Sexta-feira

VALOR ECONÔMICO

Juro deve atravessar ano de eleição na mínima histórica

Num momento em que economistas afinam suas projeções sobre como e quando deve ser o fim do ciclo de alívio monetário, ganha força o consenso de que o país vai atravessar o ano eleitoral com juro num patamar muito baixo. Possivelmente, abaixo de sua mínima histórica, de 7,25%. Dos 33 economistas ouvidos pelo Valor, um analista, da Modal Asset, acredita que o juro pode cair para 6,75% este ano. Todos os outros veem a taxa a 7% em dezembro.

Desse universo, 17 acreditam que o juro permanecerá nesse patamar até o encerramento de 2018, sendo que outros 12 analistas veem quedas adicionais da taxa, que pode terminar o ano entre 6,5% e 6,75%. Apenas quatro analistas acreditam que o juro voltará a subir, devendo encerrar o próximo ano entre 7,25% e 8%.

Já o mercado de juros futuros prefere comprar alguma proteção e se alinha com a ala mais conservadora dos analistas: o contrato de DI para janeiro de 2019, que embute as expectativas da Selic no fim de 2018, contempla uma taxa em torno de 8%. A perspectiva de prolongada manutenção da taxa básica confirma o sucesso do Banco Central na gestão das expectativas de inflação.

Quase dois anos de desinflação no Brasil, período em que a variação do IPCA tombou de 10,67% para atuais 2,5%, o mercado financeiro concorda com o BC, que prevê inflação aproximando-se do centro da meta (4,5%) em 2018. Neste ano, todos acreditam que o indicador ficará abaixo do piso da meta (3%). A retomada da atividade que está se desenhando, dizem em coro os analistas, não deve ameaçar esse quadro.

O risco é o crescimento ocorrer com mais rapidez, o que por ora parece uma situação menos provável. Fernando Rocha, economista-chefe da JGP, vê o juro básico em 7% entre dezembro deste ano e dezembro de 2018. A Selic deve voltar a subir apenas em 2019. A inflação não será pressionada até lá em função da elevada capacidade ociosa no país, tanto no mercado de trabalho, como indica a taxa de desemprego, quanto na produção das empresas, explica.

Mas ele reconhece que, se a atividade econômica se recuperar mais rápido do que o esperado, o BC poderá elevar o juro também mais rapidamente. "Da mesma forma, se houver uma recuperação mais fraca da atividade, pode ser que a Selic tenha que cair mais do que projetamos", afirma Rocha, para quem a inflação ficará em 3,9% em 2018.

O economista-chefe do Banco Safra, Carlos Kawall, está no grupo de entrevistados que prevê Selic abaixo de 7% em dezembro de 2018. Kawall projeta Selic de 7% para o encerramento deste ano e o fim do ciclo de baixa na reunião de janeiro de 2018, quando a Selic passaria a 6,5%, permanecendo aí até o fim do ano. Kawall, ex-secretário do Tesouro Nacional, considera que a atividade econômica poderá interferir no ciclo monetário mas não enquanto a monetário, mas não enquanto a economia estiver substancialmente abaixo do produto potencial, como neste ano e em 2018.

"Depois disso dependerá da continuidade da agenda de reformas", avalia. Mas o que fica subentendido também nas análises dos economistas é que as projeções para a política monetária não consideram um nervosismo maior dos mercados por conta do processo eleitoral que coloque o BC em xeque - ainda que muitos reconheçam que alguma instabilidade seja inevitável.

"Se aumentar a chance de termos um governante não comprometido com as reformas e o ajuste fiscal, os prêmios de risco tendem a aumentar e a taxa de câmbio pode atingir patamares críticos para viabilizar a inflação em trajetória consistente com a meta", explica o economista-chefe do Santander, Maurício Molon, que vê a Selic em 6,75% no fim de 2018.

"Da mesma forma, se o próximo governante for percebido como não comprometido com o regime de metas e a autonomia do Banco Central, as expectativas provavelmente aumentarão e impulsionarão um processo de remarcação preventiva de preços e reindexação da economia."

Além do impacto sobre o câmbio, a ameaça concreta de vitória de um candidato que não priorize as reformas, inviabilizando a sustentabilidade fiscal, poderia gerar uma alta dos juros de longo prazo, diz José Luiz Mascolo, sócio e gestor da SM e professor do Ibmec. São essas as taxas que balizam os custos de financiamento das grandes empresas e dos investimentos.

"Caso cresça a probabilidade de vencer um candidato não comprometido com o ajuste fiscal, o cenário base para a política monetária pode ser alterado, sendo factível uma redução do estímulo monetário mesmo em um quadro com ainda elevada capacidade ociosa na economia", afirma André Duarte, economista-chefe da Truxt, que também trabalha com um cenário mais otimista, de juro a 6,75% no fim de 2018. Solange Srour, economista-chefe da ARX Investimentos, projeta Selic em 7% ao fim de 2017 e 2018, embora não descarte o declínio da taxa a 6,5% em dezembro deste ano se a inflação corrente continuar surpreendendo positivamente.

Ela reconhece também que os riscos que a eleição de 2018 representa são "enormes". Mas ela não acredita que o Banco Central vai reagir a esses riscos antes das eleições subindo os juros. "Não por motivos de influência política, mas porque, antes de agir, o BC terá que ter uma noção maior do que será a política econômica do próximo governo", explica.

Para ela, o BC pode usar as intervenções no mercado de câmbio para impedir uma alta exagerada da volatilidade que cause riscos para a ancoragem das expectativas e para o funcionamento do próprio mercado de câmbio.

 

Governo confia na força do crescimento

Os últimos dados da atividade econômica foram preocupantes, levando alguns economistas a suspeitarem da consistência do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este e para o próximo ano. A produção industrial caiu 0,8% em agosto frente a julho. As vendas do varejo tiveram queda de 0,5% em igual período, resultando no pior mês de agosto desde 2015. O volume de serviços teve recuo de 1% (com ajuste sazonal), o maior para o mês desde 2012, quando se iniciou a série.

Segundo os dados divulgados pelo IBGE, os serviços prestados às famílias caiu 4,8% no mesmo período. O governo, porém, não se abalou com esses indicadores e continua confiante na trajetória da recuperação da atividade. No último domingo o economista José Márcio Camargo, da Opus gestora de recursos e professor da PUC-Rio, esteve no Palácio do Jaburu, em uma reunião com o presidente Michel Temer e com o ministro Moreira Franco, da Secretaria Geral da Presidência.

Para ele, o desempenho da atividade nos últimos seis meses surpreendeu positivamente e os indicadores de agosto, que interromperam esse desempenho, não representam uma tendência.

O economista, ao contrário, traçou um cenário bastante promissor para 2017 e 2018. Ele conta com crescimento de 1% este ano e de algo próximo de 4% para o ano que vem. São expectativas bem mais favoráveis do que as do último Focus do BC, que traz projeção de crescimento de 0,72% para este ano e de 2,5% para 2018 e mais otimista do que as do Banco Central.

No último relatório trimestral de inflação o BC mencionou um crescimento de 0,7% este ano e de 2,2% no próximo. Como premissa de trabalho, Camargo explicou que conta com a aprovação da reforma da Previdência antes do fim do ano e aposta que ela não será minimalista.

A reforma instituiria a idade mínima, traria uma dura regra de transição e, segundo sugere, haveria um escalonamento das contribuições previdenciárias. Hoje a contribuição é de 30 anos para as mulheres e 35 anos para os homens. Na proposta de emenda constitucional (PEC), ela foi unificada para 25 anos, sem escalonamento.

No centro dos seus argumentos para a forte expansão da economia estão os efeitos da reforma trabalhista - que entra em vigor no dia 11 de novembro e vai impor uma substancial redução no custo do trabalho e menor desemprego para se obter uma mesma taxa de inflação; e a lei da terceirização - que tem potencial para dar um choque de ganhos de produtividade na carente economia doméstica.

Para se ter uma ideia, hoje para conter a inflação de serviços em 4% é preciso uma taxa de desemprego de 12% a 13%, disse. Com essas duas importantes reformas no mercado de trabalho associadas a uma taxa de inflação, no ano que vem, inferior a 4% (o Top 5 da pesquisa Focus indica um IPCA de 3,9%), e aos desdobramentos da criação da TLP (Taxa de Longo Prazo), o país estará em um ambiente econômico jamais visto na sua história. "Estamos vivendo uma revolução no Brasil que vai começar a aparecer entre o fim deste ano e o início do próximo", acredita ele.

Os juros reais devem cair para a faixa de 2% a 2,5% já no próximo ano, quando a Selic deve baixar para inéditos 6,5% ao ano. A taxa de desemprego que começou o ano em 13,7% da força de trabalho, já caiu para 11,5% e no próximo ano ela estará em um dígito, em uma reversão mais rápida do que visto historicamente como resultado da reforma da legislação sobre o mercado de trabalho, garante o economista.

O crescimento, segundo essa abordagem, continuará sendo puxado pelo consumo mas o investimento começará a dar sinais de vida em meados do primeiro semestre do ano que vem. Na expectativa do Banco Central, por exemplo, a formação bruta de capital fixo continua em queda este ano, de 3,2%, e reage em 2018, podendo ter uma expansão de 3%, o que bastante modesto dada a contração já ocorrida, mas é uma mudança de sinal há muito esperada.

Se o cenário que o economista traçou para o presidente, no domingo, se concretizar, cria-se um ambiente de maior bem estar que pode influenciar uma candidatura mais alinhada com o governo atual nas eleições presidenciais de 2018, conforme avaliação feita por José Márcio.

A ameaça de procuradores e auditores fiscais do trabalho de ignorarem a reforma trabalhista, como noticiou o Valor, ontem, em pouco ou nada muda a visão dele, que tem acompanhado esses movimentos e participado de reuniões de magistrados do trabalho. Eles estão dispostos a desencadear uma "guerra de guerrilha" contra a lei 13.467, em uma luta por preservação de poder, disse. Porém, dificilmente serão bem sucedidos, primeiro porque não cabe a desobediência à lei e, segundo, porque a reforma é boa para trabalhadores e empresas, argumenta o economista.

Até agora, para reduzir a folha de salários em períodos de crise as empresas tem como única porta a demissão de trabalhadores com salários mais altos e sua substituição por contratações com salários mais baixos ou simplesmente demissões com o congelamento de vagas. Trata-se de uma flexibilidade "perversa", segundo o economista. A nova lei permite negociar com o trabalhador uma redução do salário nominal para manutenção do emprego. Caberá ao empregado decidir se é melhor ganhar menos ou não ganhar nada.

Camargo considera que esses efeitos estão sendo pouco considerados pelos analistas. As expectativas do professor da PUC-Rio não são, é claro, um consenso no mercado. Há economistas com receio de que o crescimento seja bem mais moderado no próximo ano, algo mais próximo a 2%, e boa parte dos analistas de mercado considera que a reforma da previdência só virá pelas mãos do próximo presidente da República, eleito em 2018.

O governo Temer, contudo, não desistiu de tentar pelo menos a aprovação da reforma na Câmara, deixando o Senado para o início do ano que vem. Isso vai depender de com que base de apoio Michel Temer sairá da votação da segunda denúncia contra o presidente, marcada para o dia 25, quarta feira.

 

FOLHA DE SÃO PAULO

Para manter empréstimos, Caixa Econômica pede R$ 10 bilhões ao FGTS

Sem contar com recursos da União, a Caixa Econômica Federal pediu ao Conselho Curador do FGTS R$ 10 bilhões em empréstimos sem prazo para pagar.

A operação, que ainda está sob avaliação, deve ser feita por meio de Letras Financeiras que serão adquiridas pelo FGTS. O fundo receberá anualmente uma correção corresponde aos juros da Selic (hoje em 8,25%) mais 1,20%.

Sem esse dinheiro, a Caixa não terá como cumprir as regras regulatórias de "segurança" bancária para concessão de empréstimos.

Hoje, para cada R$ 100 em empréstimos, os bancos têm de entrar com pelo menos R$ 11 de capital próprio. Esse índice vai ficar mais rígido a partir deste ano e do próximo, podendo a chegar, em alguns casos a R$ 13.

O presidente da Caixa, Gilberto Occhi, chegou a pedir ao presidente Michel Temer um aumento de capital do Tesouro no banco. Mas diante da crise e das restrições orçamentárias, o presidente negou o pedido.

Por isso, o banco passou a estudar medidas alternativas. A operação com o FGTS é uma das delas, mas só resolverá o problema de capitalização do banco até o próximo ano.

Paralelamente, a Caixa aposta em outra saída: a venda de cerca de R$ 10 bilhões da carteira de infraestrutura. O BNDES, que tem folga de recursos, seria o comprador. Mas a Caixa mantém conversa com outros interessados.

Pessoas que participam das conversas afirmam que as duas medidas devem ser tomadas.

REESTRUTURAÇÂO

Essas medidas vêm no momento em que a Caixa passa por uma reestruturação interna. O novo estatuto do banco definirá regras para dificultar as indicações políticas na Caixa que, justamente por interferências de governo, esteve no centro das operações das "pedaladas fiscais" que levaram ao impeachment da então presidente Dilma Roussef. A ingerência de partidos, que indicaram representantes para oito das 12 vice-presidências da Caixa, também colocou o banco nas investigações da Lava Jato.

O conselho de administração do banco discute mudanças nas regras de governança para enquadrar a instituição na Lei das Estatais. A legislação determina que todas as empresas públicas devem se adequar às novas regras até junho do próximo ano.

 

Brasil tem menor flexibilidade orçamentária da AL, diz agência

Os elevados níveis de despesas obrigatórias na América Latina testarão a capacidade dos governos de reduzir seus deficits fiscais, uma vez que a região lida com persistentes pressões fiscais que podem minar a qualidade de crédito soberano, informou a agência de classificação de risco Moody's nesta quinta-feira (19).

A Moody's informou ainda que o Brasil enfrenta "severas limitações" em suas contas públicas e que, com base em avaliação das despesas de 16 países da região entre 2010 e 2016, o Equador e o Panamá são os países que têm mais amplitude para ajustar suas despesas.

"O nível de flexibilidade orçamentária afeta a capacidade de ajuste dos governos se, e quando, necessário", afirmou em nota o analista da Moody´s Michael Brown.

O Brasil está na ponta mais apertada do espectro de flexibilidade orçamentária. O país tem o índice de despesas orçamentárias mais elevado em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a maior fatia de gastos mandatórios e o maior custo de serviço da dívida.

 

EXAME

Se a reforma demorar, será mais radical, diz chefe do Tesouro

A reforma da Previdência tem de ser feita logo. Quanto mais demorar, mais radical terá de ser para resolver os problemas fiscais do país. Quem diz isso é Ana Paula Vescovi, a primeira mulher a chefiar Secretaria do Tesouro Nacional. Ela falou durante o Fórum Mulheres na Liderança sobre sua carreira, a situação fiscal e o papel das mulheres na administração pública.

O Fórum aconteceu nesta quinta-feira em São Paulo. Foi realizado por EXAME em parceria com a Woman in Leadership in Latin America (WILL). Nele, debateram-se as melhores práticas para promover a liderança feminina e foram premiadas empresas que se destacam nessa questão.

No evento, Ana Paula Vescovi participou de um talk show com André Lahoz Mendonça de Barros, diretor editorial de EXAME. A Secretaria do Tesouro, que ela dirige desde o ano passado, trata de dívidas, política fiscal, liberação de recursos públicos e a contabilidade da União. “Em nosso trabalho é tudo muito técnico”, diz ela. Sua rotina é dura. São 15 horas de trabalho diárias. E, nos fins de semana, ela ainda leva trabalho para casa.

Ana afirma que a situação fiscal do país é delicada: “Há uma tendência a que as contas públicas piorem. Temos o problema da Previdência, que segue normas diferentes das de outros países”. A única solução que ela vê é fazer a reforma da Previdência o quanto antes. Para ela, essa reforma é inevitável. Se não acontecer logo, terá de ser feita de forma mais radical no futuro.

Ana também critica os subsídios que o governo concede a determinados setores e regiões do país. “Se é para investir mais educação e saúde, temos de investir menos em subsídios. A questão é decidir o que é prioridade para a sociedade. Não temos dinheiro para tudo.”

Apesar desses problemas, ela considera o atual momento econômico positivo: “Estamos no início do processo de recuperação. O Brasil está saindo de sua pior crise como República. Vai crescer moderadamente até o final do ano. O ano que vem é mais promissor. Fomos bem sucedidos em controlar a inflação. Estamos vendo a melhora gradual. A economia não cresce a taxas altas, mas cresce de forma sustentada”, avalia.

Ela diz que as mulheres vêm ganhando importância na administração pública: “Vejo mulheres muito atuantes em cargos de gestão na Petrobras, no BNDES e nos outros ministérios. Interajo com mulheres que admiro pela postura profissional. Elas ascenderam por mérito, por esforço próprio, como os homens.”

A ideia de cotas a serem preenchidas por mulheres em determinados cargos não agrada a Ana. “É preciso analisar cada caso. Mas eu, como gestora, não adotaria. Prefiro usar a meritocracia”, diz. “Sinto falta de o Brasil valorizar a igualdade de oportunidades. Uma boa educação básica de qualidade é mais importante do que dar cotas na universidade”, prossegue ela.

O Fórum Mulheres na Liderança teve, também, um debate sobre como acelerar a participação feminina na liderança das empresas, além da premiação de companhias que se destacaram num abrangente estudo sobre a liderança feminina.

As conclusões desse estudo fazem parte da reportagem de capa da revista EXAME desta semana, que aborda a liderança feminina nas corporações. A revista será distribuída nesta sexta-feira aos assinantes e bancas e, no mesmo dia, será publicada integralmente no site EXAME.

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