Terça-feira

VALOR ECONÔMICO

Retomada depende de acerto das contas públicas, afirma Itaú Unibanco

O presidente do banco Itaú Unibanco, Roberto Setubal, afirmou que a retomada da economia depende de um “fundamental” acerto das contas públicas. Para isso, propôs o corte de gastos complementado com aumento temporário de tributos. “Sem dúvida é preciso acertar o corte de gastos e complementar com algum aumento de impostos, se possível temporário, até que a economia retome o crescimento e o tributo não seja mais necessário”, disse.

Setubal participa da entrega do “Executivo de Valor”, em São Paulo, onde recebe o prêmio pela atuação no setor de bancos e serviços financeiros. Questionado se o país retomará a rota crescimento, Setúbal diz esperar as medidas que serão anunciadas nesta semana e como será a recepção delas. "É evidente e fundamental que haja condições de aprovar as medidas e que se atinja esse caminho do ajuste das contas públicas. É importante que a gente tenha estabilidade política, que medidas sejam aprovadas e que a confiança retorne".

 

Meirelles diz que tributo não é solução e que foco inicial é controle de gasto

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a elevação permanente da carga tributária combinada à contenção temporária de despesas discricionárias foi uma estratégia amplamente usada no passado para combater crises fiscais, mas avalia que, hoje, "essa receita não mais se aplica". De acordo com Meirelles, que participou de evento na manhã de ontem em São Paulo, as medidas para combater o déficit fiscal serão "administrativas e legislativas", com foco no controle de despesas.

"Trataremos especificamente de dívida e despesa públicas. Outras medidas [relacionadas à produtividade e investimentos] serão anunciadas no seu devido tempo", disse o ministro, que descreveu um plano de ação com três passos: o controle de despesas primárias e financeiras, a eliminação da ineficiência dos gastos públicos e, por fim, o anúncio de medidas que tenham "efeitos plurianuais e impactos permanentes" nas contas. Para Meirelles, não é correto focar somente no resultado fiscal "deste ou do próximo ano".

O governo, defendeu, precisa adotar uma linha de ação que, ao ser aprovada pelo Congresso, dê segurança à sociedade de que o ritmo de crescimento da dívida pública em relação ao PIB será reduzido, estabilizado em algum momento e, depois, volte a cair. O ministro voltou a pedir paciência aos agentes econômicos. "Tenho repetido 'devagar, que estou com pressa', para depois reiterar a mensagem de que a atual equipe econômica "não pode errar".

Para ele, no momento em que se começar a combater a alta da dívida pública, haverá uma elevação da confiança de empresários e trabalhadores, o que dará início também à retomada mais robusta da economia. "A recuperação da confiança pode induzir a retomada da atividade e da arrecadação".

Meirelles afirmou que as crises fiscais passadas foram equacionadas por meio de uma combinação de alta permanente de tributos e corte temporário de despesas discricionárias, com destaque o investimento público, estratégia que não deve ser seguida no momento atual. Esse modelo de ajuste não pode ser adotado no momento atual, porque, na visão do ministro, levou a carga tributária a um patamar "altamente indutor de menor crescimento", que distorce a alocação de capital e reduz a poupança.

Além disso, qualquer tentativa de equilibrar as contas públicas somente via gastos discricionários seria inócua, dado que a expansão do gasto tem se concentrado em despesas obrigatórias. Meirelles afirmou que a nova estimativa da meta fiscal deste ano, que estabelece um déficit de até R$ 170,5 bilhões para o governo central, "foi um trabalho duríssimo, resultado de cuidadoso realismo fiscal".

 

JORNAL DCI

Trabalhadores da construção iniciam greve por 'tempo indeterminado' em SP

Os trabalhadores do setor da Construção Civil iniciaram, ontem, uma greve por 'tempo indeterminado' em São Paulo como forma de pressionar os empresários em negociação sobre reajustes salariais.

Convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo (Sintracon-SP), a paralisação tem como motivo visões divergentes sobre o dissídio da categoria.

O Sintracon-SP alega que os empresários da Construção Civil não ofereceram "sequer a reposição da inflação" do último ano no ajuste salarial. "Querem que a gente aceite uma reposição salarial inferior à inflação e, pior, pretendem mexer nos nossos direitos, conquistados com muita luta", aponta o comunicado do sindicato, que é filiado à Força Sindical.

"Apesar de envolvidos até o pescoço em diversos escândalos de corrupção, envolvendo propinas milionárias, os patrões do setor pagam um salário de fome a seus operários", observa o líder da categoria, Antonio de Sousa Ramalho, o Ramalho da Construção.

Para ele, esse movimento só de seu porque os trabalhadores da construção, representados pelo seu sindicato estão profundamente descontentes com os resultados das negociações da Convenção Coletiva de Trabalho, com data-base em 1º de maio.

"Nosso Sindicato sempre se pautou pelo diálogo franco e aberto. Mas, após várias rodadas de negociações, os empresários da Construção Civil não ofereceram sequer a reposição da inflação. Isso é um absurdo que precisa ser devidamente exposto para a sociedade", conclui o sindicalista.

Na área de sua atuação, o Sindicato diz que existem mais de dez mil canteiros de obras, envolvendo cerca de 400 mil trabalhadores. Segundo o sindicalista, houve desde a madrugada de ontem (23) um forte movimento nos canteiros para elevar a adesão a parada.

A entidade que representa os empresários, o Sindicato da Construção de São Paulo (Sinduscon-SP), já foi notificada na última sexta-feira sobre a greve, e defende que os trabalhadores deveriam lutar pela preservação do emprego. "O Sinduscon-SP continua aberto a negociação", disse o grupo patronal, em nota.

Para o Sinduscon, o movimento é inoportuno. "Nos últimos dois anos, a indústria da construção foi obrigada a demitir mais de 700 mil trabalhadores em função da recessão econômica. E a previsão é de que esse número possa chegar a um milhão até o fim deste ano", apontou a entidade.

 

FOLHA DE SÃO PAULO

Primeira crise política de novo governo eleva o dólar e os juros

Com a saída de Romero Jucá do Ministério do Planejamento, investidores do mercado financeiro querem "ver para crer" que o governo do presidente interino, Michel Temer, terá capacidade de aprovar as medidas consideradas vitais para controlar as contas públicas.

Aos olhos dos investidores, a principal missão de Jucá era assegurar que as medidas econômicas, muitas impopulares, passassem no Congresso. Mas seu trunfo se fragilizou com a revelação das conversas em que ele sugere ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado um pacto para deter a Lava Jato (leia no caderno "Poder").

No mercado, a notícia, revelada pela Folha, foi vista como o primeiro grande problema político de Temer. O dólar subiu, a Bolsa caiu e os juros futuros dispararam.

O dólar comercial fechou a R$ 3,58, com alta de 1,81%, e o à vista, a R$ 1,06%, a R$ 3,57. A Bolsa, que chegou a cair mais de 2%, fechou em baixa de 0,79%. Os juros futuros de 2021 subiram 2,1%.

"O mercado começou a colocar no preço dos ativos a possibilidade de não se aprovarem as reformas", disse José Márcio Camargo, sócio da gestora Opus Investimentos.

"O cenário é melhor sem Jucá. Agora, isso será um problema a mais na articulação política do ajuste", disse Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central e colunista da Folha.

Jucá anunciou seu afastamento por volta das 17h, quando o mercado financeiro estava perto de fechar. Ativos brasileiros negociados no exterior indicam que a saída gerou alívio momentâneo.

Fundo que tem como referência ações e títulos de empresas brasileiras negociados nos EUA (ETF do índice MSCI Brasil) registrou uma súbita valorização, logo após a fala de Jucá, mas em seguida cedeu o ganho registrado.

"A melhora vai depender de como Temer vai resolver a crise provocada por esse caso e quem ele colocará no lugar [de Jucá]", disse Solange Srour, da ARX Investimentos. "É importante sinalizar que a economia é o tema mais relevante deste governo, independentemente de ministros."

 

Medidas precisam ser de longo prazo, diz Meirelles

As medidas a serem anunciadas nesta terça-feira (24) não podem ser só de curto prazo, afirmou nesta segunda-feira (23) o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em evento em São Paulo.

"Tem que ficar claro que não pode ser mera declaração de intenção, de vontade, ou medida só de curto prazo", disse durante o evento "O Brasil que Temos para o Brasil que Queremos", organizado pela revista "Veja".

O ministro evitou dar detalhes e disse que sua equipe ainda trabalharia nas 24 horas anteriores ao anúncio.

Ele disse que queria sinalizar à população de que as ações a serem tomadas pelo governo interino de Michel Temer são um meio de garantir que em 5,10 ou 15 anos os aposentados receberão seus benefícios e que elas representam o único meio de reparar o mercado de trabalho.

"As ações a serem tomadas não são um fim em si mesmas. São um meio, a rigor, o único, de trazer de volta ao mercado os 11 milhões de brasileiros desempregados, de reduzir a dúvida de empresários e a insegurança dos trabalhadores que conseguiram permanecer no emprego."

O ministro insistiu que o aumento da arrecadação tem de vir como consequência do processo de ajuste, ressalvou diversas vezes que o processo começa pelo rígido controle de despesas e pediu paciência.

"Nós às vezes nos esquecemos de que estamos no sétimo dia útil de governo."

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