Quarta-feira

TRIBUNA DO NORTE

Copom define hoje juros básicos da economia

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) define hoje (27) a taxa básica de juros. A expectativa do mercado é de que a Selic seja mantida em 14,25% ao ano. A reunião, a terceira do ano, começou ontem (26) à tarde.

De outubro de 2014, quando estava em 11% ao ano, a julho de 2015, a taxa Selic cresceu 3,25 pontos percentuais, resultado de sete elevações seguidas. Na reunião de setembro do ano passado, o Copom decidiu suspender o aperto monetário e parou de mexer nos juros básicos.

Manutenção da Taxa Selic

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou 2015 em 10,67%, bem acima do teto da meta, que é 6,5%. A meta para a inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é 4,5%, com margem de 2 pontos percentuais para baixo ou para cima. Ao fim deste ano, o mercado prevê IPCA novamente acima do teto da meta, em 6,98%.

Depois de atingir, em janeiro, o pico de 11,31% na taxa acumulada em 12 meses, a inflação vem desacelerando. O IPCA acumulado havia caído para 9,91% nos 12 meses terminados em março. Além do fim do impacto da elevação de preços administrados (como energia e combustíveis), a queda do dólar tem contribuído para a diminuição dos índices de preços. Nos próximos meses, a expectativa é de que a inflação desacelere ainda mais por causa do agravamento da crise econômica.

A terceira decisão sobre a Selic em 2016 será anunciada à noite, já que a reunião do Copom dura dois dias. No primeiro dia, chefes de departamentos do BC apresentam uma análise da conjuntura doméstica, com dados sobre a inflação, o nível de atividade econômica, as finanças públicas, a economia internacional, o câmbio, as reservas internacionais e o mercado monetário, entre outros assuntos.

Após análise da perspectiva para a inflação e das alternativas para a Selic, os diretores e o presidente do banco definem a taxa. Assim que a Selic é definida, o resultado é divulgado à imprensa. Na semana seguinte ao anúncio do resultado, o BC divulga a ata da reunião, com as explicações sobre a decisão.

 

Desembolsos do BNDES registram queda de 46% no primeiro trimestre de 2016

Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) alcançaram R$ 18,1 bilhões nos três primeiros meses deste ano, com queda de 46% na comparação com o mesmo período do ano passado.

No primeiro trimestre de 2015, os recursos liberados pela instituição somaram R$ 33,3 bilhões, valor inferior em 24% ao registrado no acumulado janeiro/março de 2014. No acumulado dos últimos 12 meses, os desembolsos atingiram R$ 120,75 bilhões, também com recuo de 32%. As informações foram divulgadas hoje (26).

A queda registrada em 2015 sobre 2014 refletiu os ajustes da nova política operacional do banco, que reduziu sua participação nos financiamentos para abrir espaço para o mercado de capitais nos empréstimos de longo prazo.

De acordo com o BNDES, as consultas por novos financiamentos, que representam a primeira etapa de um pedido ao banco, totalizaram, no primeiro trimestre deste ano, R$ 23,5 bilhões, com redução de 7% na comparação trimestral com 2015, embora revelando um ritmo menor de desaceleração. Nos três primeiros meses do ano passado, as consultas caíram 47% ante igual período de 2014.

O mesmo ocorreu em relação aos enquadramentos, fase posterior à consulta, quando é feita a análise de crédito e do mérito do pedido, que atingiram R$ 22,7 bilhões, com queda de 4%. No primeiro trimestre do ano passado (R$ 23,6 bilhões), a retração observada nos enquadramentos foi de 35,5% sobre igual período de 2014.

Acompanhando a tendência de queda, as aprovações de novos financiamentos (R$ 13,5 bilhões) mostraram redução de 37% nos três primeiros meses de 2016. Em 2015, no primeiro trimestre, as aprovações alcançaram R$ 21 bilhões, com recuo de 46%.

Segundo a assessoria de imprensa do banco, o menor ritmo de desaceleração observado no acumulado até março de 2016, em relação ao ano anterior, se deve ao comportamento da indústria, cujas consultas (R$ 8,1 bilhões) cresceram 77%. O mesmo ocorreu com os enquadramentos de pedidos de financiamento industriais, também no montante de R$ 8,1 bilhões, que subiram 84%, puxados pelo segmento material de transporte.

As micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) responderam por 39% dos desembolsos totais do banco até março deste ano, somando R$ 7,04 bilhões. Somente para microempresas, foram liberados R$ 3,7 bilhões, equivalente a 21% dos desembolsos totais. Conforme a assessoria do BNDES, os resultados acompanham o processo de descentralização do crédito concedido pelo banco.

Para projetos da chamada “Economia Verde”, que englobam eficiência energética, energias renováveis, gestão de água, melhorias agrícolas, adaptação a mudanças climáticas, reflorestamento, entre outros, foram desembolsados no trimestre R$ 3,5 bilhões.

Por regiões do país, o Sudeste seguiu liderando as liberações (R$ 7,72 bilhões), com fatia de 42,8% do total desembolsado.

 

COLUNA DE LUIZ ANTONIO

Calote dos mais pobres

Estudo da Serasa Expirian mostra que a inadimplência ganha força no Norte e no Nordeste. A principal conclusão é que, na maioria dos casos, quanto maior o desemprego e menor o rendimento, mais alto é o índice de inadimplência do consumidor. Das dez capitais do País com maior parcela de brasileiros inadimplentes, nove são do Norte e Nordeste. O estudo relaciona a inadimplência do consumidor, calculado pela Serasa, em cada uma das 27 capitais com o índice de desemprego e a renda média mensal do trabalhador, indicadores apurados pela Pnad Contínua do IBGE no trimestre outubro/ dezembro de 2015.

 

EXAME

Mercado aposta no lado político de Meirelles

O mercado reage positivamente ao favoritismo de Henrique Meirelles para assumir a Fazenda em um eventual governo de Michel Temer.

Com carreira marcada por oito anos na presidência do Banco Central e postos de comandos em grandes grupos privados, Meirelles, na visão do mercado, poderia combinar duas condições vistas como indispensáveis para enfrentar os desafios atuais: preparo técnico e habilidade política.

“Meirelles tem muito trânsito tanto no mercado quanto no meio político. Além disso, é respeitado lá fora, o que seria muito bom em um momento em que o Brasil precisa ganhar credibilidade”, diz Pablo Spyer, diretor da Mirae Asset Wealth Management. “Ele tem muito prestígio no exterior e o país precisa melhorar as expectativas, recuperar a confiança do investidor.”

Como presidente do BC entre 2003 e 2010, Meirelles manteve a inflação na meta e a economia cresceu perto da média dos emergentes, um desempenho não repetido nos anos seguintes. Porém, não é apenas sua condição de gestor econômico ou financeiro que agrada o mercado. Meirelles “entende como Brasília funciona”, diz Edwin Gutierrez, chefe da área de dívida de países emergentes da Aberdeen em Londres.

A falta de habilidade política foi uma das razões do insucesso do ex-ministro Joaquim Levy, segundo Gutierrez. “O Brasil agora precisa mais de um político do que um tecnocrata.” O executivo da Aberdeen admite que o novo ministro enfrentará um quadro complicado, mas vê a suposta ambição presidencial de Meirelles como uma motivação adicional. “Ele tem capacidade para colocar o navio no rumo e pavimentar o caminho para 2018, que é sua aspiração.”

João Paulo de Gracia Corrêa, superintendente da SLW Corretora, considera positivos para o mercado tanto o nome de Meirelles quanto o de José Serra, tido como mais provável novo ministro da Educação e ainda no páreo para a Fazenda, segundo os jornais. No caso do tucano, contaria a favor o fato de poder sedimentar o apoio do PSDB, que tem se mostrado ainda arredio à ideia de apoiar o governo Temer, diz Corrêa.

O melhor cenário para o mercado, diz Corrêa, seria Temer, além de anunciar uma equipe de alta credibilidade, conseguir que a mesma composição do Congresso que está apoiando o impeachment se transforme numa base sólida para aprovar as reformas. O pior cenário é o oposto disso: o novo governo enfrentar dificuldades políticas, sem apoio no Congresso e com forte oposição do PT. “Sabemos que precisamos de medidas duras para o país sair da crise", diz Corrêa.

Spyer considera possível que, confirmada uma melhora do cenário político, o que passaria pela definição de uma equipe econômica de peso, o dólar possa cair para até R$ 3,00. Um cenário de euforia, contudo, depende de riscos externos, como os relacionados aos juros do Fed, saída do Reino Unido da União Europeia e dívida da China, não se concretizarem e de o governo brasileiro mostrar força para aprovar as reformas necessárias para conter o aumento da dívida, diz o diretor da Mirae. “Tudo o que o mercado vai querer ver no pós-impeachment é como o governo conseguirá aprovar as reformas.”

Para o governo Temer, há dois cenários possíveis, diz Marcelo Mello, CEO da SulAmerica Investimentos. “Em um, com uma forte equipe econômica sendo realmente capaz de implementar medidas ortodoxas. No outro, com a nova equipe não conseguindo aprovar as medidas necessárias. Neste caso, os ativos brasileiros vão se depreciar”, diz Mello.

 

Mercado aposta em manutenção da Selic

São Paulo - A incerteza política é um dos fatores que deverá levar o Comitê de Política Monetária (Copom) a manter os juros em 14,25% na reunião deste mês, que será concluída nesta quarta-feira, 27.

Economistas ponderam que, em meio ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que poderá ser afastada temporariamente em 11 de maio, o mais prudente por parte do Banco Central é não mexer na Selic, inclusive porque a inflação continua alta - 9,39% em março, no acumulado em 12 meses.

"O melhor neste momento de muitas dúvidas no cenário político é não fazer nada. Se o BC subisse ou baixasse os juros agora poderia causar ruídos, o que não seria bom", diz José Márcio Camargo, professor e economista chefe da PUC-RJ.

Após a votação na Câmara pela admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma, os especialistas têm muitas dúvidas sobre o que seria um eventual governo Michel Temer.

"Será preciso ver se a capacidade de articulação política de Temer terá condições de sensibilizar os parlamentares a ponto de aprovar mudanças estruturais fundamentais, como uma reforma da Previdência Social, com idade mínima para aposentadoria", destaca Adauto Lima, economista-chefe da Western Asset Management.

Diante dessas incertezas, os economistas constatam que contexto político é relevante, mas não será o fator determinante para a ação do Copom na próxima semana.

David Beker, chefe de economia e estratégia do Bank of America Merrill Lynch, lembra que um conjunto extenso de indicadores econômicos são considerados pelo Copom e, segundo ele, não há dúvida de que a Selic ficará estável na próxima reunião.

Inflação

No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de março, o Banco Central estima que a inflação medida pelo IPCA chegará a 8,7% ao final de junho, alcançará 6,6% em dezembro e só chegará ao objetivo de 4,5% no primeiro trimestre de 2018.

 

Temer define Henrique Meirelles para a Fazenda

Brasília - Com a ressalva de que não divulgará a nova equipe até a decisão do Senado sobre o afastamento da presidente Dilma Rousseff, o vice-presidente Michel Temer admite que o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles é o nome que tem para assumir o Ministério da Fazenda.

Temer já encaminhou o desenho do que espera para os principais ministérios e os nomes que melhor se adaptam ao perfil que traçou para seu governo.

O enfoque na Fazenda será a execução de um ajuste fiscal gradual capaz de garantir a retomada da confiança, que impulsionará o crescimento.

Meirelles se encaixa no diagnóstico feito ao vice-presidente pelo também ex-presidente do BC Armínio Fraga, de que o centro do problema da crise econômica do País é o desequilíbrio fiscal.

Em entrevista ao jornal O Globo, Temer admitiu que, se tivesse de assumir hoje a Presidência, o ministro da Fazenda seria Meirelles: "Fiquei muito bem impressionado com a conversa que tive com ele".

Meirelles tem defendido o que batizou de "ajuste completo". O acerto das contas deve ser parte de um plano de desenvolvimento econômico que, embora contracionista no curto prazo, vise ao crescimento ao fim do processo, com aumento da renda e do emprego.

O ex-BC compartilha da visão de que a carga tributária atual é "pesada" demais.

Banco Central

A escolha do novo ministro da Fazenda será preponderante na definição do nome do futuro presidente do Banco Central. No entanto, o comando dos bancos públicos deve ser definido pelo próprio vice nas negociações da composição de apoio partidário para seu governo no Congresso.

A presidência da Caixa deve ficar com o PP. O nome mais cotado é o do ex-ministro da Integração Nacional do governo Dilma Gilberto Occhi, que é funcionário do banco.

O grupo de Temer já rediscute a junção de várias Pastas num superministério de infraestrutura. A avaliação é de que a união dos ministérios não deu certo no governo Collor, na década de 90, e não faria sentido repetir a receita agora.

Planejamento

O senador Romero Jucá (PMDB-RR) é o mais cotado para o Planejamento. Ele terá papel fundamental na articulação das medidas com o Congresso, em especial na solução da "armadilha fiscal" que espera Temer caso assuma a Presidência. Para a Casa Civil, já está certo o nome de Eliseu Padilha (PMDB-RS).

O senador José Serra (PSDB-SP) tem poucas chances de ser nomeado para a Fazenda. Assessores de Temer tentam convencer o tucano a aceitar o Ministério da Educação.

A resistência continua sendo de uma ala do PSDB que teme que um eventual bom desempenho de Serra no ministério o credencie como candidato do partido em 2018. O PSDB já tem dois presidenciáveis: o senador Aécio Neves e o governador Geraldo Alckmin.

 

O GLOBO

Mercado aplaude preferência de Temer por Meirelles, conhecido por resistir a pressões

O vice-presidente Michel Temer admitiu na terça-feira que Henrique Meirelles é o seu preferido para ocupar o Ministério da Fazenda em um eventual novo governo. Com larga experiência no mercado financeiro e sólida passagem pelo setor público - é o mais longevo presidente do Banco Central (BC) - seu nome foi bem recebido pelo mercado e no meio empresarial. Pesam a seu favor, segundo economistas, a capacidade de resistir às pressões políticas e, ao mesmo tempo, ser bom negociador, talento apontado como crucial para aprovação junto ao Congresso de uma agenda econômica impopular para tirar o país da crise fiscal.

Em entrevista ao jornalista Jorge Bastos Moreno, publicada no site do GLOBO, Temer disse que tem feito apenas "sondagens" para montar um possível novo ministério, mas afirmou ter ficado "muito bem impressionado" com a conversa que teve com Meirelles. Depois, disse que delegaria "ao Meirelles" o direito de indicar o presidente do Banco Central e outros integrantes da equipe. Flagrado na gafe, tentou corrigir:

- Falei "Meirelles" porque, hoje, estou com esse nome na cabeça. Repito: fiquei muito bem impressionado com a conversa que tive com ele. Então, confesso que se eu tivesse que assumir hoje, o ministro da Fazenda seria ele - afirmou Temer.

O vice indicou ainda que Eliseu Padilha (PMDB-RS) poderia ocupar a Casa Civil; insinuou que José Serra (PSDB-SP) assumiria a pasta de Educação; reconheceu que o advogado Antonio Cláudio Mariz de Oliveira (PSB-SP) seria um bom nome para a Justiça, e defendeu o bom trânsito de Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) no Congresso como ponto favorável para exercer a articulação política.

A notícia de que Meirelles poderia vir a ocupar a Fazenda foi um dos motivos que fizeram a Bovespa subir 2,35% na terça-feira. Para o ex-diretor do BC e atual economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio, Carlos Thadeu de Freitas, a boa recepção do mercado tem a ver com o fato de Meirelles ser "o homem do não". Por ter assumido a presidência do Banco Central em 2003, quando o mercado temia o que poderia ocorrer com a política econômica no primeiro governo Lula, Meirelles teve de ser duro para manter a independência da instituição.

- Ele sabe dizer não. Soube resistir às pressões políticas para baixar os juros. Saberá dizer não para os estados, que tentam renegociar suas dívidas com a União - disse Carlos Thadeu.

O ex-diretor do BC ressalta, porém, que Meirelles é um monetarista, e não um fiscalista, ou seja, está acostumado a lidar com juros, inflação e moeda, mas não tem experiência no manejo das contas públicas. Por isso, diz, seria interessante nomear para o Planejamento alguém acostumado com a política fiscal. Na possível nova composição, o nome mais cotado para a pasta é o de Romero Jucá (PMDB-RR), que foi relator do Orçamento de 2013 e 2015.

POSSÍVEL MINISTRO DA JUSTIÇA GERA POLÊMICA

A rigidez na política monetária é um dos pontos fortes de Meirelles ressaltados por Alexandre Póvoa, presidente da gestora Canepa Asset. Na avaliação de Póvoa, o eventual futuro ministro terá de ser transparente com objetivos para trazer a inflação de volta ao centro da meta, de 4,5% ao ano. Em 2015, o índice de preços passou a marca de 10%, o que não ocorria desde 2003. Outra característica de Meirelles, lembra Armando Castelar, coordenador de economia aplicada do Ibre/FGV, é a capacidade de montar uma boa equipe, "pois não se faz nada sozinho".

O bom trânsito político de Meirelles, que já foi deputado federal pelo PSDB e hoje é filiado ao PSD, também é ressaltado como uma qualidade necessária para tocar o ajuste fiscal. Para José Carlos Martins, presidente da Cbic, associação que reúne construtoras, Meirelles aparenta ter mais "força política" que o ex-ministro Joaquim Levy para negociar com o Congresso.

- A questão fiscal é a prioridade. É uma importante estratégia de comunicação eleger um nome para a Fazenda com credibilidade suficiente não apenas para as medidas de curto prazo, como de longo prazo para recuperar o estrago já feito - disse o chefe para pesquisa macro do banco americano Goldman Sachs, Alberto Ramos.

Apesar das reclamações nos bastidores da excessiva influência de Eliseu Padilha e Moreira Franco junto a Temer, o grupo do PMDB do Senado, liderado por Eunício Oliveira (CE), acabou "aceitando" a potencial escolha de Padilha para comandar a Casa Civil. A mudança de postura, pelo menos da parte de Eunício, ocorreu depois de conversas com integrantes do núcleo mais próximo de Temer. Nesta quarta-feira, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), se reunirá com Temer para tentar "aparar arestas".

- O Padilha trabalha muito e é bem organizado. O governo precisa de um perfil desses para a Casa Civil. Os ministros José Dirceu e Palocci não deram certo porque tentaram politizar o cargo - afirmou Temer, frisando que respeita o Senado mas precisa estar preparado para um possível afastamento de Dilma da Presidência.

Quanto a Serra, Temer disse que "o senador cabe em qualquer cargo de governo", mas que "tudo vai depender da decisão do PSDB" - que, na terça-feira, decidiu dar apoio a Temer, após divergências internas. Em relação ao delicado Ministério da Justiça, o vice reconheceu ter forte tendência a indicar Mariz de Oliveira, homem de sua confiança, e minimizou o fato de o advogado ter assinado manifesto contrário à Lava-Jato:

- Qualquer pessoa que venha a ocupar o Ministério da Justiça estará consciente e orientado sobre a posição do governo de preservar a independência dos investigadores da Lava-Jato.

A possível indicação de Mariz gerou polêmica. Ele ganhou notoriedade pela defesa de réus poderosos, como a executiva do Banco Rural Ayanna Tenório, a quem conseguiu absolver no mensalão, e Eduardo Hermelino Leite, vice-presidente da Camargo Corrêa, envolvido na Lava-Jato.

- Mesmo que tenha assinado (o manifesto contra a Lava-Jato), nem ele, o presidente da República, nem ninguém sensato acha que será capaz de barrar as investigações - disse Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB.

 

BB tem R$ 2,5 bi do FGTS para crédito imobiliário

Brasília - O Banco do Brasil divulgou nesta terça-feira que foram aprovados R$2,5 bilhões de novos recursos para a instituição operar na linha de crédito imobiliário Pró-Cotista pelo Conselho Curador do FGTS, de acordo com a Agência Estadão Conteúdo. Segundo o banco estatal, a linha conta com condições diferenciadas, como taxa de juros de 9% ao ano para o financiamento de imóveis novos ou usados de até R$ 750 mil. O prazo é de até 360 meses. O Banco do Brasil divulgou ontem que identificou 524 mil clientes com potencial de utilização imediata da linha de crédito.

O Banco do Brasil informou que identificou 524 mil clientes com potencial de utilização imediata da linha decrédito imobiliário Foto: Agência O Dia

O BB informou que o Pró-Cotista é uma linha de financiamento que utiliza os recursos do Programa Especial de Crédito Habitacional ao Cotista do FGTS. Para ter acesso a essa linha, o proponente precisa ter conta ativa no fundo e um mínimo de 36 contribuições.

Caso a conta esteja inativa, é necessário que ela tenha saldo superior ou igual a 10% do valor do imóvel. Outras características do BB Crédito Imobiliário Pró-Cotista é de que não há limite de renda familiar; até 30% no comprometimento da renda familiar mensal bruta; limite de financiamento de até 90% do valor de venda e avaliação, o que for menor; e Sistema de Amortização SAC ou Price-Pós.

FEIRÃO DA CAIXA

Outra boa notícia para quem pretende comprar um imóvel e busca facilidades é de mais uma edição do Feirão Caixa da Casa Própria no Rio de Janeiro. O evento ocorrerá de sexta-feira a domingo, no Riocentro.

O feirão é considerado o maior do ramo imobiliário e, nesta 12ª edição, terá mais de 15 mil imóveis novos ou usados, que estarão em oferta.

De acordo com a Caixa, o foco do evento será o financiamento de habitação popular do Programa Minha Casa, Minha Vida e das demais operações com recursos do FGTS, cujo teto máximo é de R$ 225 mil. Superintendente regional da Caixa, Arnaldo Barcellos destaca a variedade de ofertas de imóveis por regiões e as facilidades para o consumidor.

"Os visitantes podem contar com as condições facilitadas que a Caixa oferece e ter acesso aos principais lançamentos e a diversos imóveis, novos ou usados, disponíveis na capital e em toda a região metropolitana do Rio de Janeiro", declara.

No feirão, serão lançados três empreendimentos com 599 unidades. Serão ofertados ainda mais de 9 mil imóveis novos e 5.467 usados, no total de mais de 15 mil em oferta.

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