8,1%), João Fortes (7,6%), Direcional (4,7%) e Even (0,29%). Nesses casos, a expansão dos lançamentos de novos projetos imobiliários foi mais moderado, o que implicou em menos complicações operacionais.

 

TRIBUNA DO NORTE

Projeção de crescimento da economia tem nova queda

Brasília (ABr) - A projeção de instituições financeiras para o crescimento da economia, este ano, está cada vez menor. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, ficou em 0,9%, após passar por nove reduções consecutivas. Na semana passada, a projeção era 0,97% e há quatro semanas, 1,1%. Para 2015, a estimativa segue em 1,5% há quatro semanas seguidas.

Essas projeções são de pesquisa semanal feita pelo Banco Central (BC) a instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos e consolidadas na publicação do órgão boletim Focus. O boletim mais recente foi divulgado ontem.

A estimativa para a produção industrial permanece em 1,15% de retração, este ano, e em 1,7% de crescimento, em 2015.

O boletim Focus também mostra que o mercado financeiro não espera alterações na taxa básica de juros, a Selic, há oito semanas seguidas. No último dia 16, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC optou por manter a Selic em 11% ao ano, pela segunda vez seguida, após a taxa ter passado por um ciclo de nove altas consecutivas para conter a inflação.

A  Selic é usada como instrumento para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Ao manter a Selic, o comitê indica que elevações anteriores foram suficientes para controlar a inflação.

Inflação

Na ata da última reunião do Copom, o comitê avaliou que a inflação ainda deve manter-se resistente nos próximos trimestres, mas tende a convergir para a meta no futuro, caso a Selic se mantenha. Para 2015, os analistas das instituições financeiras esperam que a Selic volte a subir. A expectativa é que a taxa básica chegue ao final de 2015 em 12% ao ano.

O BC precisa encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. O centro da meta definido pelo governo é 4,5%, com limite superior de 6,5%.

A estimativa das instituições financeiros para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), este ano, tem sido reduzida mas ainda está próxima do teto da meta. De acordo com a estimativa das instituições financeiras, o índice deve fechar o ano em 6,41%, contra 6,44% estimados na semana passada. Para 2015, a projeção subiu de 6,12% para 6,21%.

 

Indústria sugere mudança no reajuste do salário mínimo

Brasília (AE) - A Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou ontem os pontos que, na avaliação da entidade, devem ser prioritários para o próximo presidente da República, entre eles está a alteração na regra de reajuste do salário mínimo. A proposta da entidade é de que o reajuste seja feito com base na inflação do ano anterior e na variação do PIB per capita de dois anos anteriores.

Ontem, a Confederação apresentou o resumo do que irá levar à presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, ao candidato do PSDB, Aécio Neves, e ao candidato do PSB, Eduardo Campos, em encontros realizados com empresários na quarta-feira, 30. No total, são 42 documentos sobre temas considerados relevantes para a indústria.

A entidade sugere um esforço coordenado para atacar o problema da competitividade. Também estão na lista  a reforma tributária, a flexibilização das relações de trabalho, investimentos em infraestrutura e uma estratégia mais agressiva para conquistar mercados no exterior.

“Se olharmos em perspectiva, vemos o crescente consenso empresarial no Brasil, a visão comum de estratégia para o País”, comentou o diretor de Políticas e Estratégia da CNI, José Augusto Fernandes.

Na área tributária, a CNI, por exemplo, pede o fim da cumulatividade de impostos sobre circulação de mercadorias e serviços, a unificação de tributação de IPI, PIS/Pasep, ICMS Cofins, ISS e Cide-Combustíveis. Além disso, sugere uma simplificação na tributação sobre a renda. Nos cálculos da CNI, os impostos aumentam em 10,6% o valor de um investimento do Brasil.

Sobre a situação fiscal, sugere a substituição da meta de superávit primário por uma “regra flexível de monitoramento das contas públicas”. A ideia é que seja adotado indicador “ajustado ao ciclo econômico e líquido de receitas não recorrentes”. “Estamos mostrando que, para a indústria, as políticas macroeconômicas não são indiferentes”, disse Fernandes.

Só no caderno de infraestrutura, a CNI compila 13 sugestões aos presidenciáveis, como o aumento da participação do setor privado por concessões e parcerias público-privadas e a construção de um banco de projetos para “aprimorar e acelerar o processo de licenciamento das obras”.

 

ESTADO DE SÃO PAULO

Fórmula de reajuste do salário mínimo no Brasil é insustentável, diz diretor da OCDE

O Brasil não está fazendo o suficiente para melhorar a produtividade e assim elevar o crescimento potencial, afirma o diretor de pesquisa global da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Carl Dahlman, em entrevista exclusiva ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

Na opinião do pesquisador, um dos principais autores do estudo Perspectivas do Desenvolvimento Global, os ganhos reais dos salários observados nos últimos anos e a fórmula de reajuste do salário mínimo terão de ser revistos. Além de investir mais e melhor em educação, o País deveria aproveitar os recursos obtidos com as exportações de commodities para diversificar e agregar valor a sua produção. Também será preciso promover uma grande reforma no sistema previdenciário, que custa demais aos cofres públicos e acaba desviando investimentos que poderiam ser mais bem empregados. O especialista também aponta que medidas protecionistas podem ter gerado dependência em alguns setores e deveriam ser revistas. Veja abaixo os principais trechos da entrevista.

Por que a produtividade brasileira tem crescido tão pouco nos últimos anos?

Uma das surpresas que tivemos no nosso estudo é que, apesar do forte crescimento na última década, a produtividade da mão de obra e a produtividade total dos fatores (PTF) são muito baixas. A melhora na produtividade brasileira tem sido menor do que em outros países, o que é reflexo de diversos fatores. O sistema educacional não está produzindo os profissionais de que o mercado precisa, e o País não tem aproveitado suficientemente os conhecimentos globais, com a importação de bens de capital mais eficientes. Os investimentos estrangeiros têm ido para a exploração de matérias-primas, o que é importante, mas isso também cria um desequilíbrio na economia porque o boom de commodities impulsionou as exportações e, com isso, a taxa de câmbio ficou sobrevalorizada, tornando mais difíceis as exportações do setor industrial. É preciso ter mais reformas no sistema educacional e na infraestrutura e reduzir o custo excessivo da burocracia.

Apesar dos fortes ganhos salariais reais, o mercado de trabalho continua apertado. Isso vai contra a teoria econômica clássica, de que os custos maiores para a empresas levariam a um aumento do desemprego. Como explicar essa situação?

Tem a ver com um descasamento entre o que está sendo produzido pelo sistema educacional e as necessidades da economia. Obviamente, existe um descasamento e as pessoas largam seus empregos porque conseguem trabalhos melhores, o que provoca uma pressão de alta nos salários. Isso reflete provavelmente um problema de oferta de profissionais de qualidade, que são necessários para o crescimento econômico do País.

A atual fórmula de reajuste do salário mínimo, que soma a inflação do ano anterior e o crescimento real do PIB de dois anos antes, terá de ser alterada após o prazo inicial, que termina em 2015? O ritmo de ganhos reais do mínimo, que chegam a 159% desde o lançamento do Plano Real, é sustentável?

Eu não analisei esse assunto com detalhes, mas é possível dizer que reajustar o salário mínimo pela inflação e o PIB de dois anos antes não parece ser sustentável no médio e longo prazos porque elevará o custo real da mão de obra muito rápido. Além disso, os aumentos salariais anuais, em geral, não deveriam ser maiores do que o crescimento médio anual na produtividade da mão de obra porque reduziriam a competitividade do Brasil.

O envelhecimento da população é um dos grandes desafios que o País terá enfrentar nos próximos anos?

Sim. O Brasil costumava ter um grande crescimento populacional, mas fez uma transição demográfica e agora começa a envelhecer muito rápido, com uma idade média muito maior que outros países emergentes. Numa sociedade com muitos idosos, o sistema previdenciário público tem um custo fiscal muito grande para o governo. Ou se encontra um jeito de a arrecadação ser capaz de pagar os benefícios, ou é preciso mudar para um sistema de previdência privada. Uma das coisas que chamam atenção no Brasil é que as aposentadorias dos servidores públicos são muito altas, o que tem um custo fiscal muito grande. Isso também teria o incentivo de as pessoas trabalharem por mais tempo, já que podem se aposentar com salário integral, o que prejudica a economia, que perde uma parte da força de trabalho. Outro fator, que não é exclusivo do Brasil, é que o sistema previdenciário foi criado quando a expectativa de vida era muito menor. Agora, com os avanços na área da saúde e a redução da mortalidade, as pessoas vivem muito mais. Elas se aposentam após 25 anos de trabalho e ficam recebendo o benefício por 30, 40 anos. Assim, ou se eleva a idade de aposentadoria ou se reduz o valor das aposentadorias e outros benefícios, como plano de saúde. Mas isso é uma coisa socialmente muito difícil de fazer. É um problema nos EUA, na Europa e também no Brasil.

Na avaliação da OCDE, o Brasil tem adotado medidas adequadas para melhorar a produtividade no longo prazo?

O Brasil ainda precisa avançar muito. Já é um País de renda média há quase 30 anos, mas não progrediu muito desde então, e um dos fatores é porque não foi capaz de impulsionar a produtividade, que leva a uma renda maior. O Brasil não tem sido muito eficiente em elevar a produtividade e ainda não se ajustou. Eu acredito que agora existe uma maior noção da importância de melhorar a qualidade da educação, uma maior noção da importância de investir em infraestrutura, mas ainda não está sendo feito o suficiente. A maior parte dos investimentos feitos para a Copa, por exemplo, foi para a área de esportes, o que é bom, mas talvez não fosse o uso mais eficiente desses recursos do ponto de vista econômico. Seria melhor aprimorar a infraestrutura de transportes, facilitando o transporte de produtos dentro do País e incentivando o comércio externo. Também não há investimento suficiente para melhorar a qualidade da educação e da saúde - isso precisa ser abordado. Os investimentos na saúde, por exemplo, levam a um trabalhador que falta menos, que é mais produtivo.

O estudo da OCDE diz que o governo brasileiro deveria retirar as exigências de conteúdo local em alguns setores. Em que áreas isso é mais visível?

Esse é um assunto muito complexo. Obviamente, quando se quer desenvolver um setor, pode-se dar algumas vantagens, como, por exemplo, a exigência de conteúdo local. A questão é se esse setor conseguirá produzir de maneira eficiente para que esse benefício temporário tenha resultados. Se os produtores esperam que essa vantagem seja mantida, eles não vão melhorar a produtividade, terão custos maiores do que no exterior e esse custo maior afetará negativamente a competitividade do país e as projeções de crescimento. Eu não estou dizendo que países como o Brasil não deveriam tentar desenvolver mecanismos para encorajar a produção doméstica, mas precisam ser cuidadosos para que essas medidas não criem um incentivo perverso de não melhorar a produtividade. No setor petroleiro, por exemplo, esses incentivos podem se tornar um problema: não vão gerar o tipo de retorno que deveria existir e os produtores não vão ser tão competitivos. A indústria automobilística também é um exemplo. O Brasil até exporta alguns veículos, mas se compararmos o preço doméstico com os preços nos EUA ou na China, no Brasil o produto é muito mais caro, em parte por conta das exigências de conteúdo local.

 

VALOR ECONÔMICO

Desaceleração nos IGPs indica manutenção da trajetória de queda da inflação do varejo

A desaceleração da inflação ao consumidor observada nos indicadores de julho já estava contratada desde que os IGPs, que captam os preços no atacado, entraram em trajetória de baixa e agora apontam seguidas deflações. A transmissão das variações nos preços no atacado para o varejo não é segredo para ninguém. O reflexo disso nas expectativas de mercado, porém, se mostrou lento. Depois de um período de resistência, as expectativas projetadas para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no fim deste ano começaram a mostrar algum recuo.

Considerando o Focus, desde a semana passada o IPCA previsto para o fim de 2014 começou a ceder de 6,48% para 6,44%, e ontem novamente para 6,41%. Olhando o grupo Top 5 do Focus, que concentra as instituições com maior número de acertos, o IPCA para o fim do ano cedeu, na semana passada pela primeira vez em duas semanas, de 6,58% para 6,38%, considerando a mediana de curto prazo. Ontem, a projeção de médio do prazo do grupo também cedeu, voltando abaixo do teto da meta.

De acordo com o economista-chefe da LAPB Gestão de Recursos, Darwin Dib, a inflação brasileira apresenta "sintomas de gravidez", conforme gesta a deflação dos IGPs. A queda dos preços do atacado já se manifesta nos preços ao varejo e tal movimento de transmissão deve seguir pelos próximos meses. A última rodada de preços no atacado que já foram divulgados mostrou deflação de 0,56% para o IGP-10 de julho, a segunda prévia do IGP-M caiu 0,51% e as projeções sugerem deflação de 0,5% para o mês.

Segundo Dib, esse recuo no índice de preços no atacado no mercado doméstico acontece pela mesma razão que os índices de preços ao produtor estão caindo internacionalmente: a retração da atividade econômica. É por isso, na visão do economista, que o mundo não vê um problema de inflação e o nosso está diminuindo. "A razão para isso é péssima", disse, complementando que existe uma ligação entre hiato do produto mundial e o brasileiro, mas que a maioria dos analistas insiste em olhar o Brasil em separado do resto do mundo.

Na divulgação do último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), o diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Carlos Hamilton Araújo, disse que o hiato do produto já se encontra em campo deflacionário e esse é um fator que ajudará a arrefecer ou até mesmo esgotar as pressões inflacionárias ora presentes na economia.

Para Dib, essa retração da inflação - que ainda vai se refletir mais intensamente sobre as expectativas-, não é impacto planejado da política monetária, mas sim reflexo de um choque externo. "O PIB dos EUA caiu 2,9% no primeiro trimestre", disse. "É o mundo afetando o Brasil. Não é possível que o nível de atividade esteja desacelerando em economias centrais e não aconteça nada por aqui", disse.

Para o sócio da Platina Investimentos, Marco Franklin, a deflação dos alimentos que se reflete nos IGPs e nos preços ao consumidor deve prosseguir de forma mais intensa até o mês de agosto; depois disso, o viés das commodities agrícolas seria de alta.

Segundo Franklin, se a inflação de 2014 ficar abaixo de 6,5% será justamente em razão dessa ajuda das commodities agrícolas. "Com o clima maravilhoso, que impulsionou safras recordes no Brasil e Estados Unidos, o choque de oferta foi positivo", disse. No entanto, diz Franklin, os indicadores subjacentes de inflação mostram que, mesmo com esse choque positivo e com uma inflação represada de 1,5 ponto a 2 pontos, decorrente da falta de reajuste em gasolina, energia e tarifas de transporte, o IPCA segue rodando a 6,5% em 12 meses. A média dos três principais núcleos roda a 6,57%, a inflação de serviços aponta 8,9% e os preços livres sobem 7,2%. "A inflação está alta. O termômetro mostra 6,5%, mas a sensação térmica é muito mais alta do que isso. Um país que passou um por um processo de hiperinflação não deveria estar com essa sensação térmica tão alta assim ", disse.

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