Terça-feira

VALOR ECONÔMICO

FMI volta a reduzir previsão para PIB do país

A previsão de crescimento da economia brasileira para este ano foi reduzida pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para 1,4%. Ela estava prevista em 1,8%, em julho passado. Também houve diminuição na perspectiva de crescimento da economia brasileira para 2019 - de 2,5%, em julho, para 2,4%, agora. Apesar dessas reduções, o Fundo destacou que o Brasil está crescendo mais do que em 2017, quando ficou em apenas 1%. Isso foi "impulsionado pela recuperação da demanda privada à medida que o hiato do produto se fecha gradualmente".

Mesmo com essa visão positiva em relação ao ano passado, a perspectiva de crescimento do Brasil vem sendo reduzida no FMI desde abril. Naquele mês, a estimativa chegou a 2,3% para este ano. O organismo apontou que isso ocorreu inicialmente pela greve dos caminhoneiros, em maio, e por condições financeiras externas mais apertadas, "que são uma fonte de riscos para as perspectivas". O Fundo afirmou ainda que o desemprego está alto no Brasil e a inflação está aumentando gradualmente. Também advertiu para a necessidade de reformas no país, como a previdenciária.

O Fundo também piorou as previsões para as contas públicas brasileiras para o país nos próximos cinco anos e a dívida vai encostar em 100% do PIB (Produto Interno Bruto), se tornando a 16ª maior do mundo. O cenário marca uma mudança de visão do organismo, já que em em abril (em sua revisão semestral) ele havia projetado um cenário um pouco menos pior do que imaginara em outubro do ano passado. Agora, com as novas estimativas, o Fundo projeta uma piora mais acentuada das contas públicas do que imaginava até mesmo um ano atrás.

O resultado é que a dívida pública bruta vai chegar a 98,3% do PIB em 2023, ante previsão de 96,3% no semestre passado. Os números do FMI mostram que, na comparação com abril deste ano, o deficit primário para este ano e 2021 será maior que o esperado e os superávits em 2022 e 2023 serão mais enxutos do que se previa -- as previsões de déficit para 2019 e 2020 ficaram inalteradas.

O resultado é que, se em 2014 (antes de a deterioração das contas públicas se acelerar) o país tinha a 59ª maior dívida bruta do mundo (em porcentagem do PIB), em 2023 terá a 16ª maior, atrás de países como Japão, Venezuela, Portugal, Grécia e Espanha. No ano passado, ela era a 31ª maior. Os números usados pelo FMI não são os mesmos usados pelo Banco Central. Parte da diferença se deve ao fato de o Fundo incluir no cálculo da dívida títulos do Tesouro que são negociados pelo Banco Central para regular a quantidade de dinheiro na economia

 

Dólar e juros têm forte queda após desempenho de Bolsonaro no 1º turno

O dólar e os contratos de juros futuros apresentam forte movimento de queda após a abertura dos mercados, na esteira dos resultados do primeiro turno das eleições. Às 9h40, o dólar comercial tinha baixa de 3,24%, a R$ 3,73, e o dólar novembro recuava 2,82%, a R$ 3,7360. Os juros futuros têm movimento ainda mais intenso: o DI janeiro/2025, por exemplo, marcava 10,81%, ante 11,35% no ajuste anterior.

Para se ter ideia da amplitude da baixa, o Banco Central (BC), quando altera o juro básico, costuma fazer movimentos de 0,25 ponto percentual. A quantidade surpreendente de votos que o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) recebeu no primeiro turno das eleições é o que gera a forte reação.

A onda conservadora vista no país deu ao presidenciável 46% dos votos no domingo e o levou ao segundo turno com Fernando Haddad (PT), que obteve 29%. A soma dos votos da esquerda no segundo turno, no entanto, pode não ser suficiente para fazer com que o petista derrote o oponente no próximo dia de votação e os ativos devem precificar esse cenário hoje. Também surpreende positivamente os investidores o desempenho de outros candidatos que seguem Bolsonaro e que disputaram governos estaduais, Senado e Câmara dos Deputados. O PSL caminha para ter a segunda maior bancada na Câmara, atrás apenas do PT, e são do partido os candidatos mais bem votados do Rio e São Paulo. Flavio Bolsonaro foi o mais votado da história do país com 1,8 milhão de votos.

 

FOLHA DE SÃO PAULO

Polarização política dificultará aprovação de reformas, aponta Moody's

A agência de classificação de risco Moody's avaliou nesta segunda-feira (8) que o resultado do primeiro turno da eleição presidencial no Brasil sinaliza "polarização política", o que amplia os desafios do próximo governo em relação à aprovação das reformas.

"Independente de quem for eleito, o novo presidente terá que formar alianças no Congresso para aprovar as reformas fiscais, particularmente da Previdência, para lidar com fraqueza fundamental no perfil de crédito do Brasil", destacou a analista sênior da Moody's Samar Maziad, em nota.

O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, conquistou votação expressiva no domingo, mas não o suficiente para evitar um segundo turno contra o petista Fernando Haddad.

De acordo com Samar, a polarização política dificulta a capacidade do próximo presidente de estabelecer uma boa relação de trabalho com os parlamentares para aprovar as reformas.

As reformas são necessárias "para manter a confiança do investidor, preservar a estabilidade financeira e estabelecer os alicerces para um crescimento sustentado", completou Samar.

 

ESTADÃO

Mercado vê mais chances de aprovação de reformas com novo perfil do Congresso

A vantagem de 16,5 pontos porcentuais que o candidato Jair Bolsonaro (PSL) obteve sobre Fernando Haddad (PT) e a composição mais conservadora do Congresso Nacional levaram o Ibovespa, principal índice da Bolsa paulista, a movimentar R$ 28,9 bilhões ontem, o maior volume nominal da história. A interpretação dos investidores é de que o novo perfil do Congresso poderá dar governabilidade a Bolsonaro, permitindo que ele encaminhe reformas econômicas, caso seja eleito.

Apesar do feriado nos Estados Unidos – que costuma enfraquecer o movimento nos mercados –, a Bolsa fechou o dia com alta de 4,57%, aos 86.083 pontos – nível mais elevado em quase cinco meses. O dólar se descolou do exterior e terminou em queda de 2,40%, aos R$ 3,76 – cotação mais baixa em dois meses. “Nenhum analista político havia previsto uma renovação como a que se deu no Congresso nem a vitória de governadores que apoiam Bolsonaro. O mercado comemorou esses resultados”, disse a economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif. Ela destacou, porém, que os investidores estão desconsiderando os riscos futuros. “A agenda econômica fica de escanteio no discurso de Bolsonaro. Ontem (domingo à noite), ele falou em reduzir a carga tributária e privatizar 50 estatais, o que não é possível.”

O economista Silvio Campos, da Tendências Consultoria, destacou que, apesar de o conservadorismo ter crescido no Congresso, ainda há dúvidas em relação à capacidade de articulação política do candidato de direita. “Prevaleceu o conservadorismo, o que mostra que talvez não seja tão complexo para Bolsonaro, se ele vencer, montar uma base. Mas a gestão dessa base gera preocupação.”

Papéis das estatais foram os que mais avançaram

As ações das empresas relacionadas ao governo estão entre as que mais avançaram ontem. Os papéis ordinários (com direito a voto) da Eletrobrás subiram 17,3%. O economista Paulo Guedes, responsável pelo programa econômico de Bolsonaro, já indicou a intenção de dar continuidade ao projeto do presidente Michel Temer de privatizar a companhia.

As ações preferenciais da Petrobrás (sem direito a voto) foram as mais negociadas, movimentando R$ 947,7 milhões e subindo 11%. Segundo Campos, a alta nesses papéis decorre da análise dos investidores de que as estatais estarão mais blindadas de uma gestão politizada do que estariam em um eventual governo petista. “Não é só a questão da possível privatização.”

Na semana passada, o general Oswaldo de Jesus Ferreira, da equipe de Bolsonaro, disse ao Estado que um possível governo do PSL não privatizaria empresas estratégicas, como Furnas, Caixa e Banco do Brasil.

 

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