Sexta-feira

VALOR ECONÔMICO

Meirelles fala em PIB potencial de 4% em cenário otimista

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que, num cenário extremamente positivo, o Brasil pode ter PIB potencial de 4% em 3 ou 4 anos. “Acredito que é possível sim. Mas isso, evidentemente, depende de aprovação não só das reformas macroeconômicos, por exemplo, a reforma da Previdência, a reforma tributária, que é muito importante, simplificando o sistema tributário brasileiro. Isso é da maior importância, mas também há toda a série de reformas microeconômicas e algumas delas já foram aprovadas, como, por exemplo, a taxa de longo prazo (TLP) para o BNDES.”

O ministro qualificou a reforma da TLP como “muito importante”, pois vai permitir uma tendência de queda nas taxas de juros, possibilitando que o país cresça com menos inflação. A avaliação foi feita após ele participar de evento do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), em Washington. O ministro acrescentou que o cenário base da Fazenda é de um crescimento de 2% em 2018. “Mas já existem diversos analistas e economistas com previsões de crescimento maiores, até de 3% ou mais no ano que vem.”

Esse cenário mais otimista conta a aprovação das reformas, principalmente da Previdência num prazo mais curto. O FMI prevê que o Brasil poderá crescer 1,5%, em 2018. Meirelles está em Washington, onde participa da reunião anual do FMI e do Banco Mundial.

 

América Latina deve crescer 1,2% este ano e 2,2% em 2018, diz Cepal

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) revisou as projeções da atividade econômica da região e estima crescimento de 1,2% para este ano e de 2,2% para 2018. De acordo com os dados, divulgados hoje (12), esse aumento foi impulsionado pela produção de matérias-primas. Segundo o organismo multilateral, Brasil e México, as maiores economias da região, crescerão 0,7% e 2,2%, respectivamente, em 2017, e 2% e 2,4% em 2018.

O Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina registrará alta de 2,4% este ano e de 2,7% no próximo ano, enquanto a Colômbia crescerá 1,8% e 2,6% nos dois anos, respectivamente. Conforme os números, a economia da Venezuela registrará uma contração de 8% este ano e cairá 4% em 2018.

Os indicadores da Cepal revelam que, mantendo a característica dos último anos, a dinâmica de crescimento mostra diferenças entre países e regiões. O exemplo são as economias dos países da América do Sul, especializados na produção de bens primários, especialmente petróleo, minerais e alimentos, que registraram uma taxa de crescimento de 0,7% em 2017.

 

Expansão acima de 3% em 2018 é otimista demais, diz economista

O economista Francisco Pessoa Faria, da LCA Consultores, tem uma visão mais comedida sobre a recuperação em curso da economia brasileira. Para ele, as projeções de uma expansão na casa de 1% em 2017 e superior a 3% em 2018, que começaram a ganhar algum espaço entre os analistas, parecem otimistas demais, subestimando alguns fatores que jogam contra uma retomada mais forte da atividade.

É o caso da expectativa de que o salário mínimo terá pequena queda em termos reais na média do ano que vem, da perspectiva de melhora apenas gradual do mercado de trabalho e do desempenho mais modesto que a agropecuária e a produção de veículos terão daqui para frente.

Além disso, a indústria extrativa deve perder um pouco do fôlego apresentado na primeira metade deste ano, diz o economista, que vê um cenário não exatamente animador para o investimento. Outro ponto, segundo ele, é a possibilidade de as eleições de 2018 causarem turbulência nos mercados, dada a resistência que poderão enfrentar candidatos a favor da austeridade fiscal e de reformas, como a da Previdência.

Nesse cenário, Pessoa vê como mais realista crescimento de 0,7% neste ano e de 2,5% no ano que vem, num ambiente de juros mais baixos, mas ele considera esse número um teto para 2018. Nas estimativas de Pessoa, o salário mínimo terá uma queda de 1,2% na média do ano que vem, descontada a inflação. É um quadro diferente em relação a este ano, quando deve haver alta real de 3,3%, um aumento de renda que ajuda a impulsionar o consumo das famílias.

A questão é que o salário mínimo do ano que vem será corrigido por um Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) bastante baixo - o deste ano, que deve ter variação na casa de 2,5% -, ao mesmo tempo em que a inflação deve se acelerar em 2018. O INPC tende a subir acima de 4%. O economista vê com muita cautela o quadro para a formação bruta de capital fixo (FBCF, medida do que se investe em máquinas e equipamentos, construção civil e inovação).

"O investimento público continuará contido, o funding do BNDES sofrerá com a devolução de mais de R$ 100 bilhões para o Tesouro e a vacância de imóveis, em especial dos não residenciais, parece ser ainda muito alta." Tudo isso afeta a FBCF, segurando uma recuperação mais forte do investimento. A vacância de imóveis indica uma grande capacidade ociosa, o que deve conter gastos em novos projetos de construção.

Pessoa diz ainda que a agropecuária deverá ter um desempenho bem inferior ao registrado neste ano. Na projeção da LCA, o setor deve crescer 11,6% neste ano, contribuindo significativamente para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017, por causa da safra recorde. O ponto é que, depois de um avanço tão forte, deverá haver uma desaceleração expressiva em 2018.

A LCA prevê um aumento de 1,5% da agropecuária, mas Pessoa não descarta até mesmo um número negativo. Ele também afirma que a indústria automobilística não deverá repetir o resultado registrado até o momento neste ano. De janeiro a agosto, a produção do setor de veículos, reboques e carrocerias cresceu 13,9% em relação ao mesmo período do ano passado. A indústria geral, por sua vez, avançou 1,5% nesse intervalo.

Pessoa tem uma visão mais prudente também em relação ao cenário político de 2018. Boa parte do mercado hoje trabalha com o cenário de que o crescimento mais forte no ano que vem pavimentará o caminho para um candidato reformista e defensor da austeridade fiscal. Para ele, a recuperação do mercado de trabalho será gradual, especialmente dos empregos com carteira assinada.

A vida de quem for identificado com essas propostas pode não ser das mais fáceis nas eleições, o que pode levar a alguma "chateação" no câmbio, avalia Pessoa. A incerteza política, com isso, pode ser maior do que projeta a maior parte dos analistas, o que tem impactos negativos sobre a atividade. Por todos esses fatores, Pessoa vê um crescimento de 2,5% muito mais como um teto para o ano que vem. Projeções de 3% ou acima disso lhe parecem róseas demais.

 

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